O retumbante barulho do canhão assustou à mim, Sean Everdeen e à todos os meus amigos a minha volta. Luke (meu melhor amigo, mas com uma árvore genealógica muito pior à minha) começou a correr, e disparei em sua direção.

- Ei! Trouxa! - gritei para Luke.

Ele olhou para trás, para mim, e bateu de cara numa árvore enorme. Ajudeio-o a levantar.

- Sabe, isso já está me irritando. Minha "super-hiper-mega famosa avó, Katniss Everdeen, a faísca". Todo ano, todo santo ano temos que correr o mais rápido possível para ver a derrota daquele tal de Cato pelo meu vovô, Peeta Mellark, e minha querida e DÓCIL vovó, Katniss. A gente tem que ir na praça e ouvir o hino de Panem, conservado não sei para que até hoje, e cantá-lo. Isso é realmente horrível. Sortudos são aqueles tals de.... como chamam mesmo?....

- Semideuses? - diz com um sorriso no rosto um amigo de Luke, Paul - Bom, sou descendente deles e até hoje e para sempre, até minha morte, devo lutar com monstros horriveis, como o Minotauro, que sempre aparece na fronteira... Realmente, acho que você está sendo um idiota, pois, todo ano minha familia, a familia Jackson, se lembra de meus avôs que morreram há milênios, Annabeth Chase e Percy Jackson, verdadeiros heróis, não como sua mamãe, que só matou gente inocente ou como seu papai, que só atrasou os planos da rebelião, porque ele era "especial", não. Agora para de reclamar, seu sonso idiota, e vai logo pra sua pracinha desmerecida! - Paul empurra Luke e me soca.

- Para Paul. - diz Luke - Ou sofrerá as consequências. Você já sabe sobre os boatos. Agora vai.

Instantes depois Luke e eu chegamos à pracinha. O hino começa a tocar, e lembro de uma coisa de que Luke diz para Paul. 

Meus pais e avós sobem no palco para dizer coisas como: "se não fosse por Katniss...." ou "se Prim fosse às arenas ainda existiriam os Jogos...." e blá blá blá.

Quando o discurso acaba, chamo Luke para termos uma conversa a sós.