Gotta Be Somebody escrita por MissLerman


Capítulo 5
Capítulo 5 Wherever You Will Go


Notas iniciais do capítulo

Heeey babys, sim, eu estou aqui, e por favor não me apedrejem HEUHEUHU Poisé, festival passou EBAAAA mas aí há outro problema, vestibulares u.u alguém no terceiro ano aí? Sim, essa vida é dura, estou em uma situação de estresse danada HEUHEUHEUEHU mas enfim, vamos escrever para aliviar a tensão. Lá vai mais uma aventura de Percy Jackson, o lobisomem incompreendido, e Annabeth, a caçadora medrosa (ou não)



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Annabeth era realmente um mistério. Ela me tratava bem, de certa forma, mas sua cara tomara certa forma tensa depois que Hera lhe comunicara que ela serviria de guia para mim. Meu palpite era que ela não gostava muito de lobisomens. Talvez até tivesse se simpatizado comigo, mas com relação a... isso, talvez ela não gostasse muito. Suspeitava que havia uma história maior por trás disso tudo. Mas, como havia dito, ela era realmente um mistério.

Tínhamos separado alguns mantimentos, ervas que poderia amenizar o efeito da lua sobre mim, cobertores para passarmos a noite, e um arco e flechas, estes últimos ficariam com Annabeth. Perguntei a Hera se eu poderia ganhar alguma arma, para o caso de nos atacarem, porém ela respondeu que, se eu quisesse me defender, era só me concentrar para que o nível de adrenalina subisse e pronto, eu afugentava quem quer que estivesse em minha frente.

- Mas lembre-se, deve se manter limpo. O que quer dizer que não pode matar ninguém. - ela me repetira várias e várias vezes.

Hera me entregara também uma roupa nova, embora eu notasse que, de certa forma, não precisasse de nada além de algo para cobrir minhas partes íntimas, por pura vergonha, porque eu não estava sentindo frio algum. Mesmo assim, vesti as roupas para não parecer ingrato de minha parte. Uma camisa verde, calças novas e botas me caíram muito bem, modéstia parte. Me senti confortável, porém não senti diferença alguma no quesito "frio/calor".

Annabeth também trocou de roupa, agora ela estava usando um vestido de cor amarela, um tanto menor do que o verde que usara antes. Suas mangas eram curtas, e o comprimento também. Mas ela continuava, peculiarmente, linda. Seus cabelos loiros lhe davam um certo ar de inocência que eu tinha absoluta certeza que ela não tinha. Um cinto de couro preso à cintura trazia um cantil com água, mas Hera já nos deixara ciente de que teríamos de procurar logo um lago. E seu arco, preso junto as costas. Ela era o tipo de garota que não fazia o meu tipo, porém ao mesmo tempo me parecia tão meigamente maravilhosa. Estava me sentindo um tanto idiota, ainda mais por ela parecer não gostar muito de mim.

Prostrei-me junto à Annabeth e sua tia, estava esperando algum comentário ou algo do tipo por parte da garota loira, mas não houve nada. Ela apenas me deu um leve sorriso, mas bem leve mesmo, como se quase não estivesse sorrindo. Mas eu sabia que ela estava sorrindo, de alguma forma. Seu coração estava acelerado, e ela me parecia um tanto assustada. Talvez ela realmente não gostasse de mim. Não de meu todo, mas só aquela parte ruim, a qual eu também não sabia ao certo se gostava ou não.

- É melhor partirmos. - sugeri.

- De fato - Hera respondeu - Vocês tem 7 dias para encontrar o que procuram. É melhor saírem o quanto antes. Cada minuto adiantado é lucro para vocês. 

Hera então olhou para Annabeth e lhe deu um sorriso doce. Parecia que, por mais assustadora e bizarra que ela parecesse, havia sentimento nela.

- Vou tomar cuidado, prometo - Annabeth respondeu, e olhou para mim pela primeira vez depois que recebemos a notícia de que viajaríamos juntos.

Sorri para ela.

- Vou ficar bem. Esqueceu que passei uma noite inteira correndo no escuro com uma perna machucada? E ainda consegui achar a sua cabana. - lhe disse.

- Vocês precisam ir, agora. - Hera nos alertou.

Fiz um sinal para que Annabeth seguisse primeiro, porém ela pareceu não gostar da ideia. Fez uma cara feia e repetiu meu sinal, dizendo para que eu seguisse na frente. Não me incomodei, afinal sabia do porquê daquilo. Caminhei até a velha porta e a abri.

Depois de tanto tempo  naquele lugar escuro, senti o verde da floresta inundar meus olhos. A parte boa daquilo tudo, era que tudo, exatamente tudo, ao meu redor me parecia mais bonito; os sons eram melhores e as paisagens ainda mais maravilhosas. De certa forma, talvez me transformar não tivesse sido uma maldição por completo.

Olhando para trás um segundo, vi que Hera não chegou muito perto da porta, talvez não gostasse de claridade. Ela era, assim como eu, um ser um tanto sobrenatural, então gostava de coisas estranhas também. Hera apenas nos disse:

- Lhes desejo boa sorte. Este é o único jeito de mudar o coração de um lobisomem. 

Lançou um sorriso para Annabeth e fechou a porta de sua cabana. 

Annabeth respirou fundo e pôs-se a caminhar. A segui, afinal ela fora designada para ser minha guia. Mas ainda me parecia um tanto emburrada. Estranhei o fato de ter passado na frente e me deixado atrás.

- Você é corajosa. - digo, para provocá-la.

Annabeth parou, por um segundo, e olhou para trás, com aquele mesmo olhar de confusão e raiva ao mesmo tempo. Tenho que admitir que seus olhos acinzentados ficaram irresistíveis naquele estado de quase fúria.

- Quero dizer, você me deixou ficar atrás, como sabe que não vou te atacar pelas costas? - disse eu.

A loira apenas riu e, virando-se, me disse:

- Se você fosse me atacar mesmo, já teria me matado quando estávamos dentro daquela cabana. 

E, após isso, se aproximou de mim. Devo dizer que meu nível de adrenalina provavelmente foi para as alturas, porque ela ficou extremamente perto, muito perto mesmo. Caminhou devagar e parou assim que seus seios encostaram em meu peito. Senti seu coração batendo, não tão rápido como quando ela estava com medo, mas estava relativamente rápido. Seu rosto parou a centímetros do meu, e eu sequer conseguia respirar direito. Deus, o que esta garota estava fazendo comigo!

Annabeth ficou apenas me observando, mas seu olhar era tão cativante que, mesmo sendo um lobisomem e tendo uma certa vantagem com relação à força e velocidade, não notei quando ela me passou uma rasteira. Caí no chão cheio de pedras, mas, felizmente, não doeu. 

- Sem contar que você não duraria muito tempo lutando comigo. Ainda não descobriu como usar sua força direito.

Senti todo meu sangue subir para meu rosto, eu provavelmente estava vermelho como um pimentão. Me senti tolo pela cena anterior. Annabeth começou a andar novamente, mas eu ainda estava sentado no chão. Ela provavelmente estava certo, eu me distrairia facilmente se lutasse com ela. Estava em desvantagem.

- Vai me ensinar? - digo me levantando.

Annabeth parou mais uma vez, e olhou para trás.

- O que? - ela perguntou.

- Vai me ensinar a lutar? Porque eu sou só um magrela idiota que nunca segurou uma faca na vida. - respondi.

Minha resposta pareceu mais boba do que imaginei, Annabeth deu uma risada bem melhor do que todas que já havia me dado. 

- Fique tranquilo, vou te ajudar a sobreviver. E acredite, você não é tão idiota assim, já conheci piores. Meu primo Jason, por exemplo.

Meu rosto pareceu ser um ponto de interrogação, porque Annabeth logo fez questão de responder a pergunta que eu sequer lhe fiz.

- Ele é filho de minha tia Hera. E apesar de ter parte do sangue druida, não conseguia fazer encantamento nenhum. Quando ele chegava na metade, desmaiava. Ao contrário de sua irmã, esta sim honrou o sangue da mãe. 

- E onde esta irmã está? - pergunto inocentemente.

E então o sorriso de Annabeth se desfez. Notei então que aquele assunto lhe parecera delicado. Eu podia sentir a tristeza tomando conta de seu corpo. Era um sentimento gélido, quase como uma brisa fria. Quis até mesmo abraçá-la, mas me contive.

- Não se preocupe, não sou curioso - lhe digo. 

Ela me deu um sorriso amigável, mas apenas isso.

Sim, ela era realmente um mistério. Seus sentimentos, na maioria do tempo, me pareciam confusos. Annabeth não era uma pessoa de certeza.

- Você quase não fala sobre você, Annabeth. - lhe digo, tentando tirar sua atenção do fato constrangedor que ocorrera anteriormente.

Annabeth, que agora caminhava ao meu lado, pareceu ficar um tanto animada. Talvez não tivesse muitos amigos por aqui.

- Bem, minha mãe fugiu assim que eu nasci, portanto eu não a conheço. Cresci com meu pai, por isso tenho essas habilidades e tudo mais. Espere só até me ver com uma faca - Algumas risadas - Hera se casou com um de meus tios, mas minha família não a aceitava muito bem por conta de sua descendência e tudo mais, mas ela fora como uma mãe para mim. Meu saía para trabalhar e me deixava com ela. Muitos o diziam que ele era louco por me deixar com uma bruxa, mas ela sempre disse que iria me proteger. E assim se seguiu, mas ocorreu um... acidente...

Neste momento, senti um certo peso em suas palavras. E este peso era a tristeza. Queria lhe dizer que ela não precisava falar se não quisesse, mas ela não se interrompeu, ouve apenas esta pausa.

- ... E neste acidente, muita gente se foi. Como meu pai, e Thalia, a irmã de Jason, filha de Hera. 

Annabeth abaixou sua cabeça. Talvez ela e Thalia fossem amigas, a julgar pela tristeza que eu sentia em seu corpo. Seu coração estava triste. E eu não queria vê-la assim. Fiquei mal por ter feito aquela pergunta e por tê-la feito falar sobre aquelas coisas.

- Me perdoe, Annabeth. - eu disse

Ela então me olhou com certo olhar diferente, este me parecia mais carinhoso, e sem dúvidas um tanto mais feliz. Senti seu coração bater ligeiramente mais rápido. Fiquei feliz, afinal aquilo era um bom sinal.

- Te perdoo se não me chamar mais de Annabeth, odeio meu nome inteiro. Me chame de Annie. - ela disse apenas.

- Está certo, Annie. 

Annie sorriu quando a chamei de Annie. Talvez ela gostasse mais de seu apelido. Fiquei bem comigo mesmo por tê-la deixado melhor. Afinal, Percy Jackson era o campeão no quesito partir, inocentemente, corações femininos. Talvez por negligência, mas a verdade é que nunca entendi direito as mulheres. Elas simplesmente não faziam sentido, para mim. Mas não Annabeth, ela era mais fácil de entender.

Então um certo som tomou conta de meus ouvidos. Um ruído baixo, de som contínuo. Reconheci o som imediatamente. 

- Há algum rio por perto, escuto o som de água corrente.

- Não está brincando comigo né? - Annie me perguntou.

- Não, não estou. E estamos perto pelo visto, a julgar pela altura do som. 

Annabeth então se alegrou.

- Em que direção eu vou? - ela me perguntou.

Me concentrei mais um pouco, o som me parecia reto e límpido. Era quase como se eu conseguisse segui-lo, como se houvesse uma linha imaginária que me levasse até as águas as quais estava escutando tal som. Apontei para frente, sabia que estaria certo porque, de alguma forma que até eu mesmo não conhecia, sabia que poderia confiar em meus ouvidos.

Annie então correu, um tanto atrapalhadamente por conta da bolsa com os mantimentos que segurava, mas correu. Porém, quando atingiu certa distância, se virou abruptamente e me disse:

- E só para constar, você não é magrela, Percy. 

Considerei aquilo um elogio, e corri atrás dela.


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Notas finais do capítulo

1- Jason, te amo, mas você é gay, mais que o Nico (Nico, te amo ainda mais s2s2s2s2)
2- Amo demais judiar de vocês leitores HUEHEUHEUHu acharam mesmo que eles iam se beijar justo agora? Puffff
3- Pobre Thalia, o que será que aconteceu?? Mais segredos desvendados e mistérios enfrentados no próximo capítulo de As Aventuras de Percy Jackson, o lobisomem incompreendido, e Annabeth, a caçadora medrosa



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