Darkness to Kill escrita por Quaeso


Capítulo 3
Break Down


Notas iniciais do capítulo

OMG..esse capitulo ficou meio grande, mais valeu a pena..:3



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Acordei no dia seguinte com a cabeça latejando. Vi pelo reflexo do espelho do banheiro, que estava horrível. Na verdade nunca me considerei bonita, a pele sempre branca demais, os cabelos pretos e repicados , que parecia que tinham vida própria. Eram muito revoltados. Os olhos..bem.. não tinha o que reclamar eram normais, castanhos cor de mel. Mas agora, pelo amor de Deus, estava um caco. Olhos inchados de tanto chorar, o cabelo parecia um ninho de rato. Tirei a roupa que tinha usado no dia passado, e entrei no box do chuveiro. Deixei a água quente escorrer sobre os meus ombros. Não consegui evitar pensar em todas as coisas que tinham acontecido. Com a ponta do dedo escrevi no box embaçado idiota. A palavra que me definia completamente. De repente me lembrei vagamente do sonho que tive de noite.

Sonhei que uma garota chorava num canto de uma parede de cabeça baixa, ela estava machucada. Murmurava palavras desconexas ( devia ter passado por algum tipo de tortura ou algo assim).Não aparentava ser um sem teto nem nada do tipo, a roupa que usava e que um dia havia sido inteira, era de marca.Ela aparentava ser muito bonita, tinha cabelos loiros. Lentamente ela começou a levantar a cabeça. Foi aí que eu a reconheci. Era a Sophia.

Sophia era minha irmã, tinha 15 anos, dois anos mais nova que eu. Apesar de aparentar ser mais velha. Ela era linda tinha cabelos tão loiros que á luz do sol parecia dourado + olhos azuis perfeitos = princesa da disney. Sophia parecia muito com a mãe. No caso minha madrasta. Sempre que perguntava para o meu pai quem era minha mãe biológica , ele ficava furioso. Seria eufemismo dizer que já tinha pensado que era adotada, já tinha pensado em mil possíveis teorias .Enfim. A Sophia estava numa viagem escolar, e só voltaria em dois dias. E dois dias sem ela naquela casa era muita coisa. De uma forma ou de outra sempre que fazia besteira, ela conseguia amenizar a situação com o MEU TALVEZ pai e com a Bitch da Cristine Avolss (minha madrasta) ela era uma mistura de cobra com lobo que estava na pele de um cordeiro. Ela também tinha cabelos loiros e olhos azuis. Mas não pense que ela seria a versão velha da Sophia, nela todas as características fofas da Sophia não existiam, nela tudo era mais frio.

ENFIM não consegui imaginar porque sonhei com aquilo , mas me deixou um gosto amargo na boca, como um mal pressentimento. Sai´dos meus devaneios emocionais eme vesti . Uma camisa larga preta, calça jeans rasgada, e o meu querido All Star vermelho.

De repente fiquei feliz por ter sequestrado Johnny numa sexta feira, assim não teria que olhar pra cara de ninguém daquela escola rídicula de playboyzinhos.

Contei até 3 e sai do quarto, não podia mais adiar aquela conversa. Desci a metade da escada quando escutei vozes meio alteradas no andar de baixo. Sem dúvida era quem eu pensava ser, minha madrasta e meu pai. Eles estavam discutindo, e apostava que eu era o assunto principal. Não queria estragar o show então desci cuidadosamente os últimos degraus. Me escondi num vão que existia entre a parede e uma pequena estátua de mármore que representava um anjo .Na casa tinha várias daquelas coisas bregas, segundo Cristine (que fazia questão de decorar cada milimetro da casa) era a última moda em algum lugar, provavelmente o inferno pensei.

Eles estavam na cozinha aparentemente tomando o café da manhã . Cristine estava de pé, com as duas mãos apoiadas na mesa , olhando fixamente para meu pai. Os dois mantinham uma expressão severa no rosto , e nenhum parecia disposto ceder sobre qualquer coisa que fosse.Cristine foi a primeira a começar.

– Olha aqui Henrique! isso já foi longe demais, eu não vou mais aturar ela. Dessa vez você vai ter que manda-la para lá.

–Cristine nós já conversamos sobre isso. Por favor não comece de novo.Além do mais você precisa ficar em repouso, não se lembra do que o médico disse?

–Porque você não me entende? ela está colocando você contra mim - disse ela fingindo obvias falsas lágrimas , sua Bitch pensei.

– Meu amor por favor entenda que isso que esta me pedindo é muito severo, até mesmo para ela.

Não fazia ideia de que lugar eles estavam falando. No sentido mais cômico, eles me internariam num sanatório, com direito a camisa de força, e todas essas coisas que mostram na Tv. Achei engraçado até ouvir Cristine falar:

– Querido, eu estou fazendo isso pelo bem dela também, me dói só de pensar em ficar longe da minha filhinha de coração. - disse ela colocando as duas mãos no peito

Agora ela tinha apelado pra valer, não acreditava que a Sra. Bitch iria tão longe. Pelo visto a apelação dela tinha funcionado. Meu pai coçou o queixo ponderando a questão. Eu conhecia aquela expressão. Ele estava cedendo, aos caprichos dela. Não podia deixar ele concordar com ela independente do que fosse.

Saí do meu esconderijo, e entrei na cozinha.

– Bom dia - disse mais educadamente do que pretendia

O que veio a seguir foi hilário, vi o rosto da Cristine mudar de um triunfante sorriso prevendo a vitória para um boca entortada de desprezo.

– Você aqui? pensei que fugiria durante a noite, realizando mais uma de suas façanhas. - murmurou numa risadinha

– Oh me desculpe, se te decepcionei Cristine mais não podia deixar de ver a sua cara de ameixa seca pela manhã. - retornei a risadinha com glória.

– Annie peça desculpas!- disse meu pai, comendo seu tradicional café da manhã americano waffles, com geléia. Ele era acostumado as nossas brigas então desenvolveu uma espécie de calma invejável.

Nunca, never, numquam, 決して, nekad, nooit– andei dando uma pesquisada no google tradutor, e pelo visto se tornou necessária.

Ele suspirou , admitindo a derrota.

– Anni-- ele ia falar algo quando de repente Cristine começou a tossir sangue, em cima do forro branco da mesa.

Aquilo eu devo admitir que não foi de proposito, ela realmente estava doente, tinha Edema pulmonar. E as vezes tossia sangue, ela vinha tomando remédios, e foi ordenada a ficar em repouso (algo que ela não estava fazendo). Por mais que ela fosse uma bitch não desejava isso para ninguém. Meu pai e eu fomos ajuda-la.

Deitamos-a na cama e ela tomou alguns remédios. Meu telefone começou a tocar a música Break down a favorita da Sophia. Era ela me ligando. Eu tinha que atender.

– Alo Sophia?!

– Annie - era a voz da Sophia, e parecia meio alterada

– porque você esta sussurrando? - perguntei sem entender

–Annie - ela repetiu - me ajuda!

– Sophia qual é o problema? - falei desesperada

– me ajud---

O som da voz dela foi interrompido por um barulho alto, como uma cadeira se quebrando.

– SOPHIA, SOPHIA -gritei para linha telefônica onde só se ouvia pi pi pi pi..


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Notas finais do capítulo

Obrigado a quem está lendo..e comentem POR FAVOR! :3



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