The Host Pilgrim escrita por Vlayk


Capítulo 1
The Host Pilgrim




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Eu sabia que começaria pelo fim, e que este fim, iria parecer à morte para meus olhos, haviam me avisado. Mas nada poderia me preparar para o que veio. A primeira memória, que seria a última, veio em uma explosão de cores fortes e barulho ensurdecedor.

Frio em minha pele, dor em meus membros, queimando-me.

Estava cercada e não havia mais para onde fugir, chutou a porta do salão, a madeira estalou com a força e caiu, ela correu ainda mais rápido, desviando de alguns buscadores que estenderam as mãos para alcançá-la, mas ela foi mais rápida, não havia saída para ela e ela sabia.

Ela ouviu o caminhão antes que seus olhos o vissem e correu em disparada atirando-se a sua frente, ouviu o grito das centopéias a suas costas, mas ela não se voltou para vê-los. Sentiu o impacto e foi jogada para o chão, a dor atingiu-a por todos os lados e ela sentiu o sangue escorrendo.

-Não precisava disso – um buscador murmurou em algum ponto acima de sua cabeça, mas ela não estava ligando. Margot estaria sozinha agora, sua pequenina, sozinha para sempre.

Não! Ofeguei, tremendo, o frio e a dor me atingiram, o medo me atingiu. Mas então a escuridão me engolfou e eu fui jogada para as sombras, arfei buscando me acalmar, meu coração bombeou o sangue mais rápido e eu não fui capaz de contar suas batidas.

E então eu a vi, eu me vi o rosto fino e elegante, expressado por lábios generosos e sobrancelhas arqueadas, o nariz aquilino e fino, um rosto bonito, embora eu nada soubesse o que era beleza neste mundo, rodeado por cabelos escuros e compridos, aquela era eu. Não poderia dar mais do que dezessete anos para o meu rosto.

Meu! uma voz alta e aguda gritou do fundo de minha mente e eu me assustei pela voz alienígena.

Meu corpo, meu. Tudo meu! Gritei de volta, atordoada, foi então que compreendi. Como era possível? Era meu corpo agora, ela não deveria estar aqui. Ofego novamente e tento me concentrar, alisando o centro dos pensamentos, tentando me encontrar.

-Acredito ser muito para ela. – uma voz profunda e gentil, masculina murmurou – para uma alma tão delicada, uma alma peregrina como ela, não deveria ser tão cruel.

-Ela vai resistir, ela esteve em mais mundos do que qualquer um aqui, é a sua nona hospedeira. – uma voz mais aguda e rápida exclamou, como se contar minhas vidas fosse algum grande feitio.

-Ainda assim, a hospedeira peregrina jamais lidou com tanta violência e emoções quanto irá lidar neste corpo. – a primeira voz falou novamente.

-É assim que a chama? A hospedeira? – o som do riso facilmente foi detectado, este corpo sabia definir as emoções por trás do som.

-É o que ela é, ela poderá escolher um nome quando estiver acordada. – foi à resposta casual, mas podia ouvir o descontentamento em sua voz.

-Ora, não seria sua primeira alma a desencaminhar-se não é? Todos se lembram de Peregrina, alguns anos atrás. Por isso a preocupação, Ford Águas Profundas?

-E você Buscadora é tão insistente quanto a Buscadora de Peregrina, espero que a Hospedeira tenha mais sorte desta vez.

Peregrina? O que ela queria dizer com isso? Desencaminhar? Peregrina haveria sucumbido a seu hospedeiro? Subitamente abro meus olhos e encaro as duas Almas em pé ao meu lado.

-Bem vinda Hospedeira.


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