Aquela manhã de sexta-feira foi cheia de surpresas, ao acordar e descer pra tomar café encontrei Hikaru sentado na mesa bocejando e desanimado, parecia estar de ressaca ou algo do tipo, Kotoko-san estava preparando o café, meu pai estava no escritório preparando os documentos para a reunião com empresários estrangeiros e eu muito sonolenta me joguei no sofá esperando pra me servir.

De repente todos começaram a me observar e eu fiquei constrangida, o que eles viram em mim?

- hum, o que está havendo aqui? Perguntei.

- você se olhou no espelho esta manhã? Ou nem reparou que foi marcada no pescoço?

Quando Hikaru me disse aquilo subi ás pressas para o quarto, tinha que ver se era verdade, mas por que Usui fizera isto?  E realmente estava lá, uma marquinha pequenina, mas perceptível desci novamente as escadas e dei de cara com meu pai.

- acho melhor você se explicar mocinha, como esta marquinha foi parar ai?

- acho que o senhor já sabe a resposta pai, falei meio cabisbaixa.

- você está se encontrando com rapazes não é? E está se agarrando com eles, espero que não me envergonhe perante meus amigos e família por que se fizer isso se considere na rua.

Hikaru deu um sorrisinho de lado e subiu pro quarto, eu fiz o mesmo passei a tarde toda trancada lá, pensando o que poderia ter passado pela cabeça de Usui pra fazer aquilo, fiquei envergonhada por levar sermão do meu pai na frente de Hikaru e Kotoko-san, mas merecia pois estava errada e agora com que cara iria olhar pra eles e se não sumisse até segunda- feira como iria pra escola?

Coloquei uma blusa que tapava o pescoço e desci pra pegar água na geladeira, dei de cara com Hikaru saindo da cozinha,

- parece que seu passeio com o francês de merda foi proveitoso não é? Pena que você foi idiota de tê-lo deixado fazer isso com seu pescoço, espero que não tenha se entregado para ele e...

Fomos interrompidos com papai abrindo a porta e parece que ele estava acompanhado, era um senhor louro e bem vestido e tinha um rapaz com eles me apressei e subi as escadas, mas foi em vão por que logo Kotoko foi me chamar.

Quando todos estavam na sala, meu pai pigarreou e disse:

- Este é o senhor Yusuke  Takumi, é um de meus sócios em Tóquio e este é seu filho Usui Takumi, ele vai ficar um tempo hospedado aqui em casa e quero que demonstrem respeito por ele. Ao ver Usui meu coração disparou e comecei a suar frio passava a mão no pescoço, Hikaru estava descrente do anuncio de meu pai e Usui nos encarava veemente, o senhor Takumi parecia contente em termos aceito ele em casa e cumprimentava Kotoko muito feliz, de repente Hikaru puxou a mãe para o canto e começou a falar. - quando aceitei que se casassem não me lembro de ter citado que seriamos obrigados a aceitar a vontade do velho. - respeite ele está no lugar de chefe da família e tudo o que decidir deve ser acatado por nos dois. - eu não aceito aquele francesinho de merda aqui em casa e não vou dividir o quarto com ele. - então você quer que ele durma com sua irmã?   Hikaru ficou sem palavras, não tinha pensado nisso, afinal o antigo quarto de hospedes era meu agora.   - de jeito nenhum, respondeu pra sua mãe, se este homem é tão rico por que não aluga um apartamento para o filho, ou é miserável o bastante para fazer isso? Dizendo aquilo ele deixou a sala em direção ao quarto, quando ia tentar fazer o mesmo fui chamada pelo meu pai.   - filha venha aqui, o senhor Takumi queria te conhecer.   - ah sim papai, respondi meio sem jeito.   - você se parece muito com sua mãe, especialmente os olhos, eu cheguei de conhecê-la na verdade estudamos os três juntos no colegial, e parece que acontece a mesma coisa por aqui, creio que já conheceu o Usui anteriormente na escola certo?   - s. Sim senhor, respondi constrangida - foi ela que me apresentou alguns lugares aqui papai. Disse Usui, se apoiando no meu ombro meu pai olhou a cena e sorriu de canto de boca, parecia estar feliz com aquilo, me retirei de lado e com certa arrogância falei. - se este rapaz for ficar aqui em casa eu espero que ele pondere suas atitudes, não temos intimidade para tais liberdades. E sai em direção para meu quarto, mas deu tempo de ouvir as ultimas palavras do senhor Takumi:   - comporte-se Usui.   Era hora do jantar, mas eu não queria descer ainda estava inquieta com a decisão do meu pai de hospedar um estranho em casa, parece que ele iria dividir o quarto com Hikaru que não aprovara a ideia.  Kotoko-san veio ate meu quarto e se sentou a beira da cama, me olhou por um instante e perguntou:   - o responsável pela marquinha no seu pescoço era este rapaz?   - sim, resolvi não mentir estava claro e muito constrangedor.   Não acho uma boa ideia ele ficar aqui, mas não posso ir contra as ordens de seu pai, só peço que respeite esta casa e não fiquem com gracinhas depois que for dormir, eu percebi as visitas que tens recebido de Hikaru há um tempo, e sinceramente estava torcendo para que ficassem juntos, mas este intruso só vai atrapalhar vocês.   Quando ela disse aquilo fiquei branca como papel, se ela tinha visto as visitas e nos apoiava então será que ela tinha visto os detalhes também? Ela me olhou e disse:   - quando comecei a namorar com seu pai, ele nos trouxe uma foto sua para que a víssemos, desde então Hikaru era apaixonado por você, me pediu para transferi-lo para escola em que você estudava e eu o fiz, ele ficava te olhando de longe e observava o que você fazia, ele ficou feliz no dia que você chegou, mas ele não sabe expressar isso. Eu apoiaria vocês se ficassem juntos e se levantou e saiu sorrindo.   Mas tarde estava sentada na frente de casa olhando o movimento e ouvindo musica, Usui se aproximou e sentou-se e ficou pensativo por um tempo e perguntou: - você tem alguma coisa com o Hikaru? - somos irmãos por que teria? -mas não são de sangue não é? Notei como ele seca você, espero que ele saiba que você é minha agora que não é pro bico dele.   - não sou de ninguém, não sou mercadoria para ter proprietário, pare com este pensamento fútil.   - você é muito esquentadinha, quero ver na hora que eu for te comer se vai ser assim. E se levantou dali e saiu portão a fora.   Depois quem se aproximou foi Hikaru:   - quero ficar com você, não estava aguentando mais agora com este intruso aqui vai ser difícil, não paro de pensar em você. E me beijou calidamente, me apertando como se estivesse desesperado para me possuir. - pare já com isso, não vê que estamos em frente de casa, se o papai chegar está perdido.   - que se dane o velho, não aguento mais ficar sem você, e foi me puxando pra dentro e me beijando quando dei por mim já estávamos no meu quarto, ele trancou a porta na chave e começou a me beijar e acariciar-me o pescoço, me beijou os mamilos e percorreu minha cintura com beijos molhados e enfiou a mão dentro do meu short começou a me acariciar ferozmente, estava impulsivo e audaz, eu não estava me sentindo confortável, e aquela caricia me machucava de certa forma, de repente ele colocou minha mão em seu membro  e pediu-me para “brincar” com ele, pedi pra ele pra que parasse com aquilo, pois não estava pronta ainda, não estava me sentindo bem, ele me soltou e se vestiu olhou-me com cara de ódio e abriu a porta saindo enfurecido. Deitei-me e coloquei as mãos no rosto estava confusa e não sabia o que fazer, meu coração acelerava para os dois meu desejo se acendia para com eles igualmente, mas depois da revelação de Kotoko-san estava muito confusa precisava de tempo para pensar.