Dimitri despertou na manhã seguinte com um sorriso satisfeito se manifestando no rosto, e se virou sobre a cama procurando o corpo de Rosemarie encontrando apenas os lençóis revirados. Ele abriu os olhos surpreso pela ausência da garota e logo arregalou os mesmos olhando ao redor.

- Rose? –ele chamou por ela, olhando para a porta do banheiro que ficava no cômodo.

Logo surgiu pela mesma a linda morena, vestindo nada além de uma camisa que pertencia a Belikov. Suas pernas bem torneadas e com aparência suave, chamaram a atenção do médico que respirou aliviado por tudo aquilo não ter sido apenas um sonho. Ele sorriu achando aquela imagem a sua frente extremamente agradável aos olhos enquanto se sentava na cama, recostando as costas aos travesseiros.

- Pensou que eu tivesse ido embora? –ela dizia ao se aproximar da cama em passos lentos.

- Achei que eu tivesse sonhando. –respondeu em tom suave.

- Não foi um sonho. –Rose parou ao lado da cama, e logo subiu de joelhos sobre ela ficando sobre o médico. – Se fosse você não poderia me tocar! –ela sorriu segurando uma das mãos dele e conduzindo-a até seu rosto.

- É tão bom poder tocar você. –disse em tom sério, mas gentil. – Não tem ideia de quantas vezes eu imaginei isso.

- Você não foi o único Dimitri. –ela inclinou o rosto levemente sobre a mão de Dimitri.

Dimitri puxou Rose para perto de si, e beijou os lábios dela com carinho e sedução, bem devagar com movimentos leves, porém firmes. Ela debruçou as palmas das mãos sobre o peito largo dele e retribuiu o carinho da mesma forma calma e apaixonada. Quando o beijo foi cortado, eles se viram um nos olhos do outro, e então Rose voltou a ficar ereta sentada sobre o moreno enquanto ele corria os olhos atentos pelo corpo dela.

- Ela ficou ótima em você! –disse ele sorrindo e mexendo nos botões da camisa que ela vestia.

- Gostou? –ela apenas sorriu.

- Adorei.

- Que bom, por que vai me ver assim com frequência.

- Eu acho que aprovo isso. –disse piscando o olho direito.

- Eu tenho que ir pra casa. –ela falou em tom insatisfeito. – Janine deixou vinte ligações no meu celular, e Lissa mais dez, fora mensagens de texto. –ela riu.

- Devia ter ligado. –ele deslizou os dedos pela mecha de cabelo que caiu diante dos olhos da garota.

- E dizer o que? Que tava na cama do meu médico?

- Vai contar pra ela?

- Sobre você? Ela não tem que saber...

- Rose.

- Janine nunca fez parte da minha vida Dimitri. Já tá acostumada a ser informada das coisas pelos outros, ou de uma hora pra outra.

- Não acho certo você esconder isso da sua mãe. Até porque ela me conhece, pode não gostar da ideia de ver a filha dela namorando um cara bem mais velho e que ainda por cima era seu médico.

- Namorando? –ela sorriu com ar divertido.

- Não Roza você é minha concubina! –ele brincou.

- Hum, que delícia, tipo uma escrava sexual? –ela se inclinou sobre ele e o beijou. – Eu gosto disso.

- É serio Rose! –e ele voltou a sorrir.

- Tá, eu falo, mas antes de qualquer coisa eu tenho que me livrar daquele traste do Adrian.

- Isso também.

- Eu vou ligar pra ele...

- Eu preciso voltar para o hospital, meu turno começa em quinze minutos... –disse olhando o relógio de pulso.

- Tá, eu vou sair de cima de você. –ela protestou fazendo bico.

Antes que Rose se movesse Dimitri girou seu corpo logo ficando sobre ela, e segurando sua cintura enquanto sorria, com seus cabelos caídos sobre a face.

- Vem me ver mais tarde. –se manifestou ele.

- Vou pensar no caso. –ela fingiu pensar.

- Se você não vier eu vou te buscar.

- Precisa me achar primeiro doutor Belikov.

- Eu te acho. –respondeu inclinando o rosto e beijando-a.

O beijo lento e suave se prolongou por quase dois minutos até que foi cortado pelo bipe do Pager do médico. Dimitri revirou os olhos, e respirou fundo logo se manifestando.

- Tá bom quebra clima, eu já ouvi.

- Eu venho te ver. –disse Rose sorrindo e segurando o queixo do moreno.

- Eu vou ficar contando as horas. –respondeu em tom suave.

- Eu te amo Dimitri.

As palavras pegaram o médico de surpresa e causara uma sensação prazerosa e feliz que se apossou de todo seu ser. Ele tocou o rosto de Rose, e voltou a beijar a mesma dessa vez com mais paixão, enquanto sentia o corpo dela abaixo do seu, ainda nu. Eles trocaram mais carinhos, e toques ansiosos, até que novamente o aparelho eletrônico começasse a apitar sobre o criado mudo, fazendo com que Dimitri jogasse os cabelos pra trás em um jogo rápido de cabeça e resmungasse alguma coisa em russo.

Rose não tinha ideia do que aquilo significava, mas já tinha ouvido antes e sabia que era um palavrão, então acabou rindo e tocando o rosto de Dimitri.

- A gente vai ter tempo daqui pra frente Dimitri. Eu nunca mais vou ficar longe de você...

- De onde eu venho promessas são levadas muito a sério Roza. –ele sorriu.

- Pode acreditar, do que depender de mim você nunca mais vai dormir sozinho!

- Eu amo você. Muito, muito. –ele se inclinou, beijando-a mais uma vez depois se levantou se envolvendo no lençol cobrindo–se da cintura para baixo.

Rose esperou até que ele saísse do banho e se vestisse, para aproveitar a carona e então prontos, eles saíram da residência para seguir com sua rotina até poder estar novamente juntos a noite. Rose ligou para a amiga Lissa no caminho, e depois seguiu para casa onde Janine a esperava impaciente.

- Onde é que você esteve Rosemarie roubaram seu telefone? Você viajou pra outra constelação onde não havia sinal? Foi abduzida e não pode responder minhas inúmeras tentativas de me comunicar?

- Mãe! –ela sorriu apenas enquanto ia de encontro a mulher zangada. – Eu to bem! Eu to super bem, nunca estive melhor na vida! –ela ria e se sacudia de um lado para o outro como se dançasse sem música.

- Você andou bebendo Rosemarie?

- Não mãe, eu só estou feliz, não consegue ver? –Rose sorria como se estivesse dopada. – Isso é felicidade pura e inocente.

- Posso saber a razão dessa alegria toda? –dizia Janine com expressão carrancuda.

- A vida! –Rose sorria abertamente enquanto seguia rumo as escadas. – Ela é maravilhosa Janine, maravilhosa. E eu amo estar nela...

Rose sumiu logo depois, deixando Janine com cara de paisagem tentando imaginar o que havia acontecido de tão agradável para que Rose estivesse agindo como uma boba apaixonada... No segundo andar a garota adentrou ao seu quarto, cantarolando uma canção qualquer se sentindo completamente feliz, e completa. A única coisa que impedia que aquela alegria fosse total, era a lembrança de que ela ainda teria de encarar Adrian e lhe dizer umas verdades que estavam entaladas em sua garganta, mas ela se preocuparia com aquilo mais tarde.

...

Durante a tarde, Rose ligou para o celular de Adrian Ivashkov marcando um local onde eles pudessem se encontrar lá pelas sete horas da noite, para um jantar. Rose marcou o lugar para se encontrarem, e foi a primeira a chegar e escolher o lugar aonde iriam se sentar. Quando Adrian adentrou o estabelecimento e viu a garota muito bem vestida com um vestido que ressaltava suas curvas, e com o cabelo preso em um coque perfeitamente preso no topo da cabeça com apenas alguns fios soltos sobre o rosto, ele sorriu satisfeito sem nem sequer imaginar que aquele belo modelo de roupa teria sido presente de outro homem. Dimitri teria dado a Rose o vestido que supostamente havia comprado para a irmã, já que o mesmo sequer caberia na moça que não tinha metade das curvas que Rosemarie tinha. Adrian se aproximou da mesa e logo foi depositar um beijo em Rose que virou o rosto e disse em tom firme:

- Senta Adrian.

- Tá tudo bem? –ele sorriu.

- Ótimo! –ela abriu uma expressão leve e alegre.

- Tudo bem então.

Adrian se ajeitou e puxou uma cadeira logo se sentando a frente de Rose, depois olhou ao redor e voltou a se dirigir a garota.

- Alguma ocasião importante? –ele perguntou curioso.

- Sim, pra você.

- Não é meu aniversario que eu me lembre, mas o presente parece ótimo. –ele se referia a ela mesma vestindo aquele modelo sensual.

- Isso não é pra você. –ela rebateu em tom seco, mas sorridente.

- Como assim não é pra mim?

- Tá vendo onde estamos?

- Num restaurante.

- Não se lembra dele?

- Deveria? –ele respondeu em tom sério um tanto quanto hesitante.

- Deveria já que foi bem ali na frente, do lado de fora que você me viu ser atingida por um carro em alta velocidade. –ela seguiu em tom risonho apontando para o vidro.

- Que brincadeira é essa Rose?

- Não é brincadeira não Adrian, você estava sentado bem aqui quando aconteceu não estava?

- Rose.

- Com uma garota de cabelos loiros, usando um vestido como esse! Só que vermelho... Não era?

- Rose eu não sei o que você pensa que viu, mas...

- Pensar? –ela seguiu dessa vez em tom seco e sério. – Eu não pensei nada, eu vi com meus olhos e me lembro perfeitamente agora, embora você tenha feito questão de fingir que nada houve.

- Rose me deixa explicar eu...

- Eu não vim aqui ouvir as suas explicações Adrian, eu só queria olhar na sua cara e te mostrar o que você jogou fora. –disse se levantando e jogando um anel de compromisso de namoro sobre a mesa. – Olha bem pra mim enquanto eu estiver saindo por aquela porta Adrian, e saiba que você nunca mais vai ter a chance de por suas mãos em tudo isso meu querido.

- Rose espera, vamos conversar... –ela tentou interceder.

- Eu não tenho nada pra conversar com você...

- Não é bem assim Rose, me escuta. –ele se levantou tentando segurar ela pela mão.

- Não Adrian... –ela disse em tom firme e rude. – Acabou seu BABACA. –ela fez questão de dar ênfase em cada silaba. – Isso tudo que você jogou fora meu amor, já tem novo dono e ele sabe usar muito melhor do que você...

- Do que tá falando? –disse franzindo a testa.

- Eu to em outra, Adrian. –ela respondeu em tom de desdém. – Numa bem melhor. Alguém que sabe do que eu preciso, e em quem eu sei que posso confiar.

- Como você encontrou alguém assim em tão pouco tempo? Do nada... –disse alterando um pouco a voz.

- Isso não é da sua conta, mas tem uma coisinha que você tem saber...

- O que?

- Ele é muito melhor na cama do que você...

Rose deu ênfase em cada letra e em seguida usou sua mão para empurrar Adrian, e retirá-lo de sua frente, deixando seu caminho livre para que ela saísse daquele restaurante onde ela não pretendia nunca mais botar os pés. Adrian ficou com cara de tacho depois de ouvir tudo aquilo vendo a linda morena se afastando para nunca mais lhe dirigir a palavra. Algumas pessoas lhe fitavam a face, vendo sua vergonha deixando o rapaz ainda mais injuriado. Rose pegou um taxi, e se dirigiu ao endereço de Dimitri, logo batendo em sua porta, com os cabelos desfeitos do coque que naquele momento lhe cobriam os ombros. Assim que abriu a porta, Belikov se deparou com aquela linda mulher vestida para matar.

- Roza? –ele se manifestou ao ver a expressão tensa no rosto dela.

- Não fala nada, só me beija. –disse ela avançando sobre ele e o empurrando para dentro da casa.

Ela usou o pé pra fechar a porta, e manteve Dimitri preso em seus braços enquanto o levava até o sofá onde o jogou sobre o mesmo e depois subiu sobre ele ficando em seu colo sem parar de beijar o moreno com paixão e fúria. Dimitri parecia confuso, mas não resistiu sequer um segundo e logo se viu acariciando as curvas sensuais da garota com toda sua atenção. Rose não estava confusa, nem com raiva, nem magoada, nem injuriada, mas sentia uma sensação agressiva dentro de si e sabia que só iria se livrar daquilo se tivesse socado a cara de Adrian, ou se estivesse nos braços de Dimitri. Dimitri sentiu toda a luxuria de ser “atacado” por Rose, e logo a tomou pela cintura deitando-a sobre o sofá e tomando o controle sobre o corpo dela, em seguida se livrando daquelas roupas e invadindo-a de modo a saciar tanto a sua quando a vontade dela.