A Gata Borralheira E O Herdeiro Uchiha - Hiatus escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 8
Capítulo 8: Amando


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei! Espero que gostem!
Boa leitura!



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Abri os olhos vagarosamente naquela manhã. O sol batia fortemente pela janela e na cama ao meu lado uma loira dormia serenamente. A mãe de Ino fizera quase o impossível para convencer-me de passar a noite ali com elas já que o pai da Yamanaka tinha viajado para visitar uns amigos do outro lado do país. Ele ficaria fora por cerca de um mês e eu fui induzida a aceitar o pedido dela para passar esse mês junto delas.

E agora ali, enquanto eu me sentava no colchão improvisado, eu imaginava que um dia eu tinha uma família bondosa e carinhosa. A senhora Yamanaka era como uma mãe para mim e Ino era como uma irmã que eu nunca tive. O jeito meio abobalhado e sem noção dela me lembrava de minhas amigas do orfanato. E agora eu ficava pensando... O que será que aconteceu com elas?

Suspirei levantando-me. Caminhei devagar e silenciosamente para não acordar Ino e passei pela porta. Lá embaixo, a senhora Yamanaka já preparava um delicioso café da manhã. O cheiro saboroso de bolo de laranja e ovos com bacon empesteava o ambiente fazendo minha boca salivar. Ela percebeu minha presença e sorriu alegremente em minha direção. Sentei num pequeno banco que havia ali e observei enquanto ela preparava o restante do café.

– Dormiu bem querida? – perguntou-me com o habitual sorriso no rosto.

– Sim. – respondi devolvendo o sorriso. – Quer ajuda?

– Não precisa meu bem. – sorriu – Ao contrário de você, Ino nunca se ofereceu pra ajudar... Vocês são tão diferentes.

– É, acho que somos. – falei baixinho – Ela dorme muito não é?

– É um grandioso trabalho fazer aquela loira ali acordar. – murmurou a senhora mexendo as omeletes e colocando-os sobre um prato. – Gosta de suas omeletes como?

– Não tenho disso não... – sussurrei – Qualquer coisa já é boa.

– Ok! – disse colocando o prato em minha frente e tirando o avental. – Tem bolo embaixo do abafador e leite morno no bule. Pode se servir. Eu vou acordar a Ino.

E saiu pela porta subindo as escadas. Eu observei as omeletes no prato com um mísero sorriso. Ela me lembrou de minha mãe. Ela sempre fazia omeletes com bacon e um pouco de alecrim. Peguei o garfo e logo comecei a comer a refeição. Terminei e as duas ainda não tinham descido. Lavei o prato e coloquei-o para secar no aparador. Tomei um copo de leite morno e lavei o copo em seguida. Olhei para trás e ouvi uma loira entrando sonolenta resmungando algo irritada.

– Ei Sakura! – exclamou a me ver. – Acordou cedo hein?

– É... – murmurei – Ino... Cadê a sua mãe? – perguntei.

– Ela tá tomando banho, disse que descia já. – murmurou pegando uma faca e cortando um grande pedaço de bolo. – Por que a pergunta?

– Eu ia avisar para ela que iria voltar lá no meu canto. – murmurei vendo o olhar de confusão da loira. – Eu tenho que tirar minhas coisas de lá antes que outros moradores peguem o ponto e as coisas de lá.

– Sei. – disse terminando de engolir o pedaço de bolo e bebendo o copo de leite de um único gole. – Eu vou com você.

– Ino, realmente não precisa. – falei.

– Eu vou e ponto final! – exclamou. – Mãe... Vou sair com a Sakura! Voltamos já! – gritou.

Saímos pela porta e caminhamos vagarosamente pelas ruas até o prédio da escola. Não consegui evitar não observar a grandiosa casa de esquina coberta de ervas daninhas e grandiosas trepadeiras subindo pelas colunas gregas da entrada. Um mínimo sorriso formou-se em meu rosto para logo ser desfeito. Aquele lugar me trazia muitas lembranças. Lembranças que até um tempo atrás eu queria esquecer.

– Sakura! – exclamou a loira puxando meu braço. – Você tá me escutando?

– Hã? – perguntei confusa – Desculpa Ino, acho que não escutei. O que você estava dizendo mesmo?

– Por Kami! – exclamou irritada. – O que tem nessa casa que todas as vezes que passamos por aqui você se perde em pensamentos?

– Nada. – apressei-me em falar. – É só que...

– Que...? – murmurou forçando-me a continuar.

– Essa era minha casa quando... Bem, você sabe... Eu tinha uma. – sussurrei vendo-a alargar o olhar. – Por que a surpresa?

– Sakura você era rica? – perguntou franzindo o cenho em seguida. Eu acenei que sim e a vi soltar um muxoxo depois. – Filha e com quem ficou a guarda da casa quando seus pais morreram?

Tentei lembrar-me. Era difícil, pra mim esse era apenas um mísero detalhe. Eu tinha oito ou nove anos e estava mais preocupada em nunca mais ver meus pais ao invés de ver com quem teria ficado a escritura da casa.

– Não sei... Talvez... – murmurei tentando me lembrar. – Talvez tenha sido entregue pra prefeitura ou... – sussurrei ao imaginar o que eu pensava. – Talvez tenha sido dada ao diretor do orfanato já que eu ficaria lá até alguém me adotar ou atingir a maioridade.

– Sakura... Você tem que ir atrás disso. – murmurou a Yamanaka – É a sua casa. A casa onde você morou com seus pais... O lugar onde você passou sua infância... Tem que conseguir a casa de volta.

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Observava o teto desanimado. Férias! Naruto tinha viajado com o padrinho, Jiraya. Gaara tinha ido pra praia com a família. Neji estava fazendo um pequeno estágio na empresa do tio juntamente com Hinata. Lee tinha partido para fazer uma prova de um concurso militar no Canadá. Tenten e Karin tinham ido para a cidade da Pucca passar duas semanas. Suigetsu e Juugo não moram mais aqui, eles se mudaram a uma semana para uma cidade do interior da Inglaterra. E bem, Ino não tem condições financeiras de ir viajar, por isso ficou aqui. Sakura iria passar um mês na casa dela.

Sakura... Os olhos verde-esmeraldinos. Os cabelos exoticamente róseos. O sorriso alegre e espontâneo. Era diferente estar junto dela. Perto dela eu perdia toda essa marra Uchiha de ser e voltava a ser o Sasuke de seis anos de idade que ainda sorria quando a mãe pegava no colo. Ouvi a porta ser aberta e por ela entrar meu irmão com um sorriso brincalhão nos lábios.

– Por acaso não sabe bater na porta? – perguntei irritado. – O que faz aqui?

– Vim avisar pra você que não iria passar a noite em casa. – murmurou. – Vou sair com a Konan e o Nagato.

– Vai segura vela, isso que você quer dizer né? – perguntei debochado. Konan e Nagato eram os melhores amigos de Itachi desde que estávamos no orfanato. Os dois começaram a namorar a cerca de um mês e já estavam praticamente planejando casamento. Itachi seria o padrinho como eles sempre diziam. – E por que veio me contar isso?

– Primeiramente eu não vou segurar vela. – murmurou irritado – Guren vai também. E segundo, eu vim avisar pra você não ficar preocupado me ligando durante a noite.

– Itachi... – chamei-o ficando sentado na cama. Olhei para meu irmão com um sorriso brincalhão nos lábios. – Cuidado para não magoar a Guren... Ela é boa demais pra você.

– Seu... – murmurou irritado antes de sair batendo a porta.

– Tenha um bom encontro! – gritei escutando-o me xingar antes de sair.

Suspirei. Era ótimo irritar meu irmão. Mas agora, eu ali sozinho naquele quarto, só conseguia lembrar-me da rosada. De seu sorriso doce dirigido a mim. Lembrar-me que ela era aquela garota daquele dia... O dia em que meus pais morreram. A garotinha de cabelos rosados que observava a rua pela janela daquela casa grandiosa de esquina. Sakura... Eu sabia que te reconhecia de algum lugar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??? Diga o que acharam... Beijinhos!
O próximo sai dia 08 de janeiro! Até lá!