Once Upon A Time - Between Worlds escrita por hanju


Capítulo 17
Filhos do amor




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–Finalmente vocês chegaram! - Disse Tootles animado abrindo os braços para os garotos perdidos

– E o Pan? - completou o garoto

–Esta fazendo as coisas de sombra dele... - Respondeu Nibs dando de ombros

–E o garoto cadê? - Disse Nibs animado

Tootles apontou para Henry olhando para o nada cabisbaixo o que fez o resto dos garotos ficaram com feições incrédulas, eles não conseguiam imaginar um garoto com o "destino” dele infeliz, ainda mais em um lugar daquele.

–Ele parece bem infeliz - Disse Cuby coçando a cabeça, Tootles deu de ombros.

Eles decidiram reunir todos os garotos, Pan obviamente gostaria de falar com todos e era bom deixar tudo preparado, porque Peter não admitia erros. De repente uma sombra entra no local voando de um lado a outro, a sombra era uma das coisas mais assustadoras que Henry lembrava de ter visto na vida , seus olhos eram vermelho e maníacos, todos os garotos pareciam petrificados ao sinal da sombra que se movia de um lado para o outro.

–Garotos, porque tão assustados, sou eu oras, Pan ! - Disse o garoto tomando forma de menino

Henry arregalou os olhos, ele mal podia acreditar que aquela sombra com aqueles olhos vermelhos horríveis era Pan, mas na forma de garoto ele de longe era o que mais se parecia com as descrições dos contos de fada, loiro , olhos claros , orelhas pontudas e vestido uma roupa verde que não era tão apertada quanto os filmes mostravam , até que como garoto ele parecia o conto de fadas de longe mais convidativo.

–Hoje, garotos, é um dia importante para nós, para o nosso pequeno reino - Disse o garoto pondo as mãos na cintura

–Com ajuda do meu pequeno irmão Henry - Pan disse olhando para todos e Henry engoliu um seco, não entendia porque eles insistiam que Pan e ele eram irmãos

–Conquistaremos a juventude eterna não apenas para nós, mas para todos, não haverá mais adultos - Disse o garoto com um sorriso que não cabia no rosto

Dentro de todos os gritos de felicidade, e demonstrações calorosas ao anuncio, Henry só pensava na loucura que ele queria fazer, e ainda mais com a ajuda dele, no que diabos Henry seria útil para ele , naquele plano sem pé e nem cabeça.

Pan dispensou os garotos e pediu para que Henry permanece-se, eles tinham muito o que conversar, mas antes que Henry pudesse abrir a boca Pan lhe deu um abraço forte, Henry se sentiu congelado , não sabia o que fazer e acabou ficando parado na mesma posição.

–Meu irmão, você não sabe o quanto tempo eu te procurei! - Disse o garoto a Henry com um o sorriso e olhos marejados

Henry sentiu um pouco de compaixão pelas lágrimas do garoto e deu um sorriso de lado meio sem expressão

–Eu não sei o que dizer... - Murmurou o garoto

–Me desculpe, esse tipo de coisa, é coisa de menina , me desculpe por ser tão bobo - Disse Pan secando as lagrimas com as mãos

–Como eu posso ser seu irmão não faz sentido?- Disse Henry de boca aberta

– É uma historia longa - Disse o garoto coçando a cabeça, fazendo Henry enrugar o rosto

–Acho que a gente tem tempo - Disse Henry ainda confuso com a situação

Pan coçou a cabeça e analisou a situação, ele havia presumido que o irmão gostaria de entender a situação e ele teria quer ser sincero.

–Bom, houve um tempo em que eu fiquei muito triste, triste porque eu perdi alguém que eu amava muito... Ela resolveu crescer - Murmurou Pan com um olhar triste

Henry achava muito esquisito o fato de Pan falar da garota como se ela tivesse morrido sendo que ela só resolveu crescer, e crescer era algo natural da vida, não é como se ela fosse embora e nunca mais fosse voltar é só crescer oras , pensou o menino.

–Então um dia eu resolvi que ninguém mais deveria crescer, mas não crescer é contra as leis estúpidas do universo, sabe? - Disse o garoto meio raivoso

–É preciso de magia muito poderosa para isso...- Disse o garoto coçando a cabeça

–Até que eu ouvi falar de uma bruxa muito poderosa, uma bruxa que possuía olhos nas mãos e que ela poderia talvez me ajudar, então eu fui para Floresta Encantada - Concluiu Pan

–Chegando lá a Bruxa me contou bem mais do que eu procurava...- Murmurou o garoto

–O que ela te contou? - Disse Henry sem nem piscar

–Eu ainda me lembro das palavras exatamente como eram, ela me disse assim:

"Ah muito tempo atrás, na época que os descendentes dos deuses ainda viviam no céu, houve uma grande guerra, muitos morreram, não havia esperança...

Mais o amor de duas pessoas, o amor verdadeiro, foi mais forte!

Desse amor, surgiram duas crianças, mas a guerra não poupava ninguém,

E temendo a vida das crianças os pais se separam

Uma foi enviada a um lugar onde as ruas são de pedra e o clima é frio,

A outra conseguiu sobreviver no mesmo local, mas em terra.

Mais os pais só viveram o suficiente para garantir a segurança dos filhos

A que foi enviada, nunca mais quis crescer!

A que fico na terra, se tornou um herói, uma lenda!

Quando você encontrar aquele que é nascido de amor verdadeiro, bem e mal, luz e escuridão.

Você encontrará seu irmão, quando você encontrar seu irmão , você estará a caminho do que precisa”

Assim Peter termina o discurso, e Henry o entendia, Pan achava que ele devia ser o seu irmão dele , por ser filho da Evil Queen e da Salvadora, Henry começo a ponderar que aquilo talvez poderia ser verdade, podia ser estranhamento bizarro, mas faz meses que coisas incrivelmente bizzaras andavam acontecendo e que aquilo poderia até ser verdade.

–Mas mesmo que eu seja o seu irmão, em que eu poderia te ajudar? - Disse Henry ainda tentando digerir a historia

–O que você foi! O herói que você foi vai nos ajudar, meu irmão! - Disse o garoto sorrindo

–Você quando salvou o lugar de onde a gente veio, diz à lenda que você ganhou a força que tem pedaços da essência dos deuses, e que ele é capaz de conceder a qualquer um que os tiver, qualquer coisa! - Disse o Jovem animado

Se aquilo tudo fosse verdade e não imaginação da mente de Pan , Henry começo a ponderar que seria extremamente perigoso dar algo que concede qualquer desejo para um louco como Pan.

–Mas eu não me lembro de nada, então não vai adiantar! – Disse Henry meio desesperado

–Não se preocupe garoto, você não acha que eu já pensei nisso? – Disse Pan com um sorriso

–Agora acho bom você descansar amanhã, vai ser um dia grande e longo para todos nós! – Disse Pan dando um beijo na testa do garoto e saindo voando

Henry que simplesmente sentia falta de casa agora estava desesperado, o que ele iria fazer se Pan o obriga-se a se lembrar, não era só ele que corria perigo agora, mas todas as pessoas do mundo.

Do outro lado da Ilha Emma e Regina foram chamadas ao encontro do Chefe da vila que dessa vez estavam acompanhado do Shamã, que vestida roupas com muitas peles e usava algo que parecia um bastão na mão.

–Com licença chefe ! – Disse Regina que vinha logo atrás de Emma

O Chefe fez um gesto para que as duas se senta-se no chão, um gesto inimaginável para Regina a até alguns meses atrás.

–Vocês devem estar se perguntando por que mandei chamar apenas vocês aqui – Dessa vez quem falou foi o Shamã

–Eu queria falar apenas com os pais do garoto, ou melhor, mães! - Disse o Shamã com um sorriso convidativo

Regina sorriu e Emma levantou a sobrancelha, pensando que o Shamã teria sugerido algo.

–Existe uma lenda antiga entre nós, vem do pai, do pai do meu pai – Diz o homem fazendo gestos com as mãos.

–Ela diz o seguinte:

“A criança vinda dos céus encontrará um lar entre os espíritos da natureza

Ela trará morte e eterna juventude, ela brincará com a balança.

Ela irá contra as leis

Mas quando o bem e o mal se unirem vindos de terras distantes

Resurgirá um guerreiro

Aquele que desequilibra, será aniquilado pelo equilíbrio.

Pelo peso da balança, ele sentirá a mão da ordem”

–O senhor acredita que isso é sobre nós? – Disse Emma com os olhos arregalados, enquanto Regina se lembrava da conversa que teve com Dee sobre o preço.

– Acredita que nunca tentamos parar o que Pan faz ? – Dessa vez pergunta o Chefe

–Não sei , sim – respondeu Emma tentando entender a pergunta

–Ele não é só um garoto, como os outros garotos aqui da vila – Disse o Shamã dessa vez

– A primeira vez que eu o vi tinha 12 anos, ele não é como os outros, ele caminha sobre as sombras, ele tem o poder dos deuses ao lado dele – Murmurrou o Shamã

– Me lembro de ver muitos guerreiros contra ele, mas nenhum conseguia nada – Lamentou o Chefe.

–Vocês acham que a gente tem haver com essa lenda? – Disse Regina obviamente ligando o mal a Evil Queen e o bem a Salvadora

–Quando eu vi vocês e a energia daquela criança de olhos coloridos lá fora, eu só conseguia pensar nessa lenda! – Admite o homem

–Eu vou ser completamente sincero eu tenho esperanças, como já disse eu tenho filhos, não aguento mais ver crianças morrer e simplesmente não ser capaz de fazer nada – Disse o homem bravo consigo mesmo.

–Eu não sei se somos ou não, mas nós vamos acabar com ele – Disse Emma seria.

O Shamã e o chefe se entre olharam sérios, o chefe olhou para o chão e pensou um pouco.

–Amanhã minha filha Pocahontas levará vocês ate o esconderijo dele, auxiliaremos ao maximo que podermos! – Disse o homem com firmeza para as mulheres

As mulheres deixaram a tenda dos homens, caladas, lado a lado, Emma olhou para Regina e Regina olhou para Emma. A salvadora sabia como Regina detestava ser chamada de má .

–Não precisa acreditar naquilo é bobagem ... – Disse Emma dando um sorriso reconfortante de lado para a mulher que sorriu de volta

–Amanhã agente vai pegar o Henry e vai sair daqui ! – Completou Emma sorrindo , o que fez com que Regina esquecese a lenda um pouco.

–Emma , Emma , o que ele disse ? – Mary Margaret e David já chegaram puxando Emma, que devolveu um olhar perdido a Regina.

Regina percebeu que Dee estava sentada sozinha perto de uma fogueira cutucando a brasa com uma madeira e sentou perto.

–Hey e ai como foi com o chefe? – Disse Dee enfiando alguma coisa na boca

–Ele vai nos levar até o esconderijo de Pan eu não quero falar sobre o resto– Regina disse meio chateada

–Tudo bem ! – Disse Dee dando um sorriso

–E amanhã nós vamos resgatar o Henry e vocês vão voltar pra casa, se anima! – Disse Dee cutucando mais o fogo e Regina sorriu de volta

–Sabe, acho que agora o Henry vai me enxergar bem mais que eu realmente to mudando por ele ! – Regina disse com um sorriso

–Por quê ? – Dee perguntou fazendo bico

– Por quê o que? – Regina parecia não entender

–Por que você ta mudando por ele , não por você ? – Disse Dee

–Pra ser uma pessoa melhor para estar com ele – Regina murmurrou

–Eu entendo que ele é seu filho e você o ama, mas você não pode ficar por ai fazendo as coisas pelos outros , se você acha que tem que mudar , faça por você , faça porque é isso que você acha , não porque os outros querem , faça algo por você ! – Disse Dee sem respirar

Regina a vida inteira desde coisas positivas e negativas ela fez por causa dos outros, desde casar com Leopold por causa de sua mãe até aprender magia por causa de Rumple, nunca ninguém havia lhe dito, faz alguma coisa por você, pensa em você um pouco e engraçado como Regina nunca havia se dado conta disso até agora.

– O que você vai fazer quando isso acabar ? – Regina Perguntou para a garota

–Voltar para o meu reino, mas depois eu não sei ... – Dee Disse fazendo beicinho

–Se você quiser tem um lugar pra você em Storybrooke comigo ! – Disse Regina sorrindo

Dee chegou mais perto e deu um abraço de surpresa na mulher que mesmo de surpreendida retribuiu, Regina não estava acostumada a receber abraços de ninguém a não ser de Henry e fazia um tempo que Henry não abraçava por isso a sensação de ser ter alguém que se importava o suficiente com ela para abraçá-la por qualquer motivo, era bom demais.

–Sabe quando eu era pequena minha avó viajava muito e sempre me trazia coisa das viagens – Disse Dee soltando a mulher

– Ela me trazia lições, coisas incríveis que ela me ensinava que eu carrego até hoje – Disse Dee levantando e enviando as mãos nos bolsos e tirando um papel

–Eu quero que você fique com isso, e toda a vez que estiver triste, que achar que não vai conseguir que pareça que nada tenha saída, abra isso e leia – Disse Dee esticando o papel para a moça.

–Mas a sua avó te deu isso, eu não posso aceitar ! – Disse Regina fazendo posse de recusa com as mãos

–Minha avó me deu as palavras e elas tão comigo pra sempre, e ela amaria que isso ajudasse alguém do jeito que me ajudou muitas vezes – Disse a garota sorrindo a esticando o papel de novo para Regina.

–Obrigado! – Disse a mulher docemente

–HEY DEE VEM CÁ ? – Gritou Hook chamando atenção de Dee

–Deixa eu ver o que o chato quer – Disse Dee levantando e correndo até o pirata

Regina aproveita para abrir o papel e ler o conteúdo

“Chegará um dia em que você será perturbado por eventos inesperados.

Uma parte de você vai morrer e você começará a procurar o elixir que trará essa sua parte de volta à vida.

Você vai buscar o elixir em amigos, amantes, inimigos, livros, religiões, países estrangeiros, heróis, músicas, rituais e empregos, mas não importa onde você procurar, o tesouro vai fugir de você.

Tudo parecerá perdido e você perderá toda a esperança de que essa poção mágica ainda exista.

Esta será a mais escura das noites e a promessa da morte certa vai levar você para o abismo do desespero.

Mas olhando para o abismo você vai ver a luz da sua própria alma iluminada. Seu brilho irá transformar o abismo no elixir da vida e, pela primeira vez,

Você vai perceber que durante todo o tempo era sua própria luz que você estava procurando. “

Acredite na suas forças, acredite!

 

 

 


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Notas finais do capítulo

O texto final é do filantropo e yogue Jackson Kiddard, espero que vocês gostem do cap , escrevi bastante pra compensar !