Os dez jovens entraram no castelo, e foram até a biblioteca, onde estavam Kurenai, Tsunade, Asuma e Jiraiya, conversando e tomando chá.

- Por que não saem para dar uma volta por aí? O dia está tão bonito hoje, e com certeza, há muitas coisas interessantes para serem vistas, principalmente para os garotos, já que é a primeira vez que nos visitam. – disse Tsunade, vendo que pareciam meio entendiados

- Claro, claro... Vamos, então? – chamou Sakura, abrindo a porta.

Desceram de novo para os jardins, e ficaram quietos, uns bons dez minutos, se encarando. Dava para ouvir até o barulho do vento, passando por entre as árvores do bosque.

- O que vocês querem fazer? – perguntou Hinata, cansada estava sentada no colo do naruto.

- Eu quero nadar. Vamos, Hinata, me leve até algum lago, vai ser legal! – animou-se Naruto, puxando Hinata em direção ao bosque.

- Sabe, Shikamaru... Eu acho que você vai adorar ver os cavalos... – disse Temari, e tratou de arrastar Shikamaru até os estábulos.

- Quer ver os quadros, Sasuke? – perguntou Sakura, ansiosa.

- Claro, por que não? – concordou Sasuke, e saíram os dois dali.

- Gaara, tem umas coisas bem legais pra se fazer na feira... Quer dar uma passada lá? – sugeriu Ino, animada.

- Vamos, vamos... – concordou Gaara, perguntando-se mentalmente se Ino não estava era com vontade de comprar coisas e coisas pra ela, e usá-lo como carregador.

E assim, um a um, os “casais” foram saindo do jardim, e seguindo para diferentes partes do Reino, deixando Neji e Tenten parados e sozinhos.

- Ora, ora... Não é possível que você não tenha NADA para me mostrar... – caçoou Neji.

- Tenho sim... Talvez você goste, talvez não, mas não custa nada eu tentar. Venha. – respondeu ela, e puxou-o para as estufas.

Chegando lá, Tenten puxou-o para a estufa número 5, e entrou. Acendeu a luz, e fechou a porta. Neji avaliou o ambiente com uma rápida observação, e Tenten riu.

- Não reconhece esse lugar? – caçoou ela.

- Está um pouco diferente, parece-me que foi reformado, mas se não me engano, este é a sua estufa. Onde você cria suas plantas e flores. – respondeu ele.

- Correto. Acaba de ganhar 10 moedas de chocolate! – caçoou ela de novo. – O troll tinha destruído todas as plantas, mas eu dei um jeito de recuperá-las e montar a estufa de novo.

- E os lírios? – perguntou Neji, com um nó na garganta.

- Estão ali. – disse Tenten, um pouco triste, apontando um vaso com dois lírios brancos murchos. – Foram os únicos que sobraram, nem sei como agüentaram todos esses anos. Ainda lembro do dia em que nós os colhemos, eu estava tão feliz, e depois aconteceu tudo aquilo de noite...

- Me desculpe, eu realmente...

- Eu sei, Neji, não precisa se desculpar, eu sei que não foi culpa sua. – disse Tenten, interrompendo Neji. – Eu só fico triste ao pensar o quanto Orochimaru deve ter atrapalhado sua vida com aquela maldição.

- Esquece, Tenten. – disse Neji. – Orochimaru se foi, e a maldição também. Se não fosse por você, talvez jamais tivesse me livrado dela. Mas eu realmente sinto falta dos lírios, lembro que demoramos uma semana inteira pra achar eles.

- Sabe, no dia em que eu voltei pra casa, no fim do verão, os lírios estavam bem melhores do que antes. Um pouco murchos, mas pareciam mais vivos.

- Que tal nós irmos procurar outros, daqui a pouco? – sugeriu Neji.

- Seria divertido, mas por que não podemos ir agora?

Neji não respondeu, pois estava concentrado observando uma cicatriz no braço de Tenten. Uma cicatriz de um corte que ele fizera, lembrava muito bem disso.

- Neji, eu simplesmente não acredito que você esteja com a consciência pesada por causa dessa cicatriz! – reclamou Tenten.

- Mas como eu posso esquecer, Tenten? Minha maldição estava sumindo, e Orochimaru conseguiu me controlar de novo! Eu quase te matei! – retrucou ele.

- Você é um bobo, mesmo. Você conseguiu voltar a ser você, isso é o que importa. E de qualquer maneira, estou viva, não estou? – disse ela, rindo.

Neji encarou Tenten atônito. Era simplesmente incrível o quanto ela conseguia ser otimista e ver sempre o lado bom das coisas. Ao ver a cara confusa de Neji, Tenten simplesmente riu novamente.

- Mas, eu ainda estou um pouco curiosa... Que tipo de recepção você esperava, hein? – perguntou ela, desconfiada.

- Essa. – respondeu Neji, puxando-a para um beijo.

Para Neji, era o momento que havia esperado desde o fim do verão. Para Tenten, era como se um sonho estivesse se realizando. Durante o verão, havia se apaixonado por ele, mas não tinha coragem de falar alguma coisa sobre esse assunto com ele.

- Você é mais linda do que todos os lírios que eu já vi, Tenten. – disse Neji, ao parar de beijá-

la, arrumando uma mecha do cabelo dela.

- Obrigada. – disse ela, rindo.

Os dois se abraçaram, e Tenten virou a cabeça para ver os lírios novamente. Para sua surpresa, os dois lírios estavam vivos e fortes, nada murchos. Neji, ao ver que Tenten estava espantada, olhou para os lírios, e ficou confuso também.

- O que será que aconteceu? – perguntou ele.

- Sabe... Eu acho que o que aconteceu com eles se relaciona ao que acontece com nós dois. – respondeu Tenten.

Iam se beijar novamente, mas bem na hora, a porta da estufa se abriu, e Gai, o jardineiro, entrou, afobado. Ao ver o que os dois iriam fazer, espantou-se, e começou a berrar:

- OH, MEU DEUS! SEUS DOIS IRRESPONSÁVEIS, SE AGARRANDO NA ESTUFA? O QUE DONA KURENAI E DONA TSUNADE IRÃO PENSAR? Vou ter que contar tudo isso pra elas agora! – e saiu correndo dali, em direção ao Castelo.

- Cara... Ninguém merece o Gai... -.-‘’ – suspirou Tenten.

- Devo impedi-lo ou devemos deixar que saibam? Sinceramente, prefiro a segunda opção. – disse Neji.

- Segunda opção, é melhor.

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