Kyodai - The Awakening Of Chaos (Interativa) escrita por Wondernautas


Capítulo 40
Capítulo 34 - Descent light


Notas iniciais do capítulo

Yo! Cap chegando XD...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/397407/chapter/40

Uma grande mansão clara como a neve, que de tão colossal, mais parece um castelo, um palácio. É o Palácio da Gênese, sede dos integrantes da organização rival da Carmesim. É nesse contexto que, de repente, várias silhuetas surgem, em algum ponto no interior do local. Kenny McGiven acabara de se teletransportar para cá, trazendo consigo Kaoru Tohara, Lucy Rouvier, Saito Urushihara, Senshi Yujo, James Anthony Krum, Tsubaki Seijitsu, Nagashi Swords e Yuong Tsukyomi.

– Então este é o covil das cobras? – conclui Lucy, com a mão direita unida à de Kaoru e a esquerda, à de Saito. Unindo-se, o grupo foi capaz de ser tragado pelo teletransporte de Kenny e, dessa maneira, o acesso ao interior do refúgio dos Soldados da Gênese foi permitido.

– É o que parece, né? – Kaoru, ao separar sua mão da dela.

Todos, em seguida, desunem suas mãos. Ainda assim, estão unidos, não fisicamente, mas sim por um ideal em comum: salvar uma amiga, Sophia Cianno, e acabar de uma vez por todas com os planos lunáticos desta organização.

– Sim, sem dúvida é aqui onde eles se escondem. – afirma Kenny, analisando o local.

O teto, aparentemente, fica a incríveis 30 metros de distância do chão. É local, de fato, grande e espaçoso, adornado de estátuas de anjos e pilares gigantescos como sustento do teto. Tais pilares parecem bem firmes e a decoração, semelhante ao estilo greco-romano da Idade Antiga. O tapete vermelho, extenso ao chão, em uma cor vermelha viva e intensa.

– Então o que estamos esperando? Vamos salvar a Sophia-kun! – exclama Tsubaki, ansiosa pela ideia de poder rever a amiga.

– Vamos tomar cuidado. Estamos em território inimigo e não podemos agir de maneira impensada. – alega o assistente de Yuki Arima.

– Está sugerindo que tracemos um plano? – questiona Lucy, fitando-o.

– Um plano já temos: nos dividir em duplas e procurar a amiga de vocês onde quer que ela esteja. – afirma, devolvendo seu olhar para ela.

– Bem... Estamos em nove. – comenta Jimmy, contando mentalmente a quantidade de pessoas aqui presentes.

– Eu irei sozinho, pois dentre todos nós, minhas chances de escapar do perigo é maior. – afirma Kenny, com o plano todo bem arquitetado em sua cabeça.

– E quais serão as duplas? – Senshi tenta saber.

O mais velho, então, caminha com três passos para a frente e, em seguida, se vira para o restante e cruza seus braços. Com um leve suspiro, declara:

– Tsubaki vai com o Jimmy, Nagashi com o Senshi, Saito com a Lucy e Yuong com o Kaoru.

– Eu vou ter que ir com o garoto tarado? – Lucy, indignada.

– Eu não acho uma boa ideia ir com ela. Prefiro fazer dupla com o Kaoru-kun, agimos melhor em equipe. – afirma o requisitado para fazer dupla com a “cientista maluca”.

– Sem discussões, por favor. Eu já havia decidido isso antes de chegarmos, portanto o assunto não está aberto a questionamentos.

– Pois é, nosso foco é a Sophia-kun e não perda de tempo. – articula Kaoru.

– Lembrem-se: trabalho em equipe é essencial! Duvido que conseguiremos encontra-la sem nos depararmos com um desses lunáticos por ai. Então tomem muito cuidado, ouviram?

– Não precisa nos tratar como crianças. – diz Yuong, fazendo bico.

– Pois bem, então vamos. – Kenny, outra vez.

– Muito prazer, meus convidados. – ecoa a voz de uma mulher, antes mesmo do universitário de Pedagogia se virar para o outro lado. – Sejam bem vindos ao Palácio da Gênese. Meu nome é Mary e estou encarregada de recepciona-los.

Todos olham para a figura feminina. Trata-se de uma mulher de cabelos negros e curtos até seu pescoço, vestindo uma longa túnica branca. Sorrindo gentilmente, ela, que se encontra a longos metros de distância do grupo, vem se aproximando com calma. O som dos saltos de seus sapatos em contato com o chão ecoa como uma melodia celestial.

– Você é uma Soldada da Gênese? – pergunta Yuong, fitando-a.

– Na verdade sim, mas não é necessário que se alardeiem. Vim aqui, como eu disse, para recepciona-los. Mas caso queiram me matar...

Os garotos, assim como Kenny, se colocam em guarda. Sabem que, apesar das aveludadas palavras da mulher, sendo integrante de uma organização inescrupulosa como a Gênese, boa coisa ela não deve ser.

– Façam isso agora, pois não poderei impedir. – completa ela, cessando seus passos ao se posicionar cerca de dois a três metros do grupo invasor.

Eles se tranquilizam, mas não abaixam a guarda.

– Não viemos aqui para matar ninguém – fala Nagashi. – Estamos aqui para salvar nossa amiga e acabar com os planos sem escrúpulos de vocês.

– Entendo. – alega ela, com o mesmo calmo tom de voz.

– Yuong, acho que você poderia descobrir as intenções que esconde. – sugere Lucy, olhando-o para o mais alto por alguns segundos. – Seria mais útil do que ter que tentar adivinhar o que é verdade e o que é mentira nas palavras dela.

– Não será necessário. – a mulher se vira para a frente – Me Acompanhem, os levarei ao encontro de Phoebe-sama, o fundador desta organização. – voltando a andar, desta vez, no retorno para o ponto de onde veio. – Creio que, se eu mentir, o garoto empático entre vocês perceberá. – diz, referindo-se a Senshi.

– Vamos segui-la. Não é preciso temer, mas de qualquer forma, fiquem alertas. – pede Kenny, tomando a frente do grupo e passando a seguir o caminhar de quem se identificara apenas como Mary.

Enquanto, mantendo certa distância, Kenny e os estudantes de Kyodai vão andando atrás dela, a mulher vai comentando:

– Gênesis Phoebe-sama é o Grande General da Gênese e também quem a fundou. Desejam falar com ele, correto?

– Correto. – confirma Senshi.

– Então venham. – corresponde Mary.

Nagashi e os demais continuam acompanhando a mulher pela extensão do palácio, por alguns minutos em silêncio. Entretanto, o novo comentário dela interrompe todo o momento de paz:

– Sophia Cianno morrerá. – revela a mulher, ao parar de andar de uma hora para outra.

O grupo, também parando de andar, se espanta. Todos cessam seus passos em uma espécie de salão, no qual são visíveis cinco grandes e extensos corredores, que levam para caminhos distintos.

– Vocês vão matá-la? – indaga Tsubaki, preocupada com o que ouvira.

– Sim. Afinal, é o destino dela se render ao ritual que está prestes a começar. – responde, virando-se para Kenny e os adolescentes.

– Ritual? Do que exatamente você está falando? – pergunta Yuong.

– Sophia Cianno é uma descendente de Sophia, a Sábia. A mesma que, tempos atrás, deteve as ambições do imperador Alfarion.

Todos os ouvintes da mulher ficam perplexos. Não há ninguém aqui que não conheça a lenda de Alfarion e Sophia, a Sábia. Porém, jamais poderiam imaginar que existia alguma relação entre a princesa lendária e a amiga que possuem além do mesmo nome.

– Nós, Soldados da Gênese, pretendemos concluir o Ritual do Dragão para que possamos utilizar o poder que reside no corpo daquela garota. A descendência sagrada dela será usada como a ferramenta que irá purificar o mundo. – explica, séria.

– Purificar o mundo? – Senshi, também perplexo com tudo o que está ouvindo.

– Exato. Ela foi a escolhida pelo destino para ser a grande receptora de toda a glória de Sophia, a Sábia. Na verdade, ela nasceu destinada a ser usada como sacrifício para o mundo.

– Como é que é ? – Nagashi, nervosa, apertando com força ambos os punhos cerrados.

– Ela não passa de um simples detalhe para a renovação mundial. – resume Mary. – Alguma dúvida?

– Cala a boca! – a loira parte pra cima dela, mas Senshi entra em sua frente, fazendo-a parar. – Não me impeça!! Essa desgraçada não tem o direito de zombar da Sophia dessa maneira!!

– Swords-san... – cita Tsubaki, unindo suas mãos a frente de seus seios, um pouco aflita.

– Lamento por todos vocês não terem percebido anteriormente que ela é diferente dos demais. Fico espantada ao saber quem nem mesmo um empático foi capaz de notar isso. Ignorá-la foi o erro fatal que cometeram. – discursa, ainda mais séria. – Agora ninguém pode reverter o que já está para ocorrer.

– Você não sabe de nada , cala...

– Pare, Swords-san. – Tsubaki a interrompe.

Todos olham para a garota em questão, que por sua vez, continua:

– Ela está certa. Ficamos tão preocupados em vir para cá, nos dedicamos tanto ao objetivo de deter Fênix nesses últimos meses, que acabamos deixando a Cianno-kun de lado. A abandonamos e por isso que, agora, ela está em perigo.

Os demais estudantes, abalados, acabam não tendo argumentos para confrontar os dizeres da melhor amiga de Daisuke. No fundo, sabem que há verdade no que ela fala. Poderiam ter se esforçado mais por Sophia e, talvez, ela não estaria em uma situação como esta.

– Mas ainda há esperança! – grita Kenny, chamando para si os olhares dos seus companheiros. – Se vocês estão se sentindo culpados por algo, pessoal, está na hora de mudar essa realidade!! Ainda há tempo de salvar a Sophia!

Ao mesmo tempo, seus aliados passam a prestar bastante atenção nele. O assistente de Yuki Arima, por sua vez, prossegue, sendo também observado por Mary:

– Lutem pela amizade de vocês! Lutar, no caso, não é apenas ferir os outros! É acreditar nos seus laços! Ter fé em seus ideais!

– Você tem razão, Kenny-sensei. – diz Saito. – Precisamos acreditar.

– É verdade. Não viemos até aqui para lamentar. – pronuncia Jimmy. – Além disso, fizemos uma promessa e não podemos quebra-la!

– Então vamos esperar mais o quê? Vamos à luta salvar nossa amiga!! – exclama Senshi.

– Sim! Vamos nos separar fisicamente, mas nossos corações sempre estarão unidos. – afirma Nagashi, alternando seu olhar entre cada um de seus amigos, sendo então fitada de volta por eles.

– Por que somos determinados! – argumenta Yuong.

– Por que somos amigos! – Lucy, dessa vez.

No mesmo instante, eles separam em duplas e cada uma corre em direção a um corredor, seguindo seu caminho individualmente. Nagashi e Senshi escolhem o primeiro corredor da esquerda, Yuong e Kaoru o segundo da mesma direção. Kenny, por outro lado, opta pelo do meio. Já Lucy e Saito escolhem o segundo da direita e Tsubaki e Jimmy, o que resta.

– Espere minha querida amiga. – pensa Tsubaki, correndo o quanto pode para encontrar Sophia o mais depressa possível. – Vou me redimir com você e te salvarei!!

– Vocês dois! – exclama a mulher que os recepcionara e explicara toda a situação.

O integrante da Carmesim e os estudantes de Kyodai tanto se empolgaram que acabaram a deixando de lado. Entretanto, em nenhum momento, Mary se esquecera deles. Pelo contrário, estava prestando, e muito, a atenção em cada um do grupo.

Jimmy e Tsubaki, de imediato, param de modo brusco. Ao se virarem de uma só vez, notam que os demais já estão longe. Não há mais como voltar atrás.

– Ainda tem mais para nos falar? Já ouvimos demais. – fala o garoto. – Nossa prioridade é salvar a Sophia e isso está acima de qualquer outra coisa!

A mulher, que até então estava séria, esboça um confiante sorriso em sua face. Tal fato, de certo modo, gera uma estranha incomodação nos dois garotos. Por qual razão ela agiria dessa maneira?

– Está tentando nos impedir?

– Claro, garoto. Afinal, eu faço parte da Gênese, se lembram?

– Mas você disse que...

– Menina, não seja tola! – grita, ao direcionar seu olhar para Tsubaki. – Você não pode dar total credibilidade para pessoas que mal conhece, quanto mais de pessoas como eu.

– Como assim? – a adolescente tenta entender.

Mary, elevando seu sorriso, repousa sua palma direita sobre a cintura. De repente, a fisionomia de sua face muda completamente. De uma hora para outra, a mulher se transforma em outra pessoa.

– Meu verdadeiro nome é Marin Schneider e estou aqui para levá-los ao túmulo. – revela, com um ar, em definitivo, bastante divergente do anterior.

– O rosto dela mudou. – constata o companheiro de quarto de Senshi, atordoado com o que acabara de ver, com seus próprios olhos.

Assim como ele, Tsubaki também se encontra pasma neste exato instante. Contudo, ainda mais pasma do que ele, sequer tem palavras para formular.

– Pobres criaturas desprezíveis. Vocês são dignos de pena e é essa a verdade.

Os dois alunos de um dos melhores colégios do mundo permanecem em silêncio. Apesar disso, a mulher que inicialmente se apresentou como Mary articula:

– Não vou deixar que interfiram nos planos do Phoebe-sama. Jamais. É minha obrigação ajuda-lo, no que for preciso.

– Seu jeito de falar me lembra o da Sugaku-sensei. – afirma Jimmy, ao se acalmar, aceitando o fato de que Marin se passou por um falso alguém por todo esse tempo.

– Aquela vagabunda. Jamais pronuncie o nome dela diante da minha presença! – exige, deixando seu sorrir morrer por alguns instantes, mas revivendo-o logo em sequência.

Há muito tempo, quando Raiabaru Yamagato e Phoebe Gênesis faziam parte de um extenso grupo de amigos, ambos decidiram deter a profecia. Porém, enquanto o primeiro fundou a Carmesim, o segundo criou a Gênese. Além de alguns que os seguiram e de outros que se mantiveram neutros, as duas mulheres que sempre foram apaixonadas pelos dois também decidiram se aliar aos seus amados. Sugaku, perdidamente apaixonada por Raiabaru, se aliou a ele. O mesmo caso foi Marin em relação a Phoebe. Duas grandes amigas que, por “ironia do destino”, tornaram-se quase que inimigas mortais.

– Já chega. – exige Jimmy, se colocando na frente da sua amiga, enquanto encara a recém-conhecida. – Nos deixe em paz. Tudo o que queremos é salvar a Sophia e nada mais.

– Não permitirei. Já está claro que não vou deixar que avancem mais nenhum passo sequer. Ou não?

– E como você pretende fazer isso?

O corpo da Soldada da Gênese, de imediato, começa a sofrer transformações. Ao e curvar, colocando ambas as mãos no chão, a forma de Marin vai mudando. Em segundos, ela já não é mais humana e sim uma fera selvagem.

– Oh, meu Deus! – exclama Tsubaki, pasma com a transformação aterradora da mulher.

Marin agora é uma legítima fera. Mais precisamente, uma pantera de pelagem negra por completo. Com os olhos ameaçadores, a criatura os encara, rosnando. De imediato, avança, tendo Jimmy como seu alvo.

– Krum-kun!! – exclama Tsubaki, percebendo.

Ninguém tem tempo para reagir. Em poucos segundos, a criatura felina já se encontra sobre o garoto, após nele saltar e jogá-lo contra o chão. Jimmy grita, tentando se livrar dos afiados dentes da pantera, mas não consegue. Furiosa, a fera morde o braço direito do estudante, utilizado para proteger seu rosto.

– Solta ele! – exclama a companheira do adolescente, usando toda a sua força para acertas o bicho com alguns tapas.

É em vão. O sangue continua a brotar da pele cada vez mais ferida de Jimmy. A pantera parece ter o desejo de destroçar o seu braço. Porém, enquanto os gritos do adolescente vão abaixando, algo inesperado acontece: Marin volta à sua forma humana, agora com sua boca suja de sangue.

– Krum-kun!! – grita Tsubaki, mais uma vez, empurrando a mulher para o outro lado, retirando-a de cima dele e fazendo-a cair assentada ao chão.

– Como pode ser possível? – pensa a Soldada da Gênese, perplexa, observando os dois amigos, enquanto continua assentada. – Minha habilidade não está funcionando?

Se ajoelhando ao lado direito de Jimmy, Tsubaki coloca ambas as mãos sobre a grave ferida no braço do garoto. Em poucos segundos, o dano vai sendo revertido. Ele, durante esse tempo, permanece de olhos fechados, devido à dor que sente.

– Esses dois... Talvez sejam, do grupo que invadiu o Palácio da Gênese, os que menos possuem controle sobre suas habilidades. Mesmo assim... – mentaliza Marin, levantando-se e se afastando com alguns passos, ainda incrédula com a situação.

Novamente, ela tenta se transformar. Porém, é em vão. Sua habilidade está sendo neutralizada por algo, o que acaba fazendo com que a morena se irrite.

– Basta! – exclama, usando sua perna direita para desferir um agressivo pontapé no rosto de Tsubaki, fazendo-a se afastar do amigo e cair de bruços no chão.

– Tsu-chan! – grita ele, ao se levantar já curado e se virar para ela.

– Pare agora de anular o meu dom! – exige Marin, envolvendo o pescoço do adolescente por trás, com ambos os seus braços. – Ou acabo com você.

– Me solta! – ordena Jimmy, relutante e nervoso.

– Me obedeça, moleque! Pare de neutralizar o meu poder!

– Nunca! – responde, tentando, em vão, se livrar da mulher.

Tsubaki, que desde que recebera o chute dela, permanecera caída por esses instantes, mas agora se levanta com dificuldade. Ao dirigir seu olhar para o amigo, refém de Marin Schneider, seus olhos se arregalam, assustados.

– Garota, faça-o me obedecer, pois caso contrário, o matarei. – exige, ao notar que a jovem está bem.

– Eu não vou fazer isso! – grita Jimmy que, em seguida, olha para sua aliada. – Tsu-chan, por favor, nocauteia ela.

A Soldada da Gênese, ao ouvir tal pedido, olha para seus próprios braços. Assim como os usa para prender o garoto, ele usa os seus para lhe fazer o mesmo.

– Desgraçado! Quem você pensa que é? – resmunga, usando sua força para sufocar o garoto.

Focando toda a sua atenção para a adolescente, desta vez, ela afirma:

– Deveriam desistir. Amizade não é nada, apenas balela criada por tolos contemporâneos. Uma força vazia como é tal coisa não pode nada, muito menos fazer frente a uma organização sólida como a nossa. Porém, agora que invadiram o Palácio da Gênese, assinaram seus atestados de óbito.

A expressão de Tsubaki sofre uma radical metamorfose. De uma hora para outra, uma fúria, como nunca antes vista, toma conta de sua face. Apesar da mudança, a Soldada da Gênese não se intimida. Pelo contrário, apenas prossegue:

– Todos os seus amiguinhos deprimentes terão o mesmo fim que você: a morte! Não adianta absolutamente nada acreditar em ideais ocos como o que esse grupinho medíocre nutre. É um mal lastimável e digno de piedade.

A garota, de fato irritada, cerra ambos os punhos. Se aproximando de Marin, se coloca bem diante da mesma após alguns míseros instantes. Assim que o faz, a serva de Phoebe Gênesis lhe provoca:

– Está nervosinha, querida? E o que fará? Vai fazer caretas para ver se fico com medo e fujo?

Um soco acerta o rosto da mulher, que cai desmaiada. Seus braços, logicamente, libertam Jimmy, que apresentava sérias dificuldades para respirar e para se libertar do enlaço da inimiga. Contudo, após o golpe certeiro desferido pela amiga em Marin, ele suspira aliviado, ladeando-a por sua direita.

– Wow, você nocauteou ela mesmo. – conclui, surpreso, observando a expressão da mulher inconsciente.

– Ela menosprezou o que não deveria jamais menosprezar. – alega a garota, ainda séria, virando-se para o outro lado. – Agora, por favor, vamos! Cianno-kun está precisando de nós!

Com um leve suspiro, James acata o pedido da colega de classe. Virando-se como ela, ambos se apressam, correndo com todo o fervor, abandonando ali Marin Schneider, desacordada. Enquanto avançam, à procura de Sophia, Jimmy permanece lado a lado de Tsubaki, com uma mínima distância de meros centímetros. Enquanto isso, de modo disfarçado, a observa, contendo o sorriso. E pensando:

– Como diz o ditado, nunca julgue um livro pela capa. Ou... Nunca julgue a força de uma garota pela meiguice do seu sorriso...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!