In My Darkest Hour escrita por loveinice


Capítulo 5
I promise


Notas iniciais do capítulo

Kyay, sorry pela demora, não dava tempo nem de pensar em fazer essa fic >—<Último capitulo, finalmente o/
Como perceberá, será sem POV



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Eu queria dormir, tenho medo de acordar

Quero esquecer tudo, o egoísmo, as bobagens

Eu chamo seu nome, a minha vida treme no silêncio

 

 

 

- Amo-te

- Não podes

- Posso

- Não deves

- Por quê?

- Ainda saberás

    A tempestade caia. Tiros se ouviam. Pessoas caiam.

- A-Amo- te.... Shin...ji

        ----//---

- Shinji... Shinji... Shinji..

- HÃ? -  Tora levantara de supetão .

- Ainda bem Shinji Amano! Eu te chamava e não respodia, achava que tinha morrido. Teve um pesadelo? Você está suando frio.

- Tive sim, mas não foi nada.

- Como não foi nada? Você anda com a mente muito distante. Não acredita em mim? Achava que ..

- Shiii – Tora colocava o dedo sobre os lábios de Saga – Claro que acredito.

- Então me conte seu sonho! Eu estava nele?

- S-Sim... tinha sonhado que eles te encontraram e mataram você. VOCÊ. Eu tinha entrado em desespero – Dores e lágrimas preenchiam o puro vazio que predominava em Tora.

- Eles... quem? – abraçava fortemente Tora – Eu já te disse, nada vai acontecer com você. Você tem a mim, e eu a você.

- A-Aqueles... que ... mataram... meus pais. – dizia entre soluços.

- quem Shinji? Quem?  Se você não me diz, não posso ajudar.

- NÃO ajude. Não . Não quero que minha vida seja feita de pesadelos atrás de pesadelos.

- Encare a realidade Shinji. A vida não é só feita de sonhos, e nem um mar de rosas. Algumas vezes essas rosas se transformam em angustia. Aceite-a. Eu aceitei quando foi minha vez.

- Como...  ‘sua vez’ ?

- Sim, acha que porque tenho condições financeiras tenho uma vida de deuses? Meu histórico família nunca foi bom. NUNCA. Nunca conheci minha mãe, e meu pai nem me via. Qualquer conhecimento e ensinamento, deles eu não recebi nada. Aprendi tudo por conta própria, com famílias diferentes, que também não me dava bem. Ao contrário de você, que teve educação vinda de um berço de ouro. Como um pobre vira rico, um rico perde tudo com erros quase irrelevantes. São com as pedras que tropeçamos, construímos tudo, e as que nos fazem cair.

- Algumas vezes você é opaco demais. Demonstra tudo ao contrário, como se vivesse tranquilo.

-Opaco não, translucido seria o certo.E  ninguém tem uma vida tranquila Tora- chan. Ninguém. Sempre vai haver que quer te derrubar, não importa de que maneira. Os fins justificam os meios¹. Agora conte-me a sua. Se lamentar ou se culpar apenas vai piorar. Disse e repito : nós estamos juntos.

- Hum.

 

                                        ----º-----º------

Tanto tempo, para o outro lado da luz

Tanto tempo, para a "liberdade sem nome"

Tanto tempo, nada a não ser ansiedade

Tanto tempo, voe mais alto que qualquer um

 

Flashback On

A casa como sempre estava intacta. Os únicos que se movimentavam na casa eram os empregados contratados para deixar a casa sempre limpa. E Shinji Amano.

- Tadaima.

- Okaerimasen Shinji- chan!

- Arigatou , Nana – sama

- Meus pais chegaram?

- Chegaram sim, mas estão ocupados.

- Humpht, não é novidade nana-chan.

Shinji jogou todo material sobre o sofá. Andava com passos firmes e a respiração mostrava toda a raiva. Estava cansado dessa vida tão monótona na casa. Desde que sua mãe conseguiu um trabalho bom, era difícil vê-la em casa.Sua infância era mais preenchida.Agora..sozinho na hora de ir a escola. Chegava em casa, vazia também. A única pessoa da casa que ‘existia’ à Shinji era Nana, a babá da família. Velhos tempos onde diziam que a família era sempre unida...

Para distração, pegava sua guitarra e traduzia tudo em notas. Escalas de fá, de mi, em notas de partitura. Mais que desenhos. Mais que notas. Mais que música. Sua história, seu diário. O que contava? Sua raiva, sua decepção, sua única paixão na vida, música.

Não se importava se atrapalhava alguém, ou o que pensavam. Seu mundo paralelo era mais importante. No real era vazio, escuro...

Batidas na porta.

- Shinji- chan! Não vem comprimentar seus pais?

-Ah, claro okaa-san.

Abrira a porta.

- Que saudades filho! Como anda?

- Bem – disse com um leve sorriso amarelo.

-Ótimo, pois temos uma noticia que irá adorar! Vamos tirar férias para ficar com você.

- Sério? – Shinji pulava de alegria com essa noticia.

- Sim, seu pai só está resolvendo os últimos detalhes, e meu trabalho já está pronto.

- Itoshii Hito, venha até aqui por favor, preciso da sua ajuda no trabalho. – Vinha o som de outra sala.

- Bem Shinji, eu tenho que ajudar seu pai, enquanto isso, tome um banho pois vamos jantar onde você queria ir conosco!

- Yay!

Mal tinha Shinji começado a se trocar para seu banho, ouve-se um estrondo. Tiros em seguida. Gritaria. Precisava ver o que estava acontecendo, estava preocupado com nana- chan e seus pais.

Através de alguns caminhos escondidos, chegou até a sala. Onde característica de ‘sala’ não havia nenhuma. Tudo destruído, caco de vidro banhava a sala, junto aos corpos dos empregados banhados no próprio sangue. Nana-chan gemia de dor escondida no canto da sala. Estava ferida, já era idosa, não sobreviveria por muito tempo.

- NANA-CHAN! O que aconteceu? Vou ligar ao hospital

- Não! Não adianta, não tenho mais saúde e idade para sobreviver após isso. Esqueça-me.

- NUNCA.

Shinji leva um tapa no rosto

- Porque?

- Essa sua teimosia ainda mata um. Agora ande, pegue esse pedaço de pau caso precise e ache seus pais. Eles correm mais risco.

- O que está acontecendo?

Nana parecia que perdiacada vez mais sua consciência. A fraqueza tomava conta de ambos, em formas diferentes.

- Seu pai, Shinji-chan ... – começava a tossir sangue

- NANA

- Seu pai.. estava com problemas financeiros com a principal máfia de Tokyo.

- Majin? ²

-Sim, majin. Ameaçam nossa família por anos, décadas. Não é a segunda vez que isso ocorre. Com seus bisavós ocor-re-eu ...  a mesm-a ...coi-sa... – Da boca de Nana não sabia mais nada.

Ouviu-se tiros. Shinji corria raivoso ao andar de cima. Perder os pais já era a gota d’água.

                                                   -----º---º-----

Enquanto Shinji estava raivoso, seus pais estavam desesperados.

- Porque estão aqui? Todos os problemas que ocorreram com essa família estão sendo resolvidos. Por quê?

- Cala a boca imbecil. Problemas são os de menos. Se vocês não pagam a divida, de outra forma vocês vão dar o que precisa.

- E o que vocês precisam? Nós estamos pagando tudo o que precisam– dizia Sra. Amano.

- Shii, Sra. Amano. Não é porque você é uma mulher – dizia isso olhando a cada parte do corpo- e bonita, que você vai se safar, temos outros planos com você. A não ser que você faça algumas coisas, e pode ser que isso nós consideramos um pagamento... ou desconto – Apontava a arma na cabeça enquanto depositava um beijo em seus seios, um pouco a mostras devido as outras tentativas.

- Não se atreva – O patriota da casa sacava uma arma próxima a ele – Minha mulher e meu filho não tem nada a ver com isso.

- Mas que chato! Deixe-me brincar um pouco com sua mulher, egoísta. – Enquanto apontava a arma ao patriota, andava cada vez mais perto da Sra. Amano, e com uma faca, cortava degavar sua blusa.

Enquanto isso, os outros participantes prendiam o patriota. Nada iria atrapalhar a diversão.

                                                         -----ºº----ºº-

Estava com uma cara tão triste

eu nem pude fazer nada.

Me odiei tanto que desejei morrer

 

Atrás da porta estava Shinji, ouvindo gemidos da parte da mãe, abafos e tapas, provavelmente da parte do pai.

Os gritos de sua mãe, cada vez mais altos, algumas vezes abafados, deixavam qualquer um à volta aflito. Deixava seu corpo escorrer contra a parede. Forças era o que faltava naquela hora. Mesmo se tivesse o que iria fazer?

Shinji correu ao telefone da casa. Fiação cortada. Correu em busca do celular. Procurou em todos os quartos da casa, até que então, achou no escritório. Foi até a frente da casa e ligou a policia avisando-os do ocorrido.

Encerrando a ligação, conseguia ainda ouvir gritos. A raiva subia-lhe a cabeça. Não agüentava mais.

Correu para dentro, e procurou uma arma. Colocou o escritório de seu pai a baixo, revirou tudo o que poderia ser esconderijo. Achando, correu até a sala de lazer da casa, onde estavam seus pais. Enquanto tentava abrir a porta, via pelo buraco da maçaneta. Coisas que nunca pensaria em ver. Sua mãe sendo estuprada violentamente, e seu pai, quase morto deitado no chão.

Mal conseguiu abrir a porta ouviu-se um tiro e vidro se quebrando. Tremia de medo, mas não podia vacilar agora, onde tudo estava em risco. Abriu a porta dando-a um chute.

Tarde demais. Tinham fugido pela sacada. O vidro  quebrado vinha de lá. O quarto que era intacto estava bagunçado, com tudo quebrado. E aquele carpete peludo e branco como neve, estava manchado com um rastro de sangue. Denunciava a cena do crime.

Shinji jogou a arma longe e foi ver o corpo de seus pais. Quase nus. Ensanguentados. Mutilados. Sua mãe estava jogada no chão, morta. Seu pai, ainda restava-lhe um pouco de vida.

 O Esquadrão da policia e a quadrilha de seguranças havia chegado. Tumulto tomava a rua, antes tão monótona e calma. Aquela noite não seria esquecida nunca.

-  Filho... Por-... Favor... Cuidado, amo-te. – Essas foram as últimas palavras vindas daquele homem tão seco, mas ao mesmo tempo amável aos olhos do único filho. O herdeiro vitalício de todo o poder.

Ver aquilo não lhe fazia bem a sua sanidade. Pelos fundos da casa fugia. Do que? Não se sabia direito, daquela casa nada, não tinha nada mais.

Pelos becos e lugares estreitos fugia, na vista dos outros um delinquente. Mas nem se importavam, as pessoas eram muito ocupadas com a própria vida, que o único objetivo era trabalhar; ganhar dinheiro.

Corria sem rumo, apenas com a esperança de ter algum lugar. Começava a garoar e a temperatura abaixar. O único sinônimo de sobrevivência nesse momento era sua paixão, nunca admitida antes.

Flashback off

E aquela cena se repetia novamente.  Ambos correram ao closet para se proteger. Janelas quebravam após tiros e gritaria histérica. A porta do quarto foi aberta.

Ambos se abraçavam como nunca,  tremiam de medo, pois ouviam seus próprios nomes. Vindas de... Um tom muito familiar.

- Amano, Sakamoto... Onde estão? Aqui é a segurança.

- Estamos no closet - um som abafado saía de lá – O que está acontecendo?

- Não se preocupe, chamamos a FBI e a policia, enquanto isso, nossos seguranças vão dar um jeito de protegê-los e enrolar a máfia.

Enquanto eles se protegiam, conversavam para se distrair.

- Tora, eu sei que não é hora de perguntar, mas não sei se posso depois. Você disse que a sua família estava tendo uma dívida com essa tal máfia... Mas... Que divida é essa para chegar a esse ponto?

- Nem eu mesmo sei direito, meu pai trabalha com a maior empresa de hotéis do Japão, herdeiro de meus avós e por algum motivo, desde a época de meu avô, os hospedava num hotel  em troca da sua plena sanidade e segurança de qualquer falha e roubo que pudessem ter. Empréstimos eram feitos entre eles, meu avô usava para manutenção da empresa e dos hotéis. Mas uma época, essas empresas estavam entrando em falência alguém denunciou o local onde a máfia se encontra e devia na casa dos milhões e, além disso, alguém denunciou onde eles estavam, e por vingança, essa mesma perturba nossa família até hoje,  mesmo pagando a divida num ritmo rápido demais para qualquer um.

Literalmente o a máfia seguia o que dizia. De alguma forma a o andar de baixo estava mais que abaixo do chão. Quaisquer barreiras eram um grão de areia. Seguiam para o seu destino final : Shinji Amano.

Passos cada vez mais precisos, acompanhados com respirações tensas, mas não mais tensas que a situação em si. Carros de policia se multiplicavam em frente a casa, FBI invadia a casa inteira.

Os integrantes da máfia começaram a correr, em busca de um lugar para defesa pessoal. Chegaram ao local onde tinha duas coisas que desejavam: O chefe da policia, o único sobrevivente da segurança inteira,  um local para proteção. Mas ainda ouvia cochichos vindos do closet. Enquanto os mafiosos se divertiam sadicamente com o chefe, o mafioso principal ia calmamente a frente da porta.

                                                  -----º------º-----

- Merda, eles chegaram até o quarto e, além disso, pegaram o chefe. Ainda bem que tenho uma arma no closet.

- Desde quando?

- Desde sempre, ué.

-Tá, isso não importa, o que importa é sairmos daqui.

                                                   -----º---º----

  A porta do closet foi aberta bruscamente. Mas  que não se esperava, era a troca de arma entre Sakamoto e o mafioso.

- Finalmente encontrei minha presa. Tão delicada, tão previsível.

- Se era tão previsível, por que não veio aqui direto, então?

- Existia vermes em meu caminho.

- PARE! FBI !

Havia agente da FBI espalhados pela casa, desde fora para dentro.

- Merda, lascou – o mafioso pegou rapidamente um refém – Não cheguem perto. Já sabem o que fazer.

- Não sou nem um pouco besta. Largue.

-Não.

- Largue – após isso, sentiu uma arma apontada a sua cabeça, pronta para atirar. – Largue-o, o verme aqui é você.

- É o seu namoradinho, Shinji amano? – a pressão da arma contra a cabeça era cada vez maior, de ambos. – Que decadência a sua família, não?

- Cale a boca , e largue.

- Por a caso você é da policia?

- E interessa? Ou você larga, ou morre.

-Prefiro matar, que tal?

- Covardia de sua parte, porque não vira homem e arque com as consequências?

 - Virar homem? Vire você primeiro –O mafioso deu um tiro, porém acertou na perna de Saga e ao mesmo tempo um tiro veio do lado de fora, acertando o infelizardo na cabeça.

- Headshot! É isso ai! Conseguimos! Chame a ambulância, há sobreviventes feridos – dizia o comandante da FBI no rádio.

- Saga! – Tora corria em sua direção – você está bem?  Levou um tiro na perna, meu Deus! – abraçava-o fortemente

- Itai! Cuidado ai afobadinho, eu disse que daria tudo certo. Eu estou bem.

- Está bem com o senhor Amano, e senhor.. ?
- Sakamoto

- Sim, estamos bem, mas... e a casa?
- A FBI dará um jeito aqui, mas por precaução, irão morar em uma casa fechada por um tempo. E senhor Sakamoto, o senhor será designado a um hospital para a remoção dessa bala. Senhor Amano, você o acompanhará, certo?

- Certo.

Sakamoto foi levado ao hospital com a companinha de Amano. 

- Hum

- O que foi Saga, está muito dolorido?

- Estava pensando. Após tudo isso, será que viveremos juntos?

- Ainda pergunta? Te devo minha vida após isso, e aidna o amo, porque o deixaria depois de tudo isso?

- Promete?

- Tem minha palavra. Com aquelas pedras do caminho construiremos nossa casa, e nosso muro.

                                                   ---º----º-----

Será que você poderia ficar assim do meu lado?

 

Após dois meses de recuperação, foi feita uma missa como recordação de tudo o que passaram, homenageando a todos que morreram, pela sua coragem aqueles que arriscaram suas vidas, e aquelas vitimas, tão amadas. Como a família.

Todos estavam vestidos devidamente. Devidamentes para um funeral de pessoas do exército.

- Tora, Saga! Ainda bem que os encontrei!

- Shou, você veio! Retiro o que disse  de você ser responsável, cadê o horário?

- Tá no relógio – Shou levou outro soco – Por que você sempre me bate?

- Isso é hora de fazer piadinha?

- Tá bom, Sagão purasedução³, herói dos fracos e oprimidos – dizia Kohara

Todos caiam na risada, menos o próprio Sakamoto.

Após o funeral, suas vidas foram as mesmas, bem, quase a mesma. Tirando a casa em que viviam.

- A casa de vocês mais parece um presídio do que uma casa. – Shou dizia abobadamente, olhando o tamanho da casa, com a policia parada em frente a casa.

- Também acho exagerada.

- Somos dois – Amano dizia.

 

Lentamente no céu profundo

 Se eu continuar erguido,

Lentamente no céu profundo

 Posso agarrar o futuro mesmo trêmulo

 Lentamente no céu profundo

Deixando para trás a "liberdade sem nome"

 Lentamesnte no céu profundo

 Eu disse com riso

                                                                                                                                                                                      

 


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Notas finais do capítulo

¹ Frase de Nicolau Maquiavel. qualquer ato feito, não importando sua consequência, é justificada pelo seu objetivo
² Significa demônio
³ Eu juro que eu não resisti QQQ
Todas a as partes de músicas são do The Gazette.
Tirando a segunda e a última, que são da música Nausea & Shudder, as outras são da música Bathroom

Tadããã! O que acharam? Eu acho que eu me empolguei fazendo esse drama todo do final QQ
Sinceramente, não sirvo pra isso, ficou muito caso de policia - ladrão xD
Espero que tenham gostado! Apesar de ter vários leitores e alguns reviews, espero mesmo que tenha agradado a todos



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