Os Quatro Bruxos. escrita por VFarias


Capítulo 21
Dois Deuses.




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Leo Borman.

— Para que serviu toda a despedida se você ia apagar a memória deles depois? – pergunto.

— Os magos estavam atrás deles, se soubessem o que estamos fazendo tudo ficaria pior, não se preocupe com seus pais, eles vão para a casa da justiça assim que acordarem e depois Mun poderá reconstruir a memória deles.

— Para onde vamos? – pergunto a Jarry mudando de assunto.

— Para o norte de um país, mais precisamente pra o norte da Bulgária, precisamos encontrar Bóreas o Deus do vento do norte. – disse ele a mim.

— E como ele vai me abençoar, é só eu chegar e pedir a benção? – pergunto inocentemente.

— Teoricamente sim, você vai pedir ele decidira o que você terá que fazer em troca da sua benção. – disse Jarry. – ou você pode ter a sorte dele ser um Deus legal e te entregar a benção de graça.

— Quais as chances dele ser um Deus legal? – pergunto.

— Sinceramente, nenhuma. – disse Jarry. – Bóreas não gosta de bruxos como nós. Ele suporta somente os bruxos gregos ou romanos, nós não somos nenhum dos dois, somos Bruxos apenas.

— Entendo. Você foi vê-lo? – pergunto.

— Não, minha alquimia não se estende tanto. Eu tive a sorte e o azar de só precisar falar com Zéfiro. – disse ele a mim. – Ele me advertiu que um dia teria que vê-lo de novo, mas que Zeus deveria ser o ultimo dos deuses que eu deveria ver, e que estaria com outro filho do vento, você no caso.

— Entendo. – digo. – como chegamos no Olimpo? Supondo que é lá que Zeus está.

— Pedimos uma ajudinha a Hermes. – disse Jarry. – mas agora apenas dirija o máximo ao norte que puder.

Já que a conversa estava encerrada, liguei o radio.

Fazia tempo que não ouvia musica. As novidades musicais estavam ótimas.

Jarry parecia gostar também.

Nunca havia dirigido tanto em um único dia, Jarry lançara um feitiço de transparência no carro onde nenhum radar nos pegaria, e atravessaríamos qualquer coisa que quiséssemos, ele também lançou um feitiço que não permitia que a gasolina acabace, o que permitiu que seguíssemos viagem sem parar para nada, comemos enquanto andávamos, pois ele havia trago comida. Saímos de casa as 11 horas, estávamos em Chicago no fim do dia as 20 horas.

— Porque vamos parar em Chicago, posso andar um pouco mais até, Ottawa. – digo a ele.

— Ok. Então vamos até Ottawa. – disse Jarry – de lá seguiremos por teletransporte.

— Porque não fizemos isso desde Forks? – pergunto.

— Bóreas não se deixara ser encontrado tão facilmente. Você deve correr atrás dele, como estamos fazendo. Faremos uma pausa em Ottawa e depois de mais de meio caminho corrido, podemos ir para Bulgária sem problema nenhum por teletransporte. E ai encontrar ele.

— Ok. Nesse ritmo chegaremos lá em algumas horas. – digo a ele.

Como disse chegamos rápido em Ottawa, procuramos um hotel. Enfeitiçamos o gerente que nos deixou dormir em uma suíte de luxo, com tudo pago.

— Por onde os outros vão começar? – Pergunto.

— Stela com sorte ainda não foi para o Tártaro em busca de dois titãs, ela deve estar no Atlântico, ou em algum lugar do fundo do mar mais profundo no palácio de Poseidon. – disse Jarry.

— Espere ela terá que ir ao tártaro? – perguntei pasmo. – E que papo é esse de titã?

— Sim, se ela quiser abrir os 8 portões ela precisará ir. – disse Jarry. – E os titãs também possuem poderes formidáveis.

— Eu tenho que ir par lá também?

— Só se algum Deus do vento estiver lá, o que eu acho muito improvável. – disse Jarry. – Agora chega de conversa, vamos comer e ir dormir, amanhã será um longo dia, principalmente para você.

Fomos para o restaurante para jantarmos.

— Onde acha que Kate esta? – pergunto a ele.

— Deve estar procurando por Demeter na China, ela vive por lá. – me respondeu ele.

— E Kevin? – pergunto.

— No olimpo, ou no tártaro. – me disse em resposta.

Seguimos para a suíte onde dormimos até o amanhecer.

— Acorde, anda! – disse Jarry, me chacoalhando.

Levantei, tomei um banho e coloquei uma roupa comum.

Calça jeans, minha camiseta do Red Hot e o meu tênis VANS vermelho e preto.

Amarrei uma bandana vermelha na testa e segui para o salão restaurante para tomar café da manhã.

— Vamos deixar as coisas aqui, ninguém vai alugar nosso quarto e depois de conseguirmos as coisas com Bóreas seguiremos para cá de volta, e pegaremos o carro. – disse Jarry.

— Como Kevin e Kate farão isso, já que eles não têm carro? – pergunto.

— Patrick e Lara vão alugar um. Ou eles vão voando. – disse Jarry a mim.

— Kate terá que ir no tártaro também? – pergunto.

— Sim, ela é a que mais vai precisar ir ao tártaro. Três dos deuses que ela precisa ver estão no tártaro. – disse ele.

— Isso quer dizer que são maus? – pergunto.

— Não. Nem todos. – diz ele se enchendo com minhas perguntas. – vamos nessa. Se troque ponha seu traje de batalha pegue seu arco e sua varinha e me encontre na frente do hotel.

Leo se trocou e colocou seu traje de luta, apanhou suas armas, e desceu de elevador.

— Está indo a uma festa a fantasia garoto? – perguntou um homem no elevador.

— Sim, estou fantasiado de guerreiro. O Sr.º deveria ir também, na primeira boate na 5ª avenida seguindo direto a rua do hotel. – disse Leo.

Leo saiu correndo do elevador e encontrou Jarry, do lado de fora da porta.

Tocou em seu ombro e surgimos na Bulgária.

— Ótimo, e agora como acharemos um Deus nesse País? – perguntou Jarry.

— E você pergunta para mim, pensei que você sabia! – digo indignado. – será mesmo que Bóreas esta aqui?

O ar sopra de forma diferente no momento em que digo o nome do Deus.

— Sentiu isso? – pergunto.

— Senti. – responde ele.

Olho para todos os lados procurando alguém ou alguma coisa que pudesse ter feito o ar soprar, então finalmente vejo uma corrente de ar.

— A um rastro deste ar. – digo a ele. – eu acho que da para seguir.

— Poderia ser uma armadilha, Bóreas não é do tipo de Deus que nos mostraria o caminho com tanta facilidade. – disse Jarry.

— Ok. O que faremos? – pergunto a ele. Afinal ele é meu treinador.

— Bom, seguiremos o ar, com alguma sorte é algum semideus e poderemos enfrenta-lo sem problema nenhum se for o caso, mas se for algum Deus brincando conosco, teremos problemas. – disse Jarry. – Vá a frente eu não sinto nem vejo a corrente de ar, então você nos guia.

— Os humanos não vão nos ver com as armas e tudo mais? – pergunto chamando a atenção dele lembrando do homem no elevador.

— Já ia esquecendo. – Disse ele. Ele saca a varinha e faz um circulo em torno de nós. Nenhuma faísca nem raio, nem nada do tipo, mas eu senti como se alguém jogasse um balde de água em mim. – pronto tudo resolvido.

Eu olhava para Jarry e o via diferente, ele não estava arrogante e nem prepotente, acho que ele só era assim perto dos outros captores, mas ainda assim decidi perguntar.

— O que houve com você? – pergunto a ele.

— Como assim? – disse ele.

— Você está legal, nem um pouco arrogante, nem prepotente, nem se achando superior. – digo a ele.

— Sério que você acha tudo isso de mim? – pergunta ele rindo.

— Você ainda duvida?! – pergunto indignado. Ele não respondeu.

Começamos a subir uma ladeira, não fazia ideia de onde estávamos, entramos em uma floresta quando Jarry começou a se explicar.

— Ok, escute você tem razão. Mas eu preciso manter uma postura diante dos meus soldados, e aquele Jarry é o único que consegue comandar. – disse ele a mim. – Eu não consigo ser um líder como você, eu o vi no palácio de Guller você é um líder amigo e irmão. Comigo isso não funciona ou eu mando, ou eu faço.

— Entendo você esta sendo autoritário quando é daquele jeito, não esta sendo um líder. É diferente. Você precisa ser mais você e não fingir ser quem você não é. – digo a ele.

— Ok. Vamos me deixar de lado, temos uma longa trilha a seguir, consegue sentir exatamente para onde essa corrente de ar leva? – pergunta ele mudando de assunto.

As árvores ao meu redor dificultavam um pouco as coisas, se Kate estivesse aqui ela poderia nos ajudar.

— Vou tentar. – digo.

— Sinta o ar, feche os olhos, se conecte com todo o vento a sua volta, tanto o parado quanto o de corrente, isole a corrente que seguimos até agora. – explicou Jarry.

Fecho meus olhos, o ar a minha volta toma conta de mim, eu sinto todo o ambiente ao meu redor, todo o ar a minha volta esta conectado em mim, nunca havia sentido isso abro meus olhos e a julgar pela cara de Jarry devia estar brilhando em branco é o que ele faz agora quando uso meus poderes.

— No topo daquela montanha. – digo.

Ele toca em meu braço e surgimos lá.

— Nada mau para dois pirralhos. – disse uma voz doce e feminina.

— Quem esta ai? – pergunto preparando uma flecha no arco. E Jarry apanhando a varinha e colocando a outra mão no cabo da espada.

— Você com certeza não me conhece Leonardo Borman, mas eu sei tudo sobre você, sei tudo sobre seus poderes, sobre o seu coração, sobre seus pais e amigos. – disse a voz.

— Você fala com muita astucia e coragem, para alguém que esta se escondendo. – disse Jarry. O Jarry arrogante e prepotente estava de volta.

— E você fala forte para alguém que implorou por minha benção. – disse a voz.

Comecei a ver um nevoa branca em nosso redor.

— Espere um pouco essa névoa, você é Hécate?! – diz Jarry surpreso.

— A deusa da magia, a deusa das encruzilhadas. – digo.

— Muito bem, vejo que consegue ver a nevoa. – diz ela. – muito melhor que seu antigo tutor, não Jarry.

— Hécate, a Deusa que mais dificultou minha vida. – disse Jarry. – não digo que é bom lhe rever.

— Digo o mesmo Jarry, o medroso. – diz a Deusa, o som de deboche em sua voz me irrita.

— Olhe aqui, não temos tempo para isso, eu preciso ver Bóreas, se você quer me abençoar, bom agradeço muito se não quiser bom nos de licença temos muito a fazer. – digo a ela, ficando irritado com a discussão deles.

— Muito bem, você quer minha benção terá que fazer algo para mim.

— O que é?

Estava começando a me assustar.

Uma mulher surgiu acompanhada de uma doninha e um cão ao seu lado.

— É um prazer conhecê-lo rapaz, acompanhei você durante sua missão, você se saiu muito bem. Igual ao seu avô. – Não era possível, Hécate conhecerá meu avô. – Não só o seu avô como sua avó também. – ela falou como se lesse minha mente. - Eu fui a primeira Deusa a abençoa-los durante a jornada deles. Eles eram tão astutos e poderosos que eu fiquei feliz em abençoa-los e não podia exigir nada deles. Você é poderoso jovem Borman, mas não chega nem aos pés deles, mesmo com todos os portões abertos, você ainda será fraco comparado a eles.

— O que você quer que eu faça pela benção. – digo, ela não parecia estar brincando com o que dizia, muito menos mentindo, e isso me irritou. – nós não temos tempo para perder com você.

— A um feitiço do seu mundo mágico, um feitiço que só pode ser realizado por quem já abriu os oito portões da magia, porem se você executa-lo errado a magia poderá te consumir e você morrera. – disse ela a mim. – E ainda assim não será o soberano por inteiro.

— Qual é? – pergunto.

— Quero que você desperte o Soberano. – disse ela a mim.

— Ele não pode! – interpôs Jarry.

— Se ele quiser a minha benção terá que conseguir. – disse ela. – ou então continuara fraco.

— Eu consigo, o que eu tenho que fazer para invoca-lo? – pergunto.

— Matar! – disse Jarry.

— Boa sorte pequeno bruxo. – disse Hécate, e fazendo isso Hécate desapareceu em uma nuvem de névoa branca e roxa.

Jarry olhou para mim e eu vi que o Jarry legal estava ali de novo.

— Você não tem que fazer nada que ela esta pedindo Leo. – disse Jarry. – Você não precisa da benção dela para abrir os 8 portões da alquimia, só com os deuses do vento você consegue.

— Eu quero. Vou mostrar para ela que sou forte o bastante para libertar o soberano. Estou me perguntando o como o Everton pode matar alguém. – digo.

— Não é assim que funciona, cada soberano é ativado de forma diferente de acordo com a cor da magia. – Explica Jarry.

— Quer dizer que qualquer magia pode ter um soberano e não só as... – ele me interrompe.

— Sim, qualquer uma pode ter, é um erro achar que somente a branca, preta e azul podem ter, mas os soberanos das outras são diferentes, são formados de magia pura o que os torna mais fracos, mas ainda são fortes. – diz ele.

— Como libertamos? – pergunto.

— Eu não sei como todas as cores fazem, até mesmo porque isso não é algo que me interesse, mas a magia azul precisa lançar um raio em si e desligar seu controle do céu, se sobreviver a descarga elétrica do raio o soberano desperta. Na magia vermelha que também é conhecida como magia do amor, eles precisam quebrar o coração de alguém. Pelo que eu entendo a pessoa tem que fazer algo contrario da magia. A magia branca foi criada com o objetivo de proteger e salvar vidas. Então você as tira para ativa-lo.

— Ok. Isso não faz sentido. – digo.

— Leo magia não faz sentido. – explica ele.

— O que é o Soberano exatamente? – pergunto.

— É um ser mágico que você desperta para te proteger. Ele é como um você oculto preso em um sono eterno. – responde ele a mim.

— Entendi. – digo.

— Então quem você vai matar? – pergunta ele.

— Como assim? – pergunto pasmo.

A pergunta dele me fez lembrar de muitas coisas da minha vida, coisas que eu fui obrigado a presenciar durante minha infância, coisas que não compreendia na época, mas que agora faziam todo sentido. Minha cabeça está rodando, o mundo todo está de cabeça para baixo – Preciso sair daqui, esfriar minha cabeça tomar alguma coisa.

— Leo tirar a vida de alguém não é fácil por mais mal e cruel que esse alguém seja. – disse Jarry.

— Eu sei. - paro. – Quero dizer, posso imaginar.

Ele nos teletransportou para a cidade, lá seguimos para um shopping para comer algo e depois voltar a rastrear Bóreas, decidi deixar o assunto de Hécate para depois.

— Vou ao banheiro já volto. – digo a ele.

Hécate me desafiou e ninguém faz isso, nem mesmo uma Deusa.

Sigo para o banheiro.

Chegando ao banheiro, fui direto ao mictório, havia dois velhos nas extremidades do banheiro cada um em um mictório, e um cara de seus 35/40 anos.

Isso lembrou a mim algo que me aconteceu quando eu era pequeno, uma das coisas que eu havia vivido e não entendia eu devia ter uns 8 anos quando fui ao shopping com meus pais, fui a banheiro sozinho e um velho tentou abusar de mim, fiquei tão apavorado que não sabia o que fazer enquanto ele me apalpava, mas algo me dizia que isso não era certo foi então que dei um chute nos genitais do velho e sai correndo. Nunca disse nada aos meus pais, mas hoje isso me deixa furioso.

E agora estava eu entre dois velhos.

O que me surpreendeu, foi que não foi nenhum velho que se aproximou e sim o cara de 35/40 anos.

Ele ficou no mictório ao lado do meu, e tentava ver meu pênis. Aquilo me irritou de verdade então eu bolei um plano, daria uma surra nele.

Então tudo deu errado quando um garotinho de seus 11 anos entrou no banheiro.

O garotinho seguiu direto para o boxe do banheiro.

O cara que pouco antes tentava ver meus genitais, fez uma cara de “AGORA EU ME DEI BEM”, ele seguiu para dentro do mesmo boxe que o menino.

— Oi gracinha, pronto para se divertir? – perguntou ele ao menino.

Aquilo estava errado muito errado, conseguia ouvir o menino tentar gritar e o cara tapando a boca dele de alguma forma.

Fui para o boxe do lado e subi na privada para olhar.

Precisava de um plano.

Então sem pensar muito saltei para dentro do boxe junto com o garotinho que ficou atrás de mim e o homem.

— O que você quer moleque, também quer brincar? – perguntou ele a mim, com uma cara de safado.

— Você nem faz ideia. – digo.

(O que acontece a seguir é um pouco sujo e talvez você ache até vulgar.).

Ele pegou minha mão esquerda e levou direto ao pênis dele.

Achando que talvez eu fosse acaricia-lo, mas na mesma hora apertei, com toda a minha força.

Ele tentou gritar, mas eu o calei com a outra mão, depois que percebi que ele não gritaria mais, eu retirei minha mão de sua boca.

Arranquei uma flecha da aljava que estava enfeitiçada e parecia uma mochila.

— Eu devia arrancar, seu pau fora e soca-lo em sua garganta e ficar assistindo você se engasgar nele. – digo, seriamente, olhando em seus olhos, eu não parava de esmagar os testículos dele com a mão, seus olhos reviravam de dor.

Ele tenta tirar a flecha de minha mão, o menino atrás de mim, chora como um bebe, aquela situação me assusta um pouco, então o inevitável acontece, minha flecha transpassa o peito dele, direto por onde fica seu coração.

Lagrimas escorriam dos meus olhos junto com ele escorregando na parede do boxe e caindo sentado no chão, ele estava morto. EU matará um homem.

Retirei a flecha, a limpei e guardei de volta na mochila.

Eu me viro para o menino, ele estava com as mãos no rosto cobrindo os olhos.

A porta se abriu com um estrondo e o menino gritou, não havia mais ninguém no banheiro.

— Você foi... dramático e cruel. – disse Jarry quando abri a porta.

O abracei e chorei.

Ele fez algum feitiço que não pude ouvir, mas fez com que o corpo desaparecesse. E apagou a memória do menininho.

— Venha vamos para o Hotel, você precisa dormir um pouco. – disse ele a mim.

Dormir não foi fácil, a cada vez que eu fechava os olhos via a cara do homem que eu matei, fiquei imaginando a família dele se derramando em lagrimas. Sentindo dor por ele estar morto.

— Leo, você de certo modo agiu certo, já imaginou quantas pessoas esse cara já não deve ter abusado, o menininho que você salvou não foi o único eu aposto. – disse Jarry a mim. – se prepare pare enfrentar Hécate novamente. Ela é uma Deusa persuasiva.

— Com certeza eu sou! – a deusa estava sentada na cadeira frente a cama nos olhando.

Olha-la me deixou furioso. Por culpa dela eu havia matado um homem, era nisso que eu pensava durante todo o ocorrido, eu queria mata-lo, mesmo não querendo, confuso sim, eu sei que é, mas era assim que me sentia.

— Soberano! – gritei. Um enorme ser de armadura completa branca se expandiu para fora de mim, eu sentia a energia dele em mim, era sombrio e luminoso ao mesmo tempo, uma magia poderosa, era algo surreal ter aquilo ao meu redor, eu me sentia invisível.

— Muito bem pequeno bruxo, vejo que cumpriu com sua parte, hora de eu cumprir a minha também. – disse ela.

Ela esticou a mão.

— Eu Hécate abençoo o bruxo Leonardo Borman com a magia dos deuses e orientação para o melhor caminho. – disse a Deusa.

Eu não senti nada diferente, nenhum som ecoou, nenhuma luz, apenas uma nevoa branca que se prendeu em mim e penetrou em meu corpo.

O soberano foi desfeito.

— Siga para depois da colina que nos encontramos. E lembre-se se Bóreas não te abençoar nenhum dos outros Deuses do vento ira. Ele é o mais amigável dos outros. Você só teria mais uma única forma de obter a benção dos ventos, buscando pelo Senhor de todos os ventos. O Mestre Éolo. – disse Hécate. - ou Zeus.

— Ótimo obrigado por sua ajuda Senhora Hécate. – e dizendo isso nós passamos por ela.

— Eu sinceramente não entendo como esses deuses podem existir no meio da magia. – digo a Hécate.

— Então eu lhe digo, pequeno bruxo. – disse ela. – O mundo em que você vive é apenas uma parte do mundo que realmente existe. As criaturas e monstros que você enfrenta são os mesmo que os semideuses e os guerreiros humanos enfrentam. Vocês estão separados por um véu mágico que não permite que se encontrem, pois normalmente acontece guerra entre esses dois tipos de divindade.

— Mas então porque os Deuses não nos matam? – digo. – quero dizer, se somos uma ameaça para eles e para seus filhos porque simplesmente não nos matam?

— Os Deuses precisam de vocês, Zeus não admitiria isso nem em infinitos milênios, mas nós precisamos de vocês, e um dia uma força tão imensa tentara tomar conta do mundo, e somente as duas divindades, Deuses e Bruxos poderão derrotar esse monstro horroroso que nos assombra. O mundo dos bruxos esta passando por uma dificuldade, a profecia que vocês bruxos carregam a tempos em cima de vocês está para se concretizar, e a dos semideuses também. Quando as duas se unirem será a maior guerra do universo. Um bruxo da natureza e um Deus antigo ressurgiram juntos.

— Muito bem dona Hécate, temos que ir! – disse Jarry.

Eu não via nada após a colina, nenhum castelo, nem palácio nem nada.

Mas a trilha de vento ainda perceptível e estava mostrando o caminho.

Tínhamos que voar em direção ao céu.

— Você sabe o que ela quis dizer, não é? – pergunto. – sobre o bruxo da natureza e o Deus antigo?

— Não tenho permissão de dizer nada sobre isso. Temos os melhores em busca desses dois. Tanto do nosso lado como do lado dos Deuses. Pelo que sei dos deuses estão Atena e Ares buscando pelo Deus e dois de seus melhores filhos. Do nosso lado estão os 4 Velhos bruxos supremos. Eles são o que temos de mais forte no momento, quero dizer da bruxaria. – disse ele. – eles buscam pelo bruxo da natureza.

— Ótimo, me de a mão temos um deus para visitar. – digo a ele. E subo voando para o palácio de Bóreas.

A primeira sensação que tive foi frio.

Ele é o vento do norte o que eu podia esperar.

É difícil descrever o que eu estou vendo. Não tem nada na terra que se pareça com isso. O palácio era coberto de neve, completamente branco e perfeito. Não derretia sob nenhuma circunstancia, nem mesmo a imensa bola de fogo que brilhava no céu parecia causar qualquer influencia sobre o castelo.

Não vi o resto, pois, fomos carregados por um brisa de vento leve, mas forte o bastante para nos erguer do chão e carregar até dentro do palácio.

E essa foi a visita mais rápida que eu tive com um Deus.

— O bruxo que quer a benção dos Deuses do vento. – disse Bóreas.

— Sim senhor. Eu sou... – ia dizendo.

— Eu sei quem você é e o que você quer. – diz ele a mim. – mas para ter minha benção terá de lutar.

— Com um Deus, corta essa. – digo quase imediatamente e me arrependendo quase no mesmo instante.

— Mesmo que eu queira esmagar cada um de sua espécie. Eu não lutarei com você, mas meu filho Zetes lutara. – disse ele estalando os dedos e uma espécie de anjo demoniaco surgiu na minha frente. – Acabe com ele. Leo, se você vencer terá a benção que deseja.

O primeiro golpe veio a mim com uma espada em direção a meu pescoço.

Eu o parei com o arco.

— Espere! – gritou Jarry. – Jure pelo Estige que após essa batalha se ele ganhar terá sua benção!

— Como ousa questionar minha palavra protegido de Zeus! – disse Bóreas.

— Uma vez um Deus me ensinou que é preciso um juramento, pois normalmente os deuses esquecem de suas palavras. – disse Jarry.

— Maldito Hades. – disse Bóreas. – Eu juro pelo Estige abençoar o garoto se ele vencer.

— Você é forte. – disse Zetes. E ergueu a espada para um novo golpe.

O estilo de luta dele não é nada comparado ao que eu vejo nos bruxos.

— Estupore! – Grito quando consigo uma distancia e apanho a varinha, afinal eu sou um bruxo. Ele desvia do feitiço rolando para o lado.

Ele me ataca novamente.

— Proteges! – uma barreira de proteção impede o ataque a 60 cm de distancia do meu rosto.

Cuspo vento e ele voa para 2 metros atrás.

— Você é bom garoto. – disse ele. – Mas eu sou Zetes filho do Deus do vento do Norte.

— Você fala de mais. – digo – Langlok! – digo e o feitiço o acerta. Sua língua se cola no céu da boca, impedindo que ele fale.

Seguro o máximo possível o vento a minhas costas, esperando por seu ataque.

Ele prepara o ataque, e ataca.

Eu me impulsiono para cima no momento exato que a espada tocaria meu peito. Os ventos que segurava atrás de mim são arremessados para frente. Lanço uma flecha em direção a sua mão da espada desarmando-o e lhe cortando a mão, criando um talho bem fundo.

Lanço um feitiço logo atrás.

— Estupore! – o feitiço o atinge na altura da cabeça, fazendo-o desmaiar.

Bóreas gritou de frustração!

— Eu Bóreas abençoo esse garoto com o Vento do Norte! – disse Bóreas.

Desta vez eu senti algo. Um vento frio me ergueu e fui envolto por um manto.

— Ótimo o manto já apareceu. – disse Jarry.

— O que é esse manto? – pergunto.

— Após algumas bênçãos o manto aparece, ele carregara os cristais de bençãos e depois que seus 8 portões abrirem o manto some e esses cristais que estão em cima de seu ombro direito se tornam um só, você o engole, depois você estará com todo o seu poder a seu controle. Você se tornara o próprio vento. – explicou Jarry.

— Adeus senhor Bóreas. – disse Leo.


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