A Filha Do Hokage escrita por Nara Emily


Capítulo 20
Dezessete Anos


Notas iniciais do capítulo

Heyy, tudo bem com vocês? Não vou falar muito aqui hoje, só queria dizer que nesse capítulo as coisas vão começar a esquentar, não me matem pelo jeito que eu terminei o capítulo, vocês sabem que eu amo deixar um mistério no ar, hausahs.
Boa leitura ^^.



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POV's Narrador

Aya estava arrumando o armário de Set quando Mei entrou na sala, ela parecia estar aborrecida e ficou apreensiva quando viu Aya ali. Set levantou o olhar dos papéis que estava fazendo algumas anotações e olhou para Mei.

— O que foi? — Ele perguntou ao perceber seu ar de irritação.

— É quase impossível fazer um jutsu com pouca informação sobre como pelo menos o fluxo de chakra dele funciona, é quase como ter que começar do zero com uma ideia somente do resultado, não sei como fazer isso. — Ela disse e desviou o olhar rapidamente para a Aya, implorando com os olhos que ela guardasse esse segredo, não precisava mentir, mas somente guardar um segredo.

Aya assentiu discretamente, sabia que Mei estava mentindo, por sua natureza, podia sentir as vibrações e sinais da mentira na voz da garota e os sinais corporais, Mei estava conseguindo progresso sim, mas não iria falar nada para Set, pois não tinha motivo para isso.

— Você vai acabar descobrindo algum jeito, acredite.

— Aya não pode tentar usar o dom dela pra me ajudar? Confirmando alguma teoria para mim? — Mei perguntou só para fazer drama, já sabia a resposta dessa pergunta pela lógica.

— Não posso discernir se algo é verdade ou não se nem mesmo quem o está dizendo não tem certeza. — Aya explicou, apesar de saber que Mei fez aquela pergunta para parecer desesperada.

— Droga... Enfim, se eu quiser conseguir alguma coisa hoje ainda tenho que voltar ao trabalho, só vim pedir alguma coisa para beber.

— Tem água bem ali. — Set respondeu simplesmente apontando para uma jarra em cima de uma mesa de canto. — E Aya, você sabe onde está aquele livro de capa verde que ensina truques especiais com o chakra? Talvez pudesse ajudar Mei.

O coração de Mei parou nesse momento, Aya tinha lhe recomendado esse livro no dia anterior, era por isso que tinha feito tanto avanço na construção do jutsu, e agora Aya ia ter que responder a verdade a Setsuko e ela teria que inventar outra história...

— Não, não sei onde está, deve ter sido perdido na última limpeza do salão, não o vejo lá desde então. — Aya respondeu com tranquilidade e Mei olhou de relance para ela, ela estava mentindo, mas segundo Set, ela não podia mentir, e isso prova o contrario.

Por que Aya estava dando esta pista para ela? Não podia ter sido sem querer, não é? Ou realmente foi por um acidente ou confiara esse segredo a Mei, o que não fazia o mínimo sentido.

...

Alguém bateu na porta e Mei levantou o olhar do livro que Aya tinha lhe dado antes de ontem e murmurou alguma coisa parecida com "entra" enquanto escondia o livro debaixo de seu travesseiro, para o caso de ser Setsuko. Todavia para sua surpresa, ou nem tanta assim, era Aya na porta.

— Posso entrar? Quero conversar com você.

— Sobre você poder mentir e agora eu saber disto? — Mei a questionou franzindo a testa.

— Também.

— Entra. — Mei disse, e Aya entrou, se sentando na frente de Mei no chão.

— Como você já deve ter percebido, eu posso mentir sim, e, aliás, faço isso muito bem, mas Setsuko não pode saber disto.

— Primeiramente, acho que entendo o motivo de você mentir para ele, mas por que você está me contando isso? Eu também acreditava em você, podia ter continuado com a farsa.

— Eu preciso de você para uma coisa, eu confio em você, precisava que você confiasse em mim. — Ela expôs, mordendo o lábio.

— Por que você confia em mim? Posso estar sendo verdadeira agora e merecer sua confiança, mas você não pode ver o futuro, certo? Como sabe que eu não vou mudar de ideia e te desmascarar?

— Não vejo o futuro, mas sei quando a verdade da pessoa é consistente, sei por mais ou menos quanto tempo posso confiar nela, só tem uma pessoa no mundo que eu confiava dessa forma antes de conhecer você. — Ela alegou com um olhar tristonho, e mesmo sabendo que ela mentia muito bem, Mei não conseguiu desconfiar dela, porque existia mais que verdade ou mentira nessas palavras, existia dor e saudade, porém, tinha mais em jogo nisso tudo, não era somente o fato de ela confiar em Mei ou não.

— E em que você quer a minha ajuda?

— Ainda é cedo pra você saber disso, preciso terminar alguns detalhes e fazer algumas modificações, não vou demorar a te contar.

— E por que me disse isso tudo agora, e não quando terminasse o que quer que seja?

— Por que eu preciso ganhar a sua confiança.

— Esse é o ponto, já que não sei se posso fazer isso com você sendo uma mentirosa.

— Vou cuidar disso, só quero que saiba que não vou mentir para você, te prometo isso, e eu cumpro minhas promessas, acredite você ou não.

Depois de alguns minutos de silêncio, Mei finalmente a respondeu.

— Ok.

— Ótimo, mais alguma pergunta? — Aya falou, e Mei revirou os olhos, irritada pelo ar de superioridade que a garota demonstrava, ela devia ter no máximo 13 anos, e pensando nisso, ela se lembrou de várias perguntas que queria fazer.

— Quantos anos você tem?

— Sério? — Aya olhou para Mei e riu. — Tenho 13, e já respondendo mais algumas perguntas que eu sei que você vai fazer, sim, nasci em Kiri, meu sobrenome significa Verdade por causa do dom da minha família, que fez esse jutsu de saber identificar a mentira e a verdade e de alguma forma o passou para a nossa genética, por isso a maioria de nós está morto agora por termos sidos caçados, que eu saiba eu sou a última pessoa viva da minha família. A pessoa que eu confiava cegamente era meu tutor, e agora ele acha que eu estou morta. Resumindo, acho que é isso.

Mei riu, olhando para Aya, ela era pequena, mas extremamente esperta, era assustador o fato de ela ler os livros de Jiraya, reconhecer a mentira e sempre saber exatamente o que dizer e o que fazer, mas era quase impossível encarar aqueles olhos negros e não sentir o mínimo de afeição, e se lembrando do motivo de estar ali, afastou esse pensamento da cabeça.

— Certo, você realmente me tirou muitas dúvidas, mas acho que se nós duas sumirmos por muito tempo vão acabar nos achando juntas e... Você sabe, mesmo, por que eu ainda não sei exatamente o que está acontecendo.

— Você tem razão, tenho que me encontrar com Setsuko. — A garota se levantou e se virou, indo em direção à porta, e sem se despedir, saiu do quarto, deixando vários pensamentos brotando na mente de Mei.

...

Dezessete anos, há exatos dezessete anos atrás Mei estava nascendo no hospital de Konoha pelas mãos de Haruno Sakura. Sakura, Konoha, mãe e pai, eram coisas tão distantes agora que Mei não conseguia achar algum motivo para comemorar seu aniversário, mas ainda sim, a 01h30min da manhã, no horário exato de seu nascimento o qual ela não sabia como ele tinha descoberto, Ichiru apareceu em seu quarto para lhe desejar um feliz aniversário.

Mei o encarou por alguns segundos quando o viu entrar em seu quarto com um embrulho na mão e um leve sorriso no rosto antes de se lembrar de que dia era: 15 de agosto.

— Feliz Aniversário Mei.

— Obrigada... É sério que você me trouxe um presente? — Ela perguntou franzindo o cenho e se levantando quando ele entregou o embrulho para ela.

— Sim, é uma coisa da aldeia que eu vivi uma parte da minha infância, não sei se você vai gostar.

Mei abriu o embrulho devagar, um pouco incomodada com o sentimentalismo de Ichiru, mas gostou do que estava dentro da caixinha: Um colar com uma pedra como pingente, era uma pedra amarelada com alguns pontos acinzentados, estava dentro de uma espécie de trançado feito pelo próprio cordão. Era lindo.

— Obrigada. — Ela sorriu levemente para ele, e colocou o colar no pescoço, mesmo tento a enorme desconfiança que aquilo era uma forma para ele ganhar sua confiança.

— Teoricamente essa pedra afasta coisas ruins, eu nunca testei, então não sei se é verdade. — Ichiru deu de ombros e riu, fazendo Mei sorrir.

— Não precisava, de verdade, mas eu gostei. Muito obrigada.

— De nada. — Ele sorriu e continuou — Por encargo de curiosidade em como eu descobri seu horário de nascimento, isto é segredo.

— Ah, não me diga. — Mei rebateu com ironia e riu, fazendo um sorriso discreto e sedutor nascer nos lábios de Ichiru.

— Bom, queria ser o primeiro a ter dar os parabéns, mas tenho que ir agora. — Ichiru falou vagamente, saindo logo depois acenando e dando um pequeno sorriso para Mei, que se deitou na cama e adormeceu, sonhando com sua festa surpresa do ano passado e com o momento que ia sair de Konoha e Lawliet tentou a impedir.

Acordou algumas horas depois com batidas na porta de seu quarto e resmungou com raiva de seus sonhos que insistiam em atormenta-la, se levantou da cama passando a mão pelos cabelos bagunçados e abriu a porta, se deparando com Set ali, que sorria para ela.

— Parabéns!

— Obrigada Set. — Ela sorriu de forma meiga, mesmo não sendo muito verdadeira.

— Seu café da manhã hoje é esse bolo por seu aniversário. — Ele mostrou um pequeno bolo em sua mão com uma vela em cima, que se acendeu quando eu a observei. — Pode assoprar e fazer um pedido, não que eu acredite que ele vá se realizar, mas são essas coisas que se fazem em aniversários.

Eu ri, e soprei a vela, não pedindo nada de especifico, achava injusto desejar uma única coisa quando tinha tantas coisas para serem pedidas, então simplesmente desejei que as coisas dessem certo para mim, mas assim como Setsuko, não acreditava que iria se realizar, não tinha mais fé em uma coisa tão ilusória como essa.

Depois disso ele deixou o bolo ali e foi embora, e enquanto eu estava comendo, outra pessoa bateu na porta e percebi que pelo jeito eu não teria paz hoje, tudo bem que era meu aniversário, mas realmente precisava disso tudo?

— Entra. — Falei, e Aya abriu a porta, fechando-a silenciosamente logo depois de entrar no quarto. — Quer? — Ofereci um pedaço de bolo e ela assentiu se sentando na minha frente pegando um pedaço.

— Feliz Aniversário, não que esse lugar seja feliz para estar fazendo aniversário, mas no momento não tem outra opção... O que foi? — Aya perguntou, reparando no olhar distante de Mei.

— Só fico pensando como eles devem estar. Já faz mais ou menos três meses que estou aqui, além do fato de que estou fazendo aniversário, costumava ser um dia importante e divertido pra mim e para eles. — Ela respondeu, com sua expressão como um misto de tristeza, raiva e saudade, e estava lutando para parar com isso.

— Sinto muito, sei mais ou menos como você se sente, não que eu tenha muitos amigos, mas sinto saudade de casa. — Mei riu ironicamente, não pelo que Aya tinha falado, mas pelo que ela estava sentindo.

— Odeio isso, não consigo deduzir se é bom ou não o fato de algumas lembranças se borrarem quando penso nelas, é bom pelo lado de ser mais fácil de superar dessa forma, mas tudo parece muito mais vazio assim.

— Não vai precisar decidir isso se sair daqui, não é? — Aya olhou para Mei, que a encarou com curiosidade.

— E como eu faria isso?

— Tenho um plano pra nos tirar daqui, era pra isso que eu precisava de sua ajuda, e nós duas saímos ganhando.


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Notas finais do capítulo

Uhhh, e ai? O que acham que vai acontecer agora? Comentem, amo ler a opinião e as teorias de vocês, quanto mais comentários, mas inspirada eu fico e mais rápido sai o próximo capítulo, haha, principalmente agora que eu estou de férias e não estou estudando como uma louca (essas tecnicamente são minhas férias de julho, pra encargo de curiosidade, haushaus)
Okay, beijos leitores mais lindos :3
Até mais.