Boo! Um Fantasma Em Minha Vida escrita por kanny


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Minhas lindas. Eu estou tão feliz. Os comentários que venho recebendo estão cada vez mais me inspirando a escrever cada dia mais e mais rápido. Muito obrigada a todas. Bjos, até mais!



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O chão diferentemente do resto do hospital era de laminados de madeira mesclando cor clara com escura. A iluminação também era diferente nada daquele branco todo. A luz vinha embutida dentro de uma decoração no gesso do teto. As cores das paredes era num tom pastel, claro, mas nada pálido. Havia no lado direito uma pequena sala de estar com um sofá marrom café de três lugares, aparentemente confortável, duas poltronas, uma mesa de centro em vidro e um aparador com uma televisão relativamente grande em cima. Havia uma porta de madeira mais ao fundo, provavelmente o banheiro.

Tá, agora eu teria que olhar para ele. Vamos lá, coragem. Comecei pela cama de hospital, uma bela cama, moderna, branca, pés firmes. Os lençóis brancos profundos com a barra marrom café e um pequeno logotipo com o nome do hospital. Ao lado da cama muitos aparelhos fazendo seus "bips" e "tics".

Ok, agora eu vou olhar pra ele.

_ Dá pra parar de frescura e olhar para o meu corpo?! Sou eu mesmo! Olha! - Edward disse empolgado.

_ Calma. - respirei fundo e fui subindo. Mãos, belas mãos, grandes, unhas bem feitas e a cor era bem clarinha.

O braço deitado sobre a cama com uma leve penugem clara. Fui subindo um pouco mais e me deparei com o próprio Adônis, o fruto do incesto entre o rei Cíniras de Chipre e sua própria filha Mirra. O objeto de desejo entre Perséfone e Afrodite. Ok, parou a divagação na Grécia antiga.

É claro que eu já tinha reparado na beleza estonteante do Edward fantasma me assombrando. Mas vê-lo de carne e osso. Uau!

Seu cabelo num estranho tom de cobre estava parcialmente arrumado. E parecia ser tão gostoso de pegar, segurar, puxar. Sua pele extremamente branca, sem manchas ou sardas. Seu queixo anguloso, másculo coberto por uma fina camada de pelos acobreados. Sobrancelhas grossas num quase ruivo. Seus lábios carnudos estavam um pouco ressecados, mas ainda era totalmente beijável. O que?

_ Bella?! Eu tou falando com você criatura. Dá pra fechar a boca enquanto me olha, tá me constrangendo. - ele disse rindo.

_ Eu... O que? Eu não tava de boca aberta. - afirmei, sem ter certeza.

_ Eu sou gostoso, pode falar.

_ Dá pra parar. - fiquei irritada com isso. Prepotente, humpf. _ E aí já pensou em alguma coisa pra voltar para o seu corpo?

_ Ainda não. Eu não sei como essas coisas funcionam dona Bella.

_ Trate de pensar em algo então. - disse agoniada. Duas batidas na porta me tiraram a atenção do Adônis.

_ Isabella? - A mãe do Edward entrou no quarto. Edward (o fantasma) olhava os aparelhos ligados ao Edward (o em coma). _ tudo bem por aqui?

_ Sim. Tava conversando com o Edward. - ela me olhou intensamente. _ Ele vai ficar bom?

_ Os médicos não sabem ainda querida. - ela disse se aproximando da cama. _ Fisicamente ele não tem mais nada. Quando chegou no hospital pensamos que ele poderia até morrer por conta da gravidade. Mas os médicos disseram que ele não havia fraturado nada. Havia apenas um inchaço no cérebro que aos poucos foi diminuindo até desaparecer. Os dias passaram e esperamos que o efeito dos sedativos passasse, mas ele não acordou. O médico que vem acompanhando ele disse que isso é emocional. Que ele pode acordar a qualquer momento. - uma lágrima escorreu por seu rosto. _ Ou ficar assim pelo resto da vida.

Eu também já chorava.

_ Eu sinto muito mesmo por toda a dor que a senhora está passando.

_ Bella. Diz a ela que eu a amo. Fala que eu dizia isso a você sempre. Que eu a amava mais que tudo nesse mundo. - Edward pediu. Ele estava ao lado dela, com o rosto que só transparecia sofrimento.

_ Ele.. ele sempre dizia o quanto amava a senhora. Que amava mais que tudo no mundo. - limpei as várias lágrimas que escorriam pelo meu rosto. Inesperadamente ela me abraçou. Choramos juntas. Eu não sabia ao certo pelo que chorava. Se pela dor de uma mãe que pode acabar perdendo seu filho. Ou por lembrar que eu já estive, e ainda estou do outro lado, perdi meus pais, ou por Edward que tão jovem está neste estado. Condenado a nunca mais poder acordar.



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