Love Show - Demonstração de Amor

Se você fosse até o fim do mar do Acampamento Meio Sangue, no estreito de Long Island, iria encontrar dois jovens rindo e de mãos dadas, aquecidos pelo calor da lava do desafio de escalado e, bem, do calor humano deles mesmos.

Quem os visse, acharia que eles são um casal apaixonado, fazendo juras de amor perto do luar, ou coisa parecida. Acharia que eles estariam juntos a tanto tempo que aquilo com certeza seria uma oportunidade de um próximo passo adiante.

Na verdade, todos que achassem isso estariam equivocados. Eles eram apenas melhores amigos.

Mas melhores amigos mesmo, daqueles bem íntimos. Percy Jackson, o filho de Poseidon, sabia todos os detalhes da vida de Annabeth Chase, assim como ela sabia de todos os seus segredos. A vida um do outro para eles, era um livro aberto.

Havia somente uma coisa que Percy não sabia com riquezas de detalhes da vida de Annie – bom, na verdade, ele nem suspeitava disso – era que ela tinha uma queda por ele desde que eles eram apenas crianças de doze anos. Agora, com dezesseis, a quedinha básica havia virado paixão.  Sim, Annabeth Chase é apaixonada pelo melhor amigo. Porém, ela jamais tocara no assunto. Quando as pessoas comentavam sobre seu “namoro” com Percy, ela corava e mudava de assunto, pois no fundo ela queria que aquilo fosse real. Ela esperava ansiosamente que ele tivesse alguma atitude.

Havia, também um segredo que Percy não compartilhou com Annabeth: Ele a amava. Ele nem sequer sabia quando esse sentimento o atingiu, mas quando ele veio, o consumiu. Ele começou a sentir ciúmes quando ela falava sobre outro garoto, geralmente Luke Castellan, o filho de Hermes gente boa, cujo presença fazia as garotas suspirarem por aquele “pedaço de mal caminho”. Ele sabia que Luke tinha um efeito ainda mais forte em Annabeth, sendo ele quem a salvou de uma vida sofrida no mundo lá fora quando ela tinha sete anos. Luke era realmente legal, mas era difícil não se sentir ressentido por ele ter uma atenção especial de Annie, e ele não. Ele deveria dar a atitude, mas Annie não dava uma brecha sequer para eles tocarem no assunto.

E assim, sem nenhuma ação vinda de nenhum dos dois, ambos permaneceram como há cinco anos atrás, e a como cinco horas atrás, e cinco minutos atrás: Somente amigos.

Ambos estavam pensando no assunto, e a temperatura pareceu diminuir bastante, quase abaixo de zero. Annabeth, para quebrar o gelo, comentou:

-Hoje a caça bandeira foi demais.

-É, foi sim. – Percy nem se dera o trabalho de dar uma resposta mais interessante.

Era isso que eles faziam, em seus momentos “românticos”. Sentavam e conversam. Como meros amigos fariam.

Annabeth, então, teve uma ideia, apenas para animar o papo, mas com segundas intenções. Com um olhar bem inocente, disse:

-Silena estava linda com aquele traje, não?

Percy tentou não enrubescer. Silena Beauregard era uma das garotas mais lindas do acampamento, sendo filha de Afrodite, e alguns diziam até que ela era, definitivamente. Mas Percy jamais a viu como qualquer outra coisa, senão amigos.  Como colocar aquele tipo de assunto em frente?

-Eu não reparei. – ele disse, tentando permanecer sério.

-Jura? – perguntou Annabeth, querendo dar continuidade no assunto. Aquela resposta não a satisfaria.  – Claro, rosa não é uma cor muito adequado para um combate, mas combinou de vez com os olhos azuis dela...

-Eu preferi mais o seu. – ele disse, tentando não parecer tão vermelho quando um sinal de trânsito, torcendo para que aquela resposta desse o assunto por encerrado.

Annabeth assentiu, surpresa, e resolveu poupar o moreno demais perguntas.

Nunca eles ficaram tão sem o que conversar antes. O impacto das ondas do mar contra as pedras rochosas e contra a areia espessa era tudo que eles ouviram...Junto com o barulho dos monstros da Floresta do Norte, próximos ao Punho de Zeus.

-Acho que já está tarde. – anunciou Annabeth – Melhor irmos para nossos chalés e evitar uma confusão com as harpias.

-É, eu também acho. – ele concordou. Os dois tinham coisas para pensar, refletir.

Percy se levantou, e ajudou Annabeth a se levantar também.  Por um momento, os olhos verdes do moreno cruzaram com os cinzentos da filha de Atena. Os cabelos louros de Annie teimavam em balançar com o ritmo do vento forte vindo do mar.  Percy, sem querer, abriu um sorriso que era, na opinião de Annabeth, perfeitos.

Annabeth, internamente, retribuiu o sorriso. Por fora, porém...

-Vamos Cabeça de Alga, não me olhe com essa cara boba, se não chegarmos ao nossos chalés em, sei lá, dez minutos, seremos forçados a limpar a louça do café da manhã de amanhã. – ela disse, em tom autoritário.

“Pronto”, pensou Percy “Ela fez de novo. Quando eu estava quase me aproximando, ela foi e me cortou. Será que ela sabe que eu gosto dela? Por isso, ela me corta, para tirar minhas esperanças?”

Ele, então, evitou olhar para Annabeth depois disso. Na cabeça de Annabeth ,uma ideia muito diferente se formava.

“Será que ele sabe que eu gosto dele, e por isso nunca dá o primeiro passo? Será que é a maneira dele de dizer – foi mal, não estou a fim?”

A caminhada, assim, foi silenciosa. 

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No dia seguinte, Annabeth acordou mais cedo do que o costume. Quando viu que nenhum outro campista de Atena havia levantando, resolveu voltar a dormir, mas não conseguira.  Entediada e temendo acordar algum filho de Atena, resolveu não arrumar sua cama de imediato, e esperar alguém acordar também. Nem mesmo o sol havia aparecido, era normal ninguém ter sequer levantado os olhos.

Resolveu ouvir um pouco de sua música. Celulares não eram permitidos, porém, Annabeth presumia que aquilo se resumira apenas a ligações telefônicas. Pegou discretamente e silenciosamente o aparelho dentro de sua gazeta de emergências, um fone de ouvido, e se pôs debaixo da cama.

Quando recebera de presente o notebook de Dédalo, com tantos aplicativos, ela aprendera rapidamente a conseguir utilizar um telefone celular sem chamar atenção de monstros, e ainda baixara umas músicas legais que achara na internet, e por incrível que pareça, tinha até um aplicativo que fazia fones de ouvidos rapidamente. Não havia motivos pelo qual não desfrutar da tecnologia do MP3. Fora, é claro, é contra as regras.

Ela colocou a música em modo aleatório, e tentou reconhecer os trechos da canção.

Eu quero você

Eu preciso de você

Eu daria minha liberdade para estar com você

Juntos, divididos

Você é uma canção que eu quero ouvir de novo

Eu sei que o meu lugar é aqui ao seu lado

O amor é algo que você não pode esconder

Ela logo reconheceu. Love Show, Sohora, que Silena praticamente obrigou que ela baixasse. Ela não sabia se ria ou se chorava da ironia da situação. Era exatamente assim que se sentia em relação a Percy. Querendo falar logo do que ela realmente sentia em relação a ele, mas sempre tinha aquela vergonha, aquela timidez atrapalhando.

Ela, as vezes, se irritava com a facilidade na qual o moreno abala suas estruturas. 

Venha até mim, me liberte

O amor pode durar uma eternidade

Represente seu papel com o seu coração

Faça sua demonstração de amor

Sim ...

-Percy... - foi tudo que Annie disse, antes que o deus dos sonhos percebesse que ela ainda não dormira e resolvesse enfim fechar seus olhos.

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Percy duvidava que aquilo fosse uma boa ideia. Duvidava mesmo. Mas, depois de ter confessado aos seus melhores amigos a verdade, ele não tinha solução senão aguentar as perguntas que não pareciam terminar. 

-Espera aí. Você gosta da Annabeth? - repetiu pela enésima vez Nico, até agora surpreso pela revelação. - E nunca nos disse absolutamente nada?

-Eu não sabia o que dizer, Nico. Eu já suspeitava essa reação vinda de vocês. - ele admitiu. 

Nico continuava boquiaberto, entretanto, Charles Beckedorf apenas assentia e sorria, como se soubesse daquilo fazia séculos, apenas não comentava no assunto. Ninguém sabia mais sobre Percy do que Charles. Com exceção, é claro, de Annabeth. 

-Veja bem, cara. Você não é o único que acha Annabeth...Atraente. - disse Nico, tomando total cautela com as palavras ditas. - Se você gosta dela tanto assim, acho melhor tomar a atitude agora. 

-Eu sei, mas ela simplesmente não toca no assunto e eu fico perdido! E, espera aí, quem mais acha Annie atraente? Nico? Você...? - Percy nem se dera o trabalho de continuar a frase. Nico ficou tão vermelho que Percy pode deduzir sozinho. 

Charles apenas gargalhou tão alto que deixou Percy e Nico sem graça. Ele, dos três, era o único que se dera bem quando o assunto era relacionamentos. Namorava Silena Beauregard, e eles eram tão fofos juntos que fazia até mesmo o coração de Percy doer. 

-Percy, você acha mesmo que Annie te daria uma brecha? Só Zeus sabe do sufoco que tive que passar para conquistar Silena. Tem que ter alguma atitude, rapaz. - ele falava, como se fosse o Cupido em pessoa. Aquilo irritou tanto Percy. 

-Olha, desculpe se não estou agradando os conselheiros de amor aqui. Acabei de descobrir que Nico gosta de Annie e que Charles acha eu um cara sem atitude nenhuma! - gritou Percy, que logo em seguida ouviu os "Shhhhh!" de Nico e Charles. Eles estavam no Refeitório. Ainda era cedo, aproximadamente sete horas da manhã, sendo que o café da manhã era oficialmente as oito. Eles hesitaram em sair da cama, mas quando Percy implorou e Jurou Pelo Rio Estige que precisava deles, eles saíram na hora da cama. 

Percy precisava contar a alguém. Depois do clima forte que ele e Annie tiveram no dia anterior, foi difícil não compartilhar seu segredo com alguma pessoa.  Ele pensou em acordar Annabeth e fazer a revelação, mas achou a ideia tão estúpida que a descartou. Preferiu chamar então Nico e Charles. 

E, sim, ele já estava arrependido.

-Eu não gosto da Annabeth.  Eu só acho ela gata. E se for para você ficar puto comigo, fique com metade dos campistas do Acampamento também.  - se colocou na defensiva Nico. 

-Metade dos campistas gosta da Annabeth?! - Percy perguntou, desesperado - Como você sabe?

-Eu não disse que metade dos campistas gosta da Annabeth, eu disse que metade dos campistas acham ela gata! Será que você não ouve nada que digo?!

-Ah, claro, melhorou demais a situação Nico, obrigada. - ironizou Percy. 

-Eu não acho você sem atitude. - disse Charles, um pouco surpreso, como se acabasse de assistir Nico & Percy show - Eu só acho que você não deve esperar que Annabeth tome o primeiro passo. 

Percy suspirou, depois olhou para o relógio de pulso que recebera de presente de Tyson. Onde estava aquela garota?

Então, ele vislumbrou os cabelos ruivos e seus olhos verdes. Estava com um MP3 no bolso da calça jeans e vinha na direção dos garotos com um sorriso perfeito. 

Percy sorriu de volta. Depois, olhou na direção de Charles e disse:

-Será? - e, vendo a face confusa de Charles e de Nico, completou a frase. - Ouça-me tenho um plano.

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Annabeth ainda não acreditava que adormecera no som "Love Show". Já havia decorado toda a música de cor, de tanto ouvi-la. Não havia tido a melhor das noites.

Tudo graças a quem? Ah, sim, graças ao cabeça de alga.  Ela se sentia frustrada por passar tantos apuros e ter poucos horários de sono por causa do Filho de Poseidon, que quase estava pensando seriamente se gostava tanto assim dele, se ele valeria tanta coisa.

Quando Annabeth estava quase oferecendo o pão fresquinho em nome de Atena, quando Silena lhe deu um empurrão, lhe puxando para trás. 

-E aí? - ela lhe cumprimentou, toda sorridente e feliz. 

-E aí? - Annabeth retribuiu, bocejando.

-Então, você vai ao baile? - perguntou Silena, cheia de expectativa.  

-Que baile? - perguntou Annabeth, um tanto surpresa. 

-Como assim, “que baile”?  Eu vejo te avisando há mais de um mês! 

Ah. O baile estilo "Fofinho & Romântico" que Silena estava organizando.  Muitos campistas ficaram empolgados com a notícia, porém Annabeth fazia parte da minoria que não dava a mínima. 

Mas é claro que não iria dizer isso a amiga.

-Ah. O baile. Bem, eu não tenho companhia. - disse Annabeth, por fim.

-Não? Mas e o Percy? - perguntou Silena, com um sorriso malicioso.

Pronto. Ela fez de novo. Entrou no assunto "Percy", mesmo sabendo que este é proibido. 

-Por que eu iria querer ir para um baile romântico com o Percy, Silena? - ela perguntou, mesmo sabendo da resposta que a amiga daria. 

-Não sei...Dançar, se beijar, como desse tipo? Que os namorados fazem? - brincou Silena.

-Eu não sei dançar, e eu nunca iria beijar o Percy! – Annabeth disse, quase gargalhando por dentro dessa mentira colossal – Somos somente amigos! - ela completou, com a mente doendo porque essa última parte era verdade.

-Por enquanto. – disse Silena, seu sorriso malicioso estampado na face.

-Silena!

-Eu só estou dizendo a verdade, Annie. Você pode mentir para si mesma quanto tempo quiser, mas você também pode ser realista. Quão grande é esse prazer de ficar perto de Percy, que você fica todo santo dia? E nem comento o fato de você estar disposta a morrer por ele. Ou de você ficar toda sem graça quando falamos sobre ele...Afinal, quem não deve não teme, não?

Inacreditável. Silena lia muito bem seus sentimentos. Annie precisava ajeitar isso logo.

-Percy não é meu namorado! - disse Annabeth. - Dá pra calar a boca e deixar eu fazer minhas preces em paz? 

Silena, por fim, suspirou e deixou Annie ir. 

Annabeth mal teve tempo para sentar em sua mesa e pegar uma primeira colherada de cereal que viu uma sombra atrás dela. 

-Silena, eu já disse que...

Por bem, Annabeth resolveu conferir quem estava atrás dela antes de soltar qualquer bobagem. O que realmente foi bom, pois quem estava lá era simplesmente Percy Jackson. 

-Ah. Oi. - disse Annabeth, corando. 

-Hum...Se estiver numa má hora, eu posso voltar depois...

-Não é nada. - disse Annabeth, quase que imediatamente. - Em que posso ajudá-lo?  - seu tom de voz estava formal demais, bem diferente do que ela normalmente usa com seu melhor amigo. 

-Bem, queria que você encontrasse comigo durante o combate de corpo  a corpo. 

-O que, você quer perder para mim outra vez? - brincou Annabeth, mas no fundo estava nervosa. 

-Não é isso. Eu quero te contar uma coisa. - Disse Percy, simplesmente, com um rosto sério.

-Mas na hora do treinamento? Não é melhor no tempo livre? 

-Não. Por favor. - ele disse, com aqueles olhos verdes lindos brilhando. 

Annabeth revirou os olhos cinzentos. Era praticamente impossível negar alguma coisa a Percy. 

-Tudo bem, então. Nos vemos lá, Cabeça de Alga. 

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Percy verificou todo o plano de novo com Charles, Nico e Rachel. O filho de Hades e a ruiva estavam ansiosos para colocá-lo em ação, mas Charles, que era provavelmente o mais sensato do grupo, estava preocupado. 

-Não sei se isso vai dar certo, Percy. Silena me mataria se eu estivesse dando em cima de outra garota. 

-Eu não vou dar em cima de Rachel. Rachel vai dar em cima de mim. - disse Percy, como se aquilo mudasse tudo.

-Na frente da Annabeth? Isso é suicídio na certa. - contrariou Charles.

-Quando eu perguntei se alguém tinha plano melhor, eu não escutei sua voz. - rebateu Percy. 

-Ei! - disse Rachel, estalando os dedos, deixando o filho de Hefesto e de Poseidon surpresos. - Foco, ok? Não temos plano melhor. Tem que ser esse mesmo. 

-Nem ao menos parece que você está prestando atenção nele, com esse treco no ouvido. - disse Nico, sem saber o que era o fone de ouvido. 

Rachel não se importou. Apenas sussurrou os versos da música que ouvia. 

O amor pode mudar

Tudo

Charles, de repente, começou a cantar junto a Rachel, completando a canção:

Transformar seu inverno em primavera

Represente seu papel com o seu coração

Faça sua demonstração de amor

Sim ...

Quando terminaram o refrão, ambos se deram um soquinho como se fossem amigos a anos. 

-Oh, cara, Love Show é uma música muito...-Charles se interrompeu, ao ver a face de incredulidade de Nico e de Percy. - O que?  Silena ouve tanto essa música que não consigo mais esquecer essa música. E vai estar hoje no baile.

-Baile? – Perguntou Nico, não surpreso por ter um, mas sim por que não conseguia imaginar como jovens se divertiam em um. – E sério, você não tem vergonha de cantar uma música chamada “Love Show””?

-Eu tenho vergonha é de fazer parte desse plano idiota.

-Opa. Quer parar de chamar meu plano de idiota? – disse Percy, irritado.

-Sem querer atrapalhar o debate dos idiotas, mas Annabeth está chegando. – disse Rachel, sem tirar os fones de ouvido, olhando para a janela.

-O quê? Não temos nada pronto! – disse Percy, ficando desesperado.

-Quer parar de gritar como mulherzinha? – disse Nico, irritado.

-Retire o que disse agora!

-Não retiro!

-Eu não grito como uma mulherzinha! – disse Percy, gritando como uma mulherzinha.

-Tanto faz, pouco importa! Annabeth está quase vindo! – disse Charles, vendo a cabeleira loura de Annabeth. Por sorte, ela parou no meio do caminho para falar com Silena. Charles suspirou de alívio. – Silena conseguiu parar ela. Mas só temos alguns minutos.

-Alguns minutos? Do jeito que ela fala, temos algumas horas, no mínimo. – disse Nico, só depois percebendo a expressão de raiva de Charles.

-Quem você acha que é para falar de minha namorada, seu morto vivo?

-Você sabe que é verdade! – disse Nico, na defensiva.

Aquele argumento convenceria Charles se tratasse de qualquer outra pessoa, mas não de Silena.

-Nico, você está muito irritante hoje. – disse Charles, pressionando seus punhos. Não que estivesse prestes a socar Nico, mas estava arrumando um bom motivo para não fazer isso. 

-Hoje? – botou lenha na fogueira Percy. – Eu acho que é porque eu vou ficar com Annabeth, não ele...

-Olha aqui, eu não sou fura olho não, ok?

-Fura olho? Sério que você usou a expressão fura olho? Depois eu sou a mulherzinha...

-Gente! – disse Charles

-Você é sim a mulherzinha! Posso não ter a Annabeth, mas fique sabendo que tenho várias garotas interessadas, ok?

-Sei. Tipo quem?

-GENTE! ONDE ESTÁ A RACHEL? – gritou Charles

-Isso mesmo! Eu acho que a Rachel pode estar e...- Nico se interrompeu. –Onde está aquela garota?

Percy procurou com os olhos por todo canto, mas simplesmente não encontrou a ruiva. E para variar, Annabeth entrou no pátio no mesmo instante.

-Talvez a Silena não fale tanto assim....- disse Nico.

-Estamos perdidos! – disse Charles, ignorando Nico.

-Merda. – fui tudo que Percy disse.

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Às vezes, Annabeth se questionava o porquê era amiga de Silena. A garota tentou novamente convencer Annabeth a convidar Percy para o baile fofinho de hoje à noite, mas Annabeth negara mais uma vez. E o que Annabeth poderia dizer? Disse a Silena que parasse de tocar no assunto, e que como esta era filha de Afrodite, via amor em qualquer coisa. Silena, então, prometeu deixar a amiga em paz.

Convidar Percy para o baile?  Que ideia mais descabida de Silena! E quando Annabeth disse isso a filha do amor, ela pensou que a maior preocupação da filha de Afrodite fora não ter um vestido para o baile!

Definitivamente, Silena estava determinada a fazer Annabeth ir com Percy ao baile. Até usou sua última carta na manga:

-O que o Percy quer com você de tão importante que precisa até ser adiantado, não pode esperar o tempo livre?

-Com certeza, algum sonho estranho, ou uma nova missão maluca, Silena. – disse Annabeth, sem nenhuma certeza do que disse.

-Annabeth, como você pode ser tão ingênua? – perguntou Annabeth, suspirando.

Annabeth ficou tão em choque por ouvir Silena falar isso a ela, que custou a responder.

-Eu? Ingênua? Silena, acho que estamos trocando de posições. Você inventa histórias de amor com qualquer um no acampamento. Você é a ingenuidade em pessoa aqui.

Annabeth se sentiu mal em dizer isso, principalmente pelo fato de Silena está certa. Mas, dizendo isso, ela pode ir embora.

Assim que entrou no pátio, viu Percy, junto com Charles e Nico. O trio parecia nervoso, olhando para todos os lados. Quando Percy avistou Annabeth, ficou branco feito papel.

Ela caminhou até eles, com um sorriso amarelo. O que diabos estava acontecendo?

-Percy. – disse Annie, olhando confusa para Nico e para Charles. – Você queria falar comigo...Lembra?

Ela falou a palavra “lembra” como se estivesse duvidando que ele lembrasse.

-Lembro, é claro. Charles, Nico, vocês podem dar uma licencinha?

-Claro que podemos, campeão. – disse Nico, com um sorriso vitorioso no rosto. Percy o fuzilou com o olhar.

“O que será que...Não. É melhor eu nem saber.”

-Hum...Tchau Annie. – Charles disse, correndo na direção da porta com Nico.

-Então, Percy?

-Hum?

-O que você quer comigo?

-Do que você...Ah! – disse Percy, se fazendo de desentendido. – O que eu te chamei mais cedo, certo?

-É! - eu disse, impaciente. – Espero que não tenha eu feito eu vir aqui a troco de nada, Cabeça de Alga.

-Hum...Eu só...

Mas de repente, Percy não olhava mais para Annabeth, e sim para a porta do pátio. Annabeth estalou os dedos na frente dos seus olhos, mas de nada adiantou. Quando virou o rosto para ver do que se tratava, ela quase pegou um desinfetante para limpar os olhos.

Usava um short jeans com a bandeira dos Estados Unidos estampada, deixando sua perna a mostra. A blusa era preta, com uma roxa em cima indo até metade de sua barriga, e tinha decote. Os cabelos ruivos estavam mais lisos do que o normal, e o sorriso era tão falso que deu vontade de Annabeth vomitar.

E lá estava, Rachel Elizabeth Dare.

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Percy nunca, jamais vira Rachel daquela forma. A roupa até que era bem normal, mas o jeito que Rachel sorria e andava não tinha absolutamente nada a ver com ela.

E também, bem no fundo, ele queria que ela não viesse mais.

Quando esteve, por poucos segundos, cara a cara com Annabeth, concluiu que aquela era uma péssima ideia. Ele queria sim uma Annabeth ciumenta, pois facilitaria o trabalho em 100%. Mas ele então imaginou a cena de Annabeth armando ao lado de Thalia e Silena que Luke desse em cima dela na sua frente, para que ele ficasse ciumento e Annabeth tirasse proveito disso. Certamente, não seria uma coisa legal.

-Percy! – disse Rachel, ainda sorrindo. – Curtiu meu visual?

Ele não conseguia tirar os olhos de Annabeth, cujo a cara feia não parava de fitar Rachel.

-Será que a noção de privacidade não existe? Eu e o Percy estávamos conversando, Rachel! Pode ir embora?

-Hum. Não pareceu exatamente o que diz, já que quando eu cheguei, Percy não conseguia tirar os olhos de mim, mais especificamente dos meu decote.

-O que? – disse Annabeth.  – Rachel, você pode ouvir a idiotice que você acabou de dizer?

-Com idiotice você quis dizer realidade? Bem, sim. Não sou surda.

-Realidade? Aí você cai da cama e sai do sonho.

-E vejo meu príncipe encantado... – disse Rachel, olhando Percy com um sorriso totalmente malicioso. Onde é que eu estava com a cabeça quando usei esse plano? Pensou Percy, desesperado.

-Percy! – disse Annabeth, com os olhos espremidos de raiva – Você vai deixar essa...Essa ridícula falar assim sobre você?

-Olhar não tira pedaço. – disse Rachel, colocando o um dedo na região do peito de Percy, avançando devagar, na região do seu rosto. Percy estava pedindo desesperadamente para morrer. Desde que não fosse pelas mãos de Annabeth...Até o Tártaro seria mais doce.

-A esse estado, você de tanto olhar já virou canibal. Vaza, não percebe que ele não está dando bola para você?

Rachel, porém não parou. Foi até os ouvidos de Percy e disse, tão baixo que Percy fez esforço para ouvir as palavras:

-Estou indo bem, não?

-Pare...Pare! – disse Percy, no mesmo tom, mas Rachel não ouviu. Apenas saiu do pescoço de Percy e ele viu Annabeth com os punhos cerrados. Ela tinha chegado no limite do ciúme.

-Percy Jackson, eu juro, se você não fizer algo para afastar essa praga, eu afasto!

-Você me chamou de que? – perguntou Rachel, com os olhos brilhando. Como Percy saberia que Rachel era tão boa em barraco assim? – Repete!

-P-R-A-G-A. Praga! Quer que eu desenhe para você? – disse Annabeth, irônica.

-Percy, vai mesmo deixar que ela me chame de praga assim? – perguntou Rachel, olhando Percy com expectativa

-É Percy! Vai deixar que “Annabeth Malvada” chamar a aspirante a cartomante de praga? – perguntou Annabeth, com um sorriso debochado.

Percy ficou mudo. Não sabia o que responder.

-Há! Isso responde sua pergunta, praga?

-Não importou se eu era praga ou não ao Percy quando ele me beijou. – disse Rachel, e no mesmo momento Percy queria esmagar a garota com um trator.

-O QUE? PERCY JACKSON, VOCÊ BEIJOU A RACHEL? QUANDO? ONDE? E O POR QUE? O QUE VOCÊ VÊ NESSA PRAGA, AFINAL?

-Eu não sou praga, droga!

-Cala a boca, praga! O papo é reto! – disse Annabeth, mexendo a mão em direção ao Percy e a ela.

-Você precisa se acalmar, Annabel.

-É ANNABETH! EU JÁ SALVEI SUA VIDA DUAS VEZES, COMO ASSIM VOCÊ NÃO SE LEMBRA DO NOME DA GAROTA QUE VOCÊ VÊ TODO SANTO DIA? – Berrou Annabel...Ops, Annabeth.

Àquela altura do campeonato, todos que estavam no pátio já estavam fazendo uma pequena multidão em volta do trio. Travis e Connor faziam apostas no público, no chamado “RachelXAnnabeth: Uma luta até a morte”, segundo o que berravam. Filhos de Ares incentivavam a baixaria, gritando “Briga, briga, briga” até seus pulmões cansarem. Filhos de Afrodite e de Apolo torciam para Rachel sem cessar, gritando seu nome, mas os filhos da deusa simplesmente gostaram mais da roupa de Rachel, e tinha alguns filhos de Apolo que adorariam fazer cenas de baixo escalão com a filha de Atena, mas precisavam tirar Percy da jogada.  Por outro lado, os de Atena faziam uma estratégia para que seus gritos ficassem mais altos do que os dos outros, torcendo para Annabeth.

-Percy, fala alguma coisa! – disse Rachel, pois ela não tinha mais o controle da situação. – Termina logo com isso!

Mensagem sublinhar. Era somente Percy disser que referiria Annabeth, fazer um gesto romântico na frente de todos, e pronto, acabou. Para Annabeth ficar de bem com Rachel, poderia até confessar o plano. Ela entenderia.

Mas por que ele hesitava tanto?

-Annabeth... – ele disse, lentamente. – Eu realmente beijei a Rachel...Mas também beijei você...

-Então, você pode passar o rodo, é isso?  - perguntou Annabeth.

-Isso vai dar merda. – disse Connor.

-Você ainda tem dúvidas? – contrariou Travis, animado.

-Annabeth, Rachel é somente minha amiga, será que é difícil perceber? – disse Percy, irritado com a multidão. Os gritos de “Beija, beija, beija” não ajudavam em absolutamente nada.

-Não é isso que ela deixou a desejar.

-Annabeth, você não está entendendo...

-Eu entendo muito bem. Quando era eu, você chiava e reclamava do Luke demais. – Percy sentiu a si mesmo corando, quando viu a reação engraçada de Luke e as risadas.- Agora, você, pode ficar comigo, com Rachel, esqueci alguém?

-Calipso! – disse um engraçadinho de Hermes. Percy fitou a plateia, mas não conseguiu identificar.

-Ah, é mesmo! – disse Annabeth, com raiva.

-Sabe, eu realmente pensei que filhas de Atena fossem mais inteligentes!  - disse Percy, espumando.

-Ah, agora eu sou a culpada?

-Nós nem namoramos, não sei que estresse é esse! Eu sou solteiro, se eu quiser ficar com a Rachel, nem sei o que você tem a ver com isso! – Percy soltou, sem nem ao menos perceber o que dizia. Se arrependeu logo em seguida.

Annabeth ficou com uma cara arrasada. Nem mesmo Travis ou Connor falavam, eles queriam saber a reação de Annabeth. A multidão estava tão quieta que dava para escutar uma agulha cair. O único som que ouviam era a respiração ofegante de Percy e as lágrimas de Annabeth ameaçando cair.

-Ótimo! – disse então Annabeth, com as palavras presas em sua garganta – Fique com essa praga então, nem me importo! Eu fui uma idiota mesmo!

-Não foi minha intenção...- começou a dizer Percy.

-Claro, Percy! Mas de boas intenções o Mundo Inferior está cheio!

-Annabeth, espera aí, podemos explicar...- disse Rachel, preocupada.

Mas Annabeth fitava o filho de Poseidon, mas não estava mais com raiva. Somente triste. Decepcionada.

-Você disse a verdade, Percy. Somos somente amigos. E eu sou a burra nessa questão, por ter me apaixonado por você.

E assim, ela saiu correndo do pátio, deixando Percy estático. 

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Annabeth estava no chalé 6, junto com Silena. O pessoal de Atena não estava lá, todos estavam na aula de arco e flecha. Apenas Silena e Annabeth estavam lá. Ambas corriam o risco de levar uma bronca de Quíron, mas nenhuma das duas ligava.

Annabeth se sentia estúpida por estar chorado na frente da amiga, mas não tinha outra pessoa em quem confiasse mais sobre o assunto do que Silena.

-Eu sinto muito por você, amiga.

-Ele disse...Que não me namora e que...

-É, eu sei. Não fique triste. – disse Silena. Ela estava tão arrasada pela amiga que nem se importou do fato dela ter mentido para ela de manhã.

-Como devo ficar? Eu amo Percy!

Silena raciocinou por um instante.

-Você não pode deixar isso passar assim!  - disse Silena.

-O que você quer dizer com isso?  - perguntou Annabeth, entre soluços.

-Se eu fosse você, iria com outro para o baile de hoje à noite.

-Com quem? – perguntou Annabeth, sem se importar com a sanidade do plano – Quem iria comigo?

-Pois eu sei uma pessoa perfeita! – disse Silena, sorrindo. –Vamos, me siga.

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Percy estava até agora em estado de choque. Annabeth o amava.

O AMAVA!

E o que ele fez a respeito? Ferrou com tudo, isso que ele fez. E definitivamente a notícia que Nico o convocou para dar não foi muito boa.

-Nico, repete o que você disse!

-Ok, repito. Annabeth chamou para sair. – disse Nico, debochado.

-Eu não acredito que ela fez isso! – disse Percy, desesperado.

-Não fique surpreso, campeão.  – disse Nico, rindo.

-Nem a pau você vai, Nico. Eu tenho um plano.

-Aposto que será tão bom quanto o anterior. Se bem que eu consegui um encontro, então não posso reclamar.

-Quer fazer o favor de calar a boca? Aonde ela quer ir?

-Ao baile de hoje à noite, o da Silena, lembra?

-Sei. Nesse caso, eu preciso de um terno.

-Terno? Para que...? Você...?

-Ah, sim. Eu vou nesse baile, custe o que custar.

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Annabeth esperava ansiosamente e impacientemente a chegada de Nico. Ainda duvidava do plano de Silena, mas por outro ângulo, nada mais ela tinha parta fazer.

-Deuses. Sou uma estúpida. Indo ao um baile para colocar ciúmes em um garoto? Parece até que estou em um filme antigo para jovens. – recriminou a sim mesma.  – Plano típico de Silena.

Esperou. Passou quinze minutos, meia hora, quarenta minutos naquela festa esperando. Vendo casais felizes mostrando sua maior infelicidade. Clarisse e Chris implicando um com o outro. Silena e Charles dançando como um casal apaixonado. Travis e Katie se beijando próximo a uma árvore. Todos felizes, curtindo o romantismo, enquanto Annabeth fazia cara de bunda aquilo tudo.

-Estou cansada. Chega, vou embora. – disse Annabeth para si mesma. Largou o refrigerante que tomava, e tentou sair de lá.

Apenas tentou, pois uma mão rapidamente a puxou para o lado oposto.

-Percy? – disse Annabeth, assustada. Para começar, Percy usava um terno elegante, enquanto ela usava apenas uma calça jeans, uma blusa branca básica e um casaco cinzento. Ela nem se dera o trabalho de usar uma roupa melhor, pois Nico garantiu que não era necessário.

-O fato de você estar tão linda não ajuda em nada eu pedir desculpas. –disse Percy, corando. – Isso me faz perder a concentração.

-Agora eu sou linda, não? Onde está a Rachel? Aposto que ela está vestindo uma roupa melhor que a minha.

-Isso não importa. Eu não ligo. Só tenho olhos para você, Annabeth. Eu não ficaria com qualquer outra garota. E sabe por que? Porque você e eu fazemos parte de uma equipe. Juntos, somos um só. Qualquer coisa fora disso é impensável.

-Que palavras bonitas...Onde você viu isso, no Google? – disse Annabeth, indiferente, mas com o coração batendo feito um martelo por dentro.

-Vi no meu coração. Porquê...Você é o que transforma meu inverno em primavera, Annabeth.

-Love Show. – disse Annabeth, sorrindo.

-Viu? Eu sei que você gosta.

-Silena gosta. – corrigiu Annabeth.

De repente, uma nova música começou a tocar.  Love Show. Aquilo só poderia ser obra de Silena Beauregard, aspirante a Cupido.

Meu espírito

Nossa história

Eu sei que nunca me senti assim antes

Você dá ao amor

Um novo significado

E agora nós estamos abrindo uma nova porta

Ninguém faz com que eu me sinta tão bem

Ninguém mais está em minha mente

Percy e Annabeth começaram a sorrir. Silena não tinha jeito mesmo.

-Me dá o prazer dessa dança?  - perguntou Percy, quase se ajoelhando, beijando Annabeth nas mãos.

-Eu devo perdoar você?

-Deve?

-Eu estou fazendo a pergunta a você. – disse Annabeth, tímida.

Percy puxou Annabeth suavemente, e antes que ela reagisse, os lábios dele tocaram nos dela. A língua de ambos fazia uma competição que não teria vencedores. Percy colocou todas as dúvidas, toda raiva, todo sentimento, seja bom ou ruim, naquele beijo. Intenso.

Nenhum dos dois suspeitavam que seus queixos iriam caber com tanta harmonia, que aquele momento seria tão prazeroso.

Sim, ambos eram mais que amigos.

-Acho que sim, devo perdoa-lo. – disse Annabeth, sem fôlego.

-Boa resposta.

Percy fez de novo a posição de dança, e Annabeth aceitou. Enquanto dançamos, eles não conseguiam tirar o rosto um do outro, nem mesmo para fitar os curiosos de plantão que viam a cena e comemoravam com “Finalmente” ou “Prefiro ele com a Rachel”

Venha até mim, me liberte

O amor pode durar uma eternidade

Represente seu papel com o seu coração

Faça sua demonstração de amor

Sim ...

-Talvez essa seja nossa música. – riu Annabeth.

-Pode ser que sim, pode ser que não, mas definitivamente esse é nosso momento.  Eu te amo, Annabeth.

Seus rostos encontram de novo. Antes de se beijarem novamente, Annabeth conseguiu dizer:

-Eu te amo, Cabeça de Alga.