Uma dúvida aparece fulminando em minha cabeça: Eu não teria enviado “Pobre Ella” por acaso para Mark, algo estava errado. Não havia como eu saber o que era, eu tinha certeza que havia 4 pessoas no jogo, nem mais nem menos... Ou havia 5? Provavelmente sim, havia 5 caso se leve o fantasma em consideração... Minha cabeça dava voltas.

        “Mark, há quantas pessoas jogando?”

        “Quatro! Eu, você, Dianna e Ted, mas que tipo de pergunta é essa?”

       “Não... Havia outra pessoa, eu tenho certeza, só não sei quem é (ou era)”

        “Há 5 pessoas só se você contar o fantasma”

        “Você deve ter razão”

        Mesmo assim, eu estava na dúvida, havia outra pessoa, eu tenho certeza absoluta disso.

        O fantasma estava no andar de baixo, como eu precisava prestar atenção e fazer silêncio, para não morrer de tédio eu comecei a ler os SMS que havia enviado para Mark:

        “Ted está na lavanderia, **** está no banheiro, Dianna está na sala de jogos, e eu estou na cozinha, dentro do fogão grande”                                                                       Assim que vi o **** na mensagem, engoli seco, havia mesmo um quinto jogador, mas eu não me recordava de seu nome, nem mesmo Mark, nem mesmo ninguém, como se esse jogador nunca tivesse existido.

        “Mark, leia nossas mensagens, havia mesmo um quinto jogador, mas seu nome está escrito como ****, verifique se no seu também há isso”

        Espero um tempo e depois outra mensagem de Mark chega:

        “Havia mesmo outro jogador, mas eu não me recordo de seu nome nem de sua face, vamos nos concentrar no que é importante, como sobreviver”

        Tive uma idéia, peguei uma folha de papel e uma caneta que estavam encima da escrivaninha do quarto de meus pais. Usando isso, escrevi o seguinte:

        Dianna

       ****

       Peter

       Mark

       Ted

       Sabendo que o que estava no papel poderia mudar, peguei meu celular e tirei uma foto da folha. Bem nesse momento, ouço passos subindo a escada, sabia que ele estava vindo.

        Estava escondido no lugar mais óbvio possível, sabia que seria um alvo fácil. Vi seus pés dentro do quarto, ele estava indo em direção a cama, e parecia que ia abaixar, fiz o que pude, rolei para perto do guarda-roupa e me agarrei entre o lado da cama e o guarda-roupa, ficando preso, assim, ele poderia olhar embaixo da cama e não veria nada.

        Logo depois, ele foi em direção ao guarda-roupa, rolei novamente para debaixo da cama, ele abriu o guarda-roupa, olhou mais um pouco e foi embora. Naquele momento fiquei certo de uma coisa: Mark estava em perigo.