Kyodai - The Awakening Of Chaos (Interativa) escrita por Wondernautas


Capítulo 32
Capítulo 26 - Desires ablaze


Notas iniciais do capítulo

Yo! Aqui esta mais um cap! Espero que curtam^^



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Um garoto, desacordado, começa a recuperar sua consciência. Ao chão, suas pálpebras se reabrem pouco a pouco. Assustado, levanta parte de seu corpo de imediato, assentando-se.

– O que estou fazendo aqui? – se pergunta, sem entender.

Seus olhos, rápidos, analisam o teto do local. Daisuke Saruma já sabe onde está: banheiro masculino de Kyodai.

– Eu não me lembro de como vim parar aqui no banheiro... – reflete, com uma leve dor de cabeça, tentando forçar suas memórias. – O que aconteceu?

– Foi obra daquela maluca. – afirma a voz firme de alguém.

Daisuke abaixa seu rosto. No fundo do banheiro, eles encontram o garoto que fizera tal comentário, além de outros cinco ao redor do mesmo.

– Yuong-kun... O que...

– Eu já disse. Foi coisa daquela maluca. – insiste, a metros do assentado garoto, observando-o com serenidade.

Próximos ao terceiranista, Senshi Yujo, Kaoru Tohara, James Anthony Krum, Jayden Valentine e Gingamaru Pride. Todos sérios, fitam o amigo de Tsubaki, que se levanta neste instante.

– Sugaku-sensei? Foi ela? – indaga, olhando para o sexteto.

– Eu não me lembro, para falar a verdade. – afirma Kaoru, de braços cruzados.

– Mas é óbvio que foi ela! – exclama Yuong, lançando seus olhos para o loiro.

– Calma, sem briga, galera. Alguém sentirá nossa falta e vai nos tirar daqui. – opina Senshi, se colocando entre os dois. – Ou vão querer usar o banheiro e nos acharão.

– Isso pode demorar... – Jayden, por sua vez. – Além disso, ela pode mover os pauzinhos para nos manter aqui. Vamos combinar que ela é bem capaz, já que conseguiu prender todo mundo aqui sem que possamos sequer lembrar. E também parece ser uma doida pirada e maluca com parafusos a menos. Em pensar que uma pessoa assim...

– Ah, já chega, você já falou demais... – reclama Yuong.

Daisuke os observa, em silêncio, enquanto discutem. Se aproximando o suficiente, indaga:

– Por que Sugaku-sensei fez isso?

– Para de se referir a ela com tanto respeito. É uma vadia que não vale nada! – o mais velho dos sete, outra vez, lhe direcionando seus olhos.

– Tudo bem, mas por qual motivo ela nos prendeu? E por que ninguém aqui se lembra de nada?

– Ela deve ter apagado nossas memórias do que aconteceu. – afirma Senshi, fitando-lhe – Ela também deve ter nos pego, um por um, e nos jogado aqui.

– E como ela é a assistente do diretor, faz o que bem entende e como entende. – Jimmy se manifesta.

– Quanto ao que ela quer... – Jayden, estendendo sua mão direita para o colega de quarto.

Para Daisuke, o terceiranista entrega uma folha de papel. Correndo seus olhos por ela, o garoto fica pasmo ao entender a mensagem digitada: “Suruba! Suruba! Suruba! Ou não sairão dai tão cedo...”

– Isso estava aqui quando acordamos. – esclarece.

– Meu Deus, o caso é pior do que eu pensei... Ela é totalmente doida! – opina o melhor amigo de Tsubaki, com a folha em ambas as mãos, voltando seu rosto para os outros.

– Daisuke... Você ainda tinha dúvidas? – Yuong, erguendo a sobrancelha esquerda.

– Ela precisa de um bom hospício, um tratamento psiquiátrico ou sei lá o que. – articula Gingamaru. – Se essa tarada maluca está achando que eu vou transar com outros caras só para sair daqui, ela está muito enganada!

– Ninguém aqui vai atender as exigências dela, Ginga-kun. Pode ficar relaxado... – declama Kaoru.

Jimmy, entre eles, olha para Senshi. Nada diz, mas sente algo ao observar o rosto do amigo. Algo que não sente pela primeira vez. Desvia seu rosto, segundos depois, para Jayden. Fazer isso é uma atitude segura, pelo menos a primeiro momento...

– Para mim, não teria problema nenhum, desde que eu pudesse... – Yuong inicia, com uma expressão nada casta, direcionada a Daisuke. – Escolher o meu alvo... Concorda?

– Yuong-kun, para de falar bobagem! – exige, desviando sua face, avermelhada.

O terceiranista, com alguns leves risos, replica:

– Fica calmo, meu lindo... Não farei nada que você não queira... – argumenta, levando a palma esquerda para o queixo do menor, deixando-o com o rosto mais corado ainda. – Nunca quero te ver chorar por minha causa.

Daisuke não consegue recusar as leves carícias do maior, mas ainda assim luta para não olhar nos olhos dele. Yuong, mesmo quando não tenta persuadir aqueles ao seu redor, consegue conquistar e envolver. É como algo natural, que é espontâneo e ocorre sem esforço algum dele. Algo que, para o melhor amigo de Tsubaki Seijitsu, é um tanto quanto perigoso...

– Ah, que fofo. – zomba Gingamaru. – Quem diria que o maior pegador de Kyodai iria se apaixonar logo por outro cara... Chega a ser contraditório...

– Cuida da sua vida, meu chapa... – recomenda o estudante do terceiro ano, cessando os afagos no queixo de Daisuke. – Senão vou usar suas fuças para limpar o vaso sanitário.

– Qual deles? – o enfrenta, sério. – Pode escolher, a gente decide quem tomará a água da privada...

– Epa, epa, vocês dois, parem com isso. – pede Senshi, entrando no meio de mais uma discussão.

O garoto, de imediato, consegue acalmar os ânimos, de uma maneira de fato impressionante. Sem dizer mais nada, Gingamaru se vira para o outro lado, caminha em direção à parede, vira-se mais uma vez, recosta-se nela e se assenta ao chão.

– Já tentaram derrubar a porta? – pergunta Daisuke, assim que Yuong recolhe sua mão, levando-a junto com a outra para seus bolsos.

– Já, mas nunca a vi tão resistente. – comenta Jayden. – Deve ter sido coisa da Sugaku-sensei também...

– Parem de trata-la com tanto respeito. Ela não merece isso. – opina o mais velho, sereno e calmo.

– É o costume de falar assim, Yuong-kun.

– Bem, como ninguém aqui está com celular ou tem capacidade de derrubar essa porta... Vamos esperar a ajuda de alguém... – articula Senshi, suspirando fundo.

Daisuke, de imediato, se lembra da habilidade de Kaoru Tohara: atravessar matéria sólida. Ciente disso, decide perguntar para ele:

– Kaoru-kun, você não conseguiria atravessar a parede e ir pedir ajuda?

– Eu já tentei, mas não deu certo...

– Sério? Até isso ela pode fazer? – questiona, surpreso, referindo-se à Sugaku.

Desde que Lucy Rouvier falou e, logo depois, Samasha Seiya, os sete garotos e os demais estudantes, possivelmente envolvidos com a lendária profecia e o futuro em que o chamado Fênix destruirá Kyodai e a cidade, tomaram consciência das suas “anormalidades”. Ou pelo menos de modo parcial. Eles sabem agora que o que precisam evitar é que esse assassino alcance seus objetivos e trace um destino sanguinário e amargo para tantas pessoas. Também sabem que Sophia Cianno seria, segundo os estranhos sonhos de Samasha, a primeira vítima. Por outro lado, a angústia se instalou em todos quando ela desapareceu do nada no dia em que fora visitar sua mãe no hospital. Foi quando Saito e Lucy decidiram ir até o diretor colocar todos os fatos na mesa e descobrir se a primeiranista foi mesmo capturada por Fênix.

– Sei lá, quem sabe... – responde Kaoru, dando de ombros, deixando então bem claro que não faz ideia do sim ou do não.

Enquanto Gingamaru permanece em seu canto, Senshi, Jayden, Kaoru, Jimmy, Yuong e Daisuke escolhem, cada um, o seu. Espalhando-se pelo banheiro, os garotos se assentam em locais “higienicamente aceitáveis”. Porém, o mais velho dos sete, insatisfeito com sua escolha, se levanta segundos depois e se aproxima do seu “amigo preferido” entre todos os presentes.

– O que foi? – pergunta, tímido, olhando para o maior, que agora se encontra de pé diante de si.

Yuong se assenta ao lado direito do garoto. Olhando para ele, dobra suas pernas, deixando os joelhos para cima. Senshi é o único que presta atenção nos dois. Sorri, satisfeito com o sentimento entre eles. Sempre fica feliz ao identificar algo como amor verdadeiro. É gratificante saber que isso ainda existe neste mundo.

– O que você está esperando? – questiona Yuong, segundos depois de se assentar, encarando o menor com tranquilidade.

– Esperando? Eu? – Daisuke, um pouco nervoso com a situação. Não pelas atitudes dele, mas pela presença dos outros.

– Vem cá. – chama, com leves batidas em suas coxas, usando as duas mãos. – Eu não vou te devorar não, não precisa ficar com medo... – brinca, sorridente.

O garoto sorri, chegando a se esquecer da sua vergonha diante de todos. De certa forma, sabe que o dizer dele é coerente. Apesar do amigo inseparável de Jayden ser nomeado por muitos como o maior pegador de Kyodai, que conquista e depois deixa de lado, Daisuke sabe que Yuong não é bem assim. Sabe que, no fundo, ele é uma pessoa leal aos seus entes queridos, que apenas procura o melhor para eles. Mas, como todo “macho-alfa”, não admite os seus sentimentos com facilidade. Pelo contrário, a dificuldade que ele tem com isso é colossal. Por outro lado, é justamente o fato do terceiranista ter admitido o que sente para todo o colégio que prova a Daisuke que o que os une é verdadeiro e tem que ser vivido ao máximo, sem arrependimentos.

Suspirando fundo, o amigo de Tsubaki, por livre e espontânea vontade, vai até ele e se encaixa no espaço entre as fortes pernas, cobertas pelas calças do uniforme escolar. Yuong envolve o pescoço do dedicado estudante do segundo ano com seus braços, enquanto este recosta a cabeça no peito esquerdo do maior.

– “O ser humano tem o dom de achar erros nos outros. Talvez mais uma doença do que um dom, na verdade. Há quem encontre erro até em Deus, como os que acharam defeitos em Jesus quando andou nesta Terra. E foi Ele mesmo que nos alertou sobre os perigos desta doença: ‘Se os seus olhos forem maus, o seu corpo ficará cheio de escuridão’. Que dizer, eu posso não saber que você tem maus olhos para comigo. Portanto, seus maus olhos não me afetarão. Mas a você, sim. Como? Quando temos maus olhos para com alguém, começamos a procurar defeitos nele. A ordem que damos ao nosso cérebro é: ‘Essa pessoa é má. Encontre provas disso’. Daí começamos a ver tudo mau: a pessoa chegou atrasada? É preguiçosa. Chegou cedo? Quer se mostrar para o patrão. É bonita? Tá se achando. É feia? Bem feito! Tem dinheiro? É ladrão. Não tem dinheiro? É um zé ninguém. Faz boas obras? É só para inglês ver. Não faz boas obras? É egoísta. Destaca-se pelo que faz? Quer aparecer. Não aparece? É um zero à esquerda. Essa busca por defeitos não tem fim. Você se torna uma pessoa amarga, odienta, rancorosa, cuja língua só tem veneno. Se você tem maus olhos para com alguém, não já como esse alguém lhe agradar. O problema está com você, não com a outra pessoa. Seu estado é tão sério que as vítimas dos seus olhos maus nem precisam puni-lo, criticar ou se defender. Você já tem a própria punição: a escuridão que há aí dentro de você. Uma raiva que nunca acaba. Uma pessoa amarga que só consegue atrair amigos iguais a você: que odeiam as mesmas pessoas. Um sentimento de que você é o único ‘perfeito’, mesmo sabendo que tal coisa não existe. Mas por que você não enxerga isso? Ah, desculpe a pergunta, me esqueci de que você está na escuridão.” – recita Daisuke.

Todos os presentes olham para ele, impressionados com as suas palavras.

– O que foi isso, Daisuke-kun? – questiona Jayden.

– Li isso em algum lugar... – afirma.

– E conseguiu lembrar, de maneira tão perfeita, de cada palavra?

– Eu tenho facilidade para memorizar as coisas. – diz.

Yuong sorri, observando o rosto de Daisuke, que agora se encontra direcionado para o colega de quarto dos dois. Sabe bem o que essa “facilidade” para memorizar tudo representa...

– Eu sei bem disso. Você sempre tira total em todas as provas. Mas desta vez, você se superou! – opina Jayden.

Daisuke, entre leves risos, fala:

– Que nada! Você está exagerando...

Kaoru observa tudo em silêncio. Apesar do clima tranquilo no local, ele ainda não consegue aceitar o que Sugaku fez. Aliás, para ele, é inaceitável! Como uma professora, que deveria ser o símbolo do respeito e da boa conduta, se comporta dessa maneira, se deixando levar por tantos desejos loucos, cedendo às exigências deles? Ou seria mais coerente pensar que ela armou tudo isso justamente por apreciar seus próprios desejos sórdidos?

– Você está bem, Kaoru-kun? – indaga Jimmy, preocupado com a seriedade dele.

– Na verdade, não. Eu quero sair daqui. – responde, ainda sério. – Essa doida da Sugaku... Quem ela pensa que é para manipular as pessoas desse jeito?

– Concordo em gênero, número e grau. – Gingamaru se manifesta, assentado entre James e Kaoru. – Nos obrigar a fazer sexo? Juro que isso tudo me deu uma vontade de dar uns bons sopapos na cara dela! Nem todo homem ficaria com outro cara, será que essa pirada não entende isso?

Jimmy sente seu coração bater mais rápido, ao ouvir a palavra “sexo”. Olhando para Senshi, que agora se encontra na outra ponta do extenso banheiro masculino, as batidas se aceleram ainda mais. Unir tal palavra e o nome do seu companheiro de quarto em um mesmo pensamento é algo que lhe tira todas as estruturas.

– Yuong-kun... – inicia Daisuke, com um tom baixo, apenas para que o mais velho de todos escute.

– Fala... – pede, no seu tom natural, apoiando a cabeça na parede, levando seus olhos para o teto.

– Sobre o que você disse antes... – continua, envergonhado. – Sobre...

– Você quer saber se eu faria o que a Sugaku exigiu com você? – interrompe, já com entendimento do que ele está tentando falar.

O mais jovem engole seco, perdendo a cor e sentindo a vontade de enfiar a cara em qualquer buraco na terra. Chega a agradecer aos céus, em pensamento, que Yuong não é capaz de ver seu rosto neste instante.

– Daisuke, eu gosto de você de verdade. É o primeiro cara que me interessa e a primeira pessoa por quem me apaixono. Como eu disse antes, nunca vou fazer nada que você não queira. Não quero te fazer sofrer, te perder...

Seu ouvinte se sente nas nuvens. Se pudesse, pularia, e muito, de alegria e agora mesmo. Mas quer saber? É melhor ficar assim, do jeito que está. Pular pode ficar para mais tarde...

– Eu vou saber esperar o seu momento. Não vou extrapolar nenhum limite. – afirma, mantendo sua cabeça colada à parede.

– Obrigado por responder a pergunta que eu mal consegui fazer... – agradece, sorrindo extremamente alegre e feliz.

Yuong também sorri. E diz:

– Só você que ainda não percebeu, mas eu te conheço melhor do que a palma da minha mão.

– É... Dá para notar isso... – articula, assim que os dois trocam olhares por alguns segundos.

O silêncio impera nos momentos sequenciais. Gingamaru e Kaoru já estão bem impacientes, enquanto os demais se mantêm calmos. Senshi, após um longo e profundo suspiro, revela:

– Estou com uma vontade ardente de...

Jimmy sente seu coração perder o controle de novo. É só ouvir a voz firme e, ao mesmo tempo, gentil e agradável do amigo que já o perde. E, ainda por cima, escuta “Estou com uma vontade ardente de...”? Somente essas palavras abrem brechas para infinitos pensamentos sórdidos, que tomam conta da mente de James, sem que nada possa fazer para evitar.

– Ver a Nagashi.

Pronto. Todos os pensamentos ousados do garoto desmoronam como as ruínas de um imponente castelo. No fundo, é melhor assim. Sabe que, por mais que queira e sonhe com isso, jamais ultrapassará a linha de amizade com Senshi.

– Está preocupado com ela? – questiona Jayden.

– Mais ou menos. – afirma, mantendo seus braços largados sobre seu colo, enquanto as pernas permanecem estendidas ao chão, com os pés enlaçados um sobre o outro. – O que aconteceu com aquele tal de Minos mexeu com ela.

– Ela deve estar se sentindo culpada, né?

– Sim. Ela sempre se sente, sempre se sentiu. É por isso que se afastou das pessoas, para que não as ferisse. Acabou acontecendo outra vez. Temo que Nagashi volte a se refugiar naquela fortaleza que ela criou para escapar de tudo e de todos. – conta, preocupado de fato.

– Você vai tirá-la de lá quantas vezes for preciso, eu sei disso. – opina Jayden.

Senshi olha para ele. Esboçando uma expressão gentil e grata, corresponde:

– Obrigado. Você está certo. Não importa o que aconteça, nunca desistirei da Nagashi.

O peito esquerdo de Jimmy se aperta. Ouvi-lo falar assim de outra pessoa, com tanta dedicação e tanto afeto, chega a machuca-lo. Queria ele ter o privilégio de ser prioridade na vida do amigo. Ser, então, mais do que já é. Sim, mesmo já sendo tão importante para Senshi, James gostaria de ser mais. E a dor de saber que isso é impossível, a cada dia que se passa, se mostra como algo duro de enfrentar.

– Não se engane, meu camarada. – aconselha Gingamaru, balançando o rosto de modo horizontal, com as pálpebras fechadas. – Nagashi é minha!

– Há! Boa sorte para vocês dois! – Yuong se manifesta, rindo. – Domar aquela loira não é pra qualquer um.

– Eu não sou qualquer um... – argumenta Gingamaru.

– É verdade. Ela ainda não te deu nenhum soco. Não sei como isso pode ser possível... – afirma Jayden.

– É o amor. – define o melhor nadador de Kyodai.

– Não, é pena mesmo. – Daisuke interfere.

– Pena? – Kaoru, sem entender, começando a se interessar pelo assunto.

– Tsubaki-chan e eu chegamos a perguntar para ela sobre isso. Nagashi-san nos disse que você inspira tanta pena a ela que não tem coragem de te bater.

Gingamaru se irrita:

– Ora seu...

– Opa, opa. Pode se colocar no seu lugar e aprender a não se meter com o meu Daisuke. – impera o mais velho dos estudantes, com um timbre firme e mandão. – Senão vai se ver comigo.

– Não tenho medo de você... – alega, cruzando os braços.

No fundo, tem um pouco sim. No ano passado, Yuong e Gingamaru brigaram feio por causa de Sayuri Kishimoto, que encanta não só eles, como muitos outros. E o segundo foi quem levou a pior...

– Será que não tem mesmo? – alfineta o terceiranista.

– Galera, por favor... Paz e amor... – Senshi se manifesta.

– Isso aí. Escutem o cara, que ele sempre tem razão. – opina Kaoru. – Foi ele que salvou a mim, ao Ginga-kun e ao Saito-kun da fúria da Nagashi.

– Naquele momento, era Arashi quem estava no controle. – comenta o “prateado”, direcionando seu rosto para ele. – Ela não teve culpa.

– Desculpa, mas ainda é complicado para eu entender essa situação... – alega o loiro.

– Coitada. Sempre tendo que manter o autocontrole, para reter uma espécie de outra personalidade dentro dela. Dá para entender porque ela é tão fechada. – Jayden, por sua vez.

– Tudo o que Nagashi precisa sou eu. Me tendo, nada mais é necessário... – declama Gingamaru. – O amor entre nós é forte demais!

– Nossa, cara... – Yuong, de novo, ciente do fato de que Nagashi e Senshi se gostam, e muito. – Você é tão sem noção...

O rival de Senshi se prepara para debater o comentário do maior, mas repentinamente a porta do banheiro é arrombada, fazendo com que todos se levantem de imediato devido o alarde. Se posicionando, o grupo olha para fora. É quando os catorze olhos encontram a visão que não poderiam sequer imaginar...


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Notas finais do capítulo

Ate!!