All You Need Is Love escrita por Nay


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, queridos leitores! Não vou demorar muito me explicando, pois viajo amnhã cedo e só consegui internet pra postar agora! Primeiramente, desculpa pela demora, mais uma vez... Como já disse nas notas anteriores, fiquei de prova final e só entrei de férias no dia 5. E logo depois fui resolver minhas pendências pessoais relacionadas à saúde e outras coisitchas. Confesso que vacilei em alguns momentos em que eu poderia ter escrito, mas ficava "ai, tô tão cansada, amanhã eu escrevo", mas como não é assim que a vida funciona, sempre surgia um imprevisto e eu acabava não escrevedo. Por último, teve uma chuva mais forte aqui no Rio e minha internet caiu. Fiquei uma semana ou um pouco mais até sem conexão, só consegui agora à noite. Enfim, desculpa pela minha falha.
Gostaria de dedicar esse capítulo a uma amiga muito especial, que fez aniversário recentemente. Amanda, minha Twin, parabéns mais uma vez e aqui está seu "presentinho" hahahah



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Sam ajoelhou-se e segurou cautelosamente a mão direita da amada, encarando-a nos olhos. Quinn abriu um imenso sorriso ao encaixar seus pensamentos e voltou a chorar, tentando se conter com a mão esquerda na boca. O loiro retirou do bolso uma caixinha preta de veludo. Dentro dela, havia um lindo anel de noivado.
– Quinn Fabray, minha loira gostosa, minha princesa, minha linda, você me permite ser seu eternamente? Casa-se comigo? - sorriram.

Sam encarava-a ansioso pela resposta, notando um lindo sorriso ser esboçado nos lábios da amada. Quinn segurou nos braços do rapaz, pedindo que ele se levantasse, o que gerou certa preocupação a Sam.

– Essa vai ser a resposta mais certa da minha vida: sim! Sim, Sam, eu me caso com você. Sim, permito que você seja meu eternamente, sim! Sim! Eu te amo, seu doido! – abraçou-o fortemente, deixando as lágrimas escorrerem e molharem a camisa do loiro, que mal podia acreditar.

Estendeu a mão para que o rapaz colocasse o anel de noivado. A loira aproximou-o para vê-lo melhor e se encantou com a joia.

– É lindo, Sammy. – sussurrou no ouvido do amado, enquanto o abraçava mais uma vez.

Sentiu seu rosto ser envolvido pelas imensas mãos do loiro, que sorriu e limpou as lágrimas de ambos.

– Eu não sei nem o que dizer... – riu, sem graça. – Obrigada por ser tão especial e carinhoso comigo, meu amor! Você foi o melhor acontecimento na minha vida e sou grata por ter sido escolhida por ti. – aproximou-se vagarosamente do noivo e beijou-lhe como se fosse o primeiro e último beijo.

Ambos tinham a respiração falha devida à emoção do momento. Quinn sorriu e deu um beijo de leve no anel de noivado. Sam juntou os pertences e os colocou dentro da cesta de piquenique. Com a mão disponível, o rapaz envolveu a noiva em um abraço.

– Prometo que vou te fazer feliz, meu amor. – sorriu singelamente enquanto caminhava ao lado da loira.

Quinn parou de andar e virou-se para o noivo:

– Você já me faz feliz. Tamanha felicidade que eu jamais pensei que seria capaz de sentir. – abraçaram-se calorosamente.

___ o ___

– Vamos à falência se formos tomar café da manhã no Starbucks todo dia. – reclamou Blaine.

– Deixa de ser mão de vaca, Blaine! Primeiramente, vamos duas vezes por semana, não todo dia. Em segundo lugar... Esquece!

– Agora fala! – fez bico.

– Não é nada. Vou tomar um banho e ir ao atelier.

– Hoje é sábado, Kurt.

– Mas eu quero ir ao atelier, algum problema?

– Ih, alguém está bem estressado hoje...

– Estressado vai ficar você quando eu meter minha mão na sua cara! – gritou Santana, saindo do quarto. – Estava ouvindo a treta por trás da porta e me divertindo, mas cansei já. Você é chato pra caralho, Blaine! E, Bicha de Porcelana, - virou-se para Kurt - nada não, só queria te chamar assim mesmo.

– Você é maluca, Santana... – riu o rapaz de olhos azuis.

– Eu não achei graça nenhuma! – Blaine cruzou os braços e sentou-se no sofá, emburrado.

– Porque você é insuportavelmente chato! – gritou a latina, pegando a pasta que viera buscar com seus relatórios e deixando o loft.

O casal de loiros entrou logo em seguida, percebendo o climão.

– Chegamos na hora errada? – Q perguntou delicadamente.

– Não. Ainda bem que chegaram! – bufou Kurt. – Quinn, vou dar um pulinho no atelier, tô precisando espairecer. Quer me acompanhar?

– Desculpa, Kurt, tenho que resolver algumas coisas com o Sam, fica para uma próxima, tá?

– Hum... Já estou até vendo que coisas são essas! – riu.

– Pode parar! Não é nada disso. Aliás, quero todo mundo hoje à noite sentadinho nessa mesa – apontou -. Eu e o Sam vamos fazer um jantarzinho especial. – olhou apaixonada para o namorado, que beijou o topo de sua cabeça.

– Que lindinhos! Ô saudade dessa época do namoro...

– Eu ouvi, Kurt.

– Eu sei. Não casei com um surdo. – debochou, arrancando uma gargalhada de Sam.

– Valeu pela força, Sam. – B revirou os olhos.

– Sem briga, né? – Quinn intrometeu-se – Kurt, você pode pegar a pasta dos vestidos de noiva que está no meu escritório, por favor? Tenho uma encomenda importantíssima!

O rapaz fez que sim com a cabeça e deu um beijo na bochecha da amiga antes de sair.

– Blaine, tenta ser mais compreensivo com o Kurt. – sugeriu Sam.

– Não é questão de compreensão, Sam. O problema é que todos os nossos momentos acabam em discussão. Acho que nosso casamento indo por água abaixo.

– Hey – Quinn sentou-se ao lado dele no sofá -, por que você não tenta fazer um agrado? Depois do jantar de hoje, vai dar uma volta pelas ruas de NY... Abriu um local muito bonitinho aqui perto, costuma ter música ao vivo. Dedica uma canção pro Kurt, como nos velhos tempos. – sorriu. Na minha opinião, você deveria tentar reconquistá-lo. Esses momentos de estresse fazem parte do casamento, nenhum casal é perfeito, por mais que aparente ser.

– Nossa, amor, belas palavras. – deu um beijo ligeiro na noiva.

Quinn sorriu para o amigo e direcionou-se para o quarto. Sam pousou sua mão direita no ombro de Blaine, tentando confortá-lo.

– Se joga de cabeça nessa missão, amigo. E, caso precise de ajuda, pode contar com todos nós.

– Obrigado, Sam. Vou pensar no que a Q disse.

O loiro assentiu e foi atrás de sua amada, que encarava o teto deitada na cama. Deitou-se ao seu lado.

pensando em quê? – mordeu levemente a bochecha da loira, que riu com o ato.

Quinn virou o rosto para encará-lo e, sem tirar os olhos do rapaz sentou-se de forma que ficasse encostada nos travesseiros.

– Será que um dia vamos ser assim que nem eles? Tendo brigas constantes por motivos bobos... Tenho tanto medo de que isso aconteça, Sam.

– Não vai acontecer, meu amor. E, se acontecer, você mesma acabou de dizer que faz parte do casamento.

– Eu precisava animá-lo, por isso disse aquilo, mas, na verdade, brigas tão constantes como as deles é um desgaste muito grande no relacionamento. Eu sei que eles se amam, mas talvez precisem conversar mais e tentar entender o lado do outro.

– Uma ótima psicóloga. – brincou.

– Eu falando sério, amor. Se isso acontecer com a gente...

– Hey. – sentou-se próximo a ela, segurando-lhe o queixo. – Vamos viver no presente, deixa que o futuro se resolva sozinho. Aos poucos, encontraremos pela vida as peças restantes do nosso quebra-cabeça. Até lá, só nos resta ser feliz e nos amar mais e mais.

A loira aproximou seus lábios dos dele, encarando-o com seus olhos marejados. Beijou-o intensamente, explorando todos os cantos da enorme boca de seu amado. O rapaz desceu os lábios carnudos para o pescoço, agora despido do cachecol, de Quinn. A loira sentiu seus pelos eriçarem com o toque da boca quente de Sam. Seu corpo amolecido pela sensação que o amado lhe causara foi puxado para que ficasse totalmente deitado.

– Não me canso de te sentir. – suspirou com o toque íntimo de Sam.

Por baixo da saia preta, o loiro guiava sua mão pelas coxas de Quinn, indo em direção à intimidade da amada, agora descoberta pela meia-calça e calcinha.

– Quinn – Sam a encarou com estranheza, retirando a mão do local. – Eu não sabia que você tinha um... – abaixou o tom de voz – um vibrador.

A loira soltou uma gargalhada ao entender do que se tratava.

– É meu celular, babaca! – deu-lhe um tapa na altura do ombro, rindo. – Rachel. – leu em voz alta. – Ela está retornando minha ligação.

Sam recostou-se no travesseiro, decepcionado pelo corte no clima.

– Oi, Rach! Tudo bom?

– Q, desculpa não ter te atendido antes. – disse esbaforida. – Acredita que a faxineira me deu bolo?

– Ai, coitada.

– Minha casa estava um lixo, Q. Tive muitos ensaios essa semana e não tive tempo nem de passar um paninho. Finn chegou ontem de uma excursão da escola que ele trabalha...

– Então acho que o convite não vai ser muito bem vindo. – riu sem graça.

– Que convite, doida?

– Eu e Sam vamos fazer um jantarzinho bem especial hoje à noite, gostaria muito que você e Finn pudessem vir, mas entendo caso não possam.

– É claro que vamos, Quinn. Mas, algum motivo especial?

– Sim... Se quiser saber o que é, vai ter que vir aqui. Às oito horas, hein!

– Até mais tarde então.

­ A loira se despediu e desligou o telefonema.

___ o ___

– Eu, sinceramente, espero que estejamos aqui por um motivo importante, Fabray. Tinha planos com a minha Britt-Britt, mas como você me pediu com carinho... Mentira. Vim pela comida mesmo.

– Sempre delicada... – Rachel revirou os olhos.

– Berry, tomou chá de sumiço foi?

– Estou ocupadíssima com os ensaios da Broadway, acho que vou ficar louca.

– Mais do que já é não fica, relaxa. – debochou a latina.

Sam aproximou-se da amada, que terminava de servir a mesa de jantar e, abraçando-a por trás, comentou:

– Não tem jeito, amor, é sempre essa “farofa”... – riram.

– E é por esse motivo que eu me divirto com esses malucos! – sorriu. – Coloca o prato principal no centro da mesa, por favor. Vou deixar a sobremesa na geladeira pra ficar mais densa.

Os casais sentaram-se à mesa e Quinn os serviu. A comida exalava um odor maravilhoso e sua aparência era bem apetitosa.

– Caprichou, Quinn. – elogiaram.

– Pena que o Mike e a Tina estão no congresso de dança lá em Tóquio. – comentou Britt. – Por um lado, foi bom a Tina ter ido no meu lugar, caso contrário, teria perdido esse jantar maravilhoso!

– Você poderia pelo menos fingir que não brigou com o Kurt e demonstrar um pouquinho de satisfação, Blaine. – sugeriu Santana com ar de deboche.

– E você poderia respeitar um pouquinho mais os meus sentimentos.

– Gente, por favor. – pediu Quinn. – Meu maior desejo de hoje é que seja uma noite agradável. Será que vocês poderiam deixar as discussões pra amanhã? – pediu delicadamente.

– Certo, Loira.

O silêncio que permanecera nos segundos seguintes logo foi tomado pela fusão de vozes devido a todos falarem ao mesmo tempo. Quando uns paravam para apreciar o jantar, outros aproveitavam o espaço dado para falar sobre seus assuntos desejados.

Ao notar que todos haviam terminado de comer o prato principal, Sam levantou-se para buscar a sobremesa.

– Obrigada, amor.

O rapaz abaixou-se para dar um beijo na amada. Em seguida, serviu os amigos e retornou a se sentar.

O papo continuou a rolar nos minutos consequentes até que, ao finalizarem o jantar, Quinn pediu a atenção dos demais.

– Bom, eu queria agradecer por todo o carinho que sempre tiveram conosco. – disse, referindo-se a Sam e ela. – Muito obrigada pelas ajudinhas no nosso namoro. – riu. – E por serem amigos mais que queridos! É com uma felicidade imensa que darei a seguinte notícia. – Sam beijou o rosto macio da loira e sorriu, fitando-a. – Estamos noivos! – mostrou-lhes o anel.

– Ai meu Deus! Que lindos! – gritaram em uníssono. – Parabéns!

Todos se levantaram e abraçaram o casal anfitrião, parabenizando-os.

– E nós queríamos fazer alguns convites. – prosseguiu Sam. – Eu e Quinn escolhemos dois casais cada um para serem nossos padrinhos. Infelizmente, vocês são muitos e nós não pudemos escolher todos, então espero que compreendam.

– Sant, você é minha melhor amiga e apesar das nossas brigas sem e com fundamento, continuará sendo até a eternidade. Por esse motivo, gostaria que você fosse a minha madrinha de casamento, pra ficar bem do meu lado no altar. – sorriu Quinn, recebendo um abraço caloroso da morena.

– Loira, obrigada pelo convite. Fiquei muito feliz, de verdade! – deu-lhe um beijo na bochecha. - Hashtag chupa, Rachel. – brincou com a baixinha, que no fundo sentiu uma pontada de ciúmes.

– O Puck vai ser o padrinho. Conversei bastante com o Sam, pois o Puckerman também é o melhor amigo dele, mas nós tivemos uma história e, querendo ou não, temos uma ligação forte. – seus olhos encheram d’água, mas tentou disfarçar.

– Britt e Blaine, vocês aceitam serem “meus” padrinhos de casamento?

– É sério, Sam? – surpreendeu-se a loirinha.

– Claro que sim! Você é especial pra mim, gosto muito de você. – recebeu um olhar fuzilante de Santana. – Como amigo. – riu.

Os escolhidos de Sam o abraçaram e agradeceram pela confiança.

– Finn. – Quinn o chamou, aproximando-se do moreno. – Como você sabe, não tenho contato com meu pai há anos. – suspirou. – Não o vejo desde o momento em que ele nos expulsou da minha casa naquela noite. – encarou o chão, constrangida.

Notou que o amigo deu um sorriso de consolo, passando a mão direita nos cabelos dela.

– Eu tenho muita mágoa dele... Sei que é errado, pois ele é meu pai, mas não consigo entender tamanha crueldade e sinto arrepios só de me lembrar do olhar de desprezo que ele me deu antes de virar as costas. Ver quem você sempre amou e admirou te deixar quando você mais precisa é como levar facadas no coração. Por isso que eu quero que ele continue longe da minha vida. – limpou as lágrimas que escorriam. – E você, Finn, sempre tão carinhoso e preocupado comigo... Acolheu-me quando ninguém mais o fez. Então, aceita entrar comigo na igreja? – sorriu de canto.

O rapaz cuja altura era bem maior que a de Quinn abriu um largo sorriso, emocionado com o que ouvira da loira.

– Você tem certeza, Q? Não quero que se arrependa depois... Podia tentar conversar com o Sr.Fabray.

– Não, Finn. Eu estou decidida e dispenso a participação dele nesse momento que eu tanto sonhei. É o meu dia, dia que vou selar de forma concreta o meu amor pelo Sam e eu não quero que aquele homem esteja presente. Por favor, aceita o meu convite.

– É claro que eu aceito, Quinn. Com o maior prazer e honra. – beijou-lhe o topo da cabeça.

Sam aproximou-se da noiva para ampará-la ao perceber que a mesma ficara abalada por falar do pai. A loira se aconchegou no abraço oferecido por Evans.

– Acho que já está tarde, né, Finn? – sugeriu Rachel com o intuito de que os amigos percebessem que seria bom deixar os loiros a sós.

– São só dez horas, Rach. Hoje é sexta. – recebeu uma cotovelada da esposa.

O casal se despediu dos amigos, agradecendo aos noivos e deixou o loft. Blaine aproveitou a chance e convidou o marido para o bar que Quinn lhe contara mais cedo. Kurt, apesar de um pouco contrariado, aceitou. Brittany alegou que estava com dor de cabeça e iria à farmácia comprar o remédio, levando Santana consigo.

Quinn tirou o calçado e guardo-o no armário. Despiu-se do vestido que usava e trocou-o pela camisola confortável que encontrara no fundo da gaveta.

– Achei muito bonito você convidar o Finn pra entrar contigo na igreja. – comentou o loiro, abrindo os botões da camisa social.

Fabray deu um sorriso amarelo e sentou-se na cama. Sam acompanhou-a, deixando antes a camisa sobre a cômoda. Acariciou o rosto de sua amada com o polegar.

– Não fica assim, minha linda. – encostou a cabeça dela em seu peitoral nu.

– Ele nem me procurou depois, Sam... Tratou-me como se eu fosse um lixo que nem reciclado pudesse ser. – suspirou pesadamente. – Já tive tantos pesadelos sobre aquela noite! O olhar de ódio dele ainda vem claramente na minha memória... Por mais que eu tente, sinto que ele nunca vai me amar novamente. – deixou que as lágrimas escorressem livremente.

O loiro sabia que não tinha palavras que realmente pudessem confortá-la, então simplesmente a abraçou, afagando seus cabelos dourados e macios.

– Minha mãe diz que não devo derramar uma lágrima sequer por ele, mas eu não consigo. Rejeição é um dos piores sentimentos. Eu tenho medo de que a Beth sinta isso se descobrir sobre sua adoção. – revelou o real motivo do abalo.

– São casos totalmente distintos, meu amor. Você não rejeitou ninguém, fez o certo. Seu pai foi impulsivo e sangue frio quando te deixou na mão. A sua mãe tá certa, não vale a pena chorar por quem não compartilha da felicidade que é amar.

Quinn deixou escapar um sorriso singelo.

– Amo esse seu sorrisinho. – brincou, beijando-lhe a bochecha.

– Eu tive uma ideia, mas não sei se será bem vinda pela Shelby. Você acha que ela deixaria a Beth ser nossa daminha de honra? Eu queria muito que a... Minha filha – ansiou – entrasse conosco na Igreja.

– Acho a ideia brilhante e a Shelby vai concordar. Não tem o porquê de ela não deixar, Q.

A loira alegou que não queria que ela pensasse que estaria tomando o lugar de mãe e seu noivo lhe disse que a morena jamais ponderaria algo semelhante.

– Então você acha que eu devo...

– Claro! – interrompeu-a. – A gente pode ir a casa dela amanhã, se quiser. Manda uma mensagem ou telefona pra combinar.

Quinn assentiu e deu um beijo carinhoso no namorado, levantando-se para escovar os dentes. O rapaz terminou de se despir o vestiu apenas um short de moletom.

Ouviram sons de salto alto se aproximando e a porta foi aberta com toda a delicadeza concebida à Santana.

– Eu não estou acreditando que vocês não transaram! – gritou impaciente.

– Que isso, maluca?! – Quinn tirou a escova de dente da boca para falar.

– Porra, casal! Assim complica... Brittany me arrastou lá pra puta que pariu só pra fazer hora e vocês terem tempo de dar aquela jogadinha básica na cama, mas ao invés disso decidiram bancar o casal santo. Francamente...

– Santana, não enche, tá? Vai dormir que você ganha mais.

– Você não me irrite, Fabray, que eu enfio essa escova de dente na sua goela!

– Boa noite, meninas. - Sam fechou a porta e ouviu um grito de Santana, porém não identificou o que a latina dissera.

O loiro abraçou a noiva por trás e beijou aquele pescoço que tanto amava, arrepiando-a. Virou-a para si e roçou seus lábios nos dela, pressionando-a na parede do banheiro. Quinn levantou uma de suas pernas, que fora agarrada fortemente pela mão de Sam. Aumentaram a intensidade do beijo e, antes de se separarem, o rapaz deu uma leve mordida no lábio inferior da amada.

– Boa noite, gostosa. – apalpou o bumbum da loira e virou-se, indo em direção à cama com um sorriso safado no rosto.

– O que foi isso, Evans?

– Você disse que estava cansada esses dias e preferia só dormir. Boa noite. – riu.

– Espera! Talvez meu cansaço tenha passado nesse instante.

– Ih... Bateu um sono agora. – fingiu um bocejo e, em seguida, gargalhou.

A loira se jogou ao lado do noivo e, com um sorriso aberto, aproximou sua boca rosada no ouvido dele, sussurrando:

– Resolvo esse problema rapidinho. – mordiscou o lóbulo.

Quinn sentou-se no colo do rapaz e iniciou um beijo repleto de desejo, arranhando de leve as costas do amado, que se deixava levar pelo momento. Não foram precisas muitas investidas da loira para que o amado dominasse a situação. Como se os ponteiros dos relógios tivessem parado, ambos entregaram-se à paixão durante horas.

___ o ___

Shelby terminava de lavar a louça do café da manhã quando sentiu uma pequena mãozinha cutucá-la.

– Oi, meu amor. Mamãe só vai terminar aqui e brinco com você, está bem?

– É que seu celular tocando. – esticou o braço para entregar-lhe o aparelho.

A morena secou as mãos no pano de prato que ali ao lado havia e atendeu o telefonema.

– Alô.

– Shelby, aqui é a Quinn, tudo bom?

– Oi, querida. Tudo ótimo e com você?

– Estou bem. Eu gostaria de fazer um convite, mas preferia que fosse pessoalmente... Será que a gente pode marcar de se encontrar?

– Certo. Se você quiser, pode vir aqui mais tarde, vou estar em casa.

– Perfeito. A Beth vai estar aí?

– Não. Vou levá-la na casa de uma amiguinha daqui a pouco.

– Hum... É que, na verdade, o assunto é com a pequena.

– Quinn, sobre o que você quer falar? – a morena hesitou.

– Não se preocupe, é só um convite. Lembra-se do Sam Evans? Um loirinho do Glee Club...

– Lembro sim.

– Nós estamos juntos. Ele pode me acompanhar?

– Claro! Faz o seguinte: vem agora, pois a Beth ainda está aqui.

Shelby terminou de combinar com Quinn e desligou o telefonema. Contou para a filha que receberiam visita e levou-a ao banheiro com o intuito de ajuda-la a se arrumar.

___ o ___

Quinn aproximou-se de Sam e o beijou na bochecha, tentando despertá-lo. Após vários beijinhos, o loiro finalmente acordou. Esfregou os olhos e sorriu de canto, observando a noiva sentar-se na beirada da cama.

– Amor, eu cansadão... Ou você acha mesmo que depois de ontem eu ia acordar disposto a correr maratona? – riu.

– Deixa de bobeira, levanta logo. A gente tem que sair agora. Marquei com a Shelby de irmos à casa dela.

– Posso comer pelo menos?

– Sem mau humor, Sam. Faz isso pela sua noiva que te ama. Você sabe o quanto é importante pra mim...

– Eu só brincando, minha linda. Vou tomar uma ducha rápida. Enquanto isso, bate uma vitamina pra mim, por favor.

Fabray assentiu e deixou o quarto. Todos ainda dormiam, portanto teve de torcer para não acordá-los com o barulho do liquidificador, principalmente uma latina de humor temperamental.

___ o ___

Beth terminava de separar as bonecas que levaria para a casa da amiga.

– Filha, escolhe somente algumas. – pediu a morena ao notar a quantidade que a menininha havia selecionado. – Devem ter umas dez bonecas aí. – riu.

– A Sarah não tem essas barbies. – apontou. – Eu quero levar, mamãe.

– Tudo bem, mas não se esquece de guardar tudo o que a senhorita espalhou aqui. – apontou para a bagunça feita pela loirinha.

Shelby ouviu a campainha e pediu que Beth arrumasse o quarto rapidamente, pois as visitas haviam chegado.

– Você ainda não me disse quem é. – gritou a menininha, pois a mãe já havia se afastado.

Quinn e Sam cumprimentaram a morena e perguntaram pela pequena, que saiu do quarto ao reconhecer a voz de Fabray.

– Tia Quinn! – abriu um largo sorriso, correndo em direção à loira, que se abaixou para abraça-la.

A loira se arrepiava toda vez que ouvia a voz da menininha.

– Como você está linda! Que princesa é essa? – apontou para a fantasia que Beth trajava.

– Elsa, de Frozen. Minhas amigas dizem que sou igual a ela porque também sou loira. – comentou sorridente. – Quem é ele? – perguntou à Quinn, apontando para Sam.

– Meu nome é Sam. Tudo bem? – o rapaz agachou-se para ficar na altura da menina. – Eu sou noivo da Quinn. A gente vai casar!

– Igual aos príncipes e princesas?

Assentiu, sorrindo. Observou que a pequena não parava de fita-los.

– Será que eu posso ganhar um abraço seu?

– Só se você me responder uma coisa. – sorriu sapeca, aproximando-se do ouvido dele. - Você é príncipe de algum filme? – sussurrou.

O rapaz achou graça da pergunta da menininha.

– Você acha que eu sou?

Beth fez que sim com a cabeça e riu.

– Vou te contar, mas é segredo, tá? Eu sou o príncipe da Quinn. – foi a vez dele de cochichar para a garotinha. – E ela é a minha princesa.

A loirinha demonstrou que havia ficado bastante feliz com a resposta. Virou-se para a mãe e, com os olhinhos brilhando, questionou-a:

– Mamãe, eu posso passear com a tia Quinn e o tio Sam?

– Claro que pode, meu anjinho, mas não hoje. Você já marcou com a Jess. – lembrou-a.

– A senhorita está me devendo um abraço. – brincou.

Beth pulou nos braços do loiro e o abraçou de forma carinhosa. Sam esboçou um sorriso ao sentir a pequena aconchegar-se em seu peitoral. Ao levantar seus olhos à Quinn, notou que a noiva estava emocionada com a cena. Limpou as lágrimas antes que a loirinha a visse.

– Eu e o Sam queríamos te fazer um convite, pequena. – sentou-se no sofá e chamou os dois loiros para se juntarem.

O rapaz colocou Beth em seu colo e sentou-se de frente para a amada. Shelby encostou-se e na bancada da cozinha e sorriu com a cena.

– Então, nós vamos nos casar e gostaríamos muito que você fosse a nossa daminha de honra.

Beth pareceu confusa.

– Filha, você vai entrar na Igreja junto com a Quinn, carregando flores. Depois a mamãe te explica melhor. Agora responde pra eles se você quer ou não ser daminha.

– Mamãe, eu não posso perder a chance de ser daminha de uma princesa. – falou baixinho e piscou para Sam, que riu da garotinha.

– Obrigada pelo convite, queridos.

Shelby afastou-se para atender seu celular e deixou os três conversando na sala.

– Filha, a mãe da Jess acabou vindo aqui te buscar. Vamos?

– Nós também estamos de saída.

– Fiquem mais um pouco, vou preparar um cafezinho.

– Obrigada, mas nós realmente precisamos ir. – despediu-se Quinn. – Se quiser nós descemos com a Beth.

A morena assentiu e agradeceu pela ajuda. Deu um beijo na bochecha da filha e despediu-se, certificando-se de que a menininha não havia deixado nada para trás. Os loiros a acompanharam até o carro da mãe de Jess. Beth, carinhosamente, apresentou o casal à mãe de sua amiga. Antes de entrar no veículo, deu um forte abraço em Sam, que a pegou no colo, brincando. Quinn beijou a bochecha fofinha da garota e abraçou-a.

– Tchau, tia Quinn e tio Sam! – acenou de dentro do carro, partindo.

___ o ___

Santana e Brittany assistiam a um desenho animado que passava todo sábado de manhã. A latina tentava institivamente se manter acordada para não demonstrar desinteresse, já que sua namorada fazia questão que as duas assistissem juntas.

– Britt, meu amor, acho que vou fazer um chocolate quente pra gente...

– Espera o intervalo para não perder nada.

Santana já se encontrava na cozinha com o achocolatado em mãos, pronta para começar o preparo das bebidas.

– Não tem problema, depois você me conta.

Brittany concordou e voltou sua atenção à televisão. Sam e Quinn adentraram o loft, rindo entre si.

– Que animação, pombinhos. – comentou Santana.

Fabray foi até a cozinha e abraçou a amiga. Em seguida, passou o dedo no chocolate que escorria de uma das canecas.

– Faz pra mim também? – pediu carinhosamente. – Quer, amor? – direcionou-se a Sam, que cumprimentava Brittany com um beijo no topo da cabeça.

– Deve estar escrito “servente” na minha testa pra você dizer isso. – encarou-a, séria.

– Ai, Latina Caliente... Por favor!

– Quinn, como você é chata... bom, eu faço agora fica quieta antes que eu taque esse troço quente em você!

– Sim, mamis.

Recebeu um olhar fuzilante de Santana. Rindo, caminhou até Sam e o abraçou na cintura. O rapaz conversava animadamente sobre o desenho animado com Brittany.

– Meu eterno crianção... – riu, mordendo o ombro dele. – Vai lá ao quarto depois, ?

– Eu vou agora! – sorriu maliciosamente.

Sam fechou a porta atrás de si e avançou em Quinn, sedento de prazer como de costume. Fabray arfou e fitou os olhos do amado.

– Não foi pra isto que eu te chamei, Evans!

– Nossa, que balde de água fria...

Quinn riu e deu um beijo carinhoso na bochecha do rapaz, que desarmou o bico e esboçou um sorriso de canto.

– Eu queria te agradecer por ter me proporcionado aquele momento tão lindo com a Beth. – comentou, mexendo no cabelo dele. – Ela adorou você! A maneira como brincou com ela foi tão adorável, meu amor... Eu fiquei até sem palavras. – riu, deixando uma lágrima escorrer.

– Eu sei o quanto essa aproximação entre vocês é importante e agora que a gente vai casar – segurou o delicado rosto entre suas mãos, limpando as lágrimas que desciam – você vai oficialmente fazer parte da minha vida e eu da sua, então eu também estou nesse barco contigo. E, vou te contar, a Beth é a menina mais linda que eu já vi, só poderia ser sua filha. Um dia, nós dois teremos uma princesinha ou um príncipe tão lindo quanto ela, ? – beijou-a.

Santana escutava por trás da porta e havia se emocionado com a cena, porém, para manter sua pose, abriu brutalmente, dando seu recado:

– Escuta aqui, Fabray, eu fiz o que você pediu, mas não sou garçonete não, amor, vai lá e pega você.

Sam riu do jeito da latina.

– Vocês foram ver a Beth?

Quinn assentiu enquanto caminhava para buscar as canecas de chocolate quente, sendo seguida pela morena. Sam permaneceu no quarto

– Como ela está? – preocupou-se Santana.

– Linda! Você tinha que ter visto como ela ficou encantada com o Sam. Muito fofa!

– E você babando, né, amiga?

– Fico pensando que seria tudo muito diferente se ela não tivesse sido adotada pela Shelby.

– Com certeza. Você estaria provavelmente gorda, usando roupas bregas, com o cabelo todo quebrado nas pontas... E ela não teria uma vida tão boa. – riu, mas não fora acompanhada. – Desculpa, Loira, não sou muito boa em controlar meu humor.

– Tudo bem, mas te peço pra não fazer piadinha com esse assunto.

– Eu sei, mandei mal. – abraçou-a. – Falei sem pensar. Agora, falando sério, a sua escolha foi a melhor a ser feita. A Beth está em boas mãos e agora vai te você e o Sam pra encherem a loirinha de paparicos. – arregalou os olhos. - Meu deus, Santana, ninguém na sua idade fala a palavra paparicos, pelo amor.

Quinn gargalhou e recebeu um beijo de Santana. Voltou com as canecas para o quarto e entregou uma a Sam.

– Cuidado para não queimar a língua. – deu um gole com cautela. – Por que você estava vendo passagens pra LA?

– Ah... É que eu gostaria de dar as notícias pra minha família, pessoalmente. Podíamos passar uns dias lá na casa dos meus pais. Você pode convidar a sua mãe e a gente conta pra todo mundo.

– Meu amor, eu acho lindo você ser tão carinhoso com a sua família e adoraria que fôssemos vê-los, mas eu não posso ficar viajando assim... Já fiquei tanto tempo afastada do atelier e têm muitas encomendas. Você também não pode, né? O senhor é responsável pelo Abram’s Studio NY, esqueceu-se?

– É... Tem razão. Eu queria muito ver a reação da minha mãe, ela vai chorar com certeza. – riu.

– Vamos fazer o seguinte: mês que vem nós vamos pra LA e contamos pra sua família, pra minha mãe, pro Puck, Mercedes e Artie.

– O Artie já sabe porque o Finn acabou abrindo a boca e a Mercedes em tour, soube pelo Kurt. – arfou. – Certo, mês que vem a gente vê isso.

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Os loiros decidiram dedicar-se mais a seus devidos empregos, o que resultou em correria na vida de ambos. Sam procurava almoçar juntamente à noiva, mas constantemente tinha de pedir delivery por causa das diversas reuniões. Dessa forma, o casal pouco interagia durante o dia e, à noite, o cansaço tomava-lhes conta.

Foi assim durante o mês anterior à pequena viagem que fariam. Viajariam logo após o encerramento do expediente de Quinn.

– Tem certeza que esse tecido é o ideal? – questionava a loira a uma das costureiras. – Talvez este aqui – pegou outro modelo – seja melhor.

Andava apressada por entre a sala de costura, supervisionando o que ali acontecia.

– O vestido número vinte e dois vai ser buscado daqui à uma hora, se já estiver pronto, pode colocar na arara de entregas, por favor.

– Oi, amor. – Sam cumprimentou, subindo as escadas. – Pronta?

– Só um minuto. Meu Deus, cadê o Kurt? Ele não pode sumir assim...

– Calma, Quinny, eu estava no escritório terminando de selecionar as fotos que vão pro book que te falei. Se eu conseguir finalizar hoje, mando para aquela empresa hoje mesmo. – animou-se.

– Perfeito! Querido, agora eu preciso ir, já estamos atrasados. – comentou dando dois beijinhos em Hummel e puxando Sam pelo braço.

Ao chegar ao andar de baixo, Quinn notou que havia esquecido sua bolsa em seu escritório, tendo de voltar lá.

– Não acredito nisso! – reclamou enquanto subia as escadas. – Droga! Meu salto ficou preso.

– Calma, amor. Quer ajuda?

– Não me peça calma, Sam Evans. Estou calmíssima e não preciso de ajuda. – respondeu impaciente.

– Não precisa se estressar, o trânsito bom e a gente...

Quinn o fuzilou com o olhar.

– Se você falar mais alguma coisa, eu enfio este cetim na sua goela. – ameaçou, conseguindo se livrar do salto.

Ouviram palmas ecoarem na loja e todos voltaram seus olhares à Santana, que entrava no estabelecimento aplaudindo.

– Eu sou uma professora incrível mesmo! – fingiu-se emocionada. – Quinn está aprendendo direitinho como ser delicada no estilo Latina Caliente. – riu.

– O que você fazendo aqui, doida? – a amiga questionou, recebendo sua bolsa que era entregue por uma funcionária.

– Vim me despedir de vocês.

– São apenas três dias, Sant.

– Mas da outra vez você foi e não voltou tão cedo... Não quero passar por aquele susto outra vez. Trate de cumprir esse prazo, pelo amor de Deus. E, outra coisa, essa mulher irritada não é você. Apesar de chatinha, o seu lado fofo sobressai, principalmente com ele. – apontou para Sam. – Uma dica, Loira: esse estresse todo é falta de sexo. Seu homem resolve isso num instante! – brincou.

Quinn despediu-se dos amigos e desejou sorte ao sócio para que desse tudo certo enquanto ela não estivesse presente.

Por sorte, o trânsito realmente estava tranquilo e não demorou muito para que chegassem ao aeroporto, porém, já em cima do horário do voo. Apressaram-se o máximo que puderam para embarcarem logo. Sam explicou que sua família não estava em casa e que chegariam pela parte da tarde de amanhã e que, por isso, poderiam visitar Puck no fim da tarde. Assim, teriam tempo de descansar da viagem, que só teria fim às quatro da manhã. A loira concordou e pediu desculpas pela forma com a qual agira no atelier.

– Não sei se é TPM ou só nervosismo pela correria, mas, de qualquer forma, errei em gritar com você.

– Não tem problema, minha loira. Agora, vê se dorme porque a viagem é longa... – sorriu, dando um beijo na testa dela e recostando-se em sua poltrona.

___ o ___

Era por volta de seis da tarde quando Puck recebeu a ligação de Sam, avisando que seria visitado por ele e Quinn. O moreno afirmou estar apenas ensaiando para um mini show que faria com uma banda nos próximos dias. Animou-se com a notícia da vida do casal à LA e decidiu ir ao mercadinho comprar garrafas de cerveja para dividir com Sam, como costumavam fazer na época em que o loiro ainda morava na mesma cidade que ele. Pediu que avisassem quando estivessem próximo ao antigo prédio de Quinn para que ele os aguardasse em frente ao portão. Pegou as chaves de sua moto e desceu à garagem.

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Jennifer tomara um banho de banheira com seus caros produtos, da maneira que a agradava. Vestiu um short jeans justo e um top cropped larguinho, o qual dava destaque à barriga chapada exposta. Os fios de cabelo, ainda molhados, eram penteados pela moça. Parou o que fazia ao escutar o som da campainha ecoar em seu apartamento.

– Não aguento esse lugar, só tem vizinho que enche o saco... – pensou alto, revirando os olhos. – Noah, se for você... – não conseguiu terminar a frase ao ver quem era.

– Sentiu minha falta, gatinha?

– Bryan? – assustou-se. – Como descobriu onde eu moro?

– Tenho meus contatos. – respondeu com desdém, entrando sem ter tido permissão. – Sua tia é a maior gata, viu?

– Você falou com a Megan? Foi ela que te disse onde eu moro?

– Ela não teve muita escolha... – riu debochado.

Ao perceber que Jennifer estava apreensiva, tentou desfazer o que dissera.

– É brincadeira, gatinha. Expliquei pra ela que a gente tinha um rolo e que eu tava com saudade.

– Saiu de Tennessee pra vir atrás de mim... O que você quer? Dinheiro? Se for isso, eu te dou e você vai embora, ?

com pressa, Jen?

– Eu estava de saída. – mentiu.

– Não me parece estar vestida pra sair. – observou-a da cabeça aos pés.

– Só vou... Dar uma volta. – gaguejou.

– Não vai mais.

– Bryan – tentou parecer calma -, quanto você precisa?

– Não quero dinheiro não, gata. Quero algo melhor. – aproximou-se de Jennifer, que deu alguns passos para trás.

– Se você não quer dinheiro, não há nada que eu possa fazer. Agora, se me der licença eu gostaria de terminar de me arrumar.

– Fica à vontade, a casa é sua. – riu.

– Como que o porteiro te deixou subir sem antes falar comigo?

– Não tinha ninguém na portaria. Aproveitei que uma senhora estava saindo e entrei.

– Eu estou ocupada, pode ir embora agora. – tentou ser fria.

– Nada disso, Jennifer. Vim aqui acertar minhas contas.

– Você disse que não queria dinheiro.

– E não quero. Você é bem melhor que qualquer quantia.

– Bryan, vou dizer só uma vez: eu não quero ter nenhum tipo de rolo contigo, vai embora.

O moreno balançou a cabeça negativamente, desaprovando a atitude da garota.

– Jennifer, Jennifer... Você acha mesmo que é só me usar quando precisa e depois descartar? Acho que alguém precisa ser menos mimada. – começava a se alterar. – Sempre fiz tudo o que você pediu e em troca eu só queria que você ficasse na minha, mas era sempre aquele loirinho, né?

– Eu não... – fora interrompida.

Minha vez de falar. Cala a boca! – segurou seu braço firmemente. – Cansei desse seu jeito mimado, garota!

Jennifer sentiu cheiro de bebida alcóolica.

– Você bêbado!

– Não sou um lixo pra ser jogado fora da forma como você gostaria, entendeu? – seu tom de voz aumentava gradativamente. – Chega! Sempre disse que, se eu te ajudasse, um dia seria minha. Já te ajudei o suficiente, não acha? – pressionou-a contra a parede, sem largar o braço dela.

– Me solta! – gritou – Você está me assustando, Bryan... – sua voz começava a embargar.

– Não precisa ter medo não, gatinha. Se se comportar direitinho, ninguém se machuca! – largou o braço da moça. - Tira a roupa!

– O quê?

– Anda! – berrou. – Tira tudo!

– Para com isso, Bryan... – não conteve as lágrimas.

O rapaz segurou o rosto da morena com uma das mãos, apertando.

– Não chora não, gatinha... Você vai até gostar.

– Nunca! – enfrentou-o, empurrando-o – Sai daqui agora! Se não eu grito!

– Boa ideia! Ajuda a esquentar o clima. – debochou.

___ o ___

O casal de loiros acompanhava Puck no elevador. Sam e Quinn pretendiam contar ao amigo sobre o noivado, aproveitando a ida à Los Angeles. Assim que saíram no andar do rapaz de moicano, escutaram gritos femininos, vindos de um dos apartamentos do lado oposto do de Puckerman.

Os três se entreolharam, estranhando a barulheira.

– Não me lembrava de que havia vizinhos tão barulhentos no meu antigo prédio. – comentou Fabray.

– E realmente não têm... – Puck completou.

­- Socorro! – gritou a mulher mais uma vez. – Alguém me ajuda por fa... – calou-se.

Em seguida, um homem deu um berro com a moça e a mesma permaneceu em silêncio.

Quinn pôs a mão na boca, assustada e recebeu um olhar apreensivo dos outros rapazes à sua frente.

– Eu vou chamar a polícia. – desesperou-se a loira.


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Notas finais do capítulo

Vou aproveitar pra desejar um feliz natal e um maravilhoso ano novo! Muita alegria pra todos nós! Meu sincero agradecimento a todos que lêem essa fic, sendo presente no Nyah ou anônimo mesmo. É uma satisfação imensa saber que ainda acompanham AYNIL.
Beijos!