Amnésia - em hiatus escrita por Kaah


Capítulo 5
Capítulo 4 - Visitante Inusitado


Notas iniciais do capítulo

Oiiii pessoal, quero ver se alguém ainda quer ler essa minha humilde historia :P
Enfim, não sei se vou continuar a posta-la. Mas vou tentar continuar postando.
Espero que alguém leia e goste. Se gostar, deixe um comentário, se não gostar, deixe um comentário também uahsuahsuahs
Boa noite.



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Acordei novamente com o sol em meu rosto. Abri os olhos aos poucos, para me acostumar à claridade. Notei que tinha alguém na porta, pisquei varias vezes e finalmente minha visão retornou. Vi um garoto ali na porta, me encarando com um misto de surpresa e irritação. Ele olhou para os lados do corredor e não vendo ninguém ali logo entrou no quarto, puxou uma cadeira próxima à cama e com muito esforço conseguiu se sentar, pois era muito pequeno para a altura da cadeira. Fiquei ali pasmo, encarando o garoto sem o que falar. De onde ele havia saído, e por que ele estava aqui no meu quarto? Ele continuou me encarando sério por algum tempo sem se mexer ou falar nada. Quando levantei minha mão para apertar o botão e chamar a enfermeira, ele falou.

– Então quer dizer que é você. – Falou baixinho, me esforcei um pouco para poder ouvir e do mesmo jeito não entendi. Ele sabe quem sou?

– Do que você está falando?

– Você é Ethan Carter, certo? – Perguntou com uma sobrancelha arqueada.

– É o que dizem. E você?

– Sou Josh, prazer. – Sorriu e levantou a pequena mão para me cumprimentar. – Fiquei sabendo que o senhor finalmente tinha acordado e então vim ver. Não se pode acreditar em tudo o que os médicos dizem senhor, eles mentem.

– Mentem, é mesmo? E como você sabe disso?

– É muito fácil, todos mentem, principalmente eles. Então resolvi checar eu mesmo para ver se era verdade, que o senhor finalmente acordou. O senhor dorme muito, sabia?! – Sorri com a ingenuidade dele.

– E quantos anos o senhor tem? – Perguntei curioso, ele é tão magro e branquinho que me parece ter 4 anos.

– Eu tenho 5 anos. Não parece, não é mesmo? – Passou a mão em sua cabeça, que não tinha cabelos. O olhei dos pés a cabeça novamente. Ele não parecia estar doente, apenas um pouco magro. – E quantos anos você tem?

– Não sei. Quantos anos você acha que eu tenho?

– Não sei. – coçou o queixo e disse. – Você me parece bem velho, talvez 25 anos. – Ri com aquilo.

– Devo ter um pouquinho a mais. Mas eu realmente não sei. Perdi a memória sabe... – Cocei a cabeça e sorri.

– Perdeu senhor? Que divertido deve ser não se lembrar de nada.

– Não é divertido. Você gostaria de esquecer a sua vida inteira?

– Talvez. Assim eu esqueceria de todos os problemas que tenho. – Me encarou pensativo.

– Que tipo de problemas você tem? – Perguntei curioso. Crianças não têm problemas.

– Isso eu não posso contar senhor. – Falou triste, olhando para os lados.

– Tudo bem então. E onde está sua mãe? – Ele sorriu conspiratório.

– Não sei. Da ultima vez que a vi ela estava dormindo em uma dessas cadeiras de hospital.

– Então quer dizer que o senhor fugiu dela? – Ri com aquilo. – E por que?

– Por que eu queria te conhecer, não é obvio? – Fez uma careta e continuou. – Todos nesse hospital falavam tanto sobre isso que eu fiquei curioso. Crianças podem ser muito curiosas, não é mesmo senhor Carter?

– Sim. Estou vendo um exemplo delas aqui. – Apontei para ele que começou a rir.

– O senhor não é tão bonito quanto dizem. – Falou me analisando. – Tem os olhos fundos, é branco de mais e dorme muito. Acredito que mulher nenhuma iria querer um homem preguiçoso e maltratado desse jeito. – Fiquei surpreso com sua afirmação e depois ri.

– Sério? Mas você está igual a mim, é magrelo, pequeno e duvido muito que tenha alguém. – Debochei dele.

– É claro que tenho uma namorada. – Falou ofendido. – Ela se chama Lilith e é muito linda. Uma das mais lindas desse hospital.

– Lilith? – Perguntei surpreso. – Duvido que ela seja sua namorada.

– Não duvide do que eu falo, senhor. Nunca. – Falou sério, mas depois voltou a sorrir. – Depois apresento os dois. Você vai adora-la. Ela é muito boa com todos aqui.

– Tudo bem então. – E então fomos interrompidos por alguém, entrando apressada pela porta com uma bandeja nas mãos.

– Lilith. Que bom que está aqui. Senhor Carter, conheça a minha namorada. – Ela parou assim que ouviu a voz de Josh.

– Então quer dizer que o senhor está aqui. Sua mãe está procurando você pelo hospital inteiro. O que esta fazendo aqui, atrapalhando o sossego do senhor Carter? – Perguntou séria, mas logo sorriu, me entregando a bandeja e pegando o pequeno Josh no colo. – Você ainda vai deixar sua mãe louca, sabia? – Fez cocegas no garoto.

– Conheça meu novo amigo Lilith, Sr. Carter, essa é minha namorada. Ela não é mesmo linda?!

– Eu já o conheço Josh. Não é mesmo, senhor Carter?

– Claro. Mas eu não sabia que era sua namorada.

– Isso é por que estamos mantendo isso em segredo, senhor. – Ele cochichou e sorriu.

– Tudo bem, já chega. Josh, você não deveria estar aqui. Vamos voltar para a sua mãe antes que ela tenha um treco. – E então se levantou com o garoto no colo, protestando.

– Mas eu não quero ir Lilith, quero ficar aqui com o Sr. Carter. – Falou emburrado.

– Depois Josh. Vamos logo. – Foi caminhando até a porta e parou. – Daqui a pouco volto para buscar a bandeja, senhor.

– Depois nos vemos senhor Josh. Gostei muito de conhecer você. – Ele parou de reclamar e sorriu para mim, agora mais calmo, se deixou ser levado de volta para a mãe. Comecei a comer meu café da manhã. Relembrando da cena que acabou de acontecer, rindo comigo mesmo. Alguns minutos mais tarde Lilith entrou no quarto, sozinha sorrindo. – E o pequeno Josh?

– Voltou para seu quarto. Sua mãe estava aos prantos, pensando que o garoto tinha fugido. Ele nunca fugiria. Ela só é muito grudada nele, apenas isso.

– Você disse que ele tinha voltado para seu quarto. Isso quer dizer que ele está doente?

– Infelizmente sim. – Parou de sorrir e continuou falando. – Nosso pequeno Josh tem câncer maligno e os médicos dizem que ele tem poucos meses de vida. Os médicos não querem dizer isso a ele, mas ele é muito esperto e sabe que tem algo errado. Ele sempre diz que os médicos mentem.

– Ele me disse isso, mas eu não sabia era tão grave assim.

– Ele quase nunca fala sobre isso. Mas como o senhor viu, ele é feliz mesmo assim.

– E ele mora aqui?

– Praticamente. Aos finais de semana seus pais saem com ele para algum lugar. Ainda me lembro de quando ele nasceu prematuro, tão pequeno e frágil. Os médicos diziam que ele não iria sobreviver, e aqui está ele, desmentindo os médicos e superando todas as expectativas. Ele é uma benção para esse hospital. Não consigo pensar como isso aqui seria sem ele. – Seus olhos começaram ficar brilhantes, com lágrimas contidas. Não sabia o que fazer, então fiquei ali calado. – Quando estamos com problemas, lá está ele, sempre com um sorriso nos lábios e nos fazendo esquecer de tudo. Ele é muito forte. Sempre nos mostrando que nossos problemas não são nada. Em comparação ao que ele passa, mas mesmo assim ele é feliz. – Olhou para mim e sorriu um pouco. – Mas vou parar de falar sobre isso, não quero parecer uma chorona para o senhor. – Riu e enxugou uma lagrima que caiu. – Vim buscar a sua bandeja e perguntar se quer tomar sol no pátio.

XXX


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Notas finais do capítulo

Vamos ver se continuo ou não com essa historia...
Enfim, reviews são muito bons viu... (:
Boa noite.



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