Já é quase meia-noite e Luke ainda não chegou na praça em que combinei. Estou sentado nesse banco de cimento esperando faz um século. Tem uma árvore gigante do meu lado, de acordo com meus parentes, minha tatara tatara tatara..... avó conseguiria escalá-la. Tem um lago atrás da fileira de bancos em que estou sentado. Ele sempre congela no natal. Nunca nadei aqui, na praça, mas a maioria dos.... dos.... dos meio-sangues sempre sanpre nada aqui, e alguns ficam quase meia hora sob a água. Admiro muito eles, os semideuses, mas não sei a razão de odiarem os tributos.

Nossa, já é meia-noite... Como sei? Vi no relógia digital da praça... Agora, estranhamente, estou sentindo uma brisa congelante. Vou esperar mais um pouco, e depois, se Luke não aparecer, é claro, vou embora.

10 minutos se passam.... Começo a ouvir gemidos...

- Tem alguém aí? - pergunto com voz trêmula.

Coloco os pés sobre o banco e se passam mais dez minutos super demorados. Escuto mais gemidos... 

Começo a olhar melhor para as árvores. Olho de uma em uma... Cada uma parece ter um rosto diferente. Fecho os olhos e penso, penso e penso... Abro os olhos e decido ir embora. Cada passo para mim é um desafio. Quantos mais passos dou, mais barulhos ouço, mas não preciso me preocupar, pois vi uma reportagem dizendo que quando alguma pessoa entra em pânico começa a inventar e perceber sons que, provavelmente, não existem.

Algo me toca. Faço algum barulho tipo: "Ugh" e olho para trás. Parece que tem algum homem enorme saindo da água. Lembro que é tudo apenas um truque da minha mente e continuo com o passo apertado.

- Sean! Sean! Sean! - vozes gritam meu nome. 

Começo a correr. Olho para trás a cada, aproximadamente, 5 minutos. Olho para trás e.... TUM! Bato a cabeça numa árvore. Caio no chão e fico chamando por Luke.

- Sean! Sean! Sean! - alguém me chama.

Abro os olhos e a primeira coisa que vejo é o céu. Um azul escuro com uma mistura de preto que dá um tom quase roxo. Viro a cabeça um pouco e vejo a imagem desfocada de uma pessoa. 

- Que horas são? - foi a primeira coisa que consegui dizer.

- São... 2:10 da manhã. Tá tudo bem? - diz alguém parecido com meu pai.

- Quem é você? - pergunto.

- O Luke.... Não me reconheceu?

- Você estava parecendo meu pai.

Ele sorri.

- Olha, desculpa por ter te assustado, mas achei que você não correria do perigo. Não é isso o que você sempre diz? - Luke diz dando risada.

- Eu não te chamei para fazer pegadinhas e brincadeiras idiotas, seu tonto. Agora fala, que tal boato é aquele lá? O dos semideuses.

- Bom... Eu ia esperar para dizer isso, mas estão correndo boatos de que os descendentes mais velhos dos tributos, como seus pais, ou minha mãe, estão planejando desencadear toda a raiva contra os semideuses e iniciar uma nova guerra. - diz Luke.

- Mas para quê mais uma guerra, se nossas duas nações, os tributos e semideuses, já tiveram que enfrentar duas? Acho que esse seria o definitivo fim do mundo. Já pensou? Países e continentes se enfrentando tentendo destruir uns aos outros?

- Sim, concordo, seria o fim do mundo. Mas podemos impedir isso. É só você e Paul se tornarem amigos... Já pensou? Os dois filhos dos casais mais poderosos e fortes do mundo? A familia Everdeen e a familia Jackson trabalhando juntas... IN-CRÍ-VEL! Mas, eu pesquisei um pouco, e só conseguiriamos acabar com esse conflito se voltássemos ao passado e buscássemos os famosos Percy Jackson e Katniss Everdeen. Você topa? - meu amigo diz.

- Bem, se for para salvar a humanidade... - digo.

- Mas agora é melhor voltarmos para casa. Já são.... Quase 3:30. Até hoje mais tarde. - Luke disse e foi em direção à sua casa.