Kyodai - The Awakening Of Chaos (Interativa) escrita por Wondernautas


Capítulo 62
Capítulo 52 - Rainy day




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Um pingo, dois pingos, três... Pouco a pouco, a ensolarada tarde vai tendo seu céu coberto por nuvens escuras. E essas nuvens derramam sobre a terra tudo aquilo que carregam. Sorrateiramente, o adorável dia de Sol se transforma em um calmo dia de uma angustiante chuva.

– A partir de agora, então, sua mãe é mesmo nossa inimiga? – confirma Kenny, debaixo do seu guarda-chuva, caminhando ao lado do líder da Carmesim. – Quer mesmo isso?

– Não tenho escolhas senão caçá-la. – afirma Yuki, olhando somente para a frente, levando consigo o seu próprio guarda-chuva. – Ou poderemos ser nós os caçados. Até mesmo os alunos de Kyodai poderão ser envolvidos e isso não quero jamais!

A reunião urgente da Carmesim já terminou há duas horas. Com alguns assuntos pendentes relacionados somente ao colégio, o filho do falecido Raiabaru Yamagato e da viva Yukino Arima dispensou todos, exceto Kenny. E, por ora, como tudo foi resolvido, os dois saíram juntos da escola há pouco. E desde então conversam debaixo desta serena chuva.

– Eu sei que, apesar de tudo, ela é sua mãe. Não há como odiá-la. Por favor, repense. – pede seu assistente, preocupado com aquele que é mais do que seu patrão: é Yuki também um ente muito querido. – Mesmo sabendo que foi ela quem matou Alice e tantos outros, eu seria um idiota se ignorasse a sua dor.

Pode-se dizer que ninguém neste mundo conhece Yuki melhor do que o irmão mais velho de Senshi Yujo. Não é um simples assistente, mas sim um legítimo escudeiro, o braço direito que qualquer um pede a Deus. Responsável, inteligente, astuto, confiável, fiel e justo: são essas algumas das características que qualificam Kenny e que fizeram ele se aproximar do vice-diretor para, hoje, ser um grande amigo seu.

– Não se preocupe tanto com isso. – pede seu amigo, fitando-lhe por alguns segundos, andando juntos à mercê do chuvoso fim de tarde. – Já estou preparado para sacrifícios.

– É essa a minha maior preocupação...

A visão de outra pessoa chama a atenção de ambos. Lado a lado, ao longe, correm juntos Arin Cowne Style e Anthony Christhurt. Os dois haviam se conhecido antes de se encontrarem em Kyodai. E podem ser chamados, quem sabe, de amigos?

– Arin-kun, o pessoal veterano parece ser uma turma maneira! – afirma Anthony.

– Ainda não tive chance de conhecê-los...

Depois que Sayuri, Lucy e James mostraram os melhores pontos da cidade para Anthony, ele se separou deles e se encontrou com Arin por acaso. E foi quando a chuva os pegou desprevenidos...

Os dois amigos ganham cada vez mais distância até desaparecem do campo de visão de Kenny e de Yuki. Nem ao menos sabem que, por alguns segundos, os dois membros da Carmesim puderam observá-los. Afinal, o objetivo de ambos é chegar a um abrigo. Ou melhor, chegar na casa de Arin. Pois, apesar da chuva estar bastante leve, ninguém merece ficar ensopado no meio da rua...

– O que é aquilo!? – questiona Anthony, ao parar de repente, usando seu indicador direito e seu respectivo braço para a frente com o intuito de indicar algo bem estranho.

Arin também para. E, juntos, eles observam: um ligeiro acúmulo de água se movimentando de modo aceleradamente anormal no meio da rua. É como se fosse uma criatura viva se arrastando como serpente. Por isso, o amigo de Anthony declama:

– Não faço a mínima ideia! Mas que é macabro, ah, isso é!

/--/--/

Longe dali, na sorveteria recém-inaugurada da cidade de Konton...

Apenas os irmãos Tohara, como clientes, permaneceram no local. Antes mesmo da chuva, Nagashi e os demais foram embora e apenas os dois aqui ficaram. Queriam ter um tempinho para conversarem à sós, mas acabaram sendo surpreendidos pela chuva. Por causa dela, estão “presos” no ponto comercial que um certo Yuko Kurama adoraria conhecer...

– Esta chuva é tão triste. – opina Saori, deitada de bruços sobre a mesa, olhando para a chuva lá fora.

– Também acho. – concorda seu irmão, ao seu lado direito. – Não poder voltar para casa para assistir Inu Yasha por causa de uma chuva chata é mesmo uma tristeza!!

Por alguns instantes, o silêncio reina. Porém...

– Será que temos futuro? – indaga a loira, virando seu rosto de volta para o irmão.

– Se temos futuro? Sim, temos! – confirma ele, movimentando seu rosto positivamente. – Tanto nós que estamos relacionados com aquela profecia como aqueles ao nosso redor têm direito a um futuro.

– Alguns dos envolvidos com ela morreram. – argumenta, erguendo sua face da mesa. – Além disso, são tantos desafios, tantas ameaças... Tenho medo de que algo aconteça com nossos amigos, com você...

– Ninguém mais vai se ferir. – determina o loiro, usando sua palma direita para acariciar o queixo de sua amada irmã. – Eu prometo.

Por um longo período, os gêmeos permanecem se olhando de modo fixo e constante. Nunca foi segredo para quem os conhecesse que os laços que os unem são extremamente fortes. E, quando se olham dessa forma, parecem que tentam procurar o que há no interior do coração do outro. É como se vasculhassem a alma um do outro somente por amor e por sede de ser amado.

– Você é muito importante para mim, Saori... – revela.

Passos solitários passam a ecoar, chamando a atenção dos dois. E, junto deles, uma estranha sensação que nasce tanto nela quanto nele. Uma espécie de nostalgia, quem sabe...

– Quem é aquela!? – a garota se pergunta, ao direcionar sua face para um determinado ponto da rua, assim como seu irmão.

Uma mulher de luto, de rosto baixo encoberto por um véu escuro, protegida somente por sua sombrinha negra, vai caminhando calmamente pelas ruas. A chuva parece não intimidá-la, pois a forma que anda demonstra que não tem pressa nem inquietações momentâneas. A visão é de amedrontar qualquer um!

– Saori... – o garoto, então, se levanta do seu lugar, preocupado, trazendo para si o olhar da loira. – Vamos embora!

– Por quê? – questiona ela. – Vamos tomar chuva apenas por causa de uma mulher estranha? E se pegarmos um resfriado?

– Nagashi-san e Senshi-kun falaram que, quando invadimos a sede da Gênese, eles se depararam com uma mulher muito estranha que tinha o dom da umbracinese, sendo capaz de criar e manipular escuridão. – vai explicando, enquanto a observa. – Foi a mesma pessoa que sequestrou a Sophia-chan e que, indiretamente, causou todo o desastre desencadeado naquele dia.

Kaoru, agora, se refere à série de acontecimentos, incluindo o Poltergeist, que foram facilitados pela ausência do grupo que invadiu a sede da Gênese. Em algumas conversas entre Nagashi, Senshi e Kaoru, a ideia unânime foi de que aquela mulher é quem estava por trás de tudo, manipulando todos sem que ninguém percebesse.

– O nome dela é Grade. – enfatiza, notando a grande surpresa que se instala na face de sua irmã gêmea.

– G-Grade!? – repete, atordoada. – Você está querendo dizer que...

Repentinamente, a mulher que já se encontrava a poucos metros deles desaparece envolta por sombras. Os dois percebem isso e, quando Saori também se levanta, seu irmão usa a mão direita para puxá-la pelo pulso esquerdo. Contudo, ao se virarem para a outra direção, descobrem que já é tarde demais: utilizando suas sombras, a ex-integrante da Gênese se locomoveu depressa e agora ressurge entre elas e perante a dupla.

– Há quanto tempo, meus queridos! – clama a mulher, ainda de rosto baixo, soltando a sombrinha que cai solitária e molhada ao piso da sorveteria.

Kaoru olha para todos os lados. Por alguma razão, os funcionários – três: duas mulheres e um homem – que por aqui estavam desapareceram. Não há mais ninguém aqui se não eles.

– Alguma coisa ela fez com eles! – pensa o loiro, imaginando que, de algum modo, Grade se livrou dos funcionários da sorveteria para ter um reencontro devido sem a presença de nenhuma pessoa indesejada.

– G-Grade-sama, é você mesmo? – indaga Saori, atordoada.

A mulher exibe um sorriso maquiavélico. Erguendo sua face o suficiente para encará-los, a “exótica” articula, com uma inesperada expressão comovida:

– Esperei tanto tempo para me reencontrar com meus dois amos. Tanto tempo...

Grade ergue seu braço direito. Em sua mão, é revelada uma espécie de adaga negra com uma lâmina bem afiada. Elevando a tenebrosidade do seu sorrir, completa:

– E, diante de vocês, me sinto no dever... De fazê-los conhecer o mundo da morte!

/--/--/

– Como pude acreditar naquele idiota, Tsu-chan!!?? – Daisuke Saruma, ao lado direito de Tsubaki.

– E-eu não sei... – diz ela, um pouco corada por não ter a mínima ideia do que falar para seu melhor amigo.

– Como pude me entregar daquele jeito!?

– E-eu não sei...

O assunto é Yuong Tsukyomi e sua “ex-namorada” Amaya. Daisuke, quando se deparou naquela situação, fugiu e foi para casa. Momentos depois, ligou para Tsubaki e foi até a sorveteria onde ela estava com Nagashi, Senshi e os outros – isso depois de Akemi levar Daniel consigo para a reunião da Carmesim. Nagashi, Senshi e Julie foram para a casa do empático, Kaoru e Saori permaneceram juntos no local e Tsubaki e Daisuke saíram juntos, caminhando pela cidade para conversar. Por sorte, a amante dos gatos e das flores estava com uma sombrinha – prevenida ela! – e agora estão, juntos, protegidos da chuva.

– Como pude achar que ele gostaria de mim de verdade!?

– E-eu não sei, mas acho que Yuong-kun gosta de você de verdade.

A conversa começou há um bom tempo, antes mesmo da chuva. E o garoto contara a ela todos os detalhes do ocorrido: tim tim por tim tim. E Daisuke falou tudo tão freneticamente, deixando suas poucas lágrimas se misturarem com as gotas celestes, que ela agora faz um tremendo esforço para pensar no que deve ou não falar para não piorar a situação. Aí o grande motivo de Tsubaki estar tendo tantos problemas para formular suas frases...

– Claro que não!! – exclama ele, fitando-a por alguns instantes. – Ele é um canalha safado e ardiloso! Me usou e continuaria me usando como sempre fez! Quem garante que eu não tenha ficado com ele até hoje por que fui manipulado pelas habilidades de persuasão que tem?

– Sabe que ele não é assim, Daisuke-kun...

Ora o chama de “Saruma-kun”, ora de “Daisuke-kun”. Isso varia muito de acordo com a intenção locativa dela. Quando procura falar algo mais profundo e pessoal, o chama de Daisuke. Quando não e o tema se trata de algo comum, de Saruma.

– Como sabe que ele não te manipulou também!? – questiona, fazendo um pouco de drama.

– Yujo-kun é bem próximo do Yuong-kun e saberia se ele mentisse e nos enganasse. – afirma, certa do que fala. – Além disso, Yujo-kun não seria manipulado. Ele é resistente a esse tipo de coisa.

– O dom dele pode ter evoluído e ficado mais forte, assim como a cara-de-pau! – exclama, bufando. – Quem garante que até mesmo o Senshi não está sendo manipulado!?

Daisuke, agora, está se referindo ao fato de que os poderes dos humanos avançados podem se tornar mais fortes conforme seus possuidores vão aprimorando eles. Aliás, com seu dom, o garoto é capaz de memorizar e aprender tudo aquilo que lê. E por ter lido alguns catálogos e relatórios sobre os assuntos, que Yuki Arima lhe dera para seu aprendizado sobre tal, Daisuke hoje é um expert no tema. E olha que esse aprendizado se deu em menos de uma semana... Em poucos dias, aliás.

– Acho que você está passando dos limites do drama, Daisuke-kun. – opina ela, tentando acalmá-lo.

Ele suspira e fecha seus olhos por alguns segundos. Ergue sua cabeça e observa alguma das gotas de chuva que caem dos céus.

– Você acha? – pergunta.

– S-sim. – confirma Tsubaki, olhando-o por alguns instantes.

Ela percebe que seu amigo voltara a chorar. Porém, não sabe mesmo o que fazer. No fundo, e bem lá no fundo, seu sentimento por Yuong não desapareceu. E por isso, lidar com tal situação é uma tarefa um tanto quanto problemática. Por outro lado, como poderia deixar seu melhor amigo se afundar neste mar de angústia e desilusão?

– Será que devo encontrar alguém que cuide de mim e que me ame de verdade?

Ao fazer tal pergunta, o Saruma acaba se lembrando das palavras de Sayuri quando teve uma conversa com ela certa vez – foi durante o período em que Nagashi, Senshi, Tsubaki, Saito, Kaoru, Jimmy, Kenny e Yuong partiram e invadiram a sede da Gênese. O que a flautista disse foi que, talvez, a razão de Daisuke ter se apaixonado por quem se apaixonou foi a sua incessante procura por alguém que acolha as inquietações do seu coração, alguma pessoa que esteja disposto a curar suas feridas ao invés de feri-lo ainda mais. É quando o garoto começa a pensar que não é Yuong essa pessoa...

– Tsubaki... – recita ele, ao parar de andar.

– O que houve, Daisuke-kun? – pergunta ela, parando também, pois como é quem está levando a sombrinha, deixaria seu amigo se molhar se não o fizesse.

– Você se lembra daquele dia em que me conheceu naquele hospital? – questiona, mantendo todo o seu foco no próximo rosto da amiga, que faz o mesmo para ele.

– Claro. – responde, com um sorriso inocente. – Como eu poderia esquecer?

– Foi você quem salvou a minha vida. Foi você quem sempre esteve ao meu lado desde então.

– Não fui eu, foi Deus. – alega ela. – Foi Deus quem nos presenteou com todos esses dons, querendo que fizéssemos algo pelas pessoas que precisam. Apenas fui usada por ele.

– Poderia recusar tal chamado se assim quisesse. – opina, sorrindo também. – Se você estava lá comigo, é porque queria.

Repentinamente, algo invade o coração do jovem. Algo acima de um simples sentimento de gratidão por tudo o que Tsubaki já fez por ele um dia. E quando menos percebe, Daisuke – levemente mais alto que ela – se aproxima ainda mais e a beija. A garota se surpreende, afinal sempre foram apenas amigos. Porém, sem saber por qual motivo, não o recusa. A sombrinha acaba por cair, permitindo que o suave toque de lábios seja imaculado pelas gotas celestes.

E, apesar de que para muitos seria esse um momento belo de se apreciar, para quem o vê ao longe – Yuong Tsukyomi – não é. Suspirando debaixo desta chuva, mantem suas mãos nos bolsos, enquanto se vira de costas e decide sair daqui. Para si mesmo, encharcado, diz:

– Talvez... Seja melhor assim...

/--/--/

Eles correm. Ou melhor, ele corre e ela é quase que arrastada pelo mesmo. Kaoru e Saori, passam nas ruas, durante esta tarde chuvosa, em fuga. Há minutos se encontram nessa situação, já bem distantes da sorveteria em que estavam antes.

– Precisamos ir depressa! – grita o loiro, puxando a mão esquerda de sua irmã com a sua direita. – Não podemos deixar ela nos alcançar!

– Mas... A Grade-sama... Ela... – a garota tenta falar e se expressar, mas não consegue: não pode acreditar na visão que teve.

Afinal, Grade, a bondosa mulher que cuidara deles por tantos anos e que os protegera de todo mal, agora, de repente, se mostra como uma Soldada da Gênese que tem o intuito de matá-los? E, ainda por cima, alguém que voltou dos mortos? É algo surreal demais até para temas que envolvem humanos avançados, meros mortais que se transformam em dragões, vilões virtualmente imortais ou adjacentes...

– Grade-sama não é mais a mesma pessoa que conhecemos um dia! – clama o garoto.

Correndo, eles dobram uma esquina. Contudo, se deparam com Grade Lark perante ambos. Pasmos, eles se viram para o outro lado e retomam um novo percurso.

– Ela foi possuída pela escuridão! – exclama, após ter se deparado com ela, outra vez. – Não é mais quem foi no passado!!

Enquanto correm e se afastam de novo, o loiro olha rapidamente para trás. Onde aparecera Grade já não há rastro de ninguém mais. É quando Kaoru começa a pensar, voltando seu olhar para frente, que não há maneira de escapar desta mulher...

– Não podem escapar de mim. – determina ela, quando os dois cruzam outra esquina e se deparam com a mulher outra vez. – Aceitem o meu presente: a morte...

– Sai de perto da gente! – ordena ele, colocando-se na frente de sua irmã para protegê-la. – Não vai tocar um dedo sequer em nós!

– Tohara-sama... Tohara-hime... – recita, com uma serena voz.

Os irmãos estão cientes do perigo que ela representa. Sua aparência, sua maneira de ser e agir podem até mesmo lembrar a Grade que conheceram um dia. Porém, a alma não é a mesma. A alma que agora se encontra nela é obscura, visivelmente sombria.

– Vocês são pecadores! E serão punidos com a morte! – grita, mudando radicalmente o timbre de sua voz.

Movimentando suas mãos, a ex-Soldada da Gênese atira turbilhões de escuridão contra a dupla. Gritando pela inesperada dor que sentem, ambos são atirados para longe, voando por alguns metros e caindo de costas para o chão. A chuva, por outro lado, permanece molhando seus corpos.

Com passos sistematizados pelo som dos saltos de seus sapatos negros, Grade caminha e se aproxima mais uma vez. Machucados, os irmãos se esforçam para se levantar do chão. O máximo que conseguem é se assentarem.

– Em breve poderei me encontrar com vocês no mundo da morte. – afirma ela, ao se posicionar bem diante dos gêmeos assentados ao chão. – Porém, terão de esperar um pouco mais...

Novamente, ela mostra a adaga com a qual deseja retirar a vida dos dois. Contudo, quando posiciona a ferramenta da maneira devida, Grade sente a chuva que cai em seu corpo mudar de alguma forma inesperada.

Uma grande quantia de água, pouco atrás dos irmãos, se acumula e se ergue do chão. Pouco a pouco, o corpo de Yukino Arima é formado.

– Saiam do meu caminho. – exige a mãe de Yuki Arima, chamando a atenção tanto de Grade quanto dos dois gêmeos.

– Quem você pensa que é para dar ordens a quem tem o dever de lavar os pecados alheios!?

– Ha... Lavar os pecados... Você? – repete, na mistura de incredulidade e sarcasmo. – Deve estar equivocada.

– Equivocada!? – Grade, entrefechando suas pálpebras.

Yukino posiciona sua palma direita à frente do seus seios, com o dorso da mesma colada neles. Misteriosamente, a chuva que cai ao redor dela cessa. Os pingos não desaparecem, apenas ficam estáticos em volta da mulher sem cair ao chão. E, então, a mãe de Yuki Arima fala:

– Sim, pois não há ninguém melhor para lavar sujeiras do que eu.


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