Dei um grito. Afastando-me do indivíduo. Ao em cara meu medo, vi que é apenas Jason. Tão assustado como eu.

_Meu deus! Quer me matar? _disse ele, pondo a mão no peito.

_O que... O que está fazendo aqui em baixo? _Disse as palavras com dificuldade. Gaguejando. Estou lutando para fazer com que minha respiração e meu coração que parece querer explodir a qualquer momento, se acalmem.

_Você estava demorando. Evy mandou eu vim te chamar, pois tem medo daqui. Vi você concentrada, lendo esses papeis. E me aproximei para de chamar, e você quase me matou de susto. Estou no mesmo teto que uma psicopata, que mata sua vitimas as assustando. _Disse, com um sorriso brincalhão no rosto.Não é o Cole, anjo negro. É apenas Jason, o desconhecido, muito idêntico com Cole Maclay, o irmão de Jonathan.

_Desculpa, pensei que fosse outra coisa. _Juntei os papeis e os joguei na caixa novamente. E a levante. Segurando-a no colo.

_Que outra coisa? _Perguntou curioso.

_Não sei um rato caindo do teto. _Dei um pequeno sorriso, para comprovar minha afirmação.

_Um anjo como você com medo de ratos? Eu protegerei a ti e sua fiel amiga. _Fez uma posse engraça. Como um fisiculturista exibindo seus músculos.

_Meu herói! Agora, você podia me salva. Levando essa caixa lá pra cima. _Passei a caixa pra ele. Que me deu um sorriso fantástico. Que deixaria qualquer uma babando aos seus pés.

Em quanto subimos os degraus da escada. Percebi que ele usou o apelido ao qual Lucas me chama. Estranho, será que eles se conhecem ou já viu Lucas me chamar assim em algum lugar? Ou pode ser uma simples coincidência. Estou fervendo minha cabeça à toa, por motivos fúteis. Ao me lembrar de Lucas, me atingiu uma saudade avassaladora.

Eu o vi ontem à tarde, passamos uma maravilhosa tarde juntos. Fomos ao parque da cidade. Levei uma toalha e uma cesta com frutas, suco e alguns ensanduichem. Escolhemos um local com sombra, em baixo de uma árvore enorme e bela. E lá fizemos nosso piquenique. Conversamos bastante, seu pai ainda bebe bastante, mas não tem mais batido nele. Suas notas na escola estão ótimas e até fez amigos. Evy adora o Lucas, e Cody conversa com ele, quase sempre sobre carros. Cody disse que não entendia de nada. Apenas tem um carro que é. Uou! Muito show! Que você enlouqueceria para ter igual.

Alguns garotos do time de basquete, também tem se enturmado com Lucas. Graças a Cody. Ele é um ótimo amigo. Nem acredito que Evy acha que ele esta apaixonado por mim. Somos como irmãos. Conhecemo-nos desde o jardim de infância. E ao final da tarde, passamos em uma sorveteria. E é claro, não podia sair de lá sem sujar Lucas com sorvete. Todas as pessoas ficaram nos encarando. Duas crianças brincando com a comida. Contei a ele que tinha prometido ir com Evy ao cemitério. Ele perguntou se eu queria que ele fosse junto. Mas achei melhor não. Este lado de Evy, ela não mostra pra ninguém além de mim e sua mãe. Apesar de achar que ela não se importaria com a presença dele. Os dois são grandes amigos. Como se um conhecesse o outro a vários anos. Ela até conversou com ele sobre Nathan. O que confesso me deu um pouco de inveja. Nem pra mim, amiga dela , ela quis falar muito sobre esse assunto.

Meu pai tem saído cada vez mais. Quase não o vejo em casa. Apenas na escola na sala de aula, quando ele não é meu pai. E isso não me serve de nada. Sinto saudades dele também. Cheguei a comentar com ele em uma rara noite que jantamos juntos. Ele me pediu desculpa, mas alegou está trabalhando em um projeto extremamente importante. Prometeu-me, passar mais tempo comigo. Muito antes dessa loucura toda em minha vida, nunca gostei de ficar sozinha em casa. Gosto muito menos agora com anjos negros a espreita. Prontos para darem o bote. Já na sala. Comemos os deliciosos sanduíches feitos pela Evy. Uma novidade, pois ela cozinha muito mal. Nem os sanduíches dela eram comestíveis. No começo até hesitei em por estes na boca, mas depois da primeira mordida. Acabei comendo três. Levamos os pratos para a cozinha. Ao voltarmos.

Encontramos um Jason contente. Lendo um dos papeis que pegou na caixa, que me pai separou. Contendo várias informações sobre meus descendentes.

_Seu pai encontrou e deixou um ótimo material de pesquisa pra você.

_Sim, percebi isso ao dar uma avaliada em alguns papeis. O que está lendo._Chego mais perto. Aproximando-me dele. Ele pegou o mesmo jornal ao qual estava lendo lá em baixo. Sobre a morte de Cole Maclay. Ele teve ter visto a foto. É claro que viu Mirela, ele não é cego! A menos que tenha ficado cego nos segundos em que fomos à cozinha levar os pratos. Deixa de retardada, como se já não bastasse está enlouquecendo.

_Me deixa vê. _Afirmou, como se fosse uma ordem, que será cumprida sem hesitação. Ela deu alguns passos, se sentando no sofá ao lado dele. E tirou o jornal de sua mão, nem parece que faz menos 24hrs que os dois se conhecem. Pelo meu vê pra Evy, eles se casariam amanhã se possível. Estou feliz por finalmente minha amiga está gostando de alguém novamente, depois de Nathan. Ninguém é merecedor do destino de se viver só, sem companhia. Solitário e sem amor. Quando o caso é amor, somos como esponjas. Prontas para absorver o máximo deste sentimento estranho.

_Caramba! _Evy deu um grito. Assustando a mim e Jason. Ela deu um pulo do sofá, vindo até mim.

_Olha só isto, o Jason é igualzinho a esse cara. Este tal de Cole Maclay, filho do fundador da cidade. _Dei uma olhada novamente para a foto, e senti um calafrio. Esfreguei meus braços, tentando afastar essa sensação de “Perigo!”, do meu cérebro.

Não sei por que, mas desde que vi Cole Maclay em minha visão, senti algo de obscuro, escondido em seu olhar congelante. Que chega a petrificar minha alma. Não entendo o porquê disso tudo. Será que a resposta, é por que quando o conheci, estava ameaçando contar sobre os encontros de Jonathan e Rosane a todos? Esses dois irmãos tinha uma enorme montanha entre os dois de ódio, talvez?

_Na realidade, muitos chamam Joel Maclay e Jonathan Maclay de os fundadores da cidade. Mas que a fundou mesmo foi seu filho, Jonathan. O pai foi apenas o cofundador. Jonathan foi que terminou o projeto, sonhos, do pai. _Deu um sorriso tímido, ao perceber que eu e Evy o encaramos.

_Desculpe-me, às vezes eu só, simplesmente saio falando tudo, como uma enciclopédia humana. _Deu outro pequeno sorriso, que apenas o deixa charmoso.

_Enciclopédia humana, sabe como, ou o porquê de ser parecido com o irmão do fundado. _Evy exigiu saber.

_Na realidade sim, tenho uma teoria não concluída sobre isto. _Um sorriso brilhante, brotou de seus lábios.

_Se estou certo... Estou dizendo “si”. A minha descendência e fruto de um caso, entre Cole Maclay e Miranda Macbele. _Disse a última, frase envergonhado. Agora entendo, parece que conheço bem como é a sensação de ser levar um soco na boca do estômago e em seguida ser nocauteado com um soco certeiro na cara. Com certeza irá ficar uma marca roxa no local.

Foi assim que me senti ao escutar as palavras de Jason. Como assim! Cole teve um caso com Miranda, à noiva de Jonathan! Essas palavras são gritadas em minha mente, por um ser, a consciência de Mirela.

_Por que você não apareceu antes, quando o céu cai em minha cabeça e assim Cole o anjo negro me atormentava? Eu precisava de respostas inteligentes?

_Problema seu, foi você que entrou nessa enrascada. Por que não obedeceu a sua mãe? To fora dessa. Entrou, agora sai sozinha. Legal! Além de ter conversas internas. Perco uma briga pra minha própria consciência. Minha consciência é mais lúcida que eu mesma.

_Então a aplicação para você ser tão parecido com Cole Maclay é que, você é descendente dele? _Disse as palavras em voz alta, tomando entendimento disto, apenas depois de tê-las falado. Foi mais uma afirmação, que uma pergunta.

_Provavelmente sim, essa é uma das explicações. _Olhou dentro dos meus olhos cor de mel. Como se estivesse estudando minha reação, meus movimentos, minhas emoções ao absorver toda essa informação. O encarei com a mesma intensidade. Olhando dentro de seus incríveis olhos azuis. Que parecem mais azuis agora do que das outras vezes em que reparei. Poucas, já que desmaiei e acorde a menos de duas horas. Evy interromper nossa troca de olhares.

_Isso é demais! E assustadoramente estranho também. Nossa você se parece, com um cara que já morreu há vários séculos. “Parecer” é até uma forma fofa de dizer. Você é a copia dele. Não me diga que viajou do passado, para nosso maravilhoso presente? _Todos gargalharam, de uma forma contagiante.

_Não, apesar de saber que uma máquina no tempo, é algo impossível. Pelo menos em nosso presente, ainda falta muita tecnologia pra isto. _Sorri de formar tímida novamente.

_Sinto muito, eu não consigo controlar. E saio falando como...

_Uma enciclopédia humana. _Evy e eu falamos ao mesmo tempo. Gargalhando ainda mais.

Então, tudo está parecendo se encaixar. Jason e surpreendentemente igual a Cole Maclay, pois é seu descendente. E quem é Cole o anjo negro? E Cole Maclay? Quem são eles de verdade, não apenas a aparência física. Mas a essência de suas almas. Boa ou ruim? Está é a pergunta ganhadora. Cole o anjo negro, com certeza já deveria ter a alma podre em vida. O real mistério é Cole Maclay, o jovem ao qual conheço tão pouco.