Eu olho para Tom com um pouco de raiva e curiosidade ao mesmo tempo: raiva porque ele não tinha me dito que seu colega de quarto era Loki, se bem que à uma possibilidade de Loki ter o ameaçado; e Curiosidade pois porque convencer o Loki a comer pudim? Antes fosse pipoca que é mais gostoso. Pudim é mole e gosmento, eu não gosto

Eu estava pronta para perguntar ao Tom porque pudim, mas ouvimos barulho de passos. Se o barulho estivesse vindo do quarto do Tom seria um alívio, assim poderíamos correr para as escadas, mas estava vindo das escadas. Só tínhamos duas opções: pular a janela ou correr para o quarto do Tom. Estávamos no 3º andar, pular a janela não é a melhor opção; no quarto do Tom estavam pessoas "más", também não é uma boa opção ir para lá. Mas ainda era cedo para tomar-mos decisões precipitadas. Vai que é o faxineiro. Mas para nossa infelicidade não era, Tom foi o primeiro a olhar para trás. Depois ele me olhou, e eu fiquei com pena dele, só faltava os olhos dele falarem "estou com medo". Logo depois eu olhei para trás, era um homem com uma roupa escura e ele usava um tipo de capacete com óculos embutido, eu acho. E ele carregava uma arma enorme, com alguns risco azul que brilhavam.

O soldado estava indo em direção ao quarto. Em momento algum ele olhou para algum outro lugar que não fosse o quarto. Eu torcia mentalmente para ele não olhar para baixo. Eu e Tom estávamos agachados, se ele não olhasse para baixo nos iríamos passar despercebidos. Mas eu não estava com sorte naquele dia. O soldado olhou para nós, apontou sua arma em nossa direção e ordenou que andássemos até o quarto.

Quando chegamos no quarto tinham mais cinco homens vestido igual ao soldado que nos trouxe. Um deles tinha uma arma apontada para a cabeça do Loki. Na frente do Loki tinha um outro homem, ele não estava vestido igual aos outros. Ele parecia um general e prensava uma faca contra o pescoço do Loki. Apesar de tudo isso Loki mantinha um sorriso debochado na cara, mas quando eu e Tom entramos ele parou de sorrir e nos encarou serio. A expressão que ele tinha no rosto parecia dizer "Ah não, vocês não".

– Quem são esses dois? Soldado. - Perguntou o general em um tom autoritário.

– Senhor encontrei esses dois do lado de fora do quarto, eles pareciam estar espionando.

– Dois espiões? Vocês trabalham para a Shield? - o general pergunta.

– Nós estudamos na Shield. - eu respondo.

– Eles não sabem de nada, mas ouviram de mais. Matem-os. - o general ordena.

No mesmo instante dois saldados apontam suas armas em minha direção e do Tom. Eu fecho os olhos.

– Não acho que mata-los seja uma idéia apropriada. Esses dois são bem conhecidos entre os jovens daqui. Irão perceber se eles sumirem de repente - Loki menti. Tom pode até ser conhecido mas eu não sou.

– Então você sugere que façamos o que? deus da trapaça. - o general pergunta.

– Use-os como reféns - Loki sugeri - logo a Shield irá chegar, vocês precisarão de reféns porque eles não se importam comigo.

Eu fico observando tudo aquilo com temor. Eu não deveria ter ido correr com Tom hoje, poderia ter ficado no quarto ouvindo música, ou ter ido treinar piano, mas não eu sai para correr. Agora estou aqui, com uma arma apontada para a minha cabeça e com roupa de ginastica. Nunca pensei que eu fosse morrer com roupa de ginastica. Isso é ridículo.

– Poupe-me da sua conversa deus da trapaça. Nós já conseguimos cuidar da Shield uma vez, vamos conseguir de novo - o general aponta na minha direção e do Tom - mate-os. Agora!

Eu e o Tom damos as mãos. É mais confortável saber que em uma hora dessas não estamos sozinhos. Eu fecho meus olhos. Fico pensando como deve ser a sensação de morrer, será que depois simplesmente acaba? Ou especulações como céu e inferno são reais? Mas nos últimos dias acho que é mais provável irmos para um daqueles reinos da mitologia nórdica... Só não lembro o nome, mas sei que é governado pela... filha do Loki (?). Depois de uns 10 segundos eu percebi que nada aconteceu. Com muita calma e medo eu abro os olhos, bem devagar. Não sei se ficava feliz ou com medo mas todos os soldados estavam caídos no chão, desarmados. Somente o general estava de joelhos e tremendo, muito. Loki estava na sua frente, com um sorriso que me fez estremecer. Tom quando percebeu o que aconteceu virou para mim, me abraçou e gritou:

– Há! Estamos vivos!

Depois ele tentou dar um abraço no Loki, mas o mesmo se esquivou.

Eu não sei o que aconteceu mas eu acho que também não quero saber. O cara derrotou seis soldados, armados em menos de 10 segundos! Tem que ser muito bom para fazer isso.

Depois de uns cinco minutos de silencio no quarto, uns (acho que) agentes chegam e começam a fazer perguntas para mim e para Tom. Depois chegou o diretor do campos. Nick Fury, se me lembro bem. Ele olhou para Loki, depois para mim e então diz:

– Porque sempre que acontece alguma coisa diferente vocês dois estão juntos? E no lugar onde ocorreu?