All You Need Is Love escrita por Nay
Notas iniciais do capítulo
Aqui estou, meus divos! Finalmente, entrei de férias! Como prometido, postarei com mais frequência.
Ps: Adorei isso de atualizar as duas fics no mesmo dia. Kkkkkk
Vamos ao capítulo!
Quinn, após desviar-se do rapaz, que tentava impedi-la, pediu que o motorista a ajudasse com a mala. O senhor de meia idade guardou a mala da loira no porta-malas e sentou no banco do motorista.
– Quinn, eu te imploro, fica!
– Não torne tudo mais difícil, Sam… Por favor. - tentou conter as lágrimas, não queria demonstrar fragilidade.
– Eu te amo tanto… - disse Sam, olhando profundamente nos belos olhos de Quinn.
– Sabe por que dói mais? Porque eu também te amo…
A loira entrou no carro e autorizou a partida, deixando para trás o amor de sua vida.
Quinn encostou a cabeça no vidro e chorou. Percebeu os olhares de preocupação do motorista, mas ignorou. Se fosse explicar o ocorrido, provavelmente seria expulsa do veículo. Taxistas não tinham tempo para desabafos de uma mulher apaixonada.
Um filme do namoro dos dois passou pela cabeça da loira. Desde o momento que o reencontrou naquele bar em Los Angeles até a dolorosa despedida. Amava tanto aquele rapaz... Era simplesmente apaixonada por tudo nele. Amava a maneira como ele a fazia se sentir segura com um simples abraço, seu jeito ingênuo, mas ao mesmo tempo o mais inteligente no quesito de amar. Os fios loiros bagunçados e o olhar “perdido” ao acordar, as gargalhadas que davam juntos, os sorrisos trocados, o cuidado extremo de Sam ao fazerem amor, sempre preocupado se estava machucando-a. Sentia tanta falta daqueles toques íntimos... E saber que esses mesmos toques haviam sido sentidos por outra pessoa doía demais. Ainda mais por essa outra pessoa ser Jennifer.
Chorou. Era a única ação que seu cérebro conseguia comandar no momento, além das lembranças que passavam como em uma tela de cinema em sua mente.
– Senhorita, pela décima vez: chegamos. – disse o motorista impaciente, tirando Quinn de seus devaneios.
– Perdão, estava com o pensamento distante... – justificou a loira, entregando uma nota de vinte dólares ao senhor de meia idade. – Pode ficar com o troco.
– Obrigado. Bom dia, senhorita. – retirou a mala do porta-malas. – Mas eu te disse que o salão estaria fechado, hoje é feriado, moça.
– Eu sei. Vim falar com a moradora do segundo andar da casa.
– Então tudo bem. Até mais, senhorita.
Quinn olhou para a porta do salão de Ashley e limpou as lágrimas. Respirou fundo e tocou a campainha. A tia de Sam morava no segundo andar da casa que continha seu salão. Ou seja, morava em cima de seu local de trabalho. Segundo Ashley, era maravilhoso.
Ao ver a tia de Sam se aproximar, sorriu. Mesmo que tenha sido apenas um sorriso amarelo.
– Quinn, veio combinar os detalhes da festa? Podíamos ter feito isso por telefone. – sugeriu Ashley, abrindo a porta do estabelecimento.
– Na verdade... – suspirou e voltou a chorar.
– Querida, o que aconteceu? – perguntou a tia de Sam preocupada, abraçando a loira mais nova. – Entre.
– Eu e o Sam terminamos... – contou Quinn, sentando-se em um banquinho que era oferecido por Ashley.
– Como assim terminaram? Vocês estavam bem até ontem à tarde...
– Tudo aconteceu hoje de manhã, não faz muito tempo. Eu estou sentindo tanta dor aqui. – confessou Quinn, colocando as mãos no peito e afundando-se em lágrimas.
– Querida, não chore. – abraçou-a – Mas qual o motivo do término?
– Sabe a Jennifer? O Sam dormiu com aquela vagabunda. E contou toda a minha história da gravidez pra ela...
– Ele fez o quê? Eu vou lá dizer umas poucas e boas pro meu sobrinho! – levantou-se.
– Não! Por favor, eu não quero que ele saiba que estou aqui, pois sei que ele tentará conversar comigo e eu não quero ouvir nenhuma desculpa esfarrapada.
– Tudo bem... Mas você já ouviu o lado dele da história?
– Ele tentou se explicar, mas as justificativas que ele dava não tinham sentido algum.
– Podem não fazer sentido pra você, mas o Sam não mentiria... Conheço meu sobrinho e sei o quanto ele te ama.
– Será que ama? Quem ama cuida, não machuca.
____ o ____
– Sabe, Sam, eu daria tudo para consertar meus erros contigo. - disse, desfazendo o laço que prendia o roupão e jogando a peça em um canto do quarto.
– O que está fazendo? - perguntou assustado, tentando desviar os olhos do corpo nu de Jennifer.
– Acho que essa é uma ótima maneira de ganhar o seu perdão. - explicou, empurrando o loiro na cama e sentando sobre ele.
– Sai de cima de mim, garota! – gritou Sam, derrubando Jennifer ao seu lado na cama e levantando assustado.
– Eu sei que você quer... Ninguém precisa saber. Vem cá! – tentou beijar o loiro.
– Me solta, Jennifer! Você acha mesmo que depois de tudo o que você me fez, vou querer algo contigo, piranha?
– Sam, para de viver do passado! Eu sei que você sente algo por mim.
– Eu sinto muitas coisas, Jennifer. Ódio, nojo, desprezo...
– Você está me rejeitando?
– Você é acostumada a ter tudo o que quer, pois dessa vez vai ser diferente.
– Isso se chama determinação. Sou uma pessoa determinada, Sam.
– Pra mim, isso tem outro nome: Garota mimada. Agora, se me der licença, tenho uma namorada maravilhosa me esperando. – bateu a porta com força e saiu.
Sam lembrava-se de tudo o que havia acontecido naquele quarto. Se tivesse como provar para Quinn que não a havia traído...
O rapaz chorava como jamais havia feito. Estava com o coração partido. A cena de Quinn o deixando passava por sua mente o tempo todo. Sentia-se culpado por ter permitido a partida da ex-namorada.
Nesse momento, Quinn deveria estar pedindo carona a um motorista gordo e suado de caminhão. Rezava para que a loira estivesse bem. Não suportaria se algo acontecesse a ela.
____ o ____
Ashley tentava acalmar a ex-namorada de seu sobrinho. Passava as mãos pelos fios dourados de Quinn, que se derramava em lágrimas.
– Ash, desculpe-me por aparecer aqui sem avisar, mas eu não sabia para onde ir. Será que eu poderia dormir aqui hoje? É feriado e nenhuma rodoviária funciona... Amanhã darei um jeito de voltar pra Los Angeles.
– Fique o tempo que precisar, baby.
– Muito obrigada, de coração.
– Você pode ficar no quarto de hóspedes. Siga-me, vou te mostrar onde ficam as coisas.
Ashley sugeriu que a loira mais nova tirasse um cochilo, precisava descansar depois de tudo. Caminhou até a cozinha para preparar um bolo, adorava mostrar sua habilidade culinária para as visitas.
Sentiu o celular vibrar no bolso e largou os ingredientes que segurava para atender. Era Sam. Agradeceu mentalmente por Quinn estar dormindo.
– Sam! Quanto tempo, querido. Tudo bem? – fingiu-se desentendida.
– Tudo péssimo, tia. Eu preciso muito que você venha aqui. É um caso de emergência.
– Aconteceu alguma coisa com você ou com a Quinn?
– Aconteceu algo com o meu namoro. Por favor, tia, vem logo. Eu te explico tudo aqui.
– Estou indo, beijos.
– Obrigado, beijos.
Ashley guardou os ingredientes na geladeira. Deixou um bilhetinho para Quinn dizendo que havia ido ao mercado. Pegou as chaves do carro e saiu.
___ o ___
Sam andava de um lado para o outro, ansioso para a chegada da tia. Ela era a única que poderia o auxiliar nessa situação. Aliviou-se ao ouvir o som da campainha.
– Ainda bem que você chegou, tia! – suspirou Sam, abraçando Ashley e caindo no choro.
– Agora me explica o que aconteceu, por favor.
Os dois sentaram-se no sofá e Ashley limpou as lágrimas de Sam, que sorriu de canto.
– Eu e a Quinn terminamos... Ela acha que eu a traí.
– Com quem? – fingiu-se surpresa.
– Jennifer.
– Então quer dizer que a piranhazinha voltou.
– Pois é. E o pior é que a Quinn não quer acreditar em mim... A Jennifer disse a ela que nós transamos e disse também algumas coisas referentes ao passado da Q. Eu não sei como ela descobriu tudo, mas a vagabunda disse pra Quinn que eu havia contado.
– Mas você disse a Quinn que não havia feito um chaca chaca na buchaca com ela?
– Um o quê, tia?
Ashley bufou.
– Que vocês não transaram. Esqueço que você não está acostumado com esse vocabulário antigo.
– Sim, eu disse. Mas ela não acreditou. Eu realmente fui à casa da Jennifer... – fora interrompido.
– Sua besta! – gritou Ashley.
– Tia Ash! – repreendeu Sam.
– Desculpe-me. Continua.
– Eu fui pedir a ela para deixar o meu namoro em paz, só isso. Mas a Quinn preferiu acreditar no teatrinho da Jennifer. Ela foi embora, tia... Ela me deixou.
– Querido, você também não precisa agir como se ela tivesse pedido o divórcio.
– Mas é praticamente isso, tia Ash. Eu amo a Quinn, ela é a mulher da minha vida, a pessoa com quem eu quero me casar, ter filhos e passar o resto da minha vida ao lado dela. Eu a amo até a morte. Muito mais que isso, a amo até depois do fim. – suspirou e retornou a chorar.
– Sammy, você precisa provar pra ela que tudo não passou de uma armação da Jennifer.
– Como, tia? Nesse momento, ela deve estar a caminho de Los Angeles.
– Mas como ela sairia daqui? Não há nenhuma rodoviária aberta, o aeroporto está fechado também, por problemas técnicos, não me pergunte o quê.
– Ela pode ter pego carona com alguém na estrada, o que eu rezo profundamente para não ter acontecido. É muito perigoso...
– Mas mesmo assim, não tem como ela sair daqui. Houve um problema na estrada, fecharam-na.
Sam levantou depressa do sofá e sorriu.
– Obrigado, tia Ash! Muito obrigado! – agradeceu, enchendo-a de beijos na bochecha. – Você sabe aonde ela pode estar?
– Não... Sinto muito. – mentiu. - Vamos fazer o seguinte: encontraremos provas de que foi armação da piranhazinha e depois encontraremos a Quinn.
– Você é uma gênia, tia Ash!
– Eu sei. – riram.
– Eu adoro quando você chama a Jennifer de “piranhazinha”. – disse Sam, rindo.
– É apenas a verdade.
– Com certeza.
– Preciso ir, querido. Mas pode deixar que amanhã de manhã irei tentar achar algumas provas, já planejei tudo na minha incrível mente. – riram.
– Mais uma vez, obrigado.
Despediram-se e Ashley dirigiu-se para o carro. Ligou as chaves e partiu.
___ o ___
Quinn acordou do cochilo e notou o bilhetinho na cabeceira. Sorriu. Era incrível como a tia de Sam a tratava com tanto carinho. O bilhetinho estava repleto de corações, lembrou-se de sua mãe. Ela sempre colocava bilhetes carinhosos na sua mochila.
– Cheguei, baby. – gritou Ashley do andar debaixo. – Acredita que eu esqueci minha carteira aqui? Não pude comprar nada. – inventou.
– Não se preocupe, Ash. Não quero dar trabalho nenhum. Eu mesma posso ir ao mercado. Aliás, vou fazer isso agora!
– Não precisa, querida. Tenho tudo o que precisamos para uma típica sessão de “mulheres apaixonadas que estão tristes com o término do relacionamento”.
– Isso significa...
– Potes de sorvete, pipoca e um filme de romance. E, claro, muito choro.
– Eu vivia fazendo essas sessões com as minhas amigas, até que dei um tempo em namoros e foquei em mim. Talvez eu deva fazer isso novamente, assim que voltar para L.A.
– Bobagem. Até lá, você e o Sam já vão estar juntos novamente.
– Eu acho que não tem volta, Ash. Estou muito magoada e decepcionada com ele...
– Então está bem. Mas continuo tendo certeza de que vocês vão se acertar.
As loiras prepararam a pipoca e pegaram os potes de sorvete, levando-os para a sala. Ashley ligou a TV e programou o filme. Deitou-se ao lado de Quinn no sofá-cama e finalizaram o dia desta forma.
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Sam deitou-se na cama para dormir e suspirou. A cama parecia grande demais para ele. Sentia muita falta de Quinn. Sentia falta do jeito safado dela, daquele sorriso encantador de manhã, dormir de conchinha e acordar aos beijos... Sentia saudades de sua loira.
Após um momento nostálgico, acabou pegando no sono.
___ o ___
Ashley acordou cedo e deixou um recado para Quinn avisando que, dessa vez, não havia esquecido a carteira e que estava a caminho do mercado.
Porém, o destino da tia de Sam, no momento, era a casa de Jennifer. Precisava encontrar alguma prova da armação da garota.
Estacionou em frente à mansão, pegou sua maleta de maquiagem e tocou a campainha. Um senhor abriu a porta - provavelmente, era o mordomo da casa – e sorriu.
– Com quem deseja falar?
– Jennifer. Ela está?
– Sim. Vou chamá-la. Um momento, por favor.
Ashley aguardou a garota dos cabelos cor de mel descer e cumprimentá-la.
– Bom dia, meu nome é Ashley, sou dona de um salão de beleza e vim fazer uma propaganda. Uma maquiagem e uma massagem grátis. Se gostar, pode aparecer por lá.
– Não é uma má ideia. Estou mesmo precisando de uma boa massagem e uma maquiagem profissional vai cair bem. Seus serviços são confiáveis? – indagou.
– Claro! Acha mesmo que iria oferecer algo de má qualidade? Meus produtos são ótimos.
– Acho que não tem muito problema, aqui em Nashville não há muitos riscos mesmo... Entre.
As duas subiram para o quarto da garota, que se enrolou em uma toalha e deitou-se de bruços na cama.
– Há mais alguma mulher na casa que gostaria de experimentar meus serviços.
– Ter até tem, mas são as empregadas. Minha mãe está trabalhando, para variar.
– “para variar” ?
– Meus pais estão sempre trabalhando... Ontem mesmo, que foi feriado, ambos estavam no trabalho.
– Entendi. Bem, vou deixar o endereço do meu salão com você, pode passar para ela depois.
– Ok. Essa massagem é realmente boa. – comentou Jennifer, fechando os olhos.
– Obrigada. – sorriu falsamente.
Relaxada, Jennifer acabou caindo no sono. Ashley aproveitou para procurar o que realmente a levou até a casa da “piranhazinha”. Achou o laptop da garota dentro do armário. Com muito cuidado, pegou o objeto e ligou. Havia uma conversa aberta no Facebook com uma tal de Rose.
Jennifer: Rose, queria agradecer mais uma vez por ter me contado sobre a Quinn Fabray, você não faz ideia do quanto isso ajudou minha amiga. Eu achei várias coisas sobre a loira vadia no MySpace que também auxiliaram. Obrigada! Bjs.
Rose: Fico feliz que tenha ajudado. Bjs
Havia outra janela, com uma mensagem que não foi visualizada.
Jennifer: Mais um plano concluído! Destruí o namoro do Sam com aquela Loira Azeda! Você deve estar se perguntando “como?”. Disse a ela que eu e ele transamos (mentira) e a humilhei, tocando em seus pontos fracos. Foi perfeito! Você tinha que ter visto a cara do Sam de desesperado. Kkkkkk
– Então é isso... A piranhazinha é má mesmo! – concluiu Ashley, tirando fotos da tela do computador com o celular. – Agora tenho as provas que precisava. Sam Evans e Quinn Fabray, preparem seus corações para uma futura reconciliação.
Ashley desligou o aparelho, juntou seu material na maleta e deixou a casa. Precisava ir embora antes que a garota acordasse.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Sei que ficou pequeno comparado ao anterior, mas precisava parar por aqui, pois o próximo capítulo promete.
Até mais, divos!
Bjs