Os Quatro Bruxos. escrita por VFarias


Capítulo 11
Surgem Dois Visitantes.




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Paramos na borda da floresta.

— Vamos para minha casa e depois seguimos para a ponte para que vocês a vejam. – disse Clodoaldo parecendo satisfeito por ter chego até ali.

— Estou faminto! – Diz Kevin.

— Na minha casa tem comida. – diz Clodoaldo.

— Antes de seguirmos precisamos nos camuflar, nossas roupas e armas não podem ser vistas por mortais comuns sem conhecimento algum da magia. – disse Vini.

— Por quê? – perguntou Matheus.

— Em que mundo mortais usam vestes como estas, armas como estas e fazem magia? – pergunto em resposta.

— Sam, juntos? – convida Vini.

Ela assente com a cabeça.

— NEBULOS MORTUS! – conjuram juntos, e uma neblina branca rompe da varinha deles e nos envolve, eu não entendi como isso funcionava porque eu não via diferença nenhuma.

— Não tem nada de diferente em nós. – diz Matheus.

— Você só pode estar brincando. – diz Stela. – Mortus é igual a mortais, ou seja, a neblina afeta somente os mortais.

— Somente os mortais que não sabem de nossa existência. Os que sabem conseguem nos ver. – completa Sam.

— Chega de papo, to nem ai para quem essa neblina me esconde ou deixa de esconder, eu to com fome, então vamos logo! – diz Kevin pisando duro no chão e avançando.

Todos nós rimos e o seguimos.

A cidade de Marimani era exatamente como vilas que já conhecia, casas iguais, cheia de árvores, alguns prédios e armazéns não tão altos quanto em Nova York, mas era ainda mais linda, pois natural.

— O senhor, mora em um lugar realmente lindo. – diz Kate admirada.

Minha irmã sempre gostou de lugares como este, vila simples, cheia de pessoas simples e árvores.

— Depois da ponte ficar pronta ficará ainda melhor. – diz ele.

— A população vai aumentar, por aqui. – digo. – essa ponte servira de mão tanto para vocês quanto para a outra ilha que se ligara à essa. Isso poderia ser algo prejudicial a vocês. – termino.

— Como? – ele me pergunta e todos me olham, com exceção de Vini, que parecia ter entendido o que eu disse.

— Com o número das casas e famílias aumentando, a demanda por alimentos e confortos iram aumentar junto. – disse Vini olhando para frente.

— Exatamente. E se já esta difícil para quem mora aqui, imagina como ficara quando novas pessoas vierem. Haveria uma solução. – completo.

— Vocês estão certos. Mas qual solução? – pergunta ele.

— Um pedágio. – digo.

— Você ficou louco. Nós somos pobres não temos como pagar um pedágio. – diz ele.

— Fácil, cobre pedágio apenas de quem é de fora. – disse Vini.

— Qualquer um que queria entrar e sair daqui com algum pertence do local terá que pagar uma taxa também, isso renderia lucro para vocês, e uma qualidade de vida melhor para a Villa, mas é claro isso se houver algum governo assumindo o lucro. – digo.

— Garotos, vocês tem futuro. – nos elogia ele.

— Incrível como a casa dele não chega nunca. – disse Kevin andando mais apressadamente, embora sozinho. Pois todos nós havíamos parado em frente a um portão azul.

— Garoto se você parasse de reclamar veria que nós já chegamos. – grita o construtor para Kevin que estava longe de nós já.

— Vocês iam me deixar ir não é? – pergunta ele bravo.

— Não muito longe. – Responde Thiago.

Todos rimos novamente. Incrível como nós nos fazíamos bem.

Entramos na casa dele, que era grande e arejada, com moveis de madeira  com almofadas e bem confortáveis.

—Clodoaldo é você? – pergunta uma mulher de outro cômodo.

— Silvia venha cá quero lhe apresentar umas pessoas. – chama ele.

Ela vem correndo e o abraça.

Uma mulher alta, magra, com lindos cabelos negros que chegavam a cintura.

— Olá, sou Silvia Amorim, mulher de Clodoaldo. –apresentou-se ela.

— Ola sou Vinicius Barcelos. – apresentou-se Vini.

— Sou Samantha Carmona.

— Stela Castell.

— Kevin Castell.

— Kate Borman.

— Leonardo Borman.

— Thiago Muller.

— Matheus Graciano.

Todos nos apresentamos.

— Nós seremos guardas do Clodoaldo até a ponte ser finalizada. – diz Vini. – somos alunos de Daneva, da torre 1.

— Muito prazer vocês estão em que ano de Daneva? – pergunta ela.

— Com exceção de Samantha e eu que estamos no 3º o restante esta no 1º ano. – responde Vini.

— Compreendo. Ranking de missão B/C certo? – pergunta ela.

— Sim Senhora.

— Clô, podemos conversar um minuto a sós. – diz ela.

— Eu estou com fome. – Diz Kevin, o que me mata de vergonha.

— A comida na cozinha peguem o quanto quiserem. – diz ela.

Eles seguem para o andar de cima. E nós para a cozinha.

— Leo, nada de ouvir a conversa deles. – diz Vini para mim, vendo meus olhos inquietos. – Eu já entendi tudo.

— O que você entendeu? – perguntou Matheus pegando um pedaço de bolo.

— Vamos deixar que as coisas se esclareçam mais, depois conto a vocês. – disse Vini.

— Ela parecia zangada. – disse Stela.

— O bolo esta uma delicia. – disse Kevin que a viu chegando.

— Obrigada. – respondeu ela.

Assim que comemos ela nos acompanhou até a ponte junto com o marido.

A ponte possuía uns 3 km de largura e mais de 9 km de comprimento.

— Você não espera que as pessoas passem por tudo isso a pé, não é? – pergunto.

— Se elas quiserem vão poder. – diz ele. – mas haverá um bonde que vai e volta por ela, e eles também vão poder passar por ela de carro.

—Entendo. – digo.

Andar sobre a ponte, ver o mar embaixo de mim, me fez pensar o que aconteceria comigo se eu pulasse dessa altura na água.

Estava imerso em meus pensamentos quando dois estalos me fizeram apanhar uma flecha de imediato na minha aljava e posicionar em meu arco.

Dois caras se materializaram um pouco adiante de nós.

Um garoto mais ou menos da altura do Vini, de cabelos castanho claro cortados de forma incomum, vestia um sobretudo preto, uma camiseta cinza escura por baixo de tudo, um colete cinza fechado em “x” sobre o peito que possuía feixes para prender armas nas costas e na frente, uma calça preta e um sapato preto.

— Quem são? – perguntou Kate.

— Protejam o construtor! – disse Vini se prontificando em nossa frente.

O outro tinha a mesma altura que Matheus, porém esse era loiro, usava uma camiseta cinza embaixo de uma jaqueta vermelha sangue, uma calça jeans cinza escura.

Havia fumaça onde eles apareceram então vislumbrar seus rostos era um pouco difícil.

— Se me atacarem vocês vão se ferrar! – disse o garoto de sobretudo.

Vini e Sam se entreolharam.

— Essa voz. – disse Sam.

— Everton. – disse Vini – O que você faz aqui?

Everton? Será mesmo o cara sinistro e o melhor da torre 7?

Olhei para Stela.

— Podem relaxar pessoal é só o Everton Santos. – disse Vini.

— Só o Everton, que isso Vini, você já foi mais educado. – disse Everton.

Eu nunca vi essa cara rindo. Ele me assusta as vezes.

Os dois foram se aproximando, no mesmo instante Matheus começou a ficar inquieto.

— O que foi? – pergunto a ele sussurrando.

— Nada. – diz ele.

— Galera, para quem não o conhece, o que eu acho difícil, este é Everton Santos, 3º ano da torre 7. – diz Vini. – E esse ai é? 

— Eu acho que seu amiguinho Matheus sabe a resposta. – diz Everton. – Não é?

Todos olham para ele.

— Quem é ele Matheus? – pergunto.

— Matheus? – chama Stela, quando ele não responde.

— Ele é meu irmão gêmeo Thales Graciano. – responde ele.

— Irmão gêmeo? – pergunto incrédulo. Eles eram parecidos, porem não idênticos.

— Sim, placentas diferentes e coisas e tal. – diz o garoto Thales.

— O que você faz aqui? – pergunta Matheus. – Não foi você quem disse que bruxaria era coisa idiota e que não existia? O que faz aqui? Não foi você quem disse que não se importava se eu viria ou se ficasse lá com você?

Matheus estava realmente irritado.

— Cara, foi mal, mas eu voltei não é? Estou aqui não estou? Agora sou aluno de Daneva também, torre 7. – diz ele.

— 7. Magia cor preta? – pergunta Matheus.

— Sim. Mas isso não muda o fato de sermos irmãos. – diz Thales.

— Desculpa, mas depois vocês resolvem seus problemas particulares. – disse Vini. – O que os trazem aqui?

— Mandaram eu vir com ele para cá. – disse Everton. – o maquinista enviou um recado para Daneva informando os ataques que vocês sofreram e me mandaram vir e ver como vocês estavam e já aproveitaram e me mandaram trazer ele para um reencontro familiar.

— Estamos todos bem. O ataque não ofereceu dano nenhum. – disse Samantha. – agora vocês já podem ir embora.

— Eu vou embora quando eu quiser garota. – disse Everton. – Você não tem controle nenhum sobre mim.

— Ignorante! – disse ela.

— Everton, você esta pegando pesado. – disse Vini a ele.

— Ok! Perdão madame. – disse ele.

— Idiota! – disse ela.

— Obrigado. A raiva só alimenta minhas forças! – diz ele, e seus olhos ficaram pretos de repente.

Kate gritou.

— Cara você esta pegando pesado. Que tal se você tomar um arzinho na cabeça. – digo a ele e invoco o ar em torno da cabeça dele.

— Leo, para. Ele e descendente da família Santos a família lendária da torre 7, na realidade ele é o único membro restante desta família, ele é muito poderoso. A magia dele é a mais forte de todos os alunos da torre 7. – disse Vini.

— Eu não to nem ai! Quem ele pensa que é para assustar minha irmã e falar desse jeito com a Samantha? – digo.

— Se você vai enfrentá-lo. Boa sorte. – disse Vini. – Poucos ali dentro daquela escola teriam força para derrotá-lo, talvez apenas dois alunos de lá e tenho certeza que os dois não pretendem fazer isso.

— Embora um dos dois tenha muita vontade de dar um soco na cara dele, só para se sentir feliz. - disse Samantha.

— Cara, vá embora. – digo.

Um circulo negro apareceu de baixo dos pés do Everton, Thales se afastou uns dois passos.

— Cara, você não vai usar o... – começou o garoto.

O circulo sumiu.

— Não vou perder meu tempo com alguém tão insignificante. – disse ele a mim. – Thales, você tem alguns minutos para falar com seu irmão antes de irmos. Essa missão não é nossa então não temos que ficar aqui e ajudá-los, nossa missão esta cumprida.

— Ninguém aqui pediu sua ajuda! – disse Leo.

— Everton, podemos conversar? – disse Vini.

Vini e ele seguiram um pouco a diante na ponte.

— Incendeio! – disse Everton. – e chamas negras rolaram em volta dos dois.

— Droga. – digo.

— O que foi? – pergunta Stela.

— Não da para ouvir, as chamas estão queimando o ar tanto que vai, quanto que vem, impedindo ele de me transmitir as falas deles. – digo em resposta.

Matheus e Thales foram para a beira da ponte e ficaram lá conversando ou brigando não sei muito bem, mas aquela conversa não me interessava.

E ambos voltaram primeiro que Vini e Everton.

As chamas sumiram e ambos voltaram também.

— Esta pronto Thales? – pergunta Everton.

— Sim. – responde o garoto.

Ele pegou no braço do Everton e ambos desapareceram.

Antes Everton fez um aceno com a cabeça para Vini.

—Vamos voltar. – disse Vini.


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