Evariny escrita por SabrinaMM


Capítulo 13
- Uma sombra entre os Varden -


Notas iniciais do capítulo

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Nelow chegou aos Varden dois dias depois do nascimento do dragão verde. Ele voou noite e dia, com Arya, Roran, Evariny e o bebê. Tão logo aterrissou, Blodgarm, que os vira chegando e ficara esperando-os, pegou a primeira Amazona nos braços e correu o mais rápido que pode, até a Enfermaria. Ele e os outros elfos tentariam achar uma cura para o ferimento, que sangrava muito, deixando-a cada vez mais fraca.

 

Os outro foram até o pavilhão da líder. Por onde passavam, as pessoas olhavam para a elfa com espanto, algumas curvando-se e murmurando “Argetlan”. Tão logo foram anunciados, ela irrompeu porta adentro, e contou a Nasuada tudo o que aconteceu. A líder ficou feliz pelo nascimento, mas a felicidade era ofuscada pela preocupação: Evariny já perdera muito sangue, e morreria se a cura não fosse achada logo. Nelow sentia aquilo como uma dor física, percebia as forças se esvaindo, e passava energia para sua Amazona. Não se comunicavam, para ela não ficar ainda mais fraca, mas a ligação entre eles permanecia.

 

-Por mais que eu tenha ficado feliz por você – disse Nasuada -, devemos nos lembrar que até ele se tornar grande o suficiente para lutar, a guerra já estará terminada, ou pelo menos no fim. Aliás, que dome deu a ele?

 

-Ainda não me decidi, Nasuada. Vou pensar sobre isso hoje a noite. E Evariny? Acha que ela ficará bem?

 

-Uma sombra perpassou o rosto da líder, e ela respondeu, lentamente:

 

-Espero que sim. Evariny é uma ótima guerreira, além de ser uma boa pessoa. Muito temperamental, é verdade. E é a única mestiça de que se tem conhecimento, provavelmente não haja nenhuma outra de sua espécie!

 

***/***

Evariny havia percebido que não agüentaria sequer a viagem de volta acordada. Por mero instinto, e por ser parte elfa, mergulhou em um sono encantado. Ela sentia a presença de pessoas a sua volta, se mantinha ligada a Nelow, mas não conseguia se mover ou falar. Seu corpo trabalhava lentamente, mantendo-a viva. Seus sentidos não funcionavam, pelo menos não da forma certa, pois ela continuava consciente de quem a rodeava, mas sem vê-los. Sentia o movimento, mas não o toque.

 

Lembranças afloraram a sua mente, nesse momento, e ela lembrava-se de seus pais. Já haviam morrido há tantos anos, mas continuavam vividos em suas lembranças: cada palavra, cada gesto, cada segundo. Lembrou-se do passado de sua mãe: ela era uma poderosa feiticeira, fazia parte de uma das tribos nômades, mas fugira, não só do horror de Galbatorix, mas do destino que lhe era reservado: casar-se com o líder das tribos.

 

E seu pai, que fora escudeiro de um dos Renegados, e sabia mais sobre o Império do que muitos. Antes de esse se voltar contra Vrael, aceitara trabalhar com ele, polir sua armadura, ajudá-lo a treinar. Odiava a guerra e as mortes, mas não queria se omitir, por isso servia a outro. Mas, ao ter seu mestre trabalhando para o Rei, fugiu.

 

E seus destinos se cruzaram, naquele porto em Narda.

 

Depois de anos, decidiram ir para Ellesmera. Seus pais iriam antes, para pedir refúgio a Islanzadí, e então voltariam para buscá-la. Mas o plano saiu às avessas, pois os Lethblaka os atacaram e aniquilaram.

Então passára a contar apenas com a ajuda de Brom, um velho amigo da família, e o único que sabia de sua existência. Ele sempre ia levar roupas, comida e remédios, além de alguns livros. Contava a ela muitas histórias, ao ponto da menina sugerir que ele se tornasse um contador.

Mas ele parou de visitá-la por uns tempos, tendo deixado suprimentos, e partindo em missão. quando voltou, falava sobre uma mulher que conhecera, Selena, a Mão Negra. Soube que tempos depois foi para um vilarejo, Carvahall, e então nunca mais o viu.

***/***

Murtagh já estava recuperado fisicamente, mas sentia o vazio deixado por Thorn. Caminhando sem rumo, esbarrou com uma moça ruiva, que ele sabia chamar-se Katrina. Sua cunhada. Ela estava com o rosto manchado de lágrimas.

-O que aconteceu? - perguntou ele.

-Minha amiga - disse ela, levemente temerosa -, a Amazona Evariny. Ela voltou da missão, mas está ferida. Os elfos estão examinando o ferimento, parace que foi encantado.

Ele estacou. Como era possível? Evariny era positivamente uma das melhores espadachins que ele já vira, e tinhapartido em uma missão simples, aparentemente sem perigo algum! Questionou Katrina, mas ela não sabia muuita coisa:

-Tudo o que sei é que ela voltou com um corte, feito por um mago, e que não pode ser curado por magias conhecidas ou ervas. E está em um sono encantado. Não consigo olhar pra ela, lembrando daquela garota viva, que me ensinava a lutar, e ver...

-Que te ensinava o que? - perguntou Murtagh, voltando a si.

-Nada. - respondeu a moça, corando - devo ter me confundido.

-Tenho certeza que ouvi você dizendo que ela lhe ensinava a lutar.

 -Está bem, ela me ensinava. - falou Katrina, com um suspiro -Mas por favor, não fale sobre isso a mais ninguém, nós duas desobedecemos as ordens de Nasuada.

-Não se preocupe - disse ele -, não falarei. Mas, você luta bem?

-Evariny diz que sim. Mas ainda estou começando, só aprendi o básico.

-Posso ensiná-la enquanto sua professora está ferida.

***/***

Após Katrina aceitar, surpresa, o oferecimento de Murtagh, ele foi até a tenda de Nasuada. Adiava ao máximo o momento de ir à enfermaria, temendo vê-la naquele estado. Foi anunciado pelos Falcões da Noite, e se surpreendeu aoconstatr que dois eram urgals.

Não consigo me acostumar com a idéia de urgals e humanos lado-a-lado... - falou para si mesmo.

-Lady Nasuada - disse, com uma mesura. Ela agora era a líder dos Varden, e não mais a simpática filha de Ajihad. Isso era visível, pela sua postura, ainda mais empertigada, pelas roupas de guerra que trajava, e pelas bandagens, enrroladas em seus antebraços, ocultando as marcas quase totalmente curadas do Desafio das Facas Longas. Ele ficára a par dos acontecimentos durante sua convalescensa.

-Murtagh. Que bom que veio, precisava mesmo falar com você. - disse ela, com um sorriso casual, parecendo mais com a Nasuada de antes. - Sei que ainda está abalado pela fuga de Thorn, e...

-Ele não fugiu. - exclamou o Cavaleiro, sentindo mais do que nunca o vazio em sua mente, aonde entes estava o dragão. - Ele foi chamado por seu verdadeiro nome, por isso não teve outra escolha senão obedecer.

-Certo, certo, como seja - disse ela, impaciente. -, o fato é que preciso que diga tudo o que sabe sobre o castelo, o Rei, a cidade... Tudo!

 


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Notas finais do capítulo

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