Rose Kiss escrita por Nicole Melody


Capítulo 6
Strike!


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Peço desculpa o atraso, voltei ás aulas, e o tempo livre acabou-se :/
O Lavi pede desculpas por mim >.
Boa Leitura!



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Mais uma vez, na enfermaria. Só que agora no meu lugar estava Lavi, o meu colega/desconhecido exorcista. Agora com os ferimentos tratados e sem estar “inundado” de sangue, podia ver como ele era de melhor forma. Ruivo, com os cabelos a cairem-lhe sobre o rosto enquanto dormia e o tapa-olho no olho direito, dava-lhe um ar descontraído, como alguém que estivesse bem com a vida.

Dormia ruidosamente e com os braços demasiado abertos,como a espreguiçar-se.

Apesar de parecer que estava a dormir profundamente, acordou com a nossa entrada.

- Lenalee! Diz que me trouxeste comida! A comida daqui não presta! – o pobre rapaz parecia desesperado e esfomeado, dando-lhe um ar cómico.

- Baka! Primeiro tens de sair daqui, depois pensas nisso. – Lenalee deu-lhe uma palmada ao de leve.

Ainda não tinha reparado que eu estava aqui, mas quando reparou, o seu olho esquerdo brilhou de entusiasmo.

- STRIKE! – Disse, babando-se.

Fiquei assustada, Lavi não tirava os olhos de mim, então encolhi-me atrás de Lenalee, escondendo-me.

- Estás a ver, Lavi? Assim assustas a pobre rapariga. – Disse Lenalee muito divertida, a rir à gargalhada. Pôs o braço à volta do meu pescoço embora eu seja uns 3 centímetros mais alta. – Esta aqui é a Ally, é a irmã do Allen.

Lavi ao início pareceu confuso, mas logo expressou um grande sorriso.

- Sou o Lavi, prazer. – estendeu a sua mão para que eu a apertasse.

Estendi a mão de volta e ao tocar-lhe, para minha surpresa, senti um calor confortável. Depois de o cumprimentar, depressa me desfiz do nosso contacto – Quem diria que um Allen-rapariga ia ser tão atraente.

Lavi voltou a sorrir radiantemente, enquanto eu olhava para o chão envergonhada.

Reparei que o velho Bookman não estava ali. Fiquei um pouco preocupada.

- O Bookman? Ele está bem?

- Quem? O panda ji-ji? Ele ontem à noite já estava bom.

- Não sou nenhum panda ji-ji, aprendiz idiota.

Ouvi a voz não sei de onde, e quando dei por mim , Lavi estava a levar um kick voador por parte do Bookman.

- Itai! – Queixou-se Lavi, com o olho à mostra um pouco roxo.

Do nada, ouvi um estrondo muito grande vindo dos pisos mais baixos da ordem.

Olhei para Lenalee, pela expressão dela, estava-se a interrogar o que teria acontecido.

E eu, para ser sincera estava um pouco preocupada.

- Vou ver o que se passou. – Disse.

Eu vou contigo! Respondeu Lenalee.

Deixei a enfermaria a correr, com Lenalee atrás de mim.

Tentei descer a escadaria o mais depressa possível, mas acabei por falhar um ou dois degraus da escada. Não caí, mas estava quase.

Rapidamente chegámos à cave da Ordem quando ouvi outro estrondo. O som parecia caixas a caírem. Vinha do armazém da divisão de ciências.

Parei em frente à porta fechada, pronta a atacar quando abrisse a porta.

Olhei para Lenalee, para saber se estava pronta, e acenou para que eu continuasse.

Respirei fundo umas cinco vezes. Tinha que me concentrar, ninguém sabia o que podíamos encontrar, tinha que estar preparada para tudo.

Abri a porta com força, com um pontapé.

Não estava nada à espera com a cena que se encontrava à mminha frente.

Caixas de cartão, dossiês, folhas e outros instrumentos mais estranhos revestiam o chão. Parecia que tinha passado um furacão por aqui.

Komui estava numa cadeira ligado, enquanto gritava por socorro.

Reever-san segurava uma seringa com um líquido verde, prestes a injectar Komui, e Bak segurava um gatinho branco.

Bak, ao ver Lenalee, desmaiou e Won apressou.se a ajudá-lo, deixando escapar o gatinho que segurava.

- Vocês as duas, fechem a porta! Não deixem o gato sair! – ordenou-nos Reever.

Eu fechei  a porta, claro, não por querer que o gato sofra, mas para entender o que se passava.

- Nii-san, o que é que se está a passar aqui? – perguntou Lenalee aborrecida cruzando os braços à volta do peito.

- Estamos a tentar criar uma vacina para curar a alergia do teu irmão, já que essa peste entrou aqui não sei como, vamos usá-la de forma útil para fazer anti-corpos. – Reever respondeu por Komui, falando do gatinho mais que fofo sentado atrás de mim.

- Lenalee-chan! Salva o teu irmão desta tortura! – Suplicou Komui.

- Libertar, podemos, mas e o gato? São regras não o ter na ordem devido à alergia do Komui.

- Eu posso ficar com ele! – sugeri. Ficou tudo com cara de espanto a olhar para mim. Continuei a argumentar. – Se ele ficar no meu quarto, não há o problema da alergia.

- E os dias de missões?

- Sempre posso pedir a alguém. Como o Timothy, por exemplo. Ele ainda está a aprender, não vai para missões durante algum tempo. O que me diz Komui? É possível ficar com ele?

- Por mim tudo bem, desde que me tirem daqui? – disse Komui, Parece que toda a gente se esqueceu da situação em que ele estava.

- Yosh! Vou levar esta bolinha de pelo. – Peguei ao colo o gatinho. Este rapidamente adormeceu no meu colo, depois de tanta agitação.

Saí do armazém e encaminhei-me para o meu quarto.

Pelos corredores, a bolinha de pelo branca ia se aconchegando nos meus braços.

O calor que provinha daquele frágil e pequeno corpo era de certa forma confortável.

Antes de ir para o meu quarto, passei pelo refeitório pedir duas tigelas, uma para a água e outra para a comida, e ainda alguns patés.

Finalmente no quarto, larguei o bichinho e ele logo foi ronronar para cima da minha almofada.

Coloquei as tigelas já preenchidas ao lado do roupeiro com uma caixa de cartão e jornal, fiz uma caixa para as necessidades, que pus na minha pequena casa de banho.

Quando acabei, procurei pelo gato fofinho.

Estava a dar voltas enquanto ronronava em cima da cama.

Sentei-me ao pé dele, que não me ligou nenhuma.

- Próximo passo: o nome! – agora falo com animais, estou maluquinha, só pode.

- Que tal Hoshi?

O gato fixou muito os olhos azuis e depois deu um “Nyah” como que se me fosse matar se eu desse aquele nome.

- Ok, já percebi, não gostas desse. E que tal Suki?

Continuou a olhar para mim com olhos de desprezo.

- Akira, não? – O mesmo olhar continuava. Este gatinho era mesmo teimoso. – E Akihiko? – Nada na mesma.

- Ok, e então... Yukiko?

A expressão dele mudou completamente.

Miou contente e ainda foi amassar para o meu colo, a ronronar.

Toquei no pelo. Era macio... parecia veludo.  Ao fazer-lhe festas, os músculos do meu corpo iam relaxando.

Sentia-me sem dúvidas muito mais calma.

- Então Yukiko, bem-vindo à família! – cada vez tinha mais certeza que estava a ficar maluca, ao falar assim com um gato.

Miou mais uma vez animado e, com o passar do tempo, adormeceu no meio do ronronar.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado >.
O Lavi é um fofo *O* e o Yukiko também :3
Não sei quando irei voltar, mas prometo que não vos vou deixar sem notícias!
Até à próxima!



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