Férias um tanto... Diferentes escrita por Sakura Uchiha


Capítulo 17
Namorados


Notas iniciais do capítulo

demorei, sei que sim, mas tava se ideias. Mas hoje to feliz, meu ultimo dia de aula! Tive umas ideias ótimas quando tava lavando louça e coloquei quase todas aqui, hueheuheuhue aproveite enquanto podem heuheuheuhe



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Três dias. Fazem três dias que eu estou sentada nessa poltrona de hospital, na recepção aliás, porque esse bando de putos não e deixa entrar e ver meu Sasuke. Agora imagine o meu estado, três dias sem comer, sem pentear o cabelo e sem tomar banho. Pode chamar isso de coisa de gente porca, mas quando o amor da sua vida ficar internado três dias na porra de um hospital por sua causa, aí sim você vai poder me entender.

Eu poderia ter comido, aqui tem uma cantina com comida gente, com gosto, duvido que seja mesmo de hospital, mas tem. Naruto tentou me dar uma pizza ontem, eu admito que quase aceitei, mas quebrar minha greve de fome não valeria a pena. Peguei uma fatia da pizza e joguei na cara dele, ele, como bom amigo, pegou o resto da pizza e esfregou na minha cara. Conclusão: além de estar três dias sem comer, pentear o cabelo ou tomar banho, meu cabelo parece um ninho de mafagafos com queijo derretido em cima.

Itachi me ligou mais cedo, disse que houve um tribunal esquisito de gente esquisita naquela casa de gente esquisita onde Sasori mora, e ficou decidido que Deidara está expulso permanentemente daquele lugar. Quase marquei uma festa, mas acho que se tentasse ia desmaiar, estou fraca demais até para dizer Ragatanga.

Não posso dizer que estou completamente sozinha, de dia Ino vem para cá e fica um pouco comigo, de noite vem a Hinata e horas depois Naruto. Ela me explicou que eles brigaram e o loiro não para de persegui-la por perdão. Eu achei fofo, mas ela disse que se eu soubesse o que ele fez, não acharia isso. Então eu perguntei o que ele fez e ela disse “não te interessa cacete!”, então eu virei pro lado e dormi.

Mas agora, finalmente eu estou sozinha. Pareço uma sem teto, estou fedendo, com um ninho de pássaros que gostam de queijo na cabeça, mas quer saber a melhor parte? O médico está vindo até aqui! Ele parou alguns metros longe de mim. Não o culpo, se eu não fosse eu também não ia querer chegar perto de alguém com esse cheiro.

– Você está com o Senhor Uchiha? – perguntou, eu assenti e não disse nada. Três dias se escovar os dentes, meu hálito deve estar o de alguém que dormiu com um rato morto na boca. – Bom... Ele acabou de sair da ultima cirurgia, acho que daqui a umas duas horas ele pode receber visitas. Enquanto isso... As enfermeiras tem umas toalhas e um banheiro vago, gostaria de tomar um banho?

Acenei freneticamente. Ele sorriu e me mandou segui-lo. Ui ui, quando isso acabar eu vou poder dizer que entrei na área restrita de um hospital! Pode falar que é sem graça, o Sasuke tá quase morto e tal, mas você já foi numa área restrita? Óbvio que não, então cala a boca!

Eu entrei lá. E tomei banho. E escovei os dentes. Não consegui pentear meu cabelo todo, mas pelo menos não pareço uma sem teto acolhida em hospital de rico. Assim que saí, fui direto para o quarto que eles me disseram. Ele ainda estava desacordado, bem melhor, ainda tem chance de acontecer a ceninha clichê de eu ser a primeira coisa que ele verá assim que acordou e...

– Por que tem queijo no seu cabelo? – droga, por que cenas clichês não acontecem comigo? Por que minha vida não é uma fic chata ou um filme sem graça?

– Oi pra você também – minha voz saiu fraca e rouca, eu não a usava fazia muito tempo.

– Vem cá, eu tiro – sentei na ponta da cama e ele puxou um pouco meu cabelo ao tirar o pedacinho de queijo. Ele riu. – Você está pálida.

– Fiz greve de fome, mas mesmo assim eles não me deixaram vir aqui.

– Ficou esse tempo todo esperando para me ver? – deu um sorriso sacana.

– Não fiz mais que minha obrigação, você veio parar aqui por minha culpa, lembra? – baixei os olhos e o sorriso dele se desfez.

– Sério que depois de tudo isso você ainda pensa assim? – riu sem graça. – Eu fiz aquilo sim, mas não por sua culpa, mas por sua causa.

– De onde eu venho é a mesma coisa.

– Olha... Se você tivesse me obrigado e eu viesse parar aqui, teria sido sua culpa, mas como eu me ofereci, então eu estava por minha culpa e risco, por sua causa. Entendeu?

– Hm... Então em uma situação eu sou idiota, e na outra o idiota é você, é isso?

– Exato. Eu sou um idiota quando o assunto é você – engasguei com o ar.

– Roubou essa frase de qual livro? – ele riu. Pegou minha mão.

– De um que tem bem aqui – colocou minha mão no lugar onde deveria estar seu coração. Que lindo, que fofo, que perfeito, que...

– O que você está planejando? – puxei minha mão de volta. Seu toque me causava choques, isso não é uma coisa legal como nos livros.

– Quê?

– Você não é fofo, não é educado, não é assim. O que vai querer? Me levar na cama ou o quê?

– É impressionante o quanto você espera de mim, Haruno – suspirou. – É tão impossível assim que eu esteja gostando de você?

Não, agora sim, eu engasguei com o ar, meu estomago começou a brincar de ser acrobata e eu achei que fosse vomitar. Não é isso que acontece nos livros? Mas que porra, mania de comparar minha vida com livros... Ah, esqueci o que ia dizer, que se foda...

O negócio é que eu levantei, tropecei no meu pé e me apoiei na cadeira, me sentei ali e tentei normalizar minha respiração. Meus pulmões tavam brincando de ficar no mesmo ritmo do coração, sabe? Só que o coração quando estamos correndo. Tipo isso.

Ele riu e se sentou, de frente para mim. Um curativo no rosto, um monte de cortes na cara, o cabelo estava mais curto – até porque eles têm cabeleireiros no hospital –, mas não estava pálido. O que é estranho, mas ao mesmo tempo bom. Eu acho.

– Acho que sim.

– Acha o quê? – perguntei. Desde quando ele estava falando que eu não ouvi?

– Acho que você acha impossível eu estar gostando de você.

– Ah... Acho que você tem razão.

Ele riu.

– Olha, você é Sasuke Uchiha, o garanhão na escola, o amigo da galera, o objetivo da vida da Karin, você pode ter qualquer garota que quiser e... – ele se levantou e veio até mim, minha voz se calou quando seus lábios tocaram os meus e meus ovários fizeram BUM!

– Eu posso ter qualquer uma delas, mas não a única que eu realmente quero – tocou a minha mão e a acariciou. Sorriu enquanto se ajoelhava. PUTAQUEPARIU MANO ALGUÉM ME BELISCA! CARALHO, BELISCA NADA, TÔ MUITO BEM NESSE SONHO! – Sakura Haruno, aceita sem minha namorada?

E foi agora que eu levantei, corri de um lado pro outro, dancei Macarena, gritei feito uma doida, dei um tapa na cara da enfermeira puta que queria dar pra ele, criei uma dancinha e uma musica só pra esse momento, tirei foto, escrevi um livro e fomos para a Disney! Nos casamos, tivemos dois filhos e um cachorro preto, porque eu não gosto de cachorros amarelos.

Mentira, não fiz nada disso – como você deve ter percebido né amiga? –, mas na minha cabeça eu vi cada cena e foi simplesmente lindo.

– Hm... Bem... Pode ser... – se eu dissesse as palavras que eu tava pensando (CLARO PORRA, BORA FAZER UM FILHO E COMPRAR UM CACHORRO!) ele ia ficar um pouquinho assustado.

– Mesmo agora não vai deixar o orgulho de lado e mostrar que gosta de mim? – rimos.

– Se eu não gostasse de você, não teria ficado três dias sem comer pra poder te ver – ele se levantou na mesma hora.

– Você está há três dias sem comer? Qual seu problema? – a aí está a bipolaridade que eu tanto vejo no irmão dele, essa porra é de família cacete. – Olha, você não pode ficar fazendo mal pra você assim, sua mãe nunca te disse que saco vazio não para e pé? Vamos, anda, vamos comer alguma coisa.

– E o nosso primeiro encontro como casal vai ser no refeitório de um hospital, que romântico.

– Cala a boca e anda.

Assim que abrimos a porta para sair, adivinha quem tava ali? Sim, o demônio, o puto, capeta, capiroto, capivara, cacete, sei lá que porra de nome falar mais. Era o Deidara. Sasuke tentou avançar, mas parou antes, colocando a mão no estomago. O loiro riu.

– Cadê sua pose agora, Uchiha?

– Vai se fuder, imbecil!

– Nossa Sakura... Você tá horrível eim, parece um zumbi. Vim aqui buscar o que era meu, mas quer saber? Você já está mal o suficiente com ele, que é o merda de “amor da sua vida”, imagine se estiver comigo? – ele é maluco? Tá caducando? Falando com o além? Sei lá, porque ele não tá falando com a gente, então...

– Então... Você vai abdicar o seu premio? – perguntei.

– Você nunca foi dele – Sasuke tagarelou. Puta que pariu, parece criança, não sabe a hora de calar a boca!

– Sim, eu vou, por um bem maior. Mamãe disse que tem leite e biscoitos me esperando na Vila da Chuva – é, agora é certo, ele tá delirando.

– Hm... Obrigada por avisar, eu precisava saber. Agora ande, vá logo pegar seus biscoitos! – e ele saiu dali saltitante.

Olhei para Sasuke e ele olhou para mim, só faltava aquelas interrogações que aparece em cima da cabeça da pessoa. Ou do lado. Ou na cabeça. Ah, você entendeu cacete.

– Isso acabou de acontecer mesmo? – perguntei.

– Se for um sonho, eu não quero acordar.

E nosso almoço foi perfeito. Eu não consegui comer o quanto precisava, parece que o tempo que fiquei sem comer, meu estomago se contraiu como uma ameixa e agora não cabe mais nada dentro. Mas eu bebi meu refrigerante e o dele, e comi meia fatia de pizza. Depois de três dias sem comer, uhul! Nesse ritmo eu vou emagrecer, vou virar uma Ino.

Fomos para casa. Isso, sem espera, sem quarentena, sem estado de observação e essas porra toda. Isso porque hospital público quer mais que o pobre se foda. Pelo menos a comida era boa.

Ele foi atacado por Karin assim que chegou. Ou iria ser, já que eu dei uma de segurança chata e fiquei na frente dele. Daí o puxei para o meu lado e me apoiei em seu ombro.

– Oi Sasuke-kuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuun! – ela disse, manhosa pra caralho.

– Falaí Karin, soube da última? Eu e Sasuke estamos namorando! – soltei logo, pra ela tirar os olhos (todos os quatro hahahahahaha sim, eu sou má! Ela vai crescer e virar Karin, a Estranha) do meu homem. A boca dela se abriu tanto quanto eu nunca pensei que seria possível.

– Sasuke-kun, me diga que isso é mentira – ele só sorriu. – Não, você não pode estar falando sério... Essa vaca? Olha só pra cara de morta dela, Sasuke-kun! Ela não tem corpo, ela tem cabelo rosa! ROSA CACETE, QUEM GOSTA DISSO?

– Eu gosto – ele disse. Ela deu gritinhos agudos e saiu correndo.

– E VADIA! – berrei para ela ouvir. Todos riram. – Pare de chamar o meu namorado – caralho, é muito maneiro falar isso! – de “kun”, pra você ele é “san”.

Ela bufou e voltou a correr.

– UHUUUUUUUUUUUUUUUUL! – Hina e Ino berraram juntas, vindo até mim e me levantando do chão com um abraço que só elas sabem dar. – Sério essa coisa de estarem juntos? Tipo, um casal?

– É Ino. Pois é.

Suigetsu se aproximou. Pensei que fosse dizer algo como “não chame minha gata de vadia, Rosa!”, mas ele foi até Sasuke e eles trocaram um olhar significativo.

Parabéns cara – esse não foi só um “parabéns”, tinha uma mensagem subliminar nessa frase que só os dois entenderam. Conheço muito mensagens assim, procurei muitas delas no youtube. Só falta saber o que significa, porque né.

– Você vai me contar tudo e- cortei Hina no meio da frase.

– Desculpa, mas eu vou dormir. Não durmo em uma cama faz três dias.

E voei até a cama. Ou devo ter voado porque não me lembro de mais nada.

Horas depois eu acordo. O sol está nascendo. E eu estou com sede. Desço as escadas e pego um copo de água. Quando ouço a campainha e vou atender.

Não tem ninguém na porta. Olho de um lado e nada. Olho do outro e nada outra vez. Olho pra baixo e BINGO!

CARALHO E QUE BINGO!

Tinha uma criança numa cesta de pão velha, uma menininha, devia ter um ou dois anos, vestido preto com bolinhas brancas, arco vermelho no cabelo, meias finas brancas e sapatilhas de boneca nos pés. Cabelos negros e pele mais clara que a minha, a menina era um anjinho em forma de Minnie.

Tinha um cartão junto. Peguei o papel e o desdobrei.

Achou mesmo que poderia se esconder de mim por muito tempo? Foi só eu dizer que tava grávida e você sumiu do mapa! Achou mesmo que conseguiria se esconder de mim? Pois é querido, eu te achei, e do nosso lance nasceu essa princesa! E do lance de você não ter ficado do meu lado e ter ignorado, nasceu essa situação ridícula. Eu cuidei dela até agora, seu nome é Taiga, e agora é a hora de ela ter um pai!

Ass: A. Até qualquer dia Sasuke!

Meu namorado é... Pai?


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Notas finais do capítulo

Eu sou muito troll heuheuheu isso tudo porque tenho poucos seguidores no twitter! heuheuheuheu deixem comentários e sigam a @directliber



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