Rose Kiss escrita por Nicole Melody


Capítulo 8
Túlipas


Notas iniciais do capítulo

Ohayooo~
Há quanto tempo eu não escrevo!
Pois é, está quase a fazer um ano desde que comecei a fanfic, e ainda só tenho 15 capítulos (apenas 8 estão online) e mesmo assim, se eu conseguir continuar, deve chegar aos 37....
Peço desculpa aos leitores... e espero que não se tenham desanimado por este tempo sem nada :c
Boa leitura, então :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/396891/chapter/8

O aroma a erva verde preenchia os meus sentidos. Abri os olhos.

Estava num campo onde a erva dançava ao sabor do vento. O meu cabelo solto acompanhava os movimentos da relva.

Usava um vestido de alças branco que me dava pelos joelhos, o que me fazia aparecer anormalmente pálida.

– Pareces um anjo, Ally… - Disse uma voz conhecida.

Virei-me para trás para ver quem era. Allen.

– Allen-nii…

Este andou até ficar um ou dois passos distantes de mim.

Com a sua mão “humana”, afastou-me a franja da testa e olhou-me nos olhos.

– Allen… Onde é que te posso encontrar?

– Trata bem dos meus nakamas… Devo-lhes isso – Disse com um sorriso forçado, claramente a tentar mudar de assunto.

– Claro Allen, tu sabes bem que sim. Mas por favor, responde à minha pergunta. – Pedi suplicante.

Allen abraçou-me com força, como se eu pudesse escapar a qualquer momento.

– Ally, eu agora não posso estar aí, não vos quero magoar. Mas dói Ally, este sofrimento é sufocante, preciso que me salves de mim próprio… - Enquanto falava, o meu irmão tremia. Apercebi-me que ele estava a fazer imensa força para não chorar.

Tentei acalmá-lo, ao tocar-lhe gentilmente com as mãos nas suas costas.

Este contacto fazia-me sentir pequenina, vulnerável, mas ao mesmo tempo segura. Mesmo sendo gémeos, a nossa diferença de altura não era pouco, por isso sentia-me uma boneca ao seu lado.

– Diz-me como salvar-te, sabes que faria tudo por ti…

Allen afastou-se de mim, ficando meio metro de distância.

– Ally, o meu tempo está a acabar… - Allen começou a ficar translucido.

– Allen! – Chamei-o. Não queria que ele fosse embora.

– Salva-me Ally … - Estendeu a mão.

– Allen, não vás! – A cada segundo o meu irmão ia ficando cada vez mais transparente.

– Salva-me.

Tentei agarrar a sua mão estendida na minha direção, mas quando ia a menos de um segundo de a agarrar, esta transformou-se em ar.

– Agora estava completamente sozinha, com o vento a soprar-me a cara, a despentear-me os cabelos. O que há pouco me parecia uma sensação única, estava a tornar-se numa sensação fria e solitária…

***

Sentia o meu corpo cambalear. Estava um pouco doida para ter adormecido sentada.

Abri os olhos.

Estava de volta à cabine do comboio que nos ia levar à minha primeira missão.

Espreitei pela janela. Os primeiros raios de luz que estavam a nascer indicavam o ínicio de um novo dia. O comboio estava a passar por infinitas extensões de campos, o que me fazia desesperar pois indicava que ainda falta para chegarmos à tal cidade para a qual nos destinamos.

– Isso é que foi um pesadelo…

Levantei a cabeça para ver quem era. Não me tinha apercebido que mais alguém tinha acordado. Lavi estava sentado à minha frente com uma expressão muito “divertida” a encarar-me. Tsc, pervertido. Atirei-lhe a manta à cara.

– Sabes que não se deve observar pessoas que dormem enquanto falam. – É, eu tinha o mau hábito de falar durante o sono… Até chego a acordar com o som dos meus gritos, vejam lá!

Mas curiosa como sou, cheguei-me um pouco à frente e assim baixinho e timidamente perguntei-lhe:

– Né, Lavi, eu disse muita coisa?

Lavi começou a rir tanto que teve que se agarrar à barriga. Depois de se acalmar e de limpar as Lágrimas que tinha ao canto do olho por rir tanto é que finalmente me responde… ou melhor, fez uma tentativa de me imitar.

– “Allen… Allen meu fofo… Ai Allen anda cá!” – “Rachava” (Sim porque o rapaz não conseguia fazer voz agudinhas) enquanto tentava parecer aquelas meninas estupidamente apaixonadas.

– Ele é meu irmão, parvo! – Irritada, levantei-me. Tentei dar um murro no peito de Lavi, mas ele defendeu-se agarrando-me no pulso. O som do impacto dez com que Lenalee acordasse.

– Já de manhã a namorar? – Disse Lenalee entre bocejos e espreguiçadelas.

– Nunca na vida isso ia acontecer, nem morta – Disse virando de costas para Lavi, cruzando os braços.

Nesta altura o comboio começou a travar.

Comecei a olhar para Lenalee.

– Nós saímos nesta paragem. – Parecia que respondeu aos meus pensamentos.

Demoramos algum tempo a acordar Krory, que estava a dormir ruidosamente … (E com isto quero dizer ressonar muito, muito alto.)

Na saída do comboio, Lavi e Lenalee mexericavam atrás de mim.

– Lavi cuidado, não te aproximes da Ally, não queres ser cortado aos bocadinhos, pois não?

– Eh? Como assim?

– Uhuhuh… (risada malvada da Lenalee). Parece que está a acontecer um caso entre o Kanda e a Ally.

Ok, hora de acabar com a brincadeira.

– Para vossa informação, eu estou a ouvir-vos. E pela milésima quinhenta vez, não quero saber do Ba-Kanda. – Parei de caminhar e voltei-me para trás para os encarar. – E mesmo que quisesse, não me parece que seja da vossa conta.

– Não é? – Perguntou Lavi, de um modo um pouco surpreendido mas ao mesmo tempo desiludido.

– Claro que não!

O Baka-usagi tapou a boca e o nariz com a mão, num gesto para mim um pouco suspeito. Mais parecia que estava a tentar esconder a cara. Espera… É impressão minha ou ele estava a corar?

Já fora da estação dos comboios, o aroma a túlipas pairava no ar. As construções da cidade eram estreitas e os telhados acabavam em triângulos perfeitos.

Estava finalmente em Amesterdão depois de uma viagem desconfortável.

– Não devíamos de esperar por um Finder aqui? – Perguntei, ao ver os meus companheiros a continuar o caminho.

– Não. A ordem já tinha enviado Finders, mas como eles foram afetados pelo fenómeno que ocorre à noite e já que o essencial das suas funções é a busca de informações, não valia a pena arriscarem a sua vida para nada. – Desta vez Krory respondeu-me.

– E começamos por onde?

– Bom, primeiro vamos instalar-nos numa pousada, e depois vamos até ao sítio em que toda a gente se começa a atacar. Pode ter pistas de alguma coisa.

– Certo.

– Entrámos numa pousada pequena e Krory, como homem cavalheiro, dirigiu-se à receção e foi pedir por nós.

– Se faz favor, são dois quartos, ambos para duas pessoas.

– Claro, aqui tem. – Disse a rececionista ao entregar as chaves. – Primeiro andar à direita. Que tenha uma ótima estadia.

– Obrigada – Agradeceu Krory.

Não sei porquê, mas a minha intuição dizia-me que a rececionista era um pouco estranha. Talvez sejam os hematomas que esta tinha à mostra na cara. Se calhar ela também foi vítima do tal fenómeno.

Subimos as escadas e eu entrei com Lenalee no quarto.

Era simples, de paredes cremes, sem muita decoração. Tinha apenas um quadro onde estavam pintadas túlipas.

As pequenas camas eram de ferro e com lençóis brancos, Não pareciam tão confortáveis com as do meu quarto, mas tudo era melhor que dormir no comboio.

As janelas que existiam davam para uma varanda comum a outros quartos.

Tínhamos combinado encontrarmo-nos fora do quarto depois de quinze minutos, para ter tempo de desembalar, mas passados cinco já estava pronta. Não tinha assim muita coisa da mala e também não valia a pena tirar lá tudo se não sabia quanto tempo ia lá ficar.

Eu e Lenalee podíamos ter demorado pouco tempo, mas os rapazes já estavam à nossa espera.

Apanhamos uma carroça que nos iria levar ao “local” do crime”.

Á medida que a carroça cambaleava por as suas rodas passarem por terreno irregular, ima me sentido mais e mais sonolenta.

Pergunto-me como posso salvar o meu irmão… E do quê. Será da Ordem? Será que ele anda a ser perseguido por pessoas daqui? Será do décimo-quarto? Ou de outra coisa pior? Se eu ao menos pudesse encontrar-me com ele…

Com este pensamento lembro-me de Kanda. Por onde será que ele anda? Ninguém da Ordem sabe onde é que ele está. E eu também não o vejo desde aquela vez na enfermaria. Mas Lenalee tem casa de saber alguma coisa…

A carroça parou em frente a um largo campo de túlipas vermelhas onde estavam situados dois moinhos de vento.

Ao andar no meio destas bonitas plantas, não imagino como é que terá acontecido alguma tragédia aqui.

– Minna! Vamos nos separar para investigar melhor! – Ouvi Lenalee.

Seguimos caminhos diferentes, cada um numa direção oposta ao dos outros. As flores hipnotizavam-me cada vez mais, até que decidi arrancar uma. Mas algo estranho aconteceu. Ao passar as mãos pelas pétalas, estas iam ficando brancas, e a minha mão, vermelha. Só agora é que percebi – as túlipas nunca foram vermelhas. Estavam era tingidas de sangue. Todas elas, numa planície extensa.

Não consegui ficar muito tempo aterrorizada, pois a voz de Lavi cortou os meus pensamentos.

– Pessoal! Venham aqui! Encontrei uma coisa! – Ouvi Lavi dizer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e que eu tenha conseguido transmitir a "visão" da Ally :3
Não prometo nada, vou ver se consigo voltar ainda daqui a um mês... mas vai ser difícil :c



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rose Kiss" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.