Pov narrador.

Os dias que se seguiram após a visita dos garotos Potters com certeza foram um tanto estranhos. Catherine parecia visivelmente abatida com a ideia de ter de ir para a nova escola, mas estava contente em ter visto Albus e principalmente James, a defendendo daquele modo. James se sentia completamente confuso com o que tinha acontecido, afinal ele e Catherine nunca se deram muito bem, mas é verdade que ele sempre tivera sentimentos muito intensos em relação a loira. E Albus que já vinha nutrindo um sentimento de paixão pela Malfoy, agora estava se perguntando, poque o irmão dela a havia defendido daquela forma tão efusiva. O fato de que ela voltaria para Hogwarts no ano seguinte o deixava feliz, mas o jeito como ela e James haviam se olhado o deixava com ciúmes e até mesmo com uma certa raiva do irmão.

Pov Catherine.

Confesso que quando vi uma carruagem de Beauxbattons na porta da minha casa no último dia de férias, me esperando para me levar... Fez com que alguma coisa pesasse dentro do meu coração. Já parada no vão da porta da mansão, prestes a entrar na carruagem, deixei que as lágrimas que estive segurando as férias inteiras finalmente rolassem soltas e efusivas pela minha face. Vendo que chorava, minha mãe me puxou para um abraço apertado, e em seguida meu irmão me abraçou, sussurrando desculpas em meu ouvido. Abracei meu pai, por fim, e parti rumo ao desconhecido.

A viagem foi longa e silenciosa, parecia que tinham se passado dias até chegar no meu destino. Juro que não esperava ficara tão maravilhada, como fiquei quando avistei o castelo. Parecia muito mais um castelo de princesa, como nos contos de fadas dos trouxas, do que uma escola de magia propriamente dita. Desembarquei da carruagem, e fui acompanhada até a sala da diretora. "Olá, senhorita Malfoy." Ela me cumprimentou gentilmente, mas pude ver que me avaliava com minhas roupas pretas. "Sente-se, por favor." Obedeci ela. "A senhorita deve saber que aqui nós não temos a mesma tolerância de Hogwarts..." E ela iniciou um discurso muito chato, em que deixava bem claro todas as regras da escola e aquele blá blá blá chato de sempre. "... a senhorita, certamente sabe que aqui nós também temos nossas casas, certo?" Levei um tempo até perceber que ela falava comigo, mas acabei concordando com a cabeça. "Achamos conveniente coloca-la na casa que... seria semelhante a Sonserina aqui." Nesse momento deixei que um sorrisinho pretensioso surgisse em meus lábios. "Obrigado senhora... Hum, a senhora teria um mapa da escola?" Ela me olhou por um longo tempo, até que finalmente respondeu. "Não será preciso, logo estará acostumada com as nossas instalações."

Pov narrador.

As semanas foram se passando para Catherine em sua nova escola, e mesmo tendo ido decidida a não se dar bem com nada nem ninguém, ela com certeza já era a garota mais popular do castelo. Ali as pessoas pouco se importavam com o fato de ela ser ou não uma Malfoy, e seu jeito rebelde e impulsivo faziam com que ela se destacasse facilmente entre os outros. Em pouco tempo Catherine, já era a pessoa mais amada e mais odiada entre todos.

Pov Catherine.

Devo admitir que ser a "Rainha da escola" não é nada mal. Imagine bem, você ter o tempo todo um bando de garotas atrás de você, querendo ser iguais a você, ou até mesmo um bando de meninos que lamberiam o chão se eu mandasse, apenas para conseguirem uns quinze minutos da minha companhia. Mas é claro que toda essa popularidade não tinha só o seu lado bom, Claire, a menina que atualmente era a "ex– rainha" tinha verdadeiro ódio de mim, e com certeza se pudesse já teria me expulsado de Beauxbattons. "Claire, querida. Porque não tentamos ser amigas?" Perguntei pra ela um dia no dormitório. Ela olhou bem pra minha cara e disse. "Jura? Você rouba o meu lugar, e o meu namorado e ainda quer que eu seja sua amiga?" Então tinha sido por minha causa que Hector tinha terminado com ela. "Bom, quanto a popularidade, se for minha amiga poderá ser tão popular quanto antes... E bem, eu nem sabia que o Hector tinha terminado com você, ainda mais por minha causa. " Sorri sugestiva pra ela, e vi que ela também havia se animado com a ideia. "Certo, seremos amigas, mas tem que me ajudar a reconquistar Hector."

Pov narrador.

Claire e Catherine juntas praticamente dominavam o castelo. Não é necessário dizer que dias depois daquele diálogo, Hector e Claire haviam reatado o namoro. Vocês devem estar se perguntando, "será que ela esqueceu dos amigos em Hogwarts?" Nada disso, apesar de tamanha popularidade, Catherine trocava cartas constantes com Albus, Scorpius, Lily, Rose e algumas vezes com James. O restante do ano foi passando nesse ritmo, e quando foi chegada a hora de Catherine dar a adeus a Beauxbattons, foi com pesar que fez isso. Mas esse tinha sido o combinado com o pai dela. E assim se foi Catherine, para as férias e novamente para Hogwarts.

Enquanto isso em Hogwarts...

Pov James.

Eu ainda estava muito confuso com tudo o que tinha acontecido no final das férias, mas tinha certeza de uma coisa, não dava mais para manter o namoro com a Dominique. Por isso esperei pelo primeiro fim de semana fora dos muros de Hogwarts. Estávamos sentados em um banquinho, afastados de todos quando finalmente falei: "Domi, será que tem como a gente dar um tempo?" Fitei ela por um tempo, mas como ela não dizia nada, desviei os olhos e me contentei em olhar para o chão. "É por causa da Malfoy, não é?" Mantive os olhos pregados no chão, como se realmente visse algo muito interessante ali. "Não diga bobagens, ela nem ao menos está aqui." E dessa vez me obriguei a olhar para ela. "Não precisa mentir para mim. Só quero que me diga, porque ela e não eu?" Continuei fitando o rosto tristonha dela e enfim, tornei a voltar meu olhar para o chão. "Sabe... eu ainda me lembro do primeiro dia em que a vi naquele trem..." Não precisava olhar para Dominique, para saber que seus olhos estavam grudados em mim. "Pensei que a detestasse." Suspirei, e me virei novamente para ela. "É... eu também pensei. Até que o Al me disse que estava gostando dela, e eu senti uma raiva crescente dentro de mim, era ciúme, e para não descontar nele, acabei descontando nela... com as nossas brigas." Fechei os olhos e deixei que nossas brigas enchessem minha mente, nossos gritos, insultos e... e a forma como o olhar dela era tão intenso e como eles me fitavam. E quando abri os olhos dei de cara com a Domi chorando, deixando que as lágrimas rolassem soltas pela sua face, afastei uma mecha do cabelos dela e lhe acariciei, e então ela me beijou. Quando nos separamos, ela limpou as lágrimas e sorriu. "Tudo bem, Jay." Eu quis retomar o assunto, mas ela o tinha dado por encerrado. "Vamos comer? Eu estou com fome." E dizendo isso, ela queria dizer que não se falava mais naquilo.

Pov Dominique.

Eu acordava todos os dias e colocava um sorriso na cara, como se nada tivesse acontecido, e quando as pessoas me perguntavam sobre o término do namoro, sempre dizia que era porque eu e James tínhamos chegado a conclusão que funcionávamos melhor como primos do que como namorados. Mas era só chegar na cama, e eu desabava a chorar. Era tão injusto que ele preferisse ela, mesmo que ela estivesse assim tão longe de nós, enquanto eu estava ali tão pertinho. Mas definitivamente eu não deixaria que as coisas ficassem assim, ele era meu namorado, meu ex, mas era meu. Fui quando tive a brilhante ideia de oferecer ajuda a Al. Eu ajudaria Albus a conquistar Catherine, e faria essa proposta pra ele amanha, assim que ele acordasse. Fiquei esperando no salão comunal da Sonserina antes que Albus saísse para o café da manha, assim que o vi perguntei: "Será que podemos conversar?" Ele me ilhou com aqueles olhos intensos, igual ao fogo que queima nas lareiras e concordou com a cabeça. "Eu sei que você gosta da Catherine, eu poderia lhe ajudar, o que acha?" Ele me olhou desconfiado, mas não deu tempo para responder, pois Scorpius estava descendo e o chamou para tomar o café da manha.

Pov. Albus.

Eu estava um pouco mal humorado com James. Afinal, ele havia terminada com a Domi do nada, e eu o achava um babaca por isso, sem contar a pontada de ciúmes que tinha dele com a Cath. Mas eu estava confiante o ano estava acabando e em breve eu a veria, mas enquanto isso contava com a ajuda de Dominique e Scorpius para conquistá-la através de cartas, que os dois me ajudavam a escrever. Eles sempre me aconselhavam a colocar coisas romântica, a dizer que senti falta, que me lembei dela, ou ainda que havia acordado pensando nela. No último dia de aula, eu comemorava mais uma Taça das casas, da Sonserina e o fato de que ao mais tardar daquela semana eu veria minha amada.