A Forbidden Love - Nicabeth - escrita por 0limpiana


Capítulo 1
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/397189/chapter/1

Eu estava em uma caverna fria e escura, com um lago de aguas negras em frente a mim. Tremia de frio... E medo. Viu vultos passando quase a meu lado, ouvia gritos desumanos. Senti como se estivesse sendo observada, como se houvesse alguém atrás de mim e de repente o lago parecia um bom abrigo, suas aguas pareciam quentes e confortáveis. Fiquei lá parada com medo de mover o corpo ou mesmo os olhos. Dei um passo a frente e senti uma respiração batendo em meu pescoço, dei mais alguns passos e unhas afiadas apertaram meu pulso, sem pensar duas vezes, pulei no lago.

Assim que minha pele tocou a agua escura senti com se estivesse sendo dissolvida, meu corpo gritava em desespero, eu queimava, e comecei a ficar sem ar. De repente uma enxurrada de lembranças me invadiu.

Eu estava com os joelhos apoiados no chão e segurava um peso, o peso do Céu. As lágrimas escorriam por meu rosto sujo e meu corpo já não aguentava mais, eu não fazia a mínima ideia de como eu ainda não estava morta, meus músculos das pernas e braços gritavam. Até que ouvi alguém chamando por mim, eu não podia ver quem era, não tinha mais força nem para virar a cabeça, mas eu não precisava olhar para reconhecer o dono daquela voz. Depois de alguns estantes eu o vi ele se ajoelhar ao meu lado, olhei bem em seus olhos e uma sensação de alivio me invadiu, pois ali estava meu anjo, Nico.

Acordei ofegante e me sentei na cama. O que tinha sido aquilo? Eu havia sonhado com Nico di Angelo? Sacudi a cabeça e afastei os pensamentos que começavam a se acumular em minha mente, tirei os cabelos loiros do rosto prendendo-os em um coque desajeitado. Levantei-me da cama e calcei uma sandália, andei lentamente até a porta do chalé e a abri, uma lufada de vento bateu contra meu corpo fazendo que com que eu respirasse aliviada, sai do chalé, fechei a porta e desci a pequena escada que havia em frente a ele. Fui até o pavilhão me sentando à mesa de Atena, fiquei lá por algum tempo. Até que senti o coque que eu havia feito se desmanchar e os cabelos caindo pelos ombros. Fechei os olhos e não pensei em nada, até que ouvi alguém falando comigo:

– Oi Annie.

Abri os olhos e me deparei com Nico em pé na minha frente. Ele havia mudado muito desde que eu, Percy, Thalia e Grover o encontraram junto com sua irmã Bianca. Estava mais alto, magro, os cabelos haviam crescido e agora alguns fios caiam em cima dos olhos, a palidez continuava a mesma. Espera, por que eu estava reparando tanto no Nico? Deixei isso pra lá e respondi.

– Oi Nico.

– Sem sono também?

– Não... eu tive um sonho, ahn, estranho e resolvi vir aqui pra fora, pensar um pouco.

Ele sorriu e se sentou ao meu lado. Então disse:

– Ei Annie, posso fazer uma pergunta?

– Po..pode sim Nico.

– Você...Sabe jogar Mitomagia?

– Ah –Sorri– Não.

– Eu posso te ensinar, quer?

– Pode ser.

Ele pegou algumas cartas do bolso do moletom e se sentou no outro lado da mesa para ficar de frente pra mim. Me deu algumas cartas e começou a explicar o jogo. Jogamos algumas partidas, ganhei só uma. Paramos de jogar, Nico riu e disse:

– Bom Annie, eu acho que você precisa melhorar.

– Ah, da um desconto né fantasminha. Você já joga isso há muito tempo, e eu comecei hoje.

– Ok então. Ei, ta com fome?

– Uhum.

Ele me deu um sorriso, se levantou e convocou dois esqueletos, pediu que lhe trouxessem dois Mc'Lanches. Depois os dispensou e se sentou no chão, me levantei e fui me sentar no chão ao lado dele. Ficamos um tempo em silêncio encarando as estrelas, me deitei ali, ele virou de lado, pôs os cotovelos nos joelhos, apoiou a cabeça nas mãos e ficou me encarando. Por um tempo apenas fingi que não estava percebendo e continuei a olhar as estrelas. Até que ele deu um suspiro, eu virei o rosto em sua direção e encarei seus olhos escuros. Não sei o que houve, mas, no mesmo instante esqueci-me de tudo, de como eu amava meu cabeça de algas, de como eu seguia minha vida sem dar um paço fora do contesto, de como eu era ''certinha''. Me sentei aproximando nossos rostos, até que seus lábios ficassem a centímetros dos meus. Seu hálito de menta me inebriou, fazendo com que eu acabasse com aquela pequena distância, o beijando... Eu nunca havia me sentido assim, seus lábios eram carinhosos, tinham um gosto amargo, tão bom. Ele pôs as mãos em minha cintura, e eu segurei seus cabelos puxando seu rosto pra mim. Nico pediu passagem com a língua e eu cedi. Nós explorávamos cada canto, um da boca do outro. Ficamos assim por algum tempo até que tivemos que nos separar por falta de ar. Nos encarando em silêncio até que os esqueletos chegaram. Nico pegou os lanches, dispensando-os. Me entregou um deles e comemos em silêncio. Quando acabei me levantei para ir para o chalé, mas ele segurou meu pulso e disse com uma expressão magoada no rosto:

– Annabeth, aonde você vai?

– Pro meu chalé...Nico.

– Mas, e o que aconteceu aqui? Annie, eu AMO você.

Fiquei surpresa e dei um passo para trás, respondi;

– Nã...não Nico! Você não me ama, por que isso seria errado.

– Annie, eu não sigo muito as regras. E sim, eu amo você.

Ele foi chegando mais perto até ficar em frente a mim, pôs as mãos em minha cintura como antes e começou a beijar meu pescoço, aquele hálito frio fazia com que eu me arrepiasse. Foi subindo até chegar a minha boca novamente. Tentei lutar contra ele mas desisti e me entreguei ao beijo, puxei seu rosto pro meu enquanto ele mantia um braço em volta de mim e o outro em meu pescoço. Uma parte de mim gritava que aquilo estava totalmente errado, mas, a outra que era muito maior só pensava em tê-lo perto de mim. Paramos de nos beijar, ele me olhou e disse:

– Annabeth Chase, eu te amo.

– Eu Também te amo, Fantasminha. - Fiquei surpresa comigo mesma, mas eu estava feliz demais para dar atenção a qualquer coisa.

Ele riu e selou nossos lábios com um selinho, eu disse:

– Mas, Nico. Isso é errado, e o Percy?

– Annie, eu... O Percy, ele é um dos poucos amigos que eu tive, mas eu já lutei contra o que eu sentia por você por muito tempo, mas agora chega. Você já sabe e se eu tiver que lutar contra o Percy por você eu vou.

– NÃO! – Retomei a consciência me separando dele, continuei:

– Nã... não Nico. Esquece o que aconteceu aqui, isso...isso foi um erro meu, eu não podia ter deixado acontecer. –Comecei a me afastar.

– ENTÃO É ISSO? VOCÊ VAI FINGIR QUE ISSO NÃO ACONTECEU? VAI CONTINUAR MENTINDO PRA SI MESMA? ANNABETH, VOCÊ TAMBÉM ME AMA, EU VI ISSO NOS SEUS OLHOS, VOCÊ DISSE ISSO. –Nico Gritou com uma expressão triste no rosto pálido.

– Nã...não Nico, eu... Eu não quero magoar o Percy. Mas eu também não quero te magoar.

Senti as lagrimas começando a cair, ele andou até mim e disse:

– Então me deixa te fazer feliz por uma noite –Ele disse com os olhos marejados.

Pensamentos sobre o que era certo, e errado, começaram a se acumular em minha mente. Eu os ignorei e disse:

– Uma noite Nico. Uma.

Então ele me tomou nos braços, e nós fomos em direção a seu chalé.





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso, espero que tenham Gostado, bye.