Doce Problema escrita por Camila J Pereira


Capítulo 42
A Casa


Notas iniciais do capítulo

O último capítulo. Não é incrível como passa tão depressa?
E desta vez caiu bem na semana de Natal, para dar aquela nostalgia mesmo.
Gente, é muito bom ver a aceitação de uma fic. Os comentários aprovando ou desaprovando alguma coisa, sugestões, torcidas. Tive uma boa equipe de leitoras para esta fic. Agradeço imensamente.
Dedido este último capítulo as meninas que sempre estavam presentes nos comentários: MRP, Polli, Aline Pattz, bia oliva, Carol Nogueira (Acredito que a minha leitora mais fervorosa - Adorrooo!), Ana raposo, matiussi e é claro, Michelle Garcia que foi por ela que repostei esta fic. Espero que tenha gostado, pois você foi o incentivo.
Para todas, desejo um Feliz Natal, repleto de carinho, amor e rodeado pelas pessoas que amam.
Divirtam-se com este último capítulo.
Mil beijos.



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Bella

A nossa futura casa tinha quatro paredes e telhado. Isso era ótimo, uma vez que chovia forte desde cedo. Edward e eu estávamos sentados no chão de onde seria a sala de estar que deveria ser grande.

O meu marido adorava a ideia de uma sala grande, um lugar onde somente coisas boas iriam acontecer. A partir daí, nós designamos tudo como grande: cozinha, banheiro, quarto... Era maravilhoso vê-lo sorrindo e com os olhos brilhando falando desses pequenos sonhos que se tornaram meus também. Eu queria aquela casa, ficar nesse lugar tranquilo construído por nós dois.

Observava a chuva caindo, uma névoa encobrindo a cidadezinha no pé da montanha. Sentia-me engraçada com um cinto porta-ferramentas ao redor da cintura, o que Edward dizia que era o traje mais sexy que poderia existir e eu até acreditava por causa da maneira que ele me olhava. Se fosse assim mesmo não teria problemas, pois ele é um homem muito fácil de agradar.

No início tive um pouco de dificuldades para me adaptar à felicidade. Demorou um pouco para que eu acreditasse na segurança de olhar para o futuro. Mas pouco a pouco foi acontecendo. E eu comecei a desejar casar com Edward e ter filhos.

A paciência dele vencera. O matrimônio aconteceu há dois meses, na cidadezinha mais encantadora que eu conheci. Quando me ajoelhei na frente dele e pedi que ele reconsiderasse a decisão de não se casar comigo e vi o brilho das lágrimas nos olhos de Edward, percebi que o meu cowboy não era tão durão.

Repetidas vezes lembrei-me do casamento, do momento do “sim”, a nossa dança e a briga com James que com a ajuda de alguns conhecidos de Jasper recebeu uma proposta de emprego em outra cidade e foi embora. Seria muito perigoso morar na mesma cidade que ele, Edward acabaria matando-o e eu não queria meu marido encrencado.

A nossa lua de mel foi recheada de momentos de paixão. Não tinha dúvidas de que ele me fazia feliz e queria tanto continuar ao seu lado para sempre. Decidi então fazê-lo voltar à ativa, talvez um pouco do velho Edward caísse ainda melhor. Iniciei nos negócios da criação de animais junto a ele. E quando Edward viu o primeiro animal comprado vi o sorriso da capa da revista de volta. Sorri feliz e satisfeita e Edward percebeu, como sempre, notava tudo em mim.

– O que foi?

– Gosto da minha vida. - Encostei a cabeça no ombro dele e esfreguei o rosto na sua camisa cheirosa. - Tantas coisas inesperadas... Penso que aí que está à graça. Veja Rosie e Emmet, por exemplo. Quem diria que eles se apaixonariam? E Rosie já grávida... O que me lembra de Alice com a sua barriga de oito meses está tão linda. Mas tudo o que vivemos mostra que o comportamento das pessoas é imprevisível. Achamos que já está tudo previsto e determinado e de repente... Surpresa! Tudo muda.

– Eu que o diga, não? Vivia uma vida pacata nessa cidade, sem grandes expectativas, apenas com um desejo. De encontrar uma garota especial. E olha só! Em um belo dia de trabalho, conheço uma garota linda, mas que é cheia de mistérios e arredia. Apaixonei-me por ela no primeiro olhar e me vi escravo de suas vontades. Uma garota imprevisível, que pensei que não me aceitaria ao seu lado, mas que no fim, pediu-me em casamento. O momento mais feliz da minha vida. E agora estamos aqui, juntos construindo mais um sonho. - Edward sorriu. - Merecíamos essa felicidade, meu amor e acho que Rosie e Emmet também. - Edward beijou a minha testa, e cheirou os meus cabelos. - Ah, eu já ia me esquecendo! Por falar em Rosie e Emmet, eles tiveram uma surpresinha hoje pela manhã. Rosie fez a ultrassom e adivinhe? Está grávida de gêmeos! – Fiquei encarando o meu marido completamente espantada com a notícia que me dera.

– Está brincando! Gêmeos?

– Foi o que o médico disse.

– Meu Deus! - Gargalhei depois do choque. - Edward eles precisarão de uma ajuda extra para conseguirem cuidar da prole!

– Vão mesmo! - Ele gargalhou. - Coitado do Gilbert, está louco.

– Deve estar mesmo.

– Mas me pareceu muito feliz também.

– Ah, Emmet sempre quis uma família grande, mas acho que ele não contava com esse bombardeio. Foi tudo tão repentino. Antes mesmo de casar ele ganha dois filhos superativos e agora poucos meses depois do casamento descobre que vai ser pai de mais dois. Incrível!

– Bom... Vamos parar um pouco de falar em Rosie, Emmet e a sua ninhada. Gostaria de fazer-lhe uma pergunta.

Beijei-lhe de leve na boca ainda sorrindo.

– Sim?

– Sabe que demoramos seis meses para nos casarmos depois de ter lhe pedido para não casar comigo.

– Sim, e daí?

– Bem, é que... Meu amor, por favor, não tenha um filho comigo.

Eu não pude deixar de sorrir para ele. Tão engraçadinho e super sexy.

– Sinto muito cowboy, mas não posso atendê-lo desta vez. - Falei séria.

Edward fitou-me de olhos arregalados e eu tive vontade de rir, ele mal podia adivinhar o por que.

– E por que não?

– Por que...? - Fingi pensar um pouco. O que deixou Edward visivelmente angustiado. Eu sabia que ele já adivinhava. - Talvez porque ele já tenha sido encomendado. Acho. Ainda não fiz o teste, mas tenho quase certeza.

Edward estava agora com uma cara engraçada, assustado. Depois riu de um modo que iluminou ainda mais seus fascinantes olhos verdes.

– Um bebê? Nosso? Agora? - Ele parecia aturdido, mas feliz.

– Sim, meu amor. Um bebê. Nosso. Agora. Você tem jeito com as palavras! - Brinquei e Edward riu ainda mais.

– Isso merece uma comemoração! - Edward não cabia em si de tanta alegria. Segurou o meu rosto entre as mãos e murmurou em meu ouvido.

– Que tal você deixar que eu tire as suas roupas, menos esse cinto de ferramentas. Assim, eu posso tirar as minhas também e me deixe prová-la e depois ficar em você, dentro de você. - Eu pisquei.

– Aqui? Agora? Nós?

– Você tem jeito com as palavras, querida!

E Edward começou a me lembrar de que ele tinha consideráveis talentos que não dependiam de palavras...

A vida de uma pessoa não poderia ser mais feliz. Agradecia todos os dias por ter parado em Hope Falls e ter conhecido todos. Ainda lembrava-me da minha antiga vida e das pessoas que havia perdido. Ficava triste algumas vezes, Edward percebia e respeitava isso, mas ao lado dele era difícil continuar triste por muito tempo. Havia perdido, mas havia ganhado também.

Alice teve a sua pequena menininha Anne, tão parecida com ela. Miúda, um filhote de fada. Jasper parecia hipnotizado pelo bebê. Na verdade, todos nós ficamos encantados com ela, era impossível o contrário.

Rosie veio visitar Alice e sua barriga estava linda, indicando que logo viriam mais dois. E eu, bem. Minha barriga ainda não estava crescida, mas Edward estava todo orgulhoso. Dizia para quem quisesse ouvir o quanto eu estava grávida dele.

Elizabeth quase tem uma sincope. Ela disse que não daria conta de tanto tricô para fazer. Ela nos recriminou, dizendo que era para ser um de cada vez e não uma manada inteira de uma vez. Nem nós imaginávamos isso, mas estávamos felizes, muito felizes.

Fim.


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