Mais alguns meses depois, de manhã, Orihime havia acordado. Como sempre, percebeu que Ulquiorra já havia se levantado. Porém, viu uma bandeja de comida. Havia um café da manhã completo e saudável. Comeu tudo. Logo, viu um banheiro, tomou banho e deitou na cama. Sua barriga estava grande. Sorriu ao imaginar ela com seu bebê nos braços. A porta se abriu.

- Estou entrando, mulher. – Era Ulquiorra.

– Ah! Ulquiorra! – Orihime ia se levantar, mas Ulquiorra, usando o sonido, apareceu próximo dela e a deitou novamente.

- Não faça esforço. – Disse Ulquiorra enquanto posicionava a mão na barriga de Orihime e sentiu algo se mexer. Ele ficou surpreso. Orihime percebeu.

– Percebeu, não é? – Perguntou Orihime.

- Ele não está lhe machucando, está? – Perguntou Ulquiorra.

– Um pouquinho. Mas eu quero que ele seja bem forte... Como você. – Declarou Orihime com voz doce.

- E eu quero protegê-lo, assim como protejo você. – Disse Ulquiorra, concluindo com um beijo apaixonado.

Enquanto isso, Tesla e Ken, que já estavam muito próximos, conversavam.

– Eu tenho inveja da Orihime. Ela tem um parceiro e terá um fruto do amor deles. Eu não. – Lamentou Ken.

- Como assim, Ken?! Eu não sou seu parceiro?! – Esbravejou-se Tesla.

– Eu estou falando de um parceiro romântico, seu idiota! Um amor! – Disse Ken. Tesla já não ligava quando Ken falava mal dele. Era a personalidade dela. E também que ela é uma garota sofrida por ter perdido os pais.

- Ken, tem uma coisa que eu queria lhe contar! – Disse Tesla, demonstrando nervosismo.

– Primeiro respira pra falar! – Mandou Ken, numa tentativa de acalmar seu amigo.

- Certo que arrankars não tem exatamente um coração. Mas se eu tivesse um, eu daria... – Tesla interrompeu-se ao ver Ulquiorra se aproximando.

- Tesla. Ken. Preciso da ajuda de vocês dois. – Disse Ulquiorra, que parecia que estava mandando do que pedindo.

– Se o filho da Orihime já estiver chegando, não é pra nós que tem que pedir! É para o rosado! – Exclamou Ken se referindo a Szayel.

- Não é isso. Ela disse que teve um sonho com uma espécie de folhas azuis no deserto do Mundo Hueco. Quero que me ajudem a achar essas folhas.

– Ah não, Ulquiorra! Essas folhas ficam na Floresta de Las Muerte e eu não volto pra lá! – Reclamou Ken.

- Você já esteve na Floresta de La Muerte?! – Perguntou Tesla, surpreso.

– Eu já estive até no outro lado do Mundo Hueco! – Gabava Ken.

- Não me interessa onde você esteve ou onde vai estar. Mas eu ordeno que vocês peguem essas folhas. – Disse Ulquiorra friamente e depois saiu.

- Então vamos até essas folhas... – Ken interrompeu a fala de Tesla, pois estava de mau humor com o tom de voz que Ulquiorra usava para falar com ela.

– Ora essa! Se ele quiser uma folha azul, pegue uma tinta e uma folha, pinte-a e engula! – Ken continuava a reclamar e sentiu ser cutucada por Tesla no ombro.

- O que é tinta, Ken? – Perguntou Tesla ingenuamente.

– Depois eu explico, companheiro! Agora vamos pegar essas folhas e depois eu enfio uma na garganta do Ulquiorra!

Ken e Tesla foram, mas voltaram machucados. Ulquiorra observava os dois se aproximarem com uma cesta cheia de folhas azuis.

- O que aconteceu com vocês? – Perguntou Ulquiorra.

– Fizemos o que você pediu. Pegamos as folhas. Se me der licença, eu irei me limpar e fazer uma bela salada. – Explicou Ken com tom irônico e saiu. Tesla, por causa da perna machucada, se aproximou dificilmente de Ulquiorra para dizer:

- Nós encontramos um jardim cheio de folhas azuis lá no meio da floresta. Mas um hollow apareceu e nós só salvamos aquela cesta e o que sobrou da gente. Agora eu vou me limpar também. – E Tesla saiu também. Ulquiorra voltou para o quarto de Orihime.

- Sua comida daqui alguns minutos estará aqui. – Disse Ulquiorra.

– Obrigada, Ulquiorra. – Disse Orihime.

- Que nome você vai dar a ele? – Perguntou o quarto Espada.

– Eu prefiro escolher quando nascer. – Respondeu Orihime sorridente. – Acho que você está mais ansioso para ver a carinha do nosso filho do que eu.

Ulquiorra nada disse. Virou-se de lado e fechou os olhos. Sentiu-se ser abraçado. Era Orihime que o abraçava docemente. Logo a porta se abriu. Ken entrou, deixou a bandeja e saiu.

Ken passeava pelos corredores e encontrou Tesla no caminho.

- Ainda bem que eu a encontrei! Achei que eu teria que ficar andando com essa perna quebrada por toda Las Noches!

– Pare de reclamar, Tesla! Só foi uma torção! E se reclamar demais, aí você verá a perna quebrada!

- Já entendi, garota teimosa! Mas tem algo muito importante que eu quero lhe perguntar! – Debateu Tesla.

– Então pergunte antes que eu arranque gritos de você ao bater nesse pé!

- Por acaso, Ken, seu sobrenome é Rureaux? – Com a pergunta de Tesla, Ken arregalou os olhos e não conseguiu esconder a surpresa.