Blood, Death And Vampires escrita por Estressada Além da Conta


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Sinto muito pela demora, é que eu tava com um bloqueiozinho dos infernos. XD Mas agora as coisas vão começar a ficar interessantes! Vou introduzir mais personagens e, como já havia alertado em algum momento aí, vamos começar o lance sobrenatural e coisa e tal. XD Vou começar a puxar mais pro terror e angst. XD Só esperem que eu chego lá! XD



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Ela estava viva. Ela respirava, sorria, sangrava. Poderia até morrer. Era indefesa e frágil. E se esse era o caso, então o ruivo a protegeria. Pois era sua humana. Yumi o ensinara a amar. Nami estava o ensinando a viver. Mesmo que já estivesse morto. Antes de ir embora, deixou uma última frase sair por seus lábios rubros:

- Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla.

- Luffy! Volte, por favor! – A pequenina de dez anos chamou o amigo de nove que chorava baixinho no meio da floresta – Vamos... Está escuro aqui.

- Vá embora. – Luffy resmungou com voz chorosa – Eu não quero machucar você, Nami.

- Você não vai me machucar, Luffy. O lobisomem que eu conheço nunca faria isso.

- Nem eu me conheço mais.

- Rouge-san disse que é só uma fase e que logo passa. Você não precisa ter medo de sua metamorfose.

- Lá vem você de novo com essas palavras difíceis. – Ele reclamou – E não estou com medo disso.

- Do que, então? – Questionou se aproximando lentamente.

- De te machucar.

- Eu posso não ter magia, mas sei me esquivar e correr muito bem.

- Posso acabar te matando...

- Não sou fácil de matar. – Replicou implicante e sorriu, arrancando um sorrisinho de canto do menino – Vamos voltar?

- Não.

- Luffy...

- Vá embora, Nami. Por favor, vá embora! – Luffy estava praticamente desesperado.

- Mas por quê? Por que quer que eu vá embora?

-...

- Luffy?

- Tarde demais. – Sussurrou e sentiu como se levasse um soco no estômago.

- Luffy, o que houve?

- Eu... – Ele estava ofegante por causa da dor. As transformações começaram há apenas três meses, e o garoto ainda não tinha controle sobre si mesmo, muito menos sobre a dor alucinante que o atingia. Tudo piorava em noites de lua cheia – Estou me transformando... Nami... Fuja! – Mais um soco no estômago e, agora, agulhas no coração. Tudo girava, tudo formigava. E, cada vez mais, seus sentidos foram aumentando. O cheiro de laranjas da menina ficou mais forte. Os cabelos alaranjados agora eram cinza, graças à visão de cão. Seus ouvidos captaram a respiração acelerada dela. E... Nami parecia cada vez mais... Apetitosa... – FUJA! SAIA DAQUI!

- Não! Não vou deixar meu primo aqui!

- Naaaaami!!! – Exclamou exasperado, quase sucumbindo à dor. Logo, na frente da ruivinha, não havia mais Monkey D. Luffy. Havia um cachorro de porte médio com dentes afiadíssimos e pelo negro.

- Luffy...?

- Vá embora. – A voz não era a escandalosa e infantil, e sim uma áspera, rude e um tanto cavernosa. Logo, os olhos negros quentes dele ficaram amarelos e a língua grande lambeu os lábios de maneira lenta – Tenho fome... – A humana parecia apetitosa por demais.

- Luffy... Não me reconhece? Sou eu, a Nami. A menina estranha de cabelo laranja, não lembra? – O cão deu alguns passos para ela, que recuou – Vamos, Luffy, deixe disso...

- Tenho fome...

- Se voltarmos agora, podemos chegar a tempo do jantar...

- Quero carne... – Continuou andando, assim como a garota. Porém um se aproximava, enquanto outro se afastava.

- Eu sei. É seu prato favorito.

- Para que esperar...? – Uma baforada, que mais parecia um riso debochado, saiu pela bocarra, antes dele avançar rapidamente.

Nami virou-se para correr. Isso foi um erro, mas esse erro a salvara. Ela se virou rapidamente, porém ele foi mais rápido. Em alguns passos, Luffy avançara nela e as garras rasgaram a pele clara, bem nas costas. A ruiva gritou. Lágrimas saíram e caíram no chão, juntamente com algumas gotas do líquido vermelho que agora deixava suas veias. O corpo pequeno caiu no chão. Dor. Angústia. Mágoa. E mais dor. Juntamente com outra baforada quente perto de seu pescoço, prestes a abocanha-lo. Os caninos roçaram a pele sensível, se preparando para retalha-la em meros segundos, para, então, provar da carne daquela simples humana. Algo viscoso caiu em sua nuca. Viscoso e quente. Saliva, provavelmente. Os dentes brancos se separaram, deixando espaço o suficiente para que fosse abocanhada.

- LUFFY! – Nami acordou de repente, completamente encharcada de suor. Chorava – Foi um sonho... Apenas um sonho... – Murmurou para si mesma, secando as benditas lágrimas que insistiam em cair. Toda sua mente era preenchida com uma única pergunta:

Por que estava tendo aquele pesadelo novamente depois de tanto tempo?

Por que naquele momento? Por que o sonho voltou? Eram respostas impossíveis para perguntas improváveis.

- Luffy... Seu idiota... Eu sinto falta do meu irmãozinho... – Sussurrou com a voz ainda embargada pelo choro – Mesmo tendo me ferido... Eu queria tê-lo comigo... Maldito dia em que me foi dado o nome de Scarlet D. Nami...

Depois de um tempo, a ruiva resolveu sair da cama. Consultou um relógio. Ainda eram duas da manhã e Nojiko, provavelmente, havia ido dormir na casa de Vivi, por causa do horário. Saiu do quarto e foi até a cozinha. Bebeu um pouco d'água. O líquido desceu gelado por sua garganta. Finalmente as lágrimas haviam cessado. Terminou de beber e voltou para o quarto. Fitou a janela escancarada, prova de que certo ruivo estivera ali. Inconscientemente levou uma mão ao colar. Ele lhe trazia paz, assim como seu dono. Como será que Kid reagiria se soubesse que ela era uma bruxa? Ou melhor, a última bruxa da família D? Provavelmente... Nada bem. Prestou atenção de novo na janela e uma deia veio. Por que não? Sorrindo, dirigiu-se a ela, e, sem muita dificuldade, saiu por lá, trilhando até o telhado, onde se sentou e ficou a observar a noite.

- O que faz aqui, pequena Scarlet? – Uma voz grave questionou perto do ouvido dela, fazendo-a se arrepiar.

- Eu abandonei esse nome... Doflamingo. E essa pergunta é minha. – Respondeu sem se virar. Não precisava, conhecia a voz e o jeito de chamar.

- Não seja tão rude. Deveria agradecer por Joker estar aqui se preocupando com você. – Outra pessoa respondeu.

- Não te chamei na conversa, Vergo. – Ela retrucou e sorriu – Agora me digam, o que meus tios paternos estão fazendo aqui em Cocoyashi?

- Nami... Há uma chance de... Seu poder ser convocado.

- É mesmo? E por que está me contando isso, Doflamingo? Afinal, sempre pensei que apoiasse minha decisão de continuar sem a herança da família.

- Em tempos de guerra, abro tal exceção.

- Guerra?

- Agora não é hora para te dizer o que está por vir. Mas... Conhece Eustass Kid?

- Não. Deveria?

- Não minta para mim, ruivinha.

- O que te faz pensar que estou mentindo?

- Não se esqueça de que cuidei de você por um bom tempo... Gata Ladra.

- Também abandonei esse nome.

- Pois eu ainda duvido...

- Problema seu. Você estava dizendo que meu poder poderia ser convocado. Como?

- Conhece Eustass Kid?

- O que tem ele?

- Você o conhece?

- Sim.

- Vampiro?

- Com certeza.

- Ruivo? Altão? Cara de psicopata feliz-o-suficiente-pra-morrer?

- Você nem faz ideia. O que tem?

- Afaste-se dele.

- É O QUE? – Dessa vez, ela se virou totalmente para fitar os dois homens.

- E pare de berrar, por favor. – Vergo entrou na conversa, finalmente se pronunciando e sendo completamente ignorado pela garota.

- Você é a segunda pessoa que escuto dizer isso.

- Segunda? Qual foi a primeira?

- Sei lá. Ele estava de capa. E por que devo me afastar de Kid?

- Tome cuidado, Nami. Você é a última D.

- Acho que vou tatuar "Última D" na testa. Assim ninguém vai ficar repetindo. – Bufou irritada e revirou os olhos.

- Isso me pouparia tempo e trabalho, realmente. – Zombou – Não, agora é sério. Se quiser ter seu poder e saber porque seu lado da família foi dizimado, melhor se afastar dele. É para seu bem.

- Não vou fazer isso.

- Por quê? Não me diga que você se apaixonou?

- Claro que não! – Negou veemente, e o rubor de suas faces a desmentiram – É só que... Eu quero saber mais sobre o mistério que rodeia aquele ruivo. Eu sinto que com ele... Vou poder agir do modo que bem entender... E vou viver uma aventura... Sinto isso em minha alma!

- Espero que sua alma saiba o que está fazendo.

- Somos dois, tio Flamingo. Só espero que seja algo incrível.

- Você não disse que queria ter uma vida normal, entre humanos normais? – Vergo se meteu na conversa novamente, recebendo um olhar pensativo de Nami, antes dela se virar de costas novamente.

- A gente está um pouco só no deserto. – Disse melancólica – Entre os homens também.

- Você é quem sabe. – Doflamingo deu de ombros. Resolvera contar tudo o que sabia depois, primeiro veria no que essa "aventura" iria dar.

- Também é a segunda pessoa que me diz isso.

- Quem foi a primeira?

- Nojiko.

- Agora está todo mundo falando as coisas antes de mim? É um motim, por acaso? – O loiro brincou e a garota riu. Amava seus tios, mesmo que eles não fizessem parte da família D – Bem, eu vou embora daqui. Já pegaram todas as minhas falas mesmo. Vamos, Vergo. – Pulou do telhado, sendo seguido pelo outro homem, que nada disse.

- Família maluca... – Resmungou para si mesma e continuou fitando a noite. Isso antes de alguém pressionar um pano em seu rosto. Ela desmaiou e o sujeito sorriu, com o luar a iluminar a cicatriz que marcava o seu rosto horizontalmente.

- Olá... Pequena bruxa. – Crocodile sorriu com sarcasmo, observando o rosto sereno da ruiva.


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Notas finais do capítulo

Crocodile, que você vai aprontar aí, cara? O.O Não sei de onde raios tirei essa, mas tá sussa! Eu vou dar um jeito muito cool! XD E rápido. u.u

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