A Gata Borralheira E O Herdeiro Uchiha - Hiatus escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 2
Capítulo 2: A história da Haruno


Notas iniciais do capítulo

Yo mina! Voltei conforme o prometido com mais um capítulo da fic. Agradeço de antemão a todos os comentários deixados no capítulo anterior. Bem, espero que estejam gostando e como eu disse nas notas finais do capítulo anterior, aqui vamos ter uma pequena lembrança da vida da Sakura antes da morte dos pais dela. Porém, a parte do Itachi e do Sasuke fica pro próximo. Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/395172/chapter/2

Uma doce menina de aparentemente dez anos de idade corria animada pelo jardim repleto de rosas brancas e enormes árvores de cerejeira que deixavam suas flores cair durante aquela primavera. De longe podia avistar-se uma mulher adulta vendo cada movimento da garotinha de curtos cabelos róseos e olhos esmeraldinos. Dizia para a garota constantemente para não correr assim pelo jardim. Ela poderia tropeçar e cair, e consequentemente se machucar.

Mas parecia que a menina não escutava aqueles avisos da mulher mais velha. Continuava a correr animada atrás de uma borboleta azul que voava e pousava pelo jardim inteiro. Isso nunca teria fim.

- Vamos Sakura. – murmurou a mulher ainda jovem próxima à garota de cabelos róseos que observava atentamente o bater de asas da borboleta azul. – O que você tanto vê?

- Olhe okaa-san. – sussurrou a garotinha apontando para a borboleta. – Nunca vi uma borboleta tão bonita como essa.

- Uma borboleta azul é? – perguntou. Deixando a garota curiosa.

- A senhora já viu uma okaa-san? – perguntou a menina enfim.

- Já. Só uma vez. – sussurrou no ouvido da garota. – Dizem que quando se vê uma borboleta azul aqui no Japão em plena primavera é porque você logo verá o amor de sua vida.

- E a senhora viu meu ottou-san depois de ver a borboleta?

- Hai. – falou sorridente. – Agora vamos Hime. Está na hora de almoçar.

A garota levantou-se segurando a mão da mãe. Olhou rapidamente para o lado de fora do portão gradeado onde avistou um carro passando com um garoto de mesma idade que a sua e com cabelos negros e olhos ônix. Piscou novamente e o carro sumiu no fim da rua. E com ele o moreno. Ficou imaginando se aquele seria o amor de sua vida.

- Vamos Sakura. – murmurou sua mãe puxando-a dali.

- Hai.

-------------------------------------------------------------X---------------------------------------------------------------

Lembrar-me daquilo, fez com que eu recordasse a cena. E aqui na frente da escola eu comecei a pensar novamente nisso. Aquele garotinho de cabelos negros que parecia triste no carro olhando pela janela. Ele me era familiar. Até pareceu com Sasuke. Será? Não. Eu deveria estar pirando. Isso seria impossível. Completamente fora de questão.

O relógio da escola marcava seis e meia da manhã. Abri a sacola que a moça havia me dado e retirei de lá um pedaço de bolo de tapioca e comi. Depois abri a garrafa de suco e bebi dois goles. Faria aquela comida render com toda a certeza. Levantei dobrando o papelão que servia de cama para mim. Peguei meu boné e coloquei na cabeça. Hoje o dia seria bem quente.

Descia aquelas ruas de Konoha calmamente. Os imensos prédios começavam a abrir suas portas avisando que já iria começar a nova maratona de trabalho. Peguei minha tão conhecida sacola que ganhei no centro de reciclagem. Se conseguisse juntar quinze quilos de latinhas descartáveis eu conseguiria no fim do dia trocar por quinze yem ou talvez vinte se desse alguma sorte. Comecei a olhar as lixeiras dos estabelecimentos. Com o canto do olho podia avistar outros moradores de rua fazendo a mesma coisa que eu. Na certa, eles queriam o dinheiro para trocar por drogas e essa era uma maneira de conseguir quando se mora na rua.

Enchi a sacola. Não havia mais lugares para procurar por ali e resolvi passar logo no centro de reciclagem e trocar. Foi dito e feito, entretanto apenas consegui dez yem. Murmurei uma “obrigada” para a moça do centro e voltei-me para o meu pequeno local na frente da escola.

 Sentei no meu local e comecei a pensar novamente na minha antiga vida. Aquela vida que fora tirada de mim tão facilmente e eu queria mais do que tudo apenas ver o sorriso daquelas duas pessoas.

-----------------------------------------------------------------X-----------------------------------------------------------

O jardim estava coberto de neve. A pequena garotinha olhava os flocos caírem de maneira quase que teatral pela janela. O calor do fogo da lareira esquentava suas costas e um casal estava abraçado para proteger-se mais do frio.

- Sakura-chan o que tanto observa nessa janela? – murmurou a mulher enquanto pegava uma xícara de chá. – Desde a primavera você observa algo dessa janela.

- Okaa-san você acredita mesmo naquela história da borboleta azulada? – perguntou a garotinha. Então era isso que a deixava encabulada. – Acredita?

- Sim. – respondeu sorridente.

- Que história de borboleta azul? – perguntou um senhor alto e loiro de olhos esmeraldinos. – Podem dividir isso comigo?

- É uma antiga história do Japão. – murmurou a mulher mais velha. – Mas, por que tanta preocupação sobre essa história Hime?

- Não é nada não okaa-san. – respondeu voltando a observar a janela. Talvez apenas quisesse ver o moreno do carro novamente.

------------------------------------------------------------------X----------------------------------------------------------

Fechei meus olhos calmamente e observei as imensas nuvens brancas que flutuavam no céu. Que saudades sentia de meus pais, e com certeza eu não poderei dizer o tanto que amo eles novamente. Não depois daquela noite.

----------------------------------------------------------X------------------------------------------------------------------

Era uma noite de outono. Algumas gotas de chuva desciam o céu sem nenhuma estrela enquanto a garotinha de cabelos rosados sentava na porta da casa esperando que seus pais voltassem da tão demorada viagem que fizeram. Ela sentia muito a falta dos dois. Uma garota alta de cabelos azulados e olhos cor de mel sentou-se ao seu lado entregando-lhe um copo de leite morno.

- Sakura-chan. – chamou a pequena que apenas olhou de relance enquanto pegava o copo das mãos da garota. – Está ficando tarde.

- Konan-san sabe que sempre espero o ottou-san e a okaa-san quando eles voltam de viagem. – resmungou a garota. – Eles devem estar chegando.

- Claro. – sussurrou a garota.

A moça entrou novamente na casa e deixou a garotinha sentada na porta. Eles demoravam mais do o habitual. Normalmente nunca se atrasavam. E isso apenas contribuía para aumentar o sentimento de medo que crescia a cada segundo de atraso. Vi um carro parar em frente de sua casa e por ele sair um policial devidamente fardado fazendo soar a campainha logo em seguida.

Konan, uma moça que cuidava dela saiu e foi atender ao policial. Seu semblante normalmente sério passou rapidamente para assustando deixando-a branca dos pés a cabeça. A garotinha observava de longe a jovem despedir-se do policial e voltar a passos lentos e vagarosos novamente para a casa.

- O que o policial queria? – perguntou a menina de cabelos rosados.

- Sakura-chan... – murmurou o nome da pequena. – Preciso te falar uma coisa séria. Vamos entrar por um minutinho, por favor.

As duas entraram e a menina sentou-se no sofá da sala ao lado da garota de cabelos azuis. A jovem fechou os olhos suspirando pesadamente em seguida. Como contar o que o policial viera fazer aqui para uma garotinha tão nova assim? Suspirou novamente tomando coragem saiba-se lá de onde.

- Sakura-chan. – falou olhando com aquele olhar doce que possuía para a menina na sua frente. – Seus pais não vão voltar hoje.

- Por quê? – perguntou a menina confusa. – Achei que eles viessem hoje como prometeram. Mas o que o ottou-san e okaa-san têm a ver com aquele policial?

- Seus pais... – murmurou pesadamente – O policial veio falar que eles não iam voltar hoje para casa.

- Konan-san você está mentindo. – falou seriamente a menina olhando a jovem nos olhos. – Pode dizer a verdade, e isso é uma ordem.

Konan respirou fundo aproximadamente três vezes acenando positivamente com a cabeça em seguida. Segurou as pequenas mãos da rosada e olhou no fundo daquelas esmeraldas.

- Sakura-chan... – murmurou – Seus pais sofreram um acidente de carro quando voltavam para cá.

- A-acidente? – perguntou a menor com lágrimas descendo-lhe o rosto de forma dramática. – C-como a-assim um a-acidente?

- Eles morreram Sakura-chan. – resmungou dando um abraço nela que se encontrava totalmente em estado de choque. – Eu sinto muito.

----------------------------------------------------------------X------------------------------------------------------------

Lembrar-me desse dia me deixava triste. No dia seguinte ocorreu o velório e enterro deles e logo depois fui mandada para um orfanato. Os dias seguintes no meu novo “lar” foram os piores de minha vida. Os diretores do orfanato tratavam de jogar na cara das crianças que estávamos lá por puríssima caridade dele. Passei duas semanas e me revoltei. Fugi de lá e vim morar nas ruas frias e úmidas da cidade. Por vez ainda tenho medo de dormir ao relento, mas qualquer coisa com certeza é melhor do que voltar para aquele maldito lugar que chamam de “lar de crianças órfãs”.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado dessa parte aqui. Sinceramente deu um pouco de trabalho fazer ela, mas eu tentei e deu certo. Isso não é bom? Bem, espero que me digam o que acham da fic através de comentários... A doce e linda opinião de vocês me inspira para escrever e me dá coragem para postar o capítulo mais cedo. Até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Gata Borralheira E O Herdeiro Uchiha - Hiatus" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.