Capítulo 11 – Janela da perdição

No hospital, Sophie era sem dúvida a mais nervosa. Andava de um lado pro outro sem parar.
- calma Sophie. Ele na vai morrer não. Fica tranqüila. – Frank ria tentando acalmar a amiga.
- não foi nenhuma hemorragia, ele ta só levando alguns pontos na mão.
- eu sei, mas mesmo assim eu fico preocupada. Eu não gosto de sangue. Me dá nervoso ver alguém que eu gosto sangrando. – ela finalmente se sentou na cadeira e deixou algumas lágrimas caírem. Mikey a abraçou.
- então você gosta do Gerard?
- claro Mikey. Ele é meu amigo também.
- mas só como amigo? – ele perguntou sério atraindo a atenção de Frank também.
- Mikey, o que deu em você? Tá com ciúmes? – Sophie perguntou indignada.
- não, não é isso. Deixa pra lá. – ele aparentava um nervosismo fora do comum. A verdade que ele omitia estava o corroendo por dentro, dando a sensação ruim de mentir para sua namorada e melhor amiga.

O médico apareceu e disse que Gerard já estava bem e pronto para ir embora pra casa. Em seguida, Gerard apareceu com um enorme curativo na mão direita.
- Gerard, você tá bem?
- claro Frank, eu não sou nenhum fracote e não seria um caco de vidro que iria me derrubar. – ele disse rindo, como se não tivesse sentindo nada.
- é assim que se fala amigão!
- você nos deu um susto, cara! Por que diabos você quebrou aquele copo? – Mikey perguntou ao irmão.
- foi sem querer. Acho que coloquei força demais, só isso. – ele disfarçou e olhou para Sophie que também o olhava com o rosto vermelho de tanto chorar.

À noite, Mikey chegou em casa depois do cinema. Gerard estava deitado na cama olhando seu curativo.
- isso são horas de chegar Mikey? – Gerard perguntou imitando a voz de sua mãe.
- ah não enche Gerard, eu to cansadérrimo. Acabei de deixar a Sophie em casa. Vou tomar um banho e dormir.
Depois do banho, Gerard continuava no mesmo lugar...
- como foi a “sessão cinema”? – ele perguntou mesmo com medo de ouvir a resposta.
- foi legal. Mas a Sophie anda muito estranha ultimamente. Depois do seu incidente hoje à tarde, ela ficou meio chorona. Ficou o filme inteiro chorando e olha que era de comédia! Tem vezes que não consigo entendê-la. Bom, to cansado demais pra continuar conversando. Boa noite. – e dormiu quase instantaneamente.
Depois de conferir se o irmão estava mesmo dormindo profundamente, Gerard resolveu cometer outras de suas loucuras, dessa vez a maior de todas.

Sophie tinha tomado seu banho quente e se preparava para dormir quando ouviu batidas na janela. Imaginando que fosse Mikey, ela abriu a cortina e se deparou com o rosto de Gerard do lado de fora. Diferente da última vez, ela hesitou em abrir e fechou a cortina na cara dele. Mas isso não adiantou muito e ele continuou insistindo.
- Sophie, por favor abra. Eu to com a mão machucada e não posso ficar aqui fora pendurado muito tempo na árvore. Eu posso cair, sabia?
Ela não abriu. Mas ele era mesmo muito insistente.
- abra, eu to te implorando vai. A gente precisa conversar. Por favor.
Vendo que ela não iria se render tão facilmente, ele resolveu apelar. Quebrou um galho de árvore com a mão, fazendo barulho. Pensando que ele tivesse caído, ela abriu a janela correndo.
- eu sabia que você não ia me deixar aqui fora nesse frio.
- Gerard, você quase me mata de susto sabia?
- sabia, mas só assim que você iria abrir a janela. Agora posso entrar?
- entra, vai. Antes que você caia e ponha a culpa em mim. Não quero ser acusada de assassinato.
Ele tentava entrar pela janela quando tropeçou e os dois caíram juntos dentro do quarto. Iluminados pela luz da lua cheia, eles perceberam que estavam muito próximos e seus olhos refletiam a imagem um do outro. Ficaram assim um tempo até caírem em si e se levantarem constrangidos pela cena romântica.
- me diz, o que de tão importante você tem pra me dizer que não pôde esperar até amanhã?
- me desculpa por aquela cena desastrosa que eu fiz aqui naquele dia. Eu estava bêbado e não queria te magoar, mas acabei fazendo tudo errado.
- Gerard, se é pra lembrar do que aconteceu...
- deixa eu falar, por favor. – ela se calou – naquele dia eu tava tão feliz por você ter me perdoado que não pensei em mais nada a não ser beber para comemorar. Só que depois da bebedeira veio a culpa e eu precisava vir até aqui dizer tudo o que eu sentia de verdade por você. – os olhos dela se encheram de lágrimas – eu só queria te beijar, eu sentia que algo mais forte em seus lábios me chamavam, eu precisava ter você pra mim.
- Gerard, não fala mais nada. Eu namoro seu irmão e...
- você não gosta dele, Sophie. Eu sei disso. Vocês são apenas amigos, sempre foram.
- e nós? Nós também éramos amigos, só isso.
- não! Eu sempre senti algo mais por você, mas nunca demonstrei isso pra não te ferir. Eu sabia que você me achava um garoto estúpido e não ia querer ficar comigo.
- você estava errado, Gerard. Eu não te achava estúpido.
- me responda, Sophie. Você gosta de mim? Gosta mesmo de mim?
- eu não gosto, Gerard. – eu te amo.
Sophie e Gerard se beijaram apaixonadamente, como nunca haviam se beijado antes. Dessa vez, era um beijo calmo, tranqüilo, sem nada nem ninguém para atrapalhar. Eram um só, unidos pelo amor tão incompreendido.
Os beijos iam se tornando mais calorosos, Gerard passava a mão em sua nuca a fazendo delirar e Sophie alcançava o corpo de Gerard com as mãos sentindo seus músculos definidos que iam a deixando mais louca de prazer. Com carinho, Gerard foi tirando a camisola que cobria o corpo sedutor de Sophie e ela ia tirando a calça dele que já demonstrava o quanto ele estava excitado com o momento. Em instantes, os dois corpos completamente nus em cima da cama denunciavam a cena que viria a seguir. Entre beijos e carícias, ele penetrou seu membro no corpo virgem e angelical dela que se contorcia de prazer, mas evitava gritar tão alto para que sua mãe não acordasse. Com apenas a luz do luar iluminando o quarto, eles chegaram ao clímax suados e ofegantes, mas com a sensação de que o amor enfim, tinha sido encontrado.

>>To Be Continued...