O despertador tocou avisando que era hora de ir para o colégio, ou melhor, continuar a nossa busca pela filha de Afrodite, apesar de já ter quase cem por cento de certeza de que era Camile, desliguei o aparelho e fechei os olhos novamente, eu não iria hoje.

-Vamos Lucy - disse a voz de Nico, mas não respondi, escutei batidas na porta mas nada fiz

-Lucy! - ele chamou mais umas três vezes, e na quarta ele arrombou a porta, me fazendo dar um pulo da cama com o barulho, ele já estava arrumado, o cabelo preto estava quase totalmente seco

-Aposto que não quer se atrasar - ele sorriu para mim, me deitei e fiquei de costas para ele e consegui imaginar a cara dele de confuso, escutei seus passos e senti seu toque sobre o cobertor.

-Ainda está brava comigo? - suas mãos acariciaram minha costa sobre a coberta e senti meus pelos da nuca arrepiarem

-Sai do meu quarto - disse com a voz que falhou, meio chorosa

-Vamos Lucy, eu não vou te deixar sozinha aqui - ele falou, sua voz era calam e soava baixa, encantadora

-Tivesse pensado antes - respondi e escutei ele suspirar

-Está bem então, volto na hora do almoço, o que acha de ir em um restaurante?

-Até Nico

-Se cuida, e não faça nenhuma bobagem - ele deu um beijo em minha bochecha e saiu

(...)

O piso branco do banheiro tinha algumas gotas vermelhas espalhadas, meus braços tinham cortes finos vermelhos, minha mão esquerda suja de sangue e a lâmina pingava e sujava o chão.

-Por que? - minha voz estava fraca e pontos apareciam no meu campo de visão, escutei a porta da sala ser aberta e Nico me chamar, eu respondi mas ele provavelmente não escutou.

-Pelos deuses, Lucy! - ele gritou

(...)

O remédio encostava nas feridas e ardia, e eu fazia careta e Nico ria

-Está doendo?

-Falou com a Camile? - ele me olhou feio e voltou a prestar atenção nas feridas, em alguns minutos os cortes não eram mais visíveis.

-Lucy, eu te amo, a Camile pode ser filha de Afrodite, ter o charme e tudo que as filhas de Afrodite tem, mas eu, Nico di Angelo sou apaixonado pela unica filha de Phobos - seus olhos negros me fitavam, levantei a cabeça e sorri

-Odeio admitir isso, mas também te amo di Angelo - sorri e beijei ele, sua língua percorria minha boca, seu gosto era doce e viciante, eu queria mais e mais, como eu estava sentada na bancada prendi meus pés ao redor da sua cintura, suas mãos percorreram minhas pernas e logo em seguida sai de cima e suas mãos me sustentaram, ainda nos beijavamos de um modo agonizante

-Lucy - ele chamou e depositou um beijo no meu pescoço

-Sim

-Eu te amo - ele deu outro beijo em meu pescoço, ainda estava em seu colo e ele começou a andar pela casa e fomos até o seu quarto, ele dava mordidas em meu pescoço e beijava logo em seguida inconscientemente eu gemia seu nome, senti sua ereção por cima da jeans escura e sorri maliciosa.

-Sabia que você não era tão santo assim, filho de Hades - disse e ele riu

Ele me colocou na cama e continuou me beijando enquanto retirava o seu tênis com os pés, cada vez mais ele avançava em minha direção me fazendo deitar enquanto ele me beijava, fazia trilhas de beijos e chupões pelo meu corpo.

-Tem certeza que quer isso? - ele perguntou levantando minha blusa

-Confio em você di Angelo - disse e em alguns minutos nós dois estávamos sem as blusas, seus lábios beijavam entre meus seios, me fazendo arfar ele sorriu malicioso, suas mãos abriram meu zíper e desceram o shorts que eu usava, ele foi parar em algum lugar, eu arranhava sua costa com as unhas.

Trocamos de posição e retirei sua calça jeans com um pouco de ajuda dele, era possível ver o volume formado na sua box preta, por mais que eu fosse virgem, eu sabia de "algumas" coisas, enquanto beijava ele, apertava o volume e ele gemia entre os beijos

-Cami...camisinha... - ele disse e eu entendi, abri a gaveta do criado-mudo e peguei o saquinho e entreguei para ele, retirei sua cueca e ele colocou a camisinha no membro, já ereto, ele fez sinal para eu me aproximar e assim fiz.

-Terá que confiar em mim - ele disse e me deitou na cama cuidadosamente, me beijando, seu membro foi aos poucos entrando, aquilo me incomodava mas não chegava a doer.

-Estou bem - disse e ele foi aprofundando, seus beijos e seus toques me faziam esquecer tudo o que acontecia ao meu redor, de repente uma dor invadiu meu corpo e soltei um grito, ele me olhou preocupado e eu assenti, aos poucos ele começou com o movimento de vai e vem, aos poucos a dor passou a prazer, ele arfava e se segurava na cama assim como eu, que gemia, alucinada.

(...)

Me levantei da cama, enrolada em um lençol fino e quase transparente.

-Vou tomar um banho e depois faço a janta - disse e ele me olhou

-Desde quando sabe cozinhar?

-Nunca desafie uma garota - disse sorrindo

Tomei o banho e coloquei um pijama simples, uma calça de moletom cinza e uma blusa comprida e cinza, coloquei meias pretas nos pés e sai para a cozinha, assim que a janta estava quase pronta Nico chegou e me abraçou por trás beijando minha nuca e na distração encostei um dedo na panela

-Caralho! - gritei saindo de perto do fogão e balançando o dedo no ar, Nico riu da minha cara

-Que garota brava - ele disse e me beijou novamente

Em alguns minutos a janta estava pronta, comemos e fomos para a TV, ligamos e depois de um bom tempo discutindo escolhemos assistir Garfield, apagamos as luzes, pegamos um cobertor que dividimos e passamos a noite assim.