All You Need Is Love escrita por Nay


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou, meus divos! Finalmente, entrei de férias! Como prometido, postarei com mais frequência.
Ps: Adorei isso de atualizar as duas fics no mesmo dia. Kkkkkk
Vamos ao capítulo!



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Quinn, após desviar-se do rapaz, que tentava impedi-la, pediu que o motorista a ajudasse com a mala. O senhor de meia idade guardou a mala da loira no porta-malas e sentou no banco do motorista.

– Quinn, eu te imploro, fica!

– Não torne tudo mais difícil, Sam… Por favor. - tentou conter as lágrimas, não queria demonstrar fragilidade.

– Eu te amo tanto… - disse Sam, olhando profundamente nos belos olhos de Quinn.

– Sabe por que dói mais? Porque eu também te amo…

A loira entrou no carro e autorizou a partida, deixando para trás o amor de sua vida.

Quinn encostou a cabeça no vidro e chorou. Percebeu os olhares de preocupação do motorista, mas ignorou. Se fosse explicar o ocorrido, provavelmente seria expulsa do veículo. Taxistas não tinham tempo para desabafos de uma mulher apaixonada.

Um filme do namoro dos dois passou pela cabeça da loira. Desde o momento que o reencontrou naquele bar em Los Angeles até a dolorosa despedida. Amava tanto aquele rapaz... Era simplesmente apaixonada por tudo nele. Amava a maneira como ele a fazia se sentir segura com um simples abraço, seu jeito ingênuo, mas ao mesmo tempo o mais inteligente no quesito de amar. Os fios loiros bagunçados e o olhar “perdido” ao acordar, as gargalhadas que davam juntos, os sorrisos trocados, o cuidado extremo de Sam ao fazerem amor, sempre preocupado se estava machucando-a. Sentia tanta falta daqueles toques íntimos... E saber que esses mesmos toques haviam sido sentidos por outra pessoa doía demais. Ainda mais por essa outra pessoa ser Jennifer.

Chorou. Era a única ação que seu cérebro conseguia comandar no momento, além das lembranças que passavam como em uma tela de cinema em sua mente.

– Senhorita, pela décima vez: chegamos. – disse o motorista impaciente, tirando Quinn de seus devaneios.

– Perdão, estava com o pensamento distante... – justificou a loira, entregando uma nota de vinte dólares ao senhor de meia idade. – Pode ficar com o troco.

– Obrigado. Bom dia, senhorita. – retirou a mala do porta-malas. – Mas eu te disse que o salão estaria fechado, hoje é feriado, moça.

– Eu sei. Vim falar com a moradora do segundo andar da casa.

– Então tudo bem. Até mais, senhorita.

Quinn olhou para a porta do salão de Ashley e limpou as lágrimas. Respirou fundo e tocou a campainha. A tia de Sam morava no segundo andar da casa que continha seu salão. Ou seja, morava em cima de seu local de trabalho. Segundo Ashley, era maravilhoso.

Ao ver a tia de Sam se aproximar, sorriu. Mesmo que tenha sido apenas um sorriso amarelo.

– Quinn, veio combinar os detalhes da festa? Podíamos ter feito isso por telefone. – sugeriu Ashley, abrindo a porta do estabelecimento.

– Na verdade... – suspirou e voltou a chorar.

– Querida, o que aconteceu? – perguntou a tia de Sam preocupada, abraçando a loira mais nova. – Entre.

– Eu e o Sam terminamos... – contou Quinn, sentando-se em um banquinho que era oferecido por Ashley.

– Como assim terminaram? Vocês estavam bem até ontem à tarde...

– Tudo aconteceu hoje de manhã, não faz muito tempo. Eu estou sentindo tanta dor aqui. – confessou Quinn, colocando as mãos no peito e afundando-se em lágrimas.

– Querida, não chore. – abraçou-a – Mas qual o motivo do término?

– Sabe a Jennifer? O Sam dormiu com aquela vagabunda. E contou toda a minha história da gravidez pra ela...

– Ele fez o quê? Eu vou lá dizer umas poucas e boas pro meu sobrinho! – levantou-se.

– Não! Por favor, eu não quero que ele saiba que estou aqui, pois sei que ele tentará conversar comigo e eu não quero ouvir nenhuma desculpa esfarrapada.

– Tudo bem... Mas você já ouviu o lado dele da história?

– Ele tentou se explicar, mas as justificativas que ele dava não tinham sentido algum.

– Podem não fazer sentido pra você, mas o Sam não mentiria... Conheço meu sobrinho e sei o quanto ele te ama.

– Será que ama? Quem ama cuida, não machuca.

____ o ____

– Sabe, Sam, eu daria tudo para consertar meus erros contigo. - disse, desfazendo o laço que prendia o roupão e jogando a peça em um canto do quarto.

– O que está fazendo? - perguntou assustado, tentando desviar os olhos do corpo nu de Jennifer.

– Acho que essa é uma ótima maneira de ganhar o seu perdão. - explicou, empurrando o loiro na cama e sentando sobre ele.

– Sai de cima de mim, garota! – gritou Sam, derrubando Jennifer ao seu lado na cama e levantando assustado.

– Eu sei que você quer... Ninguém precisa saber. Vem cá! – tentou beijar o loiro.

– Me solta, Jennifer! Você acha mesmo que depois de tudo o que você me fez, vou querer algo contigo, piranha?

– Sam, para de viver do passado! Eu sei que você sente algo por mim.

– Eu sinto muitas coisas, Jennifer. Ódio, nojo, desprezo...

– Você está me rejeitando?

– Você é acostumada a ter tudo o que quer, pois dessa vez vai ser diferente.

– Isso se chama determinação. Sou uma pessoa determinada, Sam.

– Pra mim, isso tem outro nome: Garota mimada. Agora, se me der licença, tenho uma namorada maravilhosa me esperando. – bateu a porta com força e saiu.

Sam lembrava-se de tudo o que havia acontecido naquele quarto. Se tivesse como provar para Quinn que não a havia traído...

O rapaz chorava como jamais havia feito. Estava com o coração partido. A cena de Quinn o deixando passava por sua mente o tempo todo. Sentia-se culpado por ter permitido a partida da ex-namorada.

Nesse momento, Quinn deveria estar pedindo carona a um motorista gordo e suado de caminhão. Rezava para que a loira estivesse bem. Não suportaria se algo acontecesse a ela.

____ o ____

Ashley tentava acalmar a ex-namorada de seu sobrinho. Passava as mãos pelos fios dourados de Quinn, que se derramava em lágrimas.

– Ash, desculpe-me por aparecer aqui sem avisar, mas eu não sabia para onde ir. Será que eu poderia dormir aqui hoje? É feriado e nenhuma rodoviária funciona... Amanhã darei um jeito de voltar pra Los Angeles.

– Fique o tempo que precisar, baby.

– Muito obrigada, de coração.

– Você pode ficar no quarto de hóspedes. Siga-me, vou te mostrar onde ficam as coisas.

Ashley sugeriu que a loira mais nova tirasse um cochilo, precisava descansar depois de tudo. Caminhou até a cozinha para preparar um bolo, adorava mostrar sua habilidade culinária para as visitas.

Sentiu o celular vibrar no bolso e largou os ingredientes que segurava para atender. Era Sam. Agradeceu mentalmente por Quinn estar dormindo.

– Sam! Quanto tempo, querido. Tudo bem? – fingiu-se desentendida.

– Tudo péssimo, tia. Eu preciso muito que você venha aqui. É um caso de emergência.

– Aconteceu alguma coisa com você ou com a Quinn?

– Aconteceu algo com o meu namoro. Por favor, tia, vem logo. Eu te explico tudo aqui.

– Estou indo, beijos.

– Obrigado, beijos.

Ashley guardou os ingredientes na geladeira. Deixou um bilhetinho para Quinn dizendo que havia ido ao mercado. Pegou as chaves do carro e saiu.

___ o ___

Sam andava de um lado para o outro, ansioso para a chegada da tia. Ela era a única que poderia o auxiliar nessa situação. Aliviou-se ao ouvir o som da campainha.

– Ainda bem que você chegou, tia! – suspirou Sam, abraçando Ashley e caindo no choro.

– Agora me explica o que aconteceu, por favor.

Os dois sentaram-se no sofá e Ashley limpou as lágrimas de Sam, que sorriu de canto.

– Eu e a Quinn terminamos... Ela acha que eu a traí.

– Com quem? – fingiu-se surpresa.

– Jennifer.

– Então quer dizer que a piranhazinha voltou.

– Pois é. E o pior é que a Quinn não quer acreditar em mim... A Jennifer disse a ela que nós transamos e disse também algumas coisas referentes ao passado da Q. Eu não sei como ela descobriu tudo, mas a vagabunda disse pra Quinn que eu havia contado.

– Mas você disse a Quinn que não havia feito um chaca chaca na buchaca com ela?

– Um o quê, tia?

Ashley bufou.

– Que vocês não transaram. Esqueço que você não está acostumado com esse vocabulário antigo.

– Sim, eu disse. Mas ela não acreditou. Eu realmente fui à casa da Jennifer... – fora interrompido.

– Sua besta! – gritou Ashley.

– Tia Ash! – repreendeu Sam.

– Desculpe-me. Continua.

– Eu fui pedir a ela para deixar o meu namoro em paz, só isso. Mas a Quinn preferiu acreditar no teatrinho da Jennifer. Ela foi embora, tia... Ela me deixou.

– Querido, você também não precisa agir como se ela tivesse pedido o divórcio.

– Mas é praticamente isso, tia Ash. Eu amo a Quinn, ela é a mulher da minha vida, a pessoa com quem eu quero me casar, ter filhos e passar o resto da minha vida ao lado dela. Eu a amo até a morte. Muito mais que isso, a amo até depois do fim. – suspirou e retornou a chorar.

– Sammy, você precisa provar pra ela que tudo não passou de uma armação da Jennifer.

– Como, tia? Nesse momento, ela deve estar a caminho de Los Angeles.

– Mas como ela sairia daqui? Não há nenhuma rodoviária aberta, o aeroporto está fechado também, por problemas técnicos, não me pergunte o quê.

– Ela pode ter pego carona com alguém na estrada, o que eu rezo profundamente para não ter acontecido. É muito perigoso...

– Mas mesmo assim, não tem como ela sair daqui. Houve um problema na estrada, fecharam-na.

Sam levantou depressa do sofá e sorriu.

– Obrigado, tia Ash! Muito obrigado! – agradeceu, enchendo-a de beijos na bochecha. – Você sabe aonde ela pode estar?

– Não... Sinto muito. – mentiu. - Vamos fazer o seguinte: encontraremos provas de que foi armação da piranhazinha e depois encontraremos a Quinn.

– Você é uma gênia, tia Ash!

– Eu sei. – riram.

– Eu adoro quando você chama a Jennifer de “piranhazinha”. – disse Sam, rindo.

– É apenas a verdade.

– Com certeza.

– Preciso ir, querido. Mas pode deixar que amanhã de manhã irei tentar achar algumas provas, já planejei tudo na minha incrível mente. – riram.

– Mais uma vez, obrigado.

Despediram-se e Ashley dirigiu-se para o carro. Ligou as chaves e partiu.

___ o ___

Quinn acordou do cochilo e notou o bilhetinho na cabeceira. Sorriu. Era incrível como a tia de Sam a tratava com tanto carinho. O bilhetinho estava repleto de corações, lembrou-se de sua mãe. Ela sempre colocava bilhetes carinhosos na sua mochila.

– Cheguei, baby. – gritou Ashley do andar debaixo. – Acredita que eu esqueci minha carteira aqui? Não pude comprar nada. – inventou.

– Não se preocupe, Ash. Não quero dar trabalho nenhum. Eu mesma posso ir ao mercado. Aliás, vou fazer isso agora!

– Não precisa, querida. Tenho tudo o que precisamos para uma típica sessão de “mulheres apaixonadas que estão tristes com o término do relacionamento”.

– Isso significa...

– Potes de sorvete, pipoca e um filme de romance. E, claro, muito choro.

– Eu vivia fazendo essas sessões com as minhas amigas, até que dei um tempo em namoros e foquei em mim. Talvez eu deva fazer isso novamente, assim que voltar para L.A.

– Bobagem. Até lá, você e o Sam já vão estar juntos novamente.

– Eu acho que não tem volta, Ash. Estou muito magoada e decepcionada com ele...

– Então está bem. Mas continuo tendo certeza de que vocês vão se acertar.

As loiras prepararam a pipoca e pegaram os potes de sorvete, levando-os para a sala. Ashley ligou a TV e programou o filme. Deitou-se ao lado de Quinn no sofá-cama e finalizaram o dia desta forma.

___ o ___

Sam deitou-se na cama para dormir e suspirou. A cama parecia grande demais para ele. Sentia muita falta de Quinn. Sentia falta do jeito safado dela, daquele sorriso encantador de manhã, dormir de conchinha e acordar aos beijos... Sentia saudades de sua loira.

Após um momento nostálgico, acabou pegando no sono.

___ o ___

Ashley acordou cedo e deixou um recado para Quinn avisando que, dessa vez, não havia esquecido a carteira e que estava a caminho do mercado.

Porém, o destino da tia de Sam, no momento, era a casa de Jennifer. Precisava encontrar alguma prova da armação da garota.

Estacionou em frente à mansão, pegou sua maleta de maquiagem e tocou a campainha. Um senhor abriu a porta - provavelmente, era o mordomo da casa – e sorriu.

– Com quem deseja falar?

– Jennifer. Ela está?

– Sim. Vou chamá-la. Um momento, por favor.

Ashley aguardou a garota dos cabelos cor de mel descer e cumprimentá-la.

– Bom dia, meu nome é Ashley, sou dona de um salão de beleza e vim fazer uma propaganda. Uma maquiagem e uma massagem grátis. Se gostar, pode aparecer por lá.

– Não é uma má ideia. Estou mesmo precisando de uma boa massagem e uma maquiagem profissional vai cair bem. Seus serviços são confiáveis? – indagou.

– Claro! Acha mesmo que iria oferecer algo de má qualidade? Meus produtos são ótimos.

– Acho que não tem muito problema, aqui em Nashville não há muitos riscos mesmo... Entre.

As duas subiram para o quarto da garota, que se enrolou em uma toalha e deitou-se de bruços na cama.

– Há mais alguma mulher na casa que gostaria de experimentar meus serviços.

– Ter até tem, mas são as empregadas. Minha mãe está trabalhando, para variar.

– “para variar” ?

– Meus pais estão sempre trabalhando... Ontem mesmo, que foi feriado, ambos estavam no trabalho.

– Entendi. Bem, vou deixar o endereço do meu salão com você, pode passar para ela depois.

– Ok. Essa massagem é realmente boa. – comentou Jennifer, fechando os olhos.

– Obrigada. – sorriu falsamente.

Relaxada, Jennifer acabou caindo no sono. Ashley aproveitou para procurar o que realmente a levou até a casa da “piranhazinha”. Achou o laptop da garota dentro do armário. Com muito cuidado, pegou o objeto e ligou. Havia uma conversa aberta no Facebook com uma tal de Rose.

Jennifer: Rose, queria agradecer mais uma vez por ter me contado sobre a Quinn Fabray, você não faz ideia do quanto isso ajudou minha amiga. Eu achei várias coisas sobre a loira vadia no MySpace que também auxiliaram. Obrigada! Bjs.

Rose: Fico feliz que tenha ajudado. Bjs

Havia outra janela, com uma mensagem que não foi visualizada.

Jennifer: Mais um plano concluído! Destruí o namoro do Sam com aquela Loira Azeda! Você deve estar se perguntando “como?”. Disse a ela que eu e ele transamos (mentira) e a humilhei, tocando em seus pontos fracos. Foi perfeito! Você tinha que ter visto a cara do Sam de desesperado. Kkkkkk

– Então é isso... A piranhazinha é má mesmo! – concluiu Ashley, tirando fotos da tela do computador com o celular. – Agora tenho as provas que precisava. Sam Evans e Quinn Fabray, preparem seus corações para uma futura reconciliação.

Ashley desligou o aparelho, juntou seu material na maleta e deixou a casa. Precisava ir embora antes que a garota acordasse.


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Notas finais do capítulo

Sei que ficou pequeno comparado ao anterior, mas precisava parar por aqui, pois o próximo capítulo promete.
Até mais, divos!
Bjs