Em Busca De Um Novo Amanhecer escrita por Lorena Carvalho


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Uns tem inspiração quando ouvem músicas, quando olham para o horizonte, do nada, porém eu como pessoa anormal que sou, tenho lavando os pratos... Espero que gostem dessa fanfic que fiz depois que lavei os pratos do almoço.P.S não julguem a fanfic pela nota da autora por favor!



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Alguém uma vez me disse que Deus escreve certo por linhas tortas, porém no momento não entendi o que isso significava. Mas... Quando olho para tudo o que vivi nesses últimos tempos, posso dizer que essa pessoa foi a mais sábia que existiu.

Desde pequena sempre tive o sonho de ser mãe e apesar de ter medo das dores do parto, eu queria saber como seria a sensação de carregar uma criança na minha barriga durante nove meses e finalmente tê-la em meus braços.

Eu ainda não sabia, mas isso nunca aconteceria.

Passei toda a minha vida imaginando como seria o meu filho, como seria o seu sorriso, imaginando possíveis nomes e hoje a única esperança que tinha me foi tirada.

Me chamo Lucy, sou casada há dez anos com Natsu, o mais idiota e perfeito marido do mundo. Depois das inúmeras tentativas de termos um filho serem falhas, decidimos procurar ajuda médica. Confesso que estava confiante, nunca imaginei que houvesse algum problema conosco e, contudo, no momento do resultado do exame minha esperança foi levada como uma folha em uma forte correnteza no rio.

Eu nunca poderia gerar um filho... Era infértil.

A dor que eu sentia era tamanha que ao menos tinha forças para falar, comer ou até mesmo chorar. Queria me enterrar em toda aquela agonia e morrer, com a esperança de que o que me foi tirado desaparecesse junto com a minha existência.

Por dias me isolei no quarto que foi feito especialmente para ele... O bebê que nunca viria.

Durante esse tempo eu definhava cada vez que lembrava que todos os dias em algum lugar do mundo uma mãe entrava em depressão pós-parto, por não desejar o próprio filho ou por mulheres que abandonavam recém-nascidos em latas de lixo, por crianças que não chegavam ao menos a nascer e até por mulheres que podiam ter filhos e estavam felizes por isso...

A cada dia que passava eu me sentia exausta, sem vida... A única força ainda restante em mim era voltada pra culpá-lo, o Onipotente, que me fez oca. Sim, eu culpava Deus por todo meu sofrimento, por toda minha dor, mas por mais que eu o odiasse algo em mim me fazia acreditar que algo melhor viria, pois sempre que começava a me lamentar, frases me vinham a cabeça: “Tudo existe por algum propósito”, “Tenha fé e tudo se resolverá no final”... Frases que eram apenas frases.

Porém, para um ser humano que não tinha nada, era a esperança que me fazia agarrar firmemente a superfície, não me deixando naufragar por completo. E, aos poucos, fui amenizando meu sofrer me permitindo escutar aquelas palavras. Foi então que pude ouvi-lo, a pessoa que apesar de tudo estava ao meu lado todos os dias. Ao ver o sorriso quente de Natsu, me permiti chorar pela primeira vez.

Graças ao meu marido, que me apoiou, posso dizer que me recuperei da depressão e agradeço todos os dias por tê-lo ao meu lado, pois ele poderia ter me abandonado no momento que recebeu a noticia da minha infertilidade. E é graças a ele que hoje tenho ao meu lado Nashi, meu amado filho.

Quando Natsu me viu definhando durante a depressão passou dias em orfanatos a procura de uma criança que pudesse ser nossa e no momento que encontrou Nashi, me levou para conhecê-lo.

O pequeno menino de apenas sete anos havia sido abandonado por sua mãe na frente do orfanato, onde ele vivia até o momento. Confesso que estava receosa, afinal adotar não é a mesma coisa que gerar, porém, percebi que esse pensamento era tolo ao ver Natsu conversando com o menino, que em seguida sorriu para mim e correu para os meus braços. No momento que senti o caloroso abraço daquela criança, não pude conter as lágrimas.

Ele não havia nascido de mim, mas eu nunca ia deixar de amá-lo.

No mesmo dia eu e Natsu entramos em contato com nosso advogado, precisávamos daquele menino e não iríamos descansar até tê-lo.

Meses depois a esperada notícia finalmente foi dada.

Nashi era nosso.

Quando paro para pensar em tudo que passei, tenho apenas uma conclusão: tenho que agradecer todos os dias ao meu corpo infértil, agradecer as mães que abandonam seus filhos, aos maridos que apoiam suas mulheres e principalmente a Deus por todos esses casos existirem, pois senão eu nunca saberia o que é ser mãe.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da fanfic Beijos.

Caso queiram ler minhas outras fanfics (oneshot) de Fairy Tail, é só copiar os links.

I Wish: http://fanfiction.com.br/historia/481906/I_Wish/

Roubando sentimentos: http://fanfiction.com.br/historia/395469/Roubando_Sentimentos/

Say:Yeah: http://fanfiction.com.br/historia/453737/SayYeah/



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