Boo! Um Fantasma Em Minha Vida escrita por kanny


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Gente, tem alguma médica aqui? kkkkk Não postei antes por que fiquei doente. Ainda estou. Mas precisava postar. Não sei se ficou muito bom, mas é o que temos pra hoje. Espero que gostem. Ah, a fic está acabando... #todaschoram! Beijos.



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Chegamos ao hospital e eu ainda estava nervosa. Ter que continuar mentindo para a mãe dele não era um coisa que eu achasse legal, muito pelo contrário. Mas Edward estando do meu lado já era um conforto, pois ele a conhecia e podia me dizer o que falar. 

_ Isabella?! - Dona Elizabeth falou surpresa ao me ver entrando na sala de espera do terceiro andar. 

_ Olá, D. Elizabeth, como está? - perguntei ainda insegura.

_ Muito bem, melhor agora.

_ Fico feliz. Eu vim visitar o Edward. Posso? - perguntei.

_ Claro que sim. Esperei você vir antes. Mas entendo que hospitais ainda não estão na sua lista de lugares preferidos para se estar. Mas fico feliz que venha. 

_ Eu fiquei incerta se deveria vir tantas vezes. É uma hora mais família se a senhora entende. 

_ Ora, não se preocupe, com isso venha sempre que der. - ela disse simpática. _ Vamos, vá vê-lo. 

_ Obrigada.

Entrei no quarto e pude ver o corpo do Edward deitado na maca que dessa vez estava com a parte da cabeceira um pouco levantada, numa posição que o deixava meio deitado, meio sentado. Edward já estava lá dentro com ele mesmo (o.O).

_ Pareço melhor? - ele perguntou se olhando.

_ Um pouco. Mas pra quem está a quase um mês em coma você está ótimo.

_ Os monitores não se alteram. Marcam sempre a mesma coisa o dia todo. Bella, eu estou com medo de nunca mais acordar. - ele disse desconsolado. 

_ De alguma maneira você vai acordar Edward, tenha fé.

_ Obrigado Bella. Por tudo o que tem feito por mim. Eu sei que te encho um pouco o saco, mas...eu..eugostomuitodevocê. - não entendi a última parte, obviamente.

_ Não entendi.

_ Eu, eu gosto de você. - ele disse. Com os olhos fixos em mim. _ Não sei por quê. Você é chata, chora à toa, reclamona, mal humorada. Mas eu gosto de você. 

_ Eu também gosto de você Edward. Você é legal. 

_ Legal?! Eu tou aqui dizendo que estou apaixonado por você e você diz apenas "legal". Eu estou em coma, sou algo entre experiência fora do corpo e fantasma, você é a única que me vê e conversa comigo e eu sou apenas "legal". 

_ Eu... não entendi. - tá entendi, mas se eu sou boa em algo é me fingir de besta.

_ Eu estou apaixonado por você. Sei que isso é loucura. Pode ser que eu nunca acorde e você não pode simplesmente namorar um fantasma, mas eu estou apaixonado por você e só Deus sabe o que isso tem me feito mal. Me ver preso, inconsciente a essa cama, a única coisa que consigo fazer sozinho nesse corpo é respirar por que todo o resto está ligado a essas máquinas.... Eu amo você Bella.

Ele falava dando voltas e mais voltas pelo quarto. Quase que exasperado, passava sem perceber por entre os móveis da pequena sala. Eu continuei parada, em choque.

Ele veio para o outro lado da cama onde seu corpo estava. Parando a minha frente. 

_ Você não vai falar nada? - ele disse olhando para o próprio rosto. _ Pelo menos afugenta essa mosca de cima de mim.

Fiquei desorientada, sem entender nada, Edward foi até a janela do quarto e ficou olhando através dela. Virei meu rosto e realmente tinha uma mosca pousada na testa dele. Fiz como se fosse bater nela para afugentá-la, mas ainda estava tão distraída que acabei batendo nele de verdade. 

_ O que você fez?! - Quase infartei. Edward apareceu do nada no meio da cama, era tão estranho vê-lo atravessar móveis. 

_ Eu não fiz nada, eu juro. 

_ Você me bateu. - ele olhou para si mesmo. _ Faz de novo.

_ O quê?

_ Me bate de novo criatura, logo!

Fiz o que ele disse ainda sem entender o que eu tinha feito. Bati na testa dela, não com muita força, pois não queria machucá-lo.

_ Rá!!! Eu não acredito!! Eu senti. Tá vendo, eu senti. - ele disse na mesma hora que as máquinas começaram a apitar.

_ Eu vou chamar sua mãe. - disse já dando alguns passos.

_ Não! Espera. Faz de novo. Aperta minha mão dessa vez. - apertei ainda insegura, sabe-se lá por que. 

Segurei sua mão entre a minha. Senti um leve choque na palma da mão, um calor diferente subiu. Algo bom. As máquinas apitavam ainda mais. Fiquei encarando sua mão entre a minha. Nunca havia sentido algo assim. Olhei para Edward e ele encarava sua mão também. 

_ Você está sentido? - perguntei.

_ Sim. - ele disse sorrindo, o sorriso mais lindo que eu já tinha visto, um sorriso emocionado. _ Nenhuma das pessoas que encostaram em mim eu consegui sentir, só você Bella. E é tão estranho. É como se eu sempre tivesse esperado por isso.

_ Eu... Eu também estou apaixonada por você Edward. - falei baixinho. Como se alguém que entrasse fosse me ver falando sozinha. 

_ Eu queria tanto poder te tocar Bella. Queria tanto ter te conhecido antes desse acidente. Queria não ter sofrido esse acidente. 

_ Eu também queria Edward. Muito. - sem pensar no que ele poderia pensar de mim o beijei. Sabia que ele poderia sentir. Então encostei meus lábios nos lábios quase frios dele. O mesmo choque que senti percorrer minha mão se alastrou dentre meus lábios até o último fio de cabelo. Uma energia que fez minha cabeça girar ao mesmo tempo que todo o mundo parou. Foi apenas dois segundos, mas tudo que imaginei do meu primeiro beijo eu senti, mesmo sem ele poder corresponder. 

Me separei de seus lábios com o barulho de algo gritando. Eram as máquinas que apitavam desesperadas. Olhei para todos os cantos do quarto e Edward não estava mais lá. Corri minhas mãos pelos meus cabelos e a única coisa em que eu pensava era o que eu poderia ter feito. 

Desesperada fui até a recepção onde a mãe de Edward conversava com uma mulher vestida de branco, alguma enfermeira creio eu. 

_ Socorro, por favor, socorro. O Edward!  - gritei. _ Ajuda ele por favor! - em dois segundos várias outras pessoas de branco apareceram como se tivesse brotado da terra. Eu não sabia o que fazer só pedia por socorro.

A mãe de Edward tentou entrar no quarto mais foi impedida por uma das pessoas de branco.

_ O que aconteceu Isabella? O que houve com o meu filho. - ela perguntou aos prantos. Me sacudindo pelos ombros. Eu chorava desesperada. Tentando pensar em algo racional para lhe dizer.

_ Eu.. estava conversando com ele. Fui me despedir e o beijei. Então aconteceu. Não sei o que eu fiz! Me perdoa.


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