Espera... Minha casa?

Como não me lembrei dela? Claro eu tento bloquear tudo sobre minha infância. Estava andando pela casa, ela está fria, como a pele de um cadáver. Parecia que estava morta.

A chuva havia aumentado e um vento frio e forte entrava pelas janelas quebradas e por pequenos buracos nas paredes. Edward ainda não havia voltado. Alice havia sentado imóvel no chão, com Jasper ao seu lado. Ela olhava fixamente para a lareira apagada e cheia de teias de aranhas e poeira, tentando ver o futuro de Edward.

Rose, Carlisle e Esme, olhavam a casa e Emmett brincava de explorador. 

- BELLA, CORRE AQUI. - gritou ele do outro cômodo.

Fui ate ele. O outro cômodo era uma especie de quarto, com duas camas pequenas, uma cadeira quebrada entre elas e desenhos nas paredes.

Era meu quarto. Minha cama e a cadeira da mamãe.

Emmett estava deitado em uma das camas. Só que a cama era pequena demais para ele. Metade de suas pernas ficavam do lado de fora. Ele olhava pro desenho de um Texugo que ele mesmo havia desenhado quando criança.

- Lembra do dia em que o texugo te mordeu? - ele sorriu- mamãe e papai quase tiveram um treco quando chegamos em casa e você tinha uma mordida horrível no braço. - ele falou e virou de barriga pra cima.

Sentei-me na minha antiga cama, com receio de quebra-la. Mas se suportou o peso do meu irmão, suportará o meu. Eu me lembrava muito bem daquele maldito dia.

Flashback on 

- Emmett não faz isso. - falei baixo pro meu irmão

- Imagine como papai ficará orgulhoso quando eu levar esse texugo pra casa - falou indo na direção da toca do animal.

- Emmett, volte aqui- falei novamente, mais ele não me dava ouvidos.

- Olha eu vou bater no fundo dessa toca e quando ele sair você o agarra. Ok? - falou sorrindo

- O que? Ficou louco? - olhei para ele incrédula

- Um - começou a contar.

- Emmett não. - implorei

- Dois. - ele levantou o pedaço de madeira acima da cabeça.

- Por favor maninho - tentei em vão fazer a carinha do gatinho do Shrek ( N/A: não sei escrever, sorry)

- TRÊS- ele gritou

Foi tudo rápido de mais. Emm gritou e bateu com o pedaço de madeira na toca do texugo. O animal assustado saiu correndo vindo na minha direção. Não sabia o que fazer... Sai correndo ou se me jogava no chão.

Não deu tempo pra nada. Mal pisquei e senti uma dor aguda em meu braço esquerdo. Quando olhei o maldito animal estava com os dentes cravados até o talo em meu braço e o sangue escorria livremente e os olhos do animal brilhavam de raiva.

-AH- gritei o mais alto que pude e tentei sacudir o braço para tentar tirar o animal enraivecido dali, porém, quanto mais sacudia mais fundo ele fincava os dentes. - Emmett tira ele daqui. - pedi começando a chorar.

- Calma, vou tirar. - ele se aproximou de mim, e eu continuava a chorar cada vez mais forte.

Emm segurou com força a mandíbula do animal fazendo ele abrir mais a boca e tirar os dentes do meu braço. Conforme os dentes foram saindo mais sangue saia da mordida. E quanto mais sangue saia mais eu chorava.

Emmett pegou uma sacola que havia levado e tacou o texugo la dentro. 

- Shiiiu, não chore maninha, espera. - Emmett pegou seu casaco e envolveu devagar em volta do meu braço. - Vem, vamos pra casa, pra mamãe cuidar disso. - ele passou o braço em volta da minha cintura e pegou o saco e fomos pra casa.

(...)

- Espera ai Emmett McCarty Swan, me explica direito, o que aconteceu - pediu papai vermelho de raiva. 

- Errr. - começou Emmett, porem eu o interrompi

- Nós estávamos andando e eu acabei tropeçando e cai na toca do texugo, ai ele foi e mordeu... E fim. - falei tentando olhar pro curativo que mamãe fazia, que por sinal, ardia e muito.

- Tome mais cuidado da próxima vez Isabella. - falou papai.

Flashback off

-Bella, Emmett - sorria quando ouvi a voz de Rosalie vindo da sala. Nos levantamos e fomos ate ela...

- Que foi Rose? - perguntou Emmett. Ela não respondeu apenas apontou o dedo para frente. Seguimos com os olhos a onde seu dedo apontava. 

Essa não. Aquela bendita mulher de novo. 

- Queridinha, achei que tivesse pedido pra você me esperar do lado de fora da prisão. - Muriel....

- O que você quer aqui, Bruxa? - Falou Emmett

- Meu assunto não é com você. É com sua irmã... Ela tem uma coisa que eu quero. - ela falou mordendo levemente os lábios.

- É o que seria? - perguntei

- O coração. - Se pudesse meus olhos teriam saltado da minha cara. Meu coração como assim?

- Aé mesmo? - falou Emmett passando a mal pela minha cintura.

- Sim querido, é mesmo, eu quero o coração dela. - senti Emmett pegar uma pequena faca no meu bolso. Olhei pros Cullen e eles pareciam em choque. 

- Bom então acho que você terá que passar por cima de mim pra pegar. - ele avançou pra cima da bruxa e tentou enfiar a faca nela. Porém Muriel era mais rápida, pegou a faca de Emmett e enfiou em sua barriga. 

- EMMETT- eu e Rose gritamos juntas. Com nosso grito parecia que os Cullen haviam saido do estado de transe.  Emmett cambaleou e Muriel tacou-lhe uma bola de fogo que atingiu o peito de Emmett fazendo ele cair com tudo no chão, ao lado da lareira, quebrado e o chão e caindo no buraco. (N/A: enrolei um pouquinho mais acho que deu pra entender né?)

Rose e os Cullen foram ate ele me virei pra ver onde estava Muriel e tudo ficou preto....

(..........)

- Acorda vadia. - senti um jato de água forte e muito gelada batendo no meu rosto, me fez despertar. Olhei em volta, e vi a bruxa, a tal de Lisy com um balde nas mãos. - Finalmente acordou a bonequinha.. Achei que fosse perder a festa. Eu estava sentada em uma cadeira meus pés e braços e mãos estavam amarrados, eu não conseguia mexer um dedo. 

- O que está acontecendo aqui? E onde eu estou? - perguntei

- Calada. - a bruxa a minha frente gritou e com um grito senti um forte tapa na minha cara, que provavelmente ficaria vermelho e com a marca da mão dela. - Ta na hora de me vingar pelo que aconteceu na delegacia. - senti outro tapa, tapa não, melhor dizendo, outro soco, senti uma coisa melada e gosmenta na minha boca.

- Você acha mesmo que me bater vai mudar o fato de ter apanhado de uma garotinha indefesa? - sorri com isso.

E la me vem outro soco. A sensação de coisa gosmenta na minha boca só piora, cuspi no chão e vi que era sangue... A essa vadia me paga e muito caro.

- Anda, me bate de novo se tem coragem... Aproveita que eu to presa, mais quando eu me soltar, é melhor você correr e muito.-  Ela rosnou e desferiu outro tapa em meu rosto.

- Lisy, encoste nela de novo, e de quem você terá que fugir sera de mim. - falou Muriel aparecendo na sala bem no momento que Lisy iria me bater de novo.

-Agora são horas de aparecer Muriel, eu e sua amiguinha estávamos nos entendendo... -

- Calada. - falou simplesmente. - Leve-a Lisy, a Lua de Sangue já está pra surgir.-

 Lisy me desamarrou da cadeira e foi me empurrando pelo caminho que Muriel mostrava. Estava escuro e eu não consegui enxergar um passo a minha frente. E por conta disso, tropeçava em tudo pelo caminho.

Chegamos por uma especie de entrada de caverna e vi doze celas, e em cada cela uma criança. Seis meninos e seis meninas. 

- O que vocês vão fazer com essas crianças? - perguntei

- Não é da sua conta. - disse Lisy me prendendo a uma enorme pedra, olhei pro céu, havia uma lua cheia, que por causa de uma especie rara de eclipse ela ficava vermelha, vermelho cor de sangue... Por isso era chamada de a Lua de Sangue que acontecia uma vez em cada geração. 

Olhei para frente e vi varias bruxas, uma mais estranha que a outra, e atras de mim havia um penhasco. Encarei o coven á minha frente e algo me dizia que iria encontrar meus pais em breve. 

- Deem as boas vindas a filha da maior bruxa branca... Renné Swan. - falou Muriel.. 

- O que? Você ficou louca? Minha mãe não era nenhuma maldita bruxa. - mal terminei de falar e senti um soco forte em meu estomago, que me deixou com falta de ar... Tentei respirar fundo mais as cordas que estavam em volta do meu peito impediam isso. Olhei para frente e vi as bruxas rindo.

- Sim queridinha, sua mãe era a maior e mais poderosa bruxa branca. Nunca se perguntou sempre que você e seu irmão se machucava você misteriosamente se curava em poucos segundos? - ela tinha razão mais eu não conseguia acreditar nisso. - Deixe-me te contar uma historinha...  Era uma vez... A muito muito muito tempo atras. Uma poderosa bruxa branca chamada Renné...

Um dia essa bruxa branca se apaixonou por um camponês, Charlie Swan, ou seja seu pai. Charlie sempre soube que ela era uma bruxa e mesmo assim se apaixonou por ela. E assim tiveram você e seu queridinho irmão. Porém... Existe um feitiço que nos beneficia e muito. Ele impende que o fogo nos machuque... E para isso precisaríamos de um coração puro e bom... Ou seja o de sua mãe. - falando isso ela se aproximou e pos uma mecha de meu cabelo atras da orelha-  E como sabia que ela não lutaria comigo. Espalhei o boato, que não é bem um boato, falando que sua mãe era uma bruxa. E pra proteger vocês ela obrigou seu pai a abandonarem vocês na floresta. Por ela não iria fugir nem brigar, ela era boa de mais pra isso. Enquanto seu pai largava vocês dois na floresta os moradores daquela vila insignificante capturou sua mãe e a queimou em praça publica. Quando seu pai veio salva-la, tadinho dele, foi enforcado ao lado da fogueira de sua mãe... Infelizmente não pude pegar o coração dela. - Nisso Muriel pegou uma faca de seu decote e passou levemente pelo meu rosto. - Então eu sai atras da filhinha dela, que eu não encontrei... Encontrei do outro lado do oceano. E com uma cartinha falsa a fiz vir pra cá... E agora eu vou terminar o que comecei a anos. -

Muriel se levantou e virou-se para o restando do Coven. 

- Irmãs. - falou alto o suficiente para que todos ali presente escutassem. - Hoje, cumpriremos o ritual e depois de hoje nenhum caçador nem ninguém ira nos queimar... - falou e virou-se na minha direção erguendo a faca na altura do meu coração. - Mais para isso precisamos de um ultimo ingrediente.

- Mãe, pai me perdoem pelo que pensei de vocês durante todos esse anos. Eu amo vocês. Emmett, irmão, mesmo você sendo um chato as vezes, eu te amo... Edward... Me perdoe por te matado sua mãe e por favor não se esqueça de mim. Eu te amo mais que a minha própria vida. - falei baixinho, tinha certeza que ninguém havia me escutado... Pequenas lagrimas estavam escorrendo pelo meu rosto sujo de sangue e machucado. A unica coisa que ouvia era o som frenético do meu coração que a poucos segundos seria silenciado para sempre. 

- Vamos irmãs, pegar agora o ultimo ingrediente. - falou novamente Muriel muito mais perto de mim, sentia a ponta de sua faca encostar no meu peito, bem onde meu coração batia descompassado. - O ultimo ingrediente - falou baixo Muriel, afastou a faca do meu peito, as lagrimas corriam com mais força agora. Fechei os olhos mais imaginava como sua mão estaria agora. Preparada para cravar a faca em meu peito.....

- Eu sinceramente acho que não. - Abri meus olhos para a voz conhecida. Emmett. - Olhei para uma ponta e lá estava ele, com sua metralhadora nas mãos... Chorei, de felicidade por saber que ele estava bem... Mais depois me dei conta que, ele também iria morrer. - Tire essas mãos imundas da minha irmã Muriel.... 

Gente por favor leiam as notas finais. Desculpem por escrever aqui mais sei que muitos não leriam.