Anjo Negro escrita por Asheley Dream


Capítulo 14
A mulher pálida


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora, espero que gostem. Não se esqueçam de deixar um comentário *-* bjs até...



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Meu pai nuca fala muito sobre a minha mãe, tudo que sei é que eles se amavam muito e que, ele diz que ela me amava muito também. Sempre deixou claro, e garantiu para mim que a morte dela não foi minha culpa. Ele sempre diz:

_Ela te amou muito, e quando descobriu que estava grávida foi o primeiro dia mais feliz da vida dela. _Ele sorriu para mim. Tenho sei anos. Estamos em casa, ele está me pondo para dormir. Sempre peço a ele para me contar a história sobre a mamãe.

_E o segundo papai? _Perguntei de novamente. Toda vez que ele me conta essa história eu pergunto as mesmas perguntas.

_O segundo foi quando ela me viu pela primeira vez.

_Por que quando ela te viu o coração dela bateu muito forte, que quase saiu do peito.

_Isso mesmo. _Ele sorriu.

_Por que a mamãe morreu?

_Filha, é complicado. Ela pode não está com a gente aqui, mas está aqui. _Apontou para o meu coração.

_Sempre! _Dissemos juntos.

_Tenha uma boa noite, princesa. _Beijou minha testa e acendeu o abajur, apagando a luz, foi em direção a porta.

_Boa noite filha! _ E fechou a porta. Mal eu sabia que o coração dele estava quebrado em mais de mil pedaços. A única alegria dele é a filha, um pequeno pedaço dela, Maria sua amada esposa.

***

Sentei-me ao lado dele, colocando minha cabeça em seu ombro. Ele me conta a histórias da minha mãe toda noite antes de eu dormir, mas quando fiz nove anos, Emily disse que eu não tinha mãe porque ela se matou. Briguei com ela e ela me contou que minha mãe morreu por depressão pós-parto. E a culpa era minha. Em casa chorando e gritei com meu pai.

_Você mentiu pra mim!

Desde então nunca mais ele me contou a história ante de eu ir dormir.

_Pai, me conta a história da mamãe? _Pedi.

_Pensei que não gostava da história mais. _Disse triste.

_Eu também, mai sempre gostei, e acho que ainda gosto. Por favor! _Implorei.

_Sobre o que você quer saber? _Falou se rendendo.

_Hum... Deixa-me pensar... Que tal quando eu nasci, a primeira vez que ela me viu.

_ Tem certeza? _Franziu o cenho.

_Sim.

_Eu estava trabalhando, e de repente, recebi uma ligação. Era do nosso médico, dizendo que sua mãe tinha acabado de dar entrada no hospital. _Sorri, prestando atenção no que ele diz.

_Larguei tudo e sai correndo. Eu acompanhei tudo, fiquei a o lado dela, segurando sua mão. Ficamos rindo feito, bobos ao ouvir seu choro. Quando o médico te entregou a ela. Eu vi um brilho se acender nos olhos dela. Então ela olhou pra mim, trasbordava de felicidade. E naquele instante eu soube...

_Soube o que?

_Que amaríamos você para sempre. _Senti as lágrimas rolarem pelo meu rosto.

_Ah, querida! Não chore. _Estendeu as mão, limpando as lágrimas.

_È uma pena que eu nunca a tenha conhecido.

_Você a conhece. Ela está bem aqui. _Apontou para o meu coração.

_Pra sempre. _Disse sorrindo.

_Eu queria ver a foto dela de novo.

_Acho que por hoje já é o suficiente, não foi sua culpa o que ela fez Mirela. Não fique se torturando. _Ele se levantou, pegando os papeis e a pasta.

_Você não acho que é um direito meu saber como o rosto dela é?

_Mirela já disse que não.

_Você sempre faz isso, me conta sobre ela e depois finge que ela nunca existiu! _Gritei.

_Você acha que não sofro? Acha que é a única que fica se atormentando pela morte dela? Eu conto sobre ela porque não quero que a única coisa que saiba sobre sua mãe é que ela se matou! _Ele gritou. Subindo a escada.

_Mas isso não te dar o direito de esconder de mim como ela era! _Gritei. Escutei a porta do quarto bater. Sentei-me no sofá chorando. Que ódio! Porque fui pedir para ele me contar? Deveria esquecer essa mulher, por mais que diga que a culpa da morte dela não é minha sei que é. Eu sinto. Não sei como explicar, mas sei. Subi para o meu quarto, lavei o rosto e me deitei. Escutei uma batida na porta.

_Sai daqui! _Gritei. Não quero ver ele.

_Filha, desculpa. _Ele abriu a porta, entrando.

_Eu falei pra você sair.

_Está parecendo uma garotinha mimada. _Disse sorrindo. Começamos a rir juntos.

_Ainda estou chateada com você. _Afirmei.

_Eu sei. _Se sentou na cama.

_Toma. _Estendeu a mão, segurando um envelope preto.

_O que é?

_Abra. _Ordenou. Abri o envelope. Dentro há fotos. Olhei para ele sorrindo.

_Obrigada pai! _O abracei.

_A última vez que te mostrei você tinha seis anos, não deve se lembrar mais do rosto dela. Então agora estou te dando às fotos, para que sempre que sentir está esquecendo-se dela as vejas e se lembre.

_Te amo pai!

_Também te amo princesinha. _Apertou minhas bochechas. _Vou dormir, amanhã tenho trabalho e você escola. Sei que não devia fazer isso, mas tem que entregar seu trabalho. Então faça.

_Vou fazer, não se preocupe é só pra semana que vem.

_Sei, todos dizem isso agora, e depois inventam uma desculpa.

_Boa noite!

_Boa noite pai! _Ele saiu. Ainda segurando o envelope o apertei em meu peito. È Mirela está na hora de saber como é o rosto da sua mãe. Tirei as fotos do envelope, as colocando na cama. Fechei os olhos e peguei uma. Ao abrir... _Não! Não pode ser.  _Disse em voz alta.

A minha mãe é a mulher pálida que me assombram nos meus sonhos,  elas são a mesma pessoa. Só pode ser uma brincadeira de mau gosto. Essa não é minha mãe.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? O que acharam?