Ela ainda se lembrava da primeira e última vez que segurou sua criança, sua filha, em seus braços. Sem que pudesse evitar, sentiu as lágrimas escorrerem por suas faces. Deus, tudo que queria e sempre quis foi poder segurar uma outra vez sua filha e protegê-la de todo o mal que a circulava.

Ela viu a mulher aproximar-se com sua recém nascida em seus braços, então entregando-a a sua mãe.

Olivia fez o máximo que pôde para não chorar, mas a alegria de tornar-se mãe era imensa. "Hey there baby girl" ela falou pegando a criança em seus braços. A menina olhava com seus olhos cor de chocolate, assim como aos de sua mãe, para a mulher que a segurava. "I'm your mommy"

"Você já tem um nome?" indagou a enfermeira.

"Sim" Olivia assentiu "Seu nome é Catherine" disse com um imenso sorriso em seu rosto.

Mais tarde naquele dia, a criança é levada de volta ao berçário, para que Olivia pudesse descansar um pouco, embora tudo que ela realmente queria era ter sua filha em seus braços e nunca mais deixá-la sair...

"Olivia" chamou Nick ao entrar no berço. Ela mais que rapidamente limpou as lágrimas que antes escorriam por suas bochechas "Nós temos um caso"

Ela assenti "Ok. Descerei dentro de alguns minutos"

Uma vez que estava sozinha novamente, relembrou do dia que sua mais que preciosa filha fora roubada dela...

No dia seguinte, uma vez que Olivia já estava liberada para sair de seu quarto de hospital, dirigiu-se para o berçário, na esperança de encontrar sua bebê adormecida. Mas o que viu a preocupou. Melhor, o que não viu. Catherine não estava onde deveria estar, não estava em lugar algum para ser exato. Ela sentiu o desespero subir a sua cabeça.

Rapidamente, procurou pela enfermeira que era responsável de garantir a segurança de todos os recém nascidos. "Com licença, por acaso você poderia me dizer onde se localiza a bebê Catherine Benson?"

A mulher assentiu. "Claro, ela está logo ali no berça..." mas sua voz corta quando ela percebe a ausência da criança.

Olivia literalmente cai em desespero. Aquilo não podia estar acontecendo. Ela não podia perder sua tão preciosa filha assim. Pôs-se a correr pelos corredores do hospital. Dirigiu-se a sala da pediatra de sua filha, e abriu a porta bruscamente, não se importando de a mulher estava ou não em uma consulta.

A doutora assustada pergunta o que estava acontecendo. Olivia mais que depressa explica que sua filha estava desaparecida.

Logo o hospital foi fechado e diversos oficiais procuravam pela criança desaparecida. Olivia procurava também, além do mais, ela não poderia simplesmente ficar sentada imaginando o pior acontecer a sua filha.

Foram horas de buscar por todo o hospital, mais nada. Ainda não sabiam como diria à mãe sobre o desaparecimento da recém-nascida. "Ms. Benson" um dos oficiais chamou por ela.

"O que? Vocês tem alguma pista de onde Catherine possa estar?"

O homem suspira "Eu sinto muito, mas... Estamos declarando um sequestro"

O mundo de Olivia literalmente parou. Ela entrou em choque. "Não... Não! Por favor, diga que isso não é verdade...! My baby...!" ela clamou praticamente chorando.

Sem saber o que fazer, o oficial a abraça. Não podia sequer imaginar o que a mulher a sua frente estava passando. Ninguém merecia dar a luz a sua criança apenas para tê-la drasticamente roubada.

"Please... Just find my baby... please"

"Liv" mais uma vez alguém a interrompe. "Nós estamos prestes a começar. Você vai se juntar a nós?"

Sem olhar para a jovem detetive, ela responde: "Sim sim, dê-me apenas um par de minutos e eu desço."

Quando Amanda voltou para o esquadrão, Olivia decidiu que melhor seria se lavasse seu rosto antes de juntar-se a eles. Não precisava ser literalmente interrogada do por que estava chorando.

Fez isso e logo saiu do berço. Ao descer as escadas, percebe a presença de uma adolescente em seus máximo 15 anos sentada em uma cadeira ao lado de sua mesa. "Olá. Posso ajudá-la?"

A menina se levanta. Só então Olivia percebe os rastros de lágrimas em suas bochechas. "Hello sweetie. Meu nome é Olivia. Você pode me dizer o seu?"

"M-meu nome é Jessica Smith"

"Ok, Jessica, que tal nós irmos para um lugar mais reservado?"

A garota assenti e as duas se dirigem para uma sala. "Então Jessica, você pode me dizer o que aconteceu?"

Ela deixa um par de lágrimas escorrerem por suas faces "Eu... eu estava voltando de uma festa e... e eu chego em casa e... e não encontro minha mãe e... e.... eu vou procura-la em seu quarto e... eu a encontra morta...! Tinha sangue por todo lugar e... e eu fui ver se ela ainda estava viva, mas... mas ela não estava!"

"Eu sinto muito, Jessica" Olivia responde, apenas vendo a menina chorar a sua frente "Mas eu preciso te perguntar... Há alguém que você pensa que podia ter raiva com sua mãe?"

Com seu braço, ela limpa seu rosto molhado. "Um dia... Já era tarde, e eu estava em meu quarto. Foi então que ouvi minha mãe discutindo com um homem, pedindo-lhe mais tempo para arranjar o dinheiro."

"Ok, e você sabe para quê era aquela dinheiro?" Olivia continua a perguntar.

"Bem, eu lhe perguntei sobre isso no dia seguinte, mas ela não me respondeu. Embora, naquele mesmo dia eu decidi mecher nas coisas dela para saber do que aquilo se tratava e eu achei algo um pouco esquisito... Havia registros de que todo mês uma certa quantia de dinheiro era retirada da sua conta, mas eu não sei por que."

Olivia levanta uma sobrancelha. A menina continua a falar: "Eu trouxe alguns desses papeis para você dar uma olhada" e entraga-lhe um daqueles papeis.

Olivia analisa o que ali estava escrito. Sai da sala e encontra com Nick e Amanda do outro lado. "Aqui mostra transferências de dinheiro mensais, mas não mostra nenhum nome"

Amanda pega um dos papeis da mão de Olivia "Eu verei se consigo rastrear essa conta bancária" diz e volta para a sala esquadrão.

Olivia volta para a sala onde Jessica estava "Você tem alguém com quem ficar?"

Ela nega com a cabeça "Não... era somente eu e minha mãe"

Olivia assenti, sentindo piedade pela menina "Tudo bem, você pode dormir aqui na delegacia até encontrarmos alguém com quem você possa ficar"

Jessica assenti e Olivia a leva para o berço. Ela logo deita em uma das camas "Você quer que eu fique até que você durma?"

Jessica soou o nariz "Não, não será necessário. Mas obrigada, Olivia"

Olivia sorri levemente antes de deixar a sala.