Vizinhos escrita por Mallu Lynx


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que muita gente vai se chocar com a mãe da Lene, mas eu não conseguir fazer de outro jeito, aliás todo o capitulo é meio chocante, espero que gostem, e antes que eu me esqueça num vai se mal acostumar com as postagens relâmpagos.

QUERO REVIEWS E RECOMENDAÇÕES LERAM??

Resposta aos comentários no final.



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Lene estava sentada na cama enquanto Sirius acabava de se vestir, ele tinha insistido em leva-la em casa mesmo depois do piti da mãe dela, não entendera o porquê daquilo, mas por algum motivo sua mãe tinha surtado, muito provavelmente quando o seu pai havia compartilhado a experiência no flat de Sirius.

Fazia um tempinho que não chorava, mas agora estava sentindo-se a ponto de chorar, desesperada, era o termo correto.

Ele se aproximou dela, ajoelhou-se na sua frente e se segurou as mãos trêmulas dela entre as suas.

– Vai ficar tudo bem. – Ele lhe garantiu. – Vamos concertar as coisas, eu sei que pensamos que tudo iria se resolver mais facilmente agora que o seu pai descobriu e aprovou tudo, mas vamos enfrentar isso juntos, ok?

– Sabe que se você for para lá as coisas vão ficar muito piores, mas muito piores mesmo. – Estava aterrorizada com a perspectiva do que a sua mãe falaria para ele se o encontrasse, principalmente agora que estava tão estressada.

– Nós fizemos isso juntos, não posso deixar que você encare as consequências sozinha. – Sirius levantou e a ajudou a fazer o mesmo. – Vai dar tudo certo.

– Enfrentamos a Dorcas juntos, você o meu pai sozinho, enfrentamos e a Lilian e o James juntos, é a minha hora de encarar a minha mãe sozinha. – Ela disse enquanto eles saiam do apartamento e ele trancava a porta.

– Não é assim que as coisas funcionam. – Disse com um sorriso nos lábios enquanto colocava seus braços sobre os ombros dela.

– Não vejo como possam ser o contrário. – Respondeu já dentro do elevador.

– Se você quer falar sozinha com a sua mãe primeiro eu respeito, mas não pense que não vou falar com ela.



James estava observando a ruiva dormir ao seu lado, depois que ela caíra no sono ele havia tirado o sapato e o resto das suas roupas, não havia a coberto porque a noite estava quente e o ar condicionado desligado, além do mais ela era muito bonita de se olhar.

Suas mãos distraidamente acariciavam os cabelos rubros que ainda tinham fios grudados nas costas levemente úmidas da ruiva, ela havia o surpreendido, total e completamente, estava aprendendo que ela podia mudar as coisas ao seu redor rapidamente, e não se importava em fazer parte da mudança, ela o estava levando para um mundo novo, antes dela talvez precisasse que as mulheres fizessem pelo menos uma parte do que ela havia feito agora quase sempre que estivesse com ele para que conseguisse se manter interessado, mas com a ruiva as coisas mudaram.

Revisando os acontecimentos maravilhosos da noite uma pequena ruga se formou em seus pensamentos, porque a ruiva tinha feito tudo aquilo?

Não a parte do jantar, ele já a havia questionado sobre aquilo, a ruiva tinha adquirido a mania de deixar sempre comida pronta para dele desde que eles tinham realmente começado a ter alguma coisa, não que ele não gostasse da comida dela, estava ganhando até mais uns dois quilinhos e levando almoço para o trabalho, mas ele achava que ela estava se sentindo na obrigação de fazer aquilo, por isso havia a questionado sobre aquilo, ela respondera vermelha até a raiz dos cabelos dizendo que gostava de cozinhar por que a ajudava a não pensar em outras coisas, mas que sua mãe a poupava de trabalho e por isso não o fazia tanto em casa.

Ele riu com aquilo e teve que arrumar um jeito de convence-la de que gostava da comida dela e que não estava reclamando daquilo, por isso havia pedido para que ela cozinhasse o jantar quando chamou os pais dela para jantar.

O verdadeiro problema era: Porque ela havia se esforçado tanto para o seduzi-lo naquela noite?

Ele tentou buscar alguma data especial na memória, mulheres tinham essa coisas, mas não conseguiu, não que ele não tivesse gostado, mas estava com medo de que a Lílian começasse a pensar de que era aquilo que queria dela, quando na verdade fora só um lado dela que gostara de ver.

Era bom ter uma Lily mostrando que era quente na cama, mas não era aquilo que o havia fascinado nela, não queria que ela mudasse para agradá-lo. Se bem que era um pouco de exagero da parte dele pensar que ela estava mudando por causa de uma noite em que a Lílian tinha sido um pouco mais...não Lílian.

– Você está fazendo aquela cara. – Ele a ouviu falando o tirando de seus devaneios.

– Que cara? – Perguntou sorrindo enquanto a aproximava dele.

– A de quem está pensando em algo muito sério. – Respondeu sorrindo. – Mas eu acabei de lembrar que não comemos a sobremesa que eu fiz.

– Pensei que tivéssemos comido, tudo bem que foi a sua mãe quem fez, mas pode ter certeza estava uma delícia. – Murmurou com um sorriso malicioso.

– James. – Ela gritou enquanto lhe dava um tapa no braço.



Marlene desceu do carro de Sirius com o coração na mão, faziam cinco minutos que eles estavam parados ali na frente, mas ela não conseguia soltar a mão dele, então se deu conta de que quanto mais demorasse mais a mãe ficaria irritada, se despediu dele com um beijo rápido, ela não queria chorar na frente dele, por isso não deixou que ele a tocasse mais.

Entrou na casa pronta para o que aconteceria, pelo menos era o que achava.

– O que você pensa que está fazendo. – Perguntou a mãe dela assim que a porta foi fechada. – Trepando com um homem casado, como se fosse uma vagabunda. – A mãe sempre ficava com a boca suja quando estava irritada e ela sempre ficava assustada quando o via, mas aquilo nunca havia acontecido com Marlene.

– Ele está...

– Não ouse me interromper mocinha. – A mãe levantou do sofá enquanto Lene não conseguia sair de onde estava. – O que pensa que está fazendo? Abrindo as pernas para o primeiro que aparece, eu sabia que você não tinha juízo, ouvia que dava para todo mundo, e acreditava, mas pensei que você se desse mais ao respeito e que não iria sair por aí dando para homem casado.

As palavras da mãe doíam, mais pelo fato de que eram verdade, antes de mais nada Sirius era casado sim quando ela começou a dormir com ele e não parecia ter a intenção de se divorciar até que isso aconteceu e sim era verdade que ela dormia com muita gente, mas sempre hesitava com homens que tinham qualquer tipo de compromisso.

– Você chora agora, mas duvido que pra sentar no pau dele você tenha chorado, ganhou muito presente dele para está chorando Marlene. – Berrou a mãe, ela estava vermelha, Marlene não conseguia encará-la e nem parar de chorar. – Tá se sentindo culpada porque sabe que ferrou com o casamento do homem.

– Eu não fiz isso. – Ela tinha que responder, ficar calada podia ser pior. – Eu nunca, nunca teria dormido com ele se as coisas estivessem bem no casamento dele, nunca.

– CALADA. – Primeiro Lene ouviu o barulho, para depois perceber a dor do tapa no rosto que a sua mãe tinha lhe dado. – Mas não fez nada para melhorar, devia ter ficado quieta e não agido como uma puta e tentado seduzir o homem.

Mais uma verdade, ele não estaria com ela se não tivesse se jogado em cima, mas a sua mãe fazia tudo parecer tão sujo que ela sentia vontade de vomitar.

– Martha, pelo amor de Deus... – Pediu o pai até então calado.

– Você fica quieto que eu já acabei contigo. – A mulher disse sem tirar os olhos da filha. – Eu te criei direito Marlene, posso não estar sempre em casa, mas faço o que posso para te dar uma educação descente, e quando eu viro as costas eu descubro que minha filha ta por aí distribuindo boceta para quem quiser.

– Eu não...

– Não o que? – Perguntou a mãe mais perto dela.

– Não estou dormindo com mais ninguém. – Completou em um fio de voz.

– Mas ele tinha uma esposa enquanto você se abria para ele, ainda tem.

– Responsabilidade dele então, eu não tenho nada a ver com o que acontecia na vida dele antes de mim. – Finalmente falou com força, não iria ficar sendo ofendida daquele jeito, não pela mãe. – Eu não acredito que a senhora esteja tão puta da vida apenas por que ele é casado.

– Sim eu estou, não me importa que ele seja mais velho que você, mas eu estou decepcionada pelo fato de que a puta da minha filha fodeu com o casamento de outra pessoa. – A mãe parou por alguns segundos respirando fundo e segurou o queixo dela com força a fazendo encará-la. – Casamento Lene, você sabe o que é isso? Sabe o que isso significa? É a vida de uma pessoa, que foi por água a baixo porque você não conseguiu achar outro para apagar o seu fogo. Você sabe lá o que significa para uma mulher o casamento.

– Eu sei. – Ela berrou com raiva se afastando da mãe. – Ele me pediu em casamento.


Por alguns segundos tudo ficou no mais absoluto silêncio, Sirius sentiu o coração parar, depois de ter ouvido o berro de Marlene havia saído do carro, agora tudo estava quieto, quieto demais, e sim, ele estava preocupado, por isso não ligou para o que diabos a mãe enfurecida dela pensaria e se encaminhou até a porta.

Estava meio aberta então ele não ligou em invadir a privacidade da família, abriu um pouco a porta, apenas para tentar ver o que estava acontecendo, agora estava profundamente arrependido por ter deixado que ela enfrentasse tudo sozinha, devia estar com ela, eles não estavam sozinhos agora, e ela tinha que entender isso.

– Eu estava tentando contar isso a você Martha. – Murmurou o pai de Marlene enquanto ajudava a mulher a se sentar no sofá, de onde ele estava não conseguia ver Lene, mas podia ouvi-la chorando.

Por um segundo pensou em dar meia volta, as coisas estavam mais calmas agora, a gritaria tinha acabado, mas ele continuava a ouvir a garota chorar e não estava nem um pouco satisfeito com aquilo. Abriu a porta devagar, o pai dela, Cal, o viu, mas não disse nada, a mulher havia começado a chorar em seu ombro, quando fechou a porta a primeira coisa que sentiu foi o corpo de Lene contra o seu, a respiração ofegante, as lágrimas esquentando seu ombro.

Os quatro ficaram ali parados por alguns minutos, mãe e filha chorando nos ombros de seus amores. Sirius apenas ficou ali, acariciando os cabelos dela, recostado na porta, ele e Cal esperariam a tempestade passar.



A ruiva tinha acabado de voltar sorridente para a cama com uma tigela de mousse de chocolate e duas colheres, James ainda estava pensativo, mas quando ela mordeu o seu queixo pedindo atenção as coisas mudaram.

– Eu nunca tinha feito esse mousse antes. – Ela disse enquanto tirava a primeira colher.

– Então agora eu sou sua cobaia? – Perguntou sorrindo enquanto a colocava sentada no meio de suas pernas.

– Mais ou menos isso aí. – Respondeu sorrindo antes de colocar a colher na boca.

– Mas você está comendo também. – Colocou um pouco da sobremesa na boca com um sorriso.

– Seu poderes de observação são surpreendentes amor. – Devolveu sorrindo.

– Não banque a espertinha ou vou fazer cocegas em você.

– Não ousaria.

– Não duvide. E isso está muito bom. – Elogiou enquanto colocava mais uma colher na boca. – Eu gosto de ser sua cobaia.

– Eu sei disso. – Confirmou convencida.

– Lil's. – James a chamou mais sério fazendo com que ela deitasse a cabeça em seu peito para poder encará-lo. – Porque fez isso?

– Isso o que? O mouse?

– Não, todo o resto que não foi a comida, por que se vestiu desse jeito? Porque fez tudo isso para mim? – Perguntou sério.

– Você não gostou? – Perguntou preocupada se sentando mais ereta.

– Sou um homem ruiva, é claro que gostei, mostrei o contrário?

– Não. Então o que tem de errado? – Ele havia deixado a garota nervosa, merda.

– Não tem nada errado meu amor, mas você acha que precisa ser daquele jeito para que eu continue com você é isso?

– Eu preciso? – Indagou apreensiva.

– Claro que não, Lil's, é claro que não meu amor. Mas você fez tudo aquilo e eu fiquei preocupado que fosse isso que você pensasse. – Respondeu colocando uma das mechas dela atrás da orelha.

– Eu só queria... – Ela abaixou a cabeça e ficou completamente vermelha.

– O que?

– Ficar mais...quente.

James começou a rir.


Sirius beijou os cabelos de Marlene enquanto esperava as coisas melhorarem, as lagrimas haviam cessado, os soluços também e a sala tinha voltado a ficar em um silêncio mortífero de novo, ele não conseguia entender o que era pior, so queria que as coisas se resolvessem mais rápido, que tudo ficasse bem, a verdade era que queria que sua noiva parasse de chorar.

Ele levantou o queixo dela para encará-la com um sorriso que murchou quando viu a marca vermelha na bochecha dela, ela havia apanhado por causa dele, agora estava se sentindo pior ainda, deu um pequeno beijo em cima do machucado e afastou os cabelos que haviam caído sobre o rosto vermelho por causa das lágrimas.

Martha levantou do sofá sem que nenhum dos dois percebessem e em segundos estava atrás dela, enxugou o rosto com as mãos e deu um pequeno sorriso para o marido que os olhava aflito do sofá onde fora obrigado a ficar.

– É verdade? – Perguntou em um fio de voz.

– Sobre? – Perguntou Sirius.

– Que você a pediu em casamento.

– Sim, eu a pedi. – Abaixou a cabeça para Marlene. – Mostre a ela. – Sussurrou.

A morena virou para a mãe ainda apoiada no corpo de Sirius e mostrou-lhe o anel em seu dedo.

– Por que? - Perguntou a mãe.

– Porque eu a amo.

– E o seu casamento?

– Não existe mais, nem mesmo antes da Lene aparecer na minha vida, ela apenas me deu a coragem para sair da casa e pedir o divórcio. Eu a amo.

Por um segundo pensou que Martha lhe daria um murro, mas isso não aconteceu. Ela sorriu com compreensão.

– A verdade é que minha filha está melhor desde que se envolveu com você, as notas subiram e eu a sinto mais responsável. Mas não conseguia admitir que ela estivesse estragando o casamento de outra pessoa apenas por sexo, mas me parece que é mais do que isso, então seja bem-vindo.



Ele estava rindo, ela estava ali, pagando o maior mico da sua vida e o filho de uma puta estava rindo, rindo.

Respirou fundo e desferiu um tapa forte contra o braço dele.

– Aí ruiva. – Reclamou parando de rir. – Quem olha para uma coisinha pequena como você num imagina a força que se tem.

– Posso saber o que é tão engraçado ora porra? – Perguntou irritada.

– Você disse 'porra'? – Perguntou surpreso.

– Isso prova que você não está surdo, agora responde a minha pergunta.

– Nossa, ok, calma. – Ele se recompôs na frente dela. – Desculpe ter começado a rir, mas é que você disse que queria ficar mais quente e eu só pensei que se você ficasse mais quente do que já é normalmente para mim eu acabaria me queimando e tive que rir.

– Explique-se Potter. – Ela disse com mais calma.

– Lily, você é quente. – James estava serio agora. – Para mim pelo menos e eu espero que continue assim, só para mim, eu gosto de tudo em você, tudo em você é quente para mim, tudo em você me deixa excitado, não importa de que forma você apresente, e eu não vou negar que eu gostei do que fez hoje, mas não foi por isso que eu me apaixonei minha pequena. - Ele afastou o pote com o mouse dos dois e a deitou na cama. – Eu acho quente o modo como você rir, o modo como você fica quando está molhada, nada é mais quente para mim do que saber que sou eu e ninguém mais que vai ver ou sentir você desse jeito. Não precisa mudar, não só para me agradar.

– Eu entendo. – Lílian o abraçou pelo pescoço. – E você é só meu também?

– Completamente.

– E eu sou só sua?

– Ninguém vai tocar em você, além de mim.


Sirius carregou uma Marlene mais calma e sorridente para o quarto dela no andar de cima, a deitou na cama de solteiro dela e deitou ao lado dela para esperar que ela dormisse.

Os dois ficaram conversando por quase uma hora antes de que ele caísse no sono antes dela, Lene se sentia mais relaxada, pura e despreocupada. Sua mãe parecia ter entendido as coisas, mas as coisas ainda continuavam martelando em sua cabeça, o que sua mãe havia lhe dito, era verdade em parte.

Agora, pela primeira vez, tinha medo de que impressão pudesse causar, mas apenas em uma pessoa, no homem que a abraçava agora, tinha medo que depois de um tempo ele tivesse percebido que estava casando com uma vadia, que realmente ia para cama com todo mundo. O passado condena e embora ele não parecesse se preocupar com aquilo agora nenhum dos dois tinha como saber como seria o dia de amanhã.

– Está pensando besteira. – Ela o ouviu dizer.

– Como você pode saber?

– Está tensa, não gosto quando fica tensa. – Murmurou contra o pescoço dela. – Explane.

– Porque?

– Por que aí eu vou poder dizer que você está errada e poderemos dormir. – Respondeu.

Ficou em silêncio por alguns segundo, mas resolveu obedecê-lo.

– Estava pensando no que vai acontecer com a gente quando você perceber que está com uma vadia.

– Você não é uma vadia.

– Sirius eu dormia com todo mundo antes de você, dormi com todos os meninos solteiros do ensino médio lá da escola. – Respondeu envergonhada.

– E daí, eu dormi com quase todas as meninas da minha escola e não estava nem aí se eram solteiras ou não, eu mudei depois que casei, aí conheci você. – Ele fez uma pausa. – Não é o que se faz antes de estar com a pessoa, mas sim o que você faz depois que importa.

– Falar é fácil.

– Não me importo que tenha dormido com o time de futebol inteiro de uma vez só na noite do campeonato Lene, desde que depois de estar comigo eu tenha sido o time de futebol.

– Além do mais, seu pênis é bem maior do que qualquer um dos garotos do time de futebol ou do de basquete.

– Fico feliz em saber. - Murmurou sorrindo.


O dia amanheceu lindo, mas os dois haviam esquecido de fechar as cortinas então Lílian foi acordada pelo sol insistente, sentou na cama fazendo com que o lençol que cobria seu corpo nu caísse até a sua cintura, ela se espreguiçou e observou um James sonolento ao seu lado, procurou a camisa dele para vestir e...

– Onde pensa que vai? – Perguntou um James sonolento.

– Fazer o café da manhã. – Respondeu enquanto se levantava. – Por que não levanta para me ajudar?

– Porque não volta para cama? – Perguntou sentando relutante na cama.

– Por que se eu voltar para cama não vai ser para dormir e eu tenho comer.

– Eu sei que não vai ser para dormir, não estou com sono. – Ele sussurrou ficando de pé a abraçando.

– Eu tenho que ir no banheiro. – Disse sorrindo enquanto se afastava dele.

James riu e começou a se vestir, como a pequena quisesse, eles iriam descer, tomar café da manhã, mas apenas porque ele precisava de mais energia para passar o resto do dia na cama.


Lílian demorou mais do que ele esperava para descer para o café da manhã e não estava tão sorridente quanto ele achou que estaria, os cabelos presos em um coque no alto da cabeça, vestindo um vestido claro que havia esquecido na casa dele alguns dias antes, ele estranhou um pouco, mas talvez ela estivesse de TPM ou coisa do tipo, ela ficava daquele jeito quando estava naqueles dias, aprendera que era melhor fingir que tudo estava normal e que não tinha percebido nada de diferente no comportamento da ruiva.

Além de tudo ela ficou mais sorridente quando começou a cozinhar, ele gostava de vê-la fazendo aquilo, passando o café, mexendo as massas das panquecas, se esticando para alcançar os temperos na prateleira mais alta. Ela dizia que ele ajudava mais a observando e a deixando sem jeito do que quando resolvia ajudar, nada que ele pudesse fazer contra isso, era um desastre até mesmo como ajudante, ela não queria imaginar como ele se virava antes dele, mas ele disse que sabia como usar o micro-ondas e como pedir pizza.

Eles estavam conversando alguma coisa sobre o quanto ele havia engordado desde que ela passara a cozinhar para ele, Lílian disse que a culpa era total e exclusivamente dele que não parava de comer e disse que se ele perdesse os músculos que tinha no peito ficaria solteiro, aquilo o lembrou de que tinha que voltar a visitar a máquina de musculação que tinha em seu escritório, mas não tinha pensado naquilo nos últimos dias, porque pensaria?

Ela sentou com as panquecas em frente a ele na mesa de jantar e James decidiu que a alimentaria, ela protestou nos primeiros segundos, dizendo que não era passarinho para que lhe desse comida na boca, mas perdeu a discursão quando ele mordeu o lóbulo da sua orelha.

Estavam no ultimo pedaço das panquecas que ela havia feito quando o telefone da casa tocou, ele amaldiçoou mentalmente e verbalmente seja lá quem fosse o filho de uma rapariga que estivesse ligando para eles àquela hora na manhã de domingo.

– Eu já volto. – Murmurou antes de beijá-la e se levantar. – É bom que seja uma emergência. – Falou quando atendeu o telefone.



As coisas estavam maravilhosas para Sirius e Marlene naquele dia também até o momento em que ela o levou até a porta da sua casa, não foi pelo fato de que ele estaria indo embora que o dia desabou na cabeça deles, mas sim pela visão que tiveram quando saíram da casa.

O carro de Sirius.

Destruído.

O carro preto tinha marcas de arranhões por toda a sua extensão, as janelas estavam quebradas e os pneus furados.

Como o alarme não tinha tocado?

Ele tinha o ligado quando descera para ver como as coisas estavam com Marlene dentro da casa, lembrava daquilo porque tinha voltado para o carro para fazê-lo, então como ele não tinha tocado?

– Se eu disser que foi a vizinha, vai ficar parecendo que estou sendo implicante? – Perguntou Martha atrás dos dois.

– Só pode ter sido ela. – Concordou Marlene.

– Mas como o alarme não soou? – Perguntou Cal.

É como?

Então a resposta veio como um estalo na sua cabeça, ele não tinha tirado todas as suas coisas dentro da casa, afinal a casa era sua.

A Cópia.

– A cópia da chave. – Ele murmurou contra os cabelos de Marlene que estava o abraçando. – Eu deixei em casa a cópia de emergência, tinha me esquecido completamente disso, ela deve ter pego.

– Vamos chamar a polícia. – Comandou Cal enquanto entrava na casa.



– E agora a vaca ta presa por destruição de propriedade. – Contou Marlene para Lílian durante o intervalo de uma aula.

Mas a amiga não respondeu, ela parecia distante, calada, preocupada, distraída e todas as palavras que Lene raramente usava para descrever a amiga, estava com medo, essa era a verdade.

– Ei, - Chamou Marlene estralando os dedos na frente do rosto da amiga. – ce quer me dar atenção por favor?

– Desculpa Lene, - Disse Lílian voltando sua atenção para a amiga. – do que você tava falando mesmo?

– Do piti da minha mãe, do tapa que eu levei e de que a vaca da Dorcas destruiu o carro do Sirius. – Comentou mais preocupada ainda, estava a quase dez minutos falando com a amiga e ela não havia absolvido nada?

Quem era ela e o que tinha feito com a Lílian?

– Quando?

– Nesse fim de semana, da sexta pro sábado. Eu te contei isso, onde você estava com a cabeça?

– Em cima do meu pescoço, onde mais? – Disse cínica.

– Ele fez alguma coisa que não devia? – Perguntou ainda mais preocupada.

– Quem?

– O James é claro.

– Ah, o James não fez nada.

– Tem certeza? – Perguntou mais uma vez.

– Claro que eu tenho, se eu não tivesse quem mais teria? – Falou enquanto se virava para frente na cadeira. – Só tô um pouco distraída ok?

– Ok. – Confirmou uma Marlene muito desconfiada.

Tinha algo muito errado com a amiga, mas muito mesmo e ela tinha que descobrir o que era.

– Eu vou no banheiro. – Disse enquanto levantava e pegava a sua bolsa, mas não recebeu resposta da amiga.



Quando o sinal para o começo da próxima aula tocou Marlene já tinha pulado o muro traseiro da escola um minuto antes, havia uma pessoa no mundo fora ela que poderia saber o que tinha acontecido com a amiga, mas ele só estaria disponível para conversa enquanto a Lily estivesse ocupada.

James estava saindo de uma reunião quando viu a pequena figura de cabelos pretos e saia escolar sentada na sala de espera do seu escritório, olhou para o relógio para ter certeza de que horas eram, ainda não eram nem dez da manhã e a morena ainda estava usando a farda da escola e carregava a sua mochila, Sirius estava ficando maluco, marcando um encontro com a noiva àquela hora?

Aliás, nem ali o irresponsável estava, tinha ido a oficina ver como estava o andamento do concerto do carro que louca da ex dele tinha praticamente destruído, bufando irritado se aproximou da garota.

– Lene?

– Oi James. – Ela o cumprimentou enquanto se levantava. – Eu preciso falar com você.

– Comigo? – Perguntou confuso.

– Sim, sobre a Lily. – A voz preocupada da garota foi o que o alarmou ele fez com que ela o acompanhasse até o seu escritório e sentasse no sofá.

– O que tem a Lily? - Perguntou apreensivo enquanto sentava na mesinha de frente a ela.

– A pergunta na verdade é: o que você fez para ela? – Perguntou enfatizando que tinha certeza que ele tinha feito alguma coisa.

– Porque acha que fiz alguma coisa?

– Por que ela está estranha, área...

– E distraída. – Ele completou a interrompendo. – Está assim desde sábado de manhã, eu achei que fosse a TPM.

– Podia até ser se ela tivesse de TPM, mas ela não está, sei disso porque ficamos juntas, você disse sábado de manhã? – Perguntou pensativa.

– Sim, ela acordou bem, mas depois de ir no banheiro e descer para o café da manhã ela estava desse jeito.

– E você quer me dizer que não fez nada? – Perguntou decidida.

– Ela acordou bem e estava bem quando entrou no banheiro, nós estávamos bem. – Enfatizou.

– Não tiveram nenhum tipo de problema? Nenhum comentário infeliz? – Insistiu.

– Resolvemos nossos problemas muito antes de dormir Marlene.

– Então vocês tiveram problemas?

– Não chamaria de problemas, porque resolvemos antes que virasse um, me entende?

– Que problemas?

– Lene não foi isso.

– Se você diz...

– Eu tenho certeza de que não foi por causa disso. – Insistiu.

– Ok então, o problema é que conhecendo a Lily nem adianta perguntar. – Explanou pensativa.

– Ela vai se fechar e ficar quieta e não vamos saber nem tão cedo o que aconteceu. – Completou.

– Mas ela está distraída, nem deu piti porque eu matei aula, geralmente ela surta quando eu mato aula, acho que nem percebeu que sai da sala. – Ela parou por um segundo. – Falando nisso eu tenho que voltar, se descobrirem eu tô ferrada. – Murmurou enquanto levantava do sofá. – Vou descobrir o que aconteceu, mais cedo ou mais tarde.

– Por favor. – Pediu enquanto abria a porta para ela. – Estou começando a ficar preocupado com ela.

– Relaxa, eu descubro. – Ela respondeu sorrindo.


Sirius estava saindo do elevador, muito, mas muito puto com Dorcas, a vaca tinha ferrado com o seu carro, se bem que os desgostos que ele estava tomando eram todos muito bem compensados pelo fato de que a mãe de Marlene tinham aceitado o relacionamento dos dois, ele só queria estar com ela ago...

E ela estava ali, parada na frente do elevador, farda, curta de mais para que andasse na frente de outras pessoas que não fosse ele, mochila nas costas e os olhos vidrados no celular em suas mãos.

Se aproximou lentamente, ela parecia estar esperando o elevador, mas estava tão concentrada no objeto a sua frente que não havia percebido que o mesmo havia parado no andar há alguns segundos, a observou por mais algum tempo, agora mais de perto, ela estava realmente concentrada, sorrindo Sirius puxou com uma certa força o celular da sua mão.

A garota olhou assustada primeiro, mas depois abriu um sorriso gigante e tomou o aparelho de volta.

– O que está fazendo aqui Lene?

– Vim resolver um problema. – Ela respondeu sorrindo.

– Aqui?

– Com o James, na verdade acabei não resolvendo porra nenhuma o que me deixa um pouco irritada, eu tenho que admitir. – Ela deve ter percebido a cara confusa que ele fez por isso deu uma explicação mais clara: A Lílian ta esquisita, achei que ele pudesse saber o que tem de errado com ela.

– Aah tá, mas nem para me fazer uma visitinha? – Perguntou enquanto a impulsionava para que andassem até o seu escritório.

– O James me disse que você não estava, então eu estava indo, pro caso do senhor não ter percebido – Ela disse enquanto ele fechava a porta atrás dele e a abraçava. – eu estou matando aula.

– O que torna as coisas ainda mais excitantes. – Ele murmurou enquanto suas mãos entravam por baixo da sua saia. – Eu levo você de volta para escola.

– Como eu posso negar? – Sussurrou antes de beijá-lo.

Sorrindo ele a encostou contra a parede ao lado da porta e levantou uma das pernas dela até a sua cintura, afastou rapidamente a calcinha enquanto beijava ao pescoço dela, lentamente começou a massageá-la, sentiu as mãos dela abrindo o seu cinto poucos segundos depois de considera-la molhada o suficiente.

Voltou a boca dela enquanto com a ajuda de uma das mãos dela a penetrou firme e rápido, ela gemeu em resposta a rápida penetração, esperou um pouco até ela começar a implorar com as mordidas em seu lábio e começou a se movimentar dentro dela, curto, quase sem sair de dentro dele, indo cada vez mais fundo, mantendo-a cada vez mais perto do seu corpo, os seios espremidos contra o seu tórax, a boca deixando pequenas marcas pelo pescoço alvo.

Os gemidos eram mascarados pelos beijos, mas aquilo não durou muito tempo, poucos segundos depois a morena começou a apertá-lo dentro dela, estava tão quente e úmida, o gozo atingiu os dois ao mesmo tempo, pouco tempo depois ele a preenchia enquanto ela tinha que se manter firme presa a ele para não cair no chão.


– Machuquei você? – Ele perguntou sem se mover.

– Não, estou bem. - Respondeu antes de dar-lhe um selinho. – Melhor do que estava a cinco minutos.

– Idem.

– Como vai me deixar na escola se a vaca destruiu o seu carro? – Marlene perguntou enquanto ele a ajudava a se recompor.

– Estou com o carro do seguro. – Respondeu enquanto fechava a calça.

– Quanto tempo ela vai ficar presa? – Perguntou enquanto pegava a sua bolsa que havia caído no chão.

– Eu não sei, mas concordei em retirar a queixa se ela assinasse os papeis de divórcio. – Ele abriu a porta para que ela passasse.

– O que ela disse?

– Que não, mas tenho certeza que não vai aguentar a cadeia por muito tempo, em poucos dias ela volta atrás, você vai ver. – Ele a segurou perto de si enquanto esperavam o elevador e os dois ignoram o olhar da secretária dele. – Devo dizer que essa sua roupa está muito indecente mocinha.

– Você acha? – Ela perguntou sorrindo.

– Devia descer uns três dedos de blusa e quatro de saia. – Disse emburrado enquanto entravam no elevador.


Eram cerca de seis e meia da noite e Lílian estava atrasada, penso James, ela nunca estava atrasada, Marlene estava certa sobre ela estar estranha e muito estranha, estava começando a ficar preocupado com aquilo, ora merda, será que tinha sido realmente ele quem tinha causado aquilo na ruiva?

Não conseguia lembrar de nenhum motivo realmente para que ela estivesse daquele jeito, mas as mulheres colocavam motivo em tudo que não existia.

Agora aquilo, ela estava atrasada para a única hora no dia em que eles realmente podiam ficar juntos, ela nunca se atrasava, repetiu para si mesmo, e ele sabia que ela estava em casa, mais cedo, mesmo com as cortinas fechadas, ele a viu pela sua janela em seu quarto, e tinha aquilo também, do quarto de James, pela janela, ele podia ver o quarto dela e vice-e-versa, geralmente costumavam deixar as cortinas abertas para que eles pudessem se ver durante mais tempo, mas desde de sábado as cortinas nunca estavam abertas.

Não aguentando mais aquilo resolveu que ele mesmo iria até a casa dela, aquilo já estava durando tempo de mais, no dia seguinte seria sexta feira e ela provavelmente não iria dormir na casa dele também, a partir daí seria ladeira abaixo e ele não queria aquilo, não depois de tudo o que eles tinham passado juntos.

Decidido bateu na porta da casa dela, alguns segundos depois um surpreso George abriu a porta para ele.

– A Lily está? – Perguntou se sentindo como um adolescente indo para o primeiro encontro com uma garota o que era ridículo.

– Ela não está com você? – Perguntou o pai coçando a cabeça claramente confuso. – Pensei que ela já estivesse ido, entre James. Ana a Lily não foi. – Falou para a mulher que estava sentada no sofá.

– Não? – Perguntou também confusa. – Realmente, ela não passou por aqui. – Parou por alguns segundos. – LÍLIAN – Berrou do sofá.

– Ana. – Reclamou o marido, James estava preocupado demais para rir.

Segundos depois todos puderam ouvir os passos apreçados da ruiva escada abaixo, ela ficou claramente surpresa com a presença de James em sua casa o que o irritou um pouco mais, afinal eles estavam noivos ora.

– Oi. – Disse como se não tivesse faltado a um importantíssimo compromisso sem aviso prévio.

– Esqueceu? – Perguntou a mãe.

– Do que?

– De mim? – Falou um James aflito se aproximando dela.

– Eu estava um pouco ocupada estudando James, me desculpe. – Ela disse com um sorriso amarelo. – Ele pode subir mãe?

– Claro.

Lílian subiu as escadas na sua frente correndo, ele a acompanhou, a garota entrou no quarto e ele fechou a porta atrás de si.

– Lílian, eu não estava querendo perguntar, para talvez não piorar as coisas, mas qual diabos é o problema com você? – Perguntou aflito.

A ruiva finalmente o encarou pelo que parecia ser a primeira vez em dias, ela estava com os olhos rasos, claramente sem dormir a dias, ou pelo menos dormindo muito mal, os cabelos em leve desalinho e as mãos que não paravam quietas, ela sentou na cama e passou a bater os pés no chão em um ritmo descompassado, nunca tinha a visto tão nervosa antes.

Mais preocupado do que já estava quando entrou na casa ele sentou-se ao lado dela na cama e segurou as mãos dela entre as suas.

– Olhe para mim Lil's. – Pediu com carinho e esperou até que ela o atendesse para continuar. – Qual o problema minha pequena?

– Jay... – Uma pequena lágrima escorreu do olho dela. – Estou grávida.


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Notas finais do capítulo

Luna Kori: Nossa tenho certeza que os xingamentos a Martha nesse capitulo foram a lua e voltaram, mas espero que tenha gostado de como as coisas se resolveram. E obrigada mais uma vez por avisar sobre eu ter marcado como finalizada, desculpinha.

TaynaraSama: Pode ser que alinda história de amor tenha sido abalada, eu num sei como as coisas vão ficar, nem vocês,

Eu quero REVIEWS POVO



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