fics de músicas escrita por Lerdezas do Percy


Capítulo 1
Begin Again




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Quarta- feira, 24 de Julho.

 

Querido diário.

Gostaria de te contar algo. O problema? Nem eu ainda compreendo. Como você sabe, eu terminei com o Patrick há meses. Bem, oito meses atrás, para ser exata. E eu passei esse tempo inteiro pensando e repensando no que o amor apenas faz: quebrar, queimar e acabar. Quer dizer, ele quebra seu coração, queima sua razão e acaba com suas esperanças. Mas é um ciclo vicioso e isso acaba recomeçando. Você encontra alguém, prometendo a si mesmo que não gostará daquela pessoa, acaba gostando, ele te pede em namoro e tempos depois o namoro acaba.

Enfim, acho que é sobre isso que quero contar. Não sei me expressar muito bem, você sabe. Estou insegura, com medo. Com esperança. Acho que meu ciclo se reiniciou.

Tudo aconteceu há uma semana. Eu acordei, tomei meu banho e me arrumei. Olhei-me no espelho e respirei fundo. Colocar meus saltos me lembrava um pouco do Patrick. Ele não gostava que eu os usasse, porém eu gostava. Quanta contradição.

Coloquei meus fones e saí. Tranquei as portas. Ouvir Taylor Swift me acalmava. Patrick sempre dizia que não a entendia muito bem, mas eu entendi. Às vezes eu me perguntava se ele era mesmo a pessoa certa para mim.

Todas as manhãs eu ia a um café, encontrava alguns amigos e ficava conversando até meio dia. Geralmente eu ia de bicicleta, já que ficava em outro bairro. Entretanto, nesse dia eu fui de carro.

As mesas do café estavam lotadas, com exceção de uma lá atrás. E nela estava quem eu menos esperava: Tom. Ele era amigo de Jenn e foi por causa dela que eu o conheci. Tom era gentio, alto, cabelos e olhos castanhos, físico esportivo e diferentemente da maioria dos garotos, ele lia bastantes livros. Já havíamos nos encontrado antes, mas em outros lugares. Ele levantou e me esperou. Eu caminhei em sua direção. Ele me abraçou e puxou a cadeira para eu sentar. Pelo visto, cavalheirismo não estava morto.

Pedi à garçonete um café enquanto conversávamos. Perguntou-me se estava bem, como estavam as coisas e se eu ainda tinha alguma notícia de Patrick e me explicou que queria saber apenas porque se importava comigo. Eu achei isso meigo e gentil demais da parte dele. Ainda mais quando contamos histórias e ficamos conversando, sem ter noção do tempo passar. Contamos tantas histórias bobas que acabamos rindo do quanto isso era ridículo. E em tempos, eu me senti bem. Ele ria como uma criança, jogando a cabeça para trás, e eu achei estranho, assim como quando ele achou me engraçada, porque Patrick nunca me achou.

Como disse antes, isso dói em mim. Eu meio que estava gostando dele. Não, gostando é muito forte. Estava interessada nele. Ele era tudo o que Patrick não era. Passar oito meses pensando em tudo o que o amor faz é quebrar, queimar e terminar, estar consciente disso e mesmo assim, ver tudo recomeçar em uma quarta num café. Ver recomeçar tudo do que estava me “curando”.

Então ele me perguntou se eu curtia James Taylor e ficou surpreso quando disse que sim. Dissera-me que nunca tinha encontrado uma garota que tivesse tantos CDs quanto ele. Ele era tão legal. Começamos a contar outras histórias bobas, mas dessa vez eu acabei ficando tímida. Ele não se tocou, mas eu sim. Rimos bastante enquanto eu ficava sem graça, mais tímida do que era. Foi quando vimos o horário. Rimos tanto que não nos demos conta do horário. O tempo deve passar rápido quando estamos nos divertindo.

Pagamos nossa conta. Na verdade, ele pagou a nossa. Disse que pagaria por mim como um agradecimento pela diversão matinal.

Eu meio que me senti grata por isso. Conversamos mais enquanto andamos o quarteirão até meu carro e, infelizmente, quase trouxe os pensamentos sobre Patrick e quase o mencionei. Mas então ele começou a conversar sobre os filmes que a família dele via todo o natal. Foi um assunto tão bom que me senti empolgada para conversar sobre isso. E pela primeira vez naquele dia, eu resolvi que o que passou, passou. Alguns dias depois nos reencontramos, mas não no café e fora um encontro rápido. Ele passara em frente a minha casa, numa bicicleta vermelha.

Estou insegura com isso. Sei dos riscos, sei o quanto me decepcionei e quais as consequências. Mas estou apostando que dessa vez dure mais e eu seja mais feliz.

Tenho que acordar cedo amanhã, marquei de ir encontrar Liz e Jenn no parque. Talvez o destino, incerto como é, seja bom e nos junte novamente.

Com amor, Dany.


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