Cartas para Narcisa escrita por Anne Weasley


Capítulo 1
Capítulo Único - PureBlood


Notas iniciais do capítulo

Tem alguém que quer ler esta fanfic?
Bem se tiver quero que saiba que a escrevi com muito carinho, já que Lucius e Narcissa Malfoy são uns dos meus casais favoritos. Há tempos tive essa ideia, mas só agora que tive coragem de postá-la.
Agradeço a Bee Weasley que foi quem betou e leu esta primeiro.
Bom leitura ♥3



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Mal posso acreditar na imagem que está a minha frente, meus olhos doem, meu corpo está exausto, acho que não estou assimilando bem tudo o que está acontecendo. Não pode ser.

Como estou demasiado cansado, minha visão está distorcida e embaçada. Posso estar enxergando mal, não pode ser.

Ainda não acredito no que está se projetando à minha frente, um grande castelo, cercado por grandes seres encapuzados de pretos, quase impossível de ver seu rosto e suas mãos são longas e finas, sim são dementadores, seres que tiram todas as energias boas e sugam as almas de quem ali habita.

Eu, Lucius Malfoy, fui mandado à Azkaban, a prisão que todo bruxo teme.

Por quê? Porque eu participei de um plano de Voldemort para matar Harry Potter. Eu não fora o único a ajudá-lo nessa enrascada, havia também alguns dos seus mais leais seguidores.

O Lord queria reaver da profecia que determinava o seu futuro e o do garoto. E assim armou uma enrascada para o menino, contudo seu plano não saiu como planejado. Quando tudo estava ocorrendo bem os membros da Ordem aparecem e acabam com o nosso plano. Muitos deles também eram ou são aurores – bruxos treinados para combater feiticeiros ligados à magia das trevas, trabalhando para o Ministério da Magia - o que ajudou na captura de muitos de nós, Comensais.

Eu não fui o único a ser mandado para Azkaban, mas imagino que seja o nome que mais está repercutindo lá fora. “O grande e poderoso Lucius Malfoy, mandado para prisão por ataque ao Ministério”, provavelmente este será o título da manchete do Profeta Diário amanhã.

Os dementadores entram na fortaleza, trazendo consigo um Lucius exausto e sem forças. Por dentro, Azkaban é ainda pior do que pensam, é imunda e tem um odor estranho, um cheiro de morte; sou invadido por uma tristeza profunda, como se toda a felicidade do mundo se esgotara.

Minha cela é imunda e malcheirosa, não há cama e nem mesmo um banheiro, o único lugar que posso repousar é um protótipo de cama feita de pedra, preta e suja; o chão da cela é enlameado, repleto de pedras e calcário, além de tudo é um espaço minúsculo e comida não há e ainda tem os dementadores que ficam rodeando a propriedade e as celas dos prisioneiros mais perigosos.

Deito-me naquilo que chamam de cama, agora sei por que tantas pessoas tentam fugir de Azkaban, é simplesmente horrível estar aqui.

Penso um instante em como está a situação em minha residência, um caos provavelmente; Ciça deve estar em meio a um mar de lágrimas, ela sempre me amou muito e isso era evidente, Draco não deve estar tão abalado, ele sempre foi mais próximo à Narcisa do que à mim, entendo-o, pois fui um pai ausente. Espero receber notícias logo.

(...)

Já se passou uma semana, desde que eu fui preso; o odor que exala do meu corpo, sem ser banhado por uma semana, já é desagradável ao olfato, minha barba por fazer coça em minha pele e sinto-me desconfortável com tanta sujeira ao meu redor. Fico pensando em como eu estou tão imundo, tanto por dentro de mim quanto por fora deste lugar desprezível.

Sou tirado de meus devaneios por um som de coruja piando na pequena janela da cela, é uma coruja preta, imperial, que traz consigo um envelope, a reconheci instantaneamente, era a coruja de Narcisa, Pipin; que me trazia notícias de casa.

Vou até ela e desato o nó que envolvia a perna da ave e um envelope de sua pata direita e sigo até a cama de pedra, reluto em abrir aquela carta, ela está úmida e amassada, sinal de que Narcisa chorou ao escrevê-la.

Tomado por um pingo de coragem abro-a e leio o texto contido ali.

“ Querido Lucius,

Você não sabe o quão difícil está sendo enfrentar esta tempestade que se instalou em nossas vidas sem ti, está sendo um grande desafio para mim. Acordar todos os dias e perceber que você não está do outro lado da cama, sem poder tocá-lo e dizer o quanto eu lhe amo está sendo duro.

Cada dia tudo se torna mais negro e mais triste, o destino está sendo injusto comigo a todo tempo, como se fosse uma penitência por tudo o que já fizemos.

Trago notícias não tão boas, meu bem. Draco está a cada dia mais quieto e pensativo, vive perambulando pela casa a noite, até o entendo. Nem sei como lhe contar o que está acontecendo com o nosso menino, há alguns dias o Lord nos convidou para mais um de suas reuniões, pensei que seria para humilhar-nos ainda mais ou simplesmente estaria tramando um plano para tirá-lo daí, afinal você é um dos seus mais fiéis seguidores; mas não, enganei-me. Voldemort convidou Draco a fazer parte de seu círculo de pessoas, eu já sabia o que isto queria dizer, ele estava convidando o nosso filho a se tornar um de vocês, até este exato momento eu ficara maravilhada com tamanha façanha, mas os planos dele para Draco eram mais do que caçar e torturar trouxas, ele simplesmente elegeu o meu menino para matar Dumbledore. Tem noção do quanto isso me afligiu Lucius? Lord Voldemort nos condenara para a morte, sem nenhum pudor na frente de todos os demais Comensais. O meu menino ficou demasiado chocado com tal missão e eu muito aflita.

Nós dois sabemos que Draco não terá nenhuma chance de derrotar Dumbledore em um duelo, e dificilmente conseguirá enganá-lo.

Isso tudo tem me tirado o sono, o fato de você estar preso, nosso nome jogado na lama, Draco ser um Comensal, tudo isso deixou meu coração aflito e cheio de dor.

Como está? Está passando fome? Gostaria de mandar comida, mas sei que não posso.

Com amor, Narcisa B. Malfoy

P.S. : deixei um pedaço de pergaminho e uma pequena pena para que me responda, dentro do envelope.”


Encarei aquele pergaminho em minhas mãos tentando absorver aquelas palavras. Voldemort queria se vingar de mim usando meu filho para isso, aquele canalha. Se quisesse vingar-se mim, fizesse isso com as próprias mãos, sem usar ninguém. Isso me deixou aflito, Milord condenara não somente a mim, mas minha família à morte também.

Pensei bem antes de responder a Narcisa, qualquer palavra poderia deixá-la ainda mais nervosa, sei que ela está preocupada, tem perdido várias noites de sono por isso, não me espanta este comportamento de minha esposa. Peguei o envelope e retirei a pena e o pequenino pergaminho que ali continha.

“Querida Cissa,

Tenho que ser breve com as palavras, pois elas podem ser usadas contra mim ou as corujas podem ser interceptadas.

Azkaban é pior do que dizem, não somente pelos dementadores, mas as condições de um ser humano habitar são precárias, não tenho passado fome, fique tranquila com isto.

Como ele pôde fazer isto? Draco é uma criança ainda e Voldemort sabe muito bem que ele não conseguirá cumprir esta “missão”. Tome todos os cuidados possíveis e fique atenciosa sobre os atos do Lord e o obedeça, ele não hesitará em matá-los.

Mantenha-me informado.

Sinto sua falta, L. Malfoy. “

Não havia espaço para escrever mais e fui o mais breve possível.

Somente daqui a uma semana saberei o que estará acontecendo. Enquanto isso, eu fico aqui preocupado, e se eu não morrer em Azkaban por um beijo de dementador, morrerei pelas mãos de Voldemort.

Prendo minha resposta na perna de Pipin e ele alça voo.

(...)

Algumas semanas depois...

Os dementadores me afetam mais do que imaginei, eles levam todas, as minhas poucas, lembranças felizes. Várias vezes, eles passaram por mim levando consigo momentos felizes e distorcendo-os. A lembrança do nascimento de Draco fora distorcida por eles. Vi meu filho nascer morto e Narcisa ficara estéril, impossibilitada de engravidar novamente. Meu casamento, simplesmente foi varrido como uma boa lembrança em minha mente.

Espero, já é hora do almoço e sinto-me mais exausto que nunca, preciso de um banho, minha barba já está incômoda e o mau cheiro exalado pelo meu corpo é tomado pelo ambiente, o chão também não ajuda, é lamacento e sujou toda a minha roupa, meus cabelos estão mais oleosos que o normal, não há lugar para higiene.

O mau cheiro vindo de outras celas irrita meu nariz e causa uma série longa de espirros. Quero mais do que tudo sair daqui logo.

Um dementador alto entrega-me meu almoço e tira proveito para retirar mais lembranças minhas. Sinto-me gelado e uma tristeza profunda me abate, sou obrigado a olhar para aquela boca. Ele me larga vendo que não teve muito sucesso, pois pensamentos bons já me faltam.

Pego aquele prato e como vagarosamente, talvez com uma mastigação lenta eu possa enganar meu estômago que estou comendo razoavelmente bem. Mal acabo de digerir um pedaço pequeno de coxa de frango e Pipin bate suas asas na grade da janela novamente, ansiava por mais notícias.

Vou até a coruja e pego a carta em sua perna, e de presente levo uma bicada no dedo, acho que ela estava me punindo por não tê-la agradecido todos esses dias que ela entregou cartas. Rapidamente abro o envelope e folheio o que Narcisa me escrevera desta vez.

“ Caro Lucius,

Tudo está igual há algumas semanas atrás. Aqui em casa tudo está sombrio e triste, até mesmo os elfos estão cabisbaixos.

Os tempos estão cada vez mais sombrios. Voldemort está mais forte a cada dia e anda recrutando mais e mais seguidores, para a guerra que virá, já sabíamos que haveria uma guerra novamente; está pior do que antes, meu amor. Não é só o tempo que está mais escuro, a vida de toda comunidade bruxa está negra, vários sequestros, movimentos estranhos, etc...

Tem sido difícil para todos.

Há alguns dias atrás eu fui procurar Severus, sei que não gosta muito dele, pelo fato de ser mestiço, mas eu precisava ir. Fui buscar sua ajuda, Draco tem estado cada vez mais obcecado em esta história de matar Dumbledore, mas ele é só um menino; um menino contra o maior mestre de Hogwarts? Não podia simplesmente sentar e ver o nosso fim cada vez mais perto, então me encontrei com Severus em sua casa, Bella acompanhou-me apesar de não gostar nem um pouco do Snape.

Trocamos algumas palavras sobre a missão de Draco e Bella sugeriu que fizéssemos o Voto Perpétuo, assim o fizemos. Snape jurou que se nosso filho não conseguir matar Dumbledore ele cumprirá esta tarefa. Fiquei um pouco mais aliviada.

Ah Lucius a cada dia que se passa, sinto mais a sua falta, sua arrogância para com os outros, seu modo aristocrático de agir, suas manias, suas qualidades; tudo que sempre odiei em você hoje me faz falta.

Seu toque em minha pele, seus lábios colados aos meus, seus carinhos e seu cheiro, acordar de manhã e sentir sua mão gélida em minha cintura, nossas noites de amor; se fosse preciso doaria todo nosso ouro no Gringotes só para tê-lo outra vez perto de mim.

Minha vida não tem sido fácil, com meu marido perto de mim, tudo ficaria mais fácil... Eu acho.

Mande notícias, quero saber como está se alimentando, se está fazendo sua higiene.

Amo-te. Narcisa.”

As notícias não tem me agradado em nada. A cada dia Narcisa manda-me notícias que me fazem querer sair dali e concertar toda essa bagunça. Suas palavras me abatem, também sinto sua falta, mas como ela mesma diz sou demasiado sisudo para admitir isso e em vez de dizer o que sinto, demonstro.

Como da outra vez ela deixou uma pena e um pedaço de pergaminho, maior que outrora ela me mandara. Não sei o que escrever, ela fez o voto perpétuo de início achei equívoco de sua parte, mas no fundo sei que não é. Ciça só quer proteger o filho, como qualquer mãe faria. Eu faria o mesmo que ela.

Encaro o papel em minha frente, tenho que ser cauteloso ao responder, sei muito bem a mulher com que me casei, qualquer palavra mal interpretada pode acabar com a paz com que estávamos vivendo. Por fim, as primeiras palavras saem de minha mente e vão em direção ao papel.

“ Cara Ciça,

Sei como deve estar sendo difícil para você estar sozinha num momento complicado como este, sabe que não estou aqui porque quero – quem gostaria de estar em Azkaban?

Os dias têm sido mais longos do que eu achava que fosse. A tarde e a noite não tem fim e assim que se vão penso que um dia a menos aqui dentro se foi.

Hoje vejo a falta que todo o luxo, que sempre vivi, faz.

Higiene e alimentação são precárias por aqui, todavia não estou passando fome.

O que mais me afeta são os dementadores, nenhum trabalho de escola ensina-nos realmente como eles realmente são. São criaturas horrendas, se alimentam de toda e qualquer boa lembrança existente em sua mente, deixando-o fraco e impotente. Não se preocupe Ciça, ainda tenho sorte, eles não passam por minha cela o tempo todo, há prisioneiros de alta periculosidade que lhes tomam mais tempo.

Teria agido de mesma forma para proteger Draco, não sei se teria o mesmo ato e nem mesmo se pediria ajuda ao Snape, compreendo que estava aflita e não quer que nada de mal nos aconteça, esta é uma de suas qualidades que mais admiro.

Também sinto a sua falta, não somente sua, mas da nossa família também, mesmo não sendo um homem presente na criação de Draco, sinto falta do meu filho. Nunca pensei que sentiria tanto sua falta, o desejo de estar contigo novamente domina o meu ser, é triste acordar e não ter minha esposa ao meu lado e sim uma parede de pedras. Só a lembrança do cheiro de seu perfume arrepia os pelos de todo o meu corpo.

Sem mais delongas.

Espero vê-la logo. L. Malfoy “.

Reli toda a carta antes de enviá-la à Narcisa. Volto para minha “cama” e encosto minha cabeça na parede atrás de mim.

Espero sair logo deste inferno, espero.

(...)

Já se passaram meses e as cartas que recebo semanalmente mostram-me como sou impotente diante de tantas circunstâncias que está envolvendo o mundo bruxo neste momento, as únicas notícias que recebo, por meio de cartas que minha mulher me manda, são escassas, não recebo as edições do Profeta Diário, isso me deixa irritado.

Quase um ano em Azkaban, tive tempo o suficiente para avaliar toda minha vida ao longo desses meses.

Uma vida estúpida, de um homem estúpido. Não fui um bom pai, perdi anos da vida do meu filho trabalhando para o homem que hoje quer me ver morto, a sorte de Voldemort é que os guardas de Azkaban não me deram um beijo até hoje.

Perco a esperança de sair vivo daqui a cada dia que se passa, estou exausto nunca desejei tanto um banho e uma cama para repousar, nunca quis tanto em carinho vindo de Narcisa, nunca quis tanto estar na minha casa novamente como agora.

(...)

Pelas minhas contas, já é sábado. Provavelmente já estamos em junho de 97, mais um ano letivo em Hogwarts se fora e eu estou a exato um ano preso.

Imagino o estado em que me encontro, imundo e cansado.

As cartas que minha esposa me manda estão cada vez menores e escassas de informações, o que será que está acontecendo?

Esta semana não recebi nenhuma carta, isso é preocupante, Narcisa escreve a mim toda quinta-feira, já são dois dias de atraso.

Esse silêncio me deixa maluco .

Tento limpar a barra de minhas vestes, mesmo sabendo que seria em vão, já que aquela lama está ali há tempos.

Paro de bater minhas mãos na ceda preta assim que escuto um pio de coruja, era Pipin, mas uma vez trazendo-me notícias.

Assim que abro o envelope me espanto com o pequeno tamanho do pergaminho, era o menor de todos que ela mandou-me até agora.

Imagino qual seria o motivo por ter escrito uma carta tão pequenina. Sem mais delongas abro-a e leio atentamente.

“Querido,

Sei que estranhará o tamanho desta carta, já que mandei maiores no decorrer destes meses.

Como está? Tenho estado mais preocupada contigo do que nunca. Já se fora um ano, um ano sem ti e minha saudade só aumenta.

Você passou verão, inverno ai dentro, imagino que mal pôde ver a luz do sol. E também como deve estar difícil ficar trancafiado ai dentro com seres loucos para dar-lhe um beijo mortal.

Não sou só eu que sinto sua falta, Draco e até mesmo os elfos – os mais obedientes, claro – percebem a sua falta.

Tem sido tão complicado.

Tenho uma excelente notícia para lhe dar; Dumbledore foi morto, Snape o matou pelo que sei na Torre de Astronomia.

Não sabe como estou aliviada, nunca pensei que comemoraria a morte de alguém. Sabe o que isso quer dizer? Que estamos a salvo, Voldemort não poderá nos matar.

Mande-me notícias.

Amo-te.

Narcisa. “

Suas palavras me tranqüilizaram, havia há tempos que perdia o sono durante a noite pensando sobre em como Draco mataria Dumbledore. Felizmente este pesadelo acabou.

Um alívio invadiu-me e me senti mais leve em todos esses meses de prisão.

E pego o pedaço de pergaminho que ela sempre me manda e as palavras surgem com sutileza no papel.

“ Cissa,

Você não pôde imaginar como suas palavras me aliviaram a preocupação que sentia há meses se fora.

Dumbledore era um traidor, não merecia a honra que seu nome lhe trazia, sabe que nunca gostei dele, mas devo admitir que a sua morte preocupa-me, não por você ou Draco, não diretamente, pelo mundo mágico em si.

Como a armação de Voldemort para nos matar não deu muito certo, fique ainda mais cautelosa, qualquer passo em falso ele pode lhe atacar; afinal sua ira em relação a nós só deve ter aumentado. Todo cuidado é pouco.

Tenho vontade de lhe dizer algumas palavras que carrego comigo durante anos, mas nunca fui capaz de dizer quando a encarava. E ainda tenho medo de não sair vivo de Azkaban e decidi que iria escrever-te sobre isso.

Durante todos esses anos casados nunca demonstrei um sentimento humano por você e sei que sempre esperou isso de mim; mas ser um homem carinhoso nunca fez parte de minha personalidade.

Sei que sempre esperou um “Eu te amo” vindo de mim, porém estas palavras nunca vieram. Sou fraco demais para admitir o que sinto, ou era, já que agora sei bem o que sinto por ti.

Hoje, vejo a mulher maravilhosa com quem eu me casei e fui muito tolo por perder grandes momentos ao seu lado, por não amá-la; não que você soubesse.

Sei que pensou várias vezes que eu nunca a amei e o que sinto por você não passava de gratidão. Não, você não pensava você aceitava porque este era o modo mais simples de aceitar sua decepção em relação ao nosso casamento.

Via a decepção em seus olhos todas as vezes que declarava seu amor por mim e eu nunca fiz o mesmo.

A verdade Narcisa é que sempre a amei, amo seu toco, seu modo de falar, sua voz aveludada, sua mão macia caminhando por meu rosto, seu modo de ser modo de agir.

Quero que saiba que você foi a melhor esposa que um homem poderia querer, elegante, astuta, sempre disposta a defender a sua família no que fosse preciso.

Muito obrigado por tudo.

Se algum dia nos encontrarmos novamente quero ter coragem o suficiente para dizer tudo isso olhando em seus olhos.

Eu te amo.

Lucius Malfoy . “


Reli toda a carta antes de enviá-la, minhas mãos tremiam e eu suava frio só de pensar na reação dela quando lesse isso.

Queria rasgar esta carta, mas e se eu morresse e levasse comigo tudo isso? Não era justo, não mesmo.

Então assim, enrolei o pergaminho na perna da coruja pousada em minha janela e ela sabendo exatamente o que fazer alça vôo.

–-

Narrador

Algumas semanas após Lucius enviar esta carta, alguns dementadores invadiram sua cela, não vieram lhe dar um beijo ou sugar suas lembranças, desta vez eles foram buscá-lo a mando de Voldemort, o Lord mandara soltá-lo e se juntar aos demais Comensais.

Os seres encapuzados levaram-no para sua casa, a Mansão Malfoy, chegando lá os dementadores o deixaram na entrada.

Lucius encontrou sua casa repleta de Comensais espalhados por ela. Bellatrix, Rodolphus, Macnair, Avery, Dolohov, todos estavam ali em sua Sala de Jantar, rindo e bebericando o melhor vinho que havia na mansão.

Com os olhos o senhor Malfoy procurou sua esposa e filho, em meio aquele grupo de pessoas que mal notaram sua presença; não encontrou nem Narcisa nem Draco. Ficou agitado, “onde eles estão?” pensou. Sentira falta dos dois e queria mais que tudo revê-los.

Antes que pudesse virar em outra direção para procurá-los, uma mão apertara em seu ombro, era delicada, macia...já sabia de quem era.....era de sua esposa, Narcisa.

Virou rapidamente para trás e a abraçou, um abraço que transmitiu saudade, perdão e....amor.

Assim que se desvencilhou dos braços do marido, Narcisa notara o olhar apaixonado e arrependido dele, tudo o que escreveu na carta então era verdade, eles ficaram ali se encarando.

Tudo o que Lucius queria dizer para Narcisa fora transmitido somente com um olhar.


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Notas finais do capítulo

E então?
Peço desculpa por alguns erros, mas a Bee não betou a fic inteirinha, logo irei consertá-los.
Gostou? Review. Não gostou? Review.
Lembrem-se: críticas construtivas fazem com que o autor melhore.
Vocês podem ter achado estranho esta fanfic, eu tentei me basear nos livros mas foi praticamente impossível. Então fui juntando, livro, filme, livro e deu nisso.
Eu coloquei um estado precário em Azkaban porque, todo mundo se lembra do estado do Lucius em Hp7 não lembra? Então...foi ai.
Bem, eu tenho uma continuação desta estória, não é bem um continuação, mas é tudo isso narrado peal Narcissa, vocês decidem se eu posto ou não
Beijão, até a próxima.