If I Die Young escrita por Bells


Capítulo 1
I\'ve Had Just Enough Time


Notas iniciais do capítulo

Boy here in the town says that will love me forever, who ever thought forever could be severed by

Eu amo essa música, aconselho a todos a ouvirem, parece que mesmo escrevendo sobre ela não está bom, então é provavel que eu faça um livro com ela.

Eu pessoalmente não curti muito essa fanfic, mas talvez ela esteja melhor do que eu imagine.

Espero que vocês entendam meu final.



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       -Huum… I’ve had just enough time – Cantarolei enquanto cobria as rosas brancas ao redor do seu corpo, era o amanhecer de um novo dia, o final de uma vida e de minha felicidade.

Eu mal conseguia controlar os soluços, mas tentava cantando a canção favorita dela, acariciei seus cabelos castanhos, porém claros, e alisei seu vestido branco, tirei as sapatilhas dela e as joguei para longe, ela sempre gostou de andar descalça.

Dobrei o cetim azul sobe o corpo dela e ainda podia ter o vislumbre de seu rosto tranquilo que dormia, eu podia até imaginar o ressonar dela, o peito subindo e descendo, mas nada passava de ilusão, porque ela não estaria aqui de volta. Ao meu lado.

Limpei algumas lágrimas e olhei para o amanhecer. Como a vida é engraçada, ela nem dezesseis anos tinha, e quando eu comecei a criar ela, tinha essa idade, quem diria, imaginei que eu a deixaria, contra a vontade, nunca imaginei que eu velaria seu corpo, sem nem ter cabelos brancos.

Achava que velar um corpo em uma vida já era o suficiente, como se não bastasse velar minha mãe, agora velo minha irmã, e tento achar coragem para deixar seu barco ir com o rio, como ela pediu que fizesse.

-Who ever thought forever could be severed by… - Murmurei enquanto colocava o colar de perolas para ocasiões especiais dela.

Então encarei o sol, ele já estava quase no pico, então arranjei coragem, empurrei o barco até a água, e entrei molhando o vestido azul que usava, algumas rosas que não foram colocadas no barco agora estavam ao redor dele, e de mim, embalei o barco como se fosse um berço, e ela um bebê dormindo.

Alisei o cetim que cobria seu corpo, com todo cuidado para não tocar em seu peito esquerdo, como se ela fosse sentir, mas era ali que ela havia tirado a própria vida, com um corte rápido, um punhal no coração e uma vida sugada pela morte, estava tão serena quando a achei, segurando a faca como se fosse um amigo, e a morte uma mãe, os olhos claros já fechados e um sorriso angelical no rosto, eu tirei a faca de seu peito com todo cuidado, enquanto deixava algumas lágrimas sorrateiras rolarem, depois de tentar acorda-la, de todos os jeitos possíveis e imagináveis, eu a abracei, e eu murmurei uma cantiga, depois a levei para a banheira e a banhei, até ela estar livre do sangue, então eu a vesti, e fiz o que sua carta pedia. E aqui estava eu, respondendo o último trecho de sua carta:

-Eu também te amo.

Ergui o olhar e pude ver o cara que daria a vida por ela, com um buque de rosas brancas na mão, recém colhidas e o olhar abatido, ele assentiu para mim, em um cumprimento, eu limpei as lágrimas e lhe dei um aceno.

Ele estava com a melhor roupa que tinha, uma calça jeans e uma blusa branca, um smooking preto, entrou na água, deixando uma trilha de rosas por onde passava, até chegar onde eu estava, com minha irmã adormecida.

Ele alisou os cabelos dela e procurou sua mão abaixo do cetim, então a segurou:

-But it sure felt nice when he was holding my hand… - Sussurrei um dos versos favoritos dela, poderia até imaginar ela sorrindo para música, ele deu um sorriso curto e murmurou o próximo verso, que dizia que um garoto na cidade a amaria para sempre, então ele questionava: Quem poderia imaginar que o para sempre seria interrompido?

-Ela teve o tempo suficiente – Ele sussurrou.

-Isso é o que ela diz. Nunca seria o suficiente. – Suspirei derrotada.

-Eu sei.

Então ele deixou a mão dela segurando a última rosa que não se dispersou na água, ele deixou o rio e foi embora do campo, o terreno ao lado de minha casa, com minha irmã.

Pensei em tudo que ela já me havia dito, era incrível como agora até as explosões dela pareciam sabias, quando cada palavra errada que havia saído da boca dela, agora, parecia certa.

Funguei, esperando puxar as lágrimas de volta para os olhos, de onde não deviam sair.

-Guarde as lágrimas no bolso, para quando realmente precisar – Comentei para ela, mesmo que ela não me ouvisse, isso fazia parte da música, e também era o conselho favorito dela.

Agora eu entendia por que.

Beijei a testa dela e sussurrei nosso segredo, e desejei saber todos os pensamentos dela antes de sua brutalidade. Agora eles eram tão valiosos quanto antes.

Deixei-a na água com suas palavras de amor, com suas rosas e seu cetim, deixei-a ir para o amanhecer, de branco, para entrar no seu reino de paz. Enquanto eu estava em meu inferno, porque ela não teve o tempo o suficiente.

Quando cheguei a minha casa com a água ainda pingando de meu vestido, eu não me importei de trocá-lo, eu fazia um caminho de gotas por onde eu passava, e uma poça de água por onde eu parava.

Na cozinha peguei o chá de cidreira, favorito de ambas, o misturei com a água e com o açúcar, e com um conteúdo líquido em um potinho verde, depois de engolir todo o conteúdo de minha xícara eu me encaminhei para o quarto dela.

Deitei em sua cama de edredom azul e abracei seu travesseiro, com seu cheiro, deixei que a água se espalhasse pela cama, porque ninguém precisaria limpar. Então fechei os olhos, e deixei a respiração se tornar fraca junto com meus batimentos cardíacos. Deixei-me ressonar.

-O que eu nunca fiz está feito.

Então me desliguei de tudo e de todos, carregada pela inconsciência. Confortável na cama de um anjo. Sem previsões para acordar.

Quando acordei... Era minha irmã que estava abraçada ao meu lado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Por favor, comentem, e façam as perguntas que tiverem que fazer.
xoxo



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