Paulina e Donato estavam na mesa tomando café da manhã, Donato gostava de fazer surpresas para sua esposa e naquela manhã não foi diferente, ele lhe entrega uma pequena caixinha preta e quando ela abre fica deslumbrada com o anel que estava la dentro, era lindo, era um anel de brilhantes, ela beija seu marido apaixonadamente.

Donato: Meu amorzinho, vou precisar fazer uma viagem de negócios, estou com clientes novos na Italia e tenho que acertar algumas encomendas, se tudo der certo terei mais cinco quadros para pintar só no mês que vem.

Paulina: Fico feliz, meu amor, tomara que você consiga resolver tudo.

Donato: amanhã de manhã o senhor Bracho virá aqui para buscar um quadro que ele mandou pintar de seus filhos.

Paulina: Porque não deixa o quadro no ateliê, para Veronica entrega-lo?

Donato: o senhor Bracho é um cliente especial, eu tinha muita amizade com a família da esposa dele e mesmo depois da morte dela ele continuou encomendando quadros comigo.

Paulina: Tudo bem, eu entrego.

Os dois se beijam e Donato vai para o aeroporto, já estava atrasado.

Paulina, estava pensando o quanto era feliz ao lado de seu marido, ela não o amava como nos romances que lia, na verdade ela achava que romances assim intensos eram só em livros ou novelas, mas ela tinha uma vida agradável e feliz com Donato.

Donato por sua vez amava Paulina, mas também amava Leda, e com ela tinha dois filhos,eles moravam na Italia e Donato sempre procurava conseguir clientes na Italia para ficar mais perto de sua segunda família.

Ele não via a hora de chegar e correr para os braços e para os beijos ardentes de Leda.

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Na manhã seguinte Paulina estava sonolenta na cama, quando escuta a campainha tocar.

Estava se levantando quando sua empregada bate na porta.

Lalinha: Dona Paulina, o senhor Bracho veio buscar o quadro dele.

Paulina tinha se esquecido completamente que ele viria buscar o quadro.

Paulina: Lalinha, sirva um café para ele e diz que já estou descendo.

Paulina coloca um vestido branco de alcinhas até o joelho, com os cabelos  soltos, vai até o cliente de seu marido.

Carlos Daniel estava sentado no sofá tomando café enquanto aguardava Paulina e quando a viu ficou sem fala.

Carlos Daniel: Bom dia  senhora, eu vim... eu vim..

Paulina: Buscar o quadro, certo?

Carlos Daniel: Sim claro.

Paulina: Meu marido infelizmente teve que fazer uma viagem de negócios e pediu para que eu entregasse o quadro.

Carlos Daniel ficou sem fala, apenas admirava Paulina.

Paulina: Vamos até o estúdio de meu marido.

Chegando lá Paulina foi pegar o quadro, ela tirou  o lençol de cima do mesmo e la estava o retrato de duas lindas crianças, uma menina e um menino, Paulina foi puxar o quadro e derrubou um pote cheio de pinceis no chão, Carlos Daniel se abaixou para ajudar a pegar e as mãos e os olhares dos dois se encontraram, Paulina  desviou seu olhar e na mesma hora levantou-se e pegou o quadro.

Paulina: Está aqui senhor Bracho, qualquer problema, só quando meu marido voltar de viagem.

Carlos Daniel apenas concordou, estava sem fala, estava admirado com a mulher a sua frente.

Carlos Daniel: Bem eu tenho que ir, até mais senhora D’angeli.

Paulina: Até mais senhor Bracho.

Carlos Daniel foi embora e Paulina embora não admitisse não conseguia parar de pensar nele e ele o caminho inteiro não parava de pensar naqueles belos olhos verdes que o haviam enfeitiçado.