A Gata Borralheira E O Herdeiro Uchiha - Hiatus escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 11
Capítulo 11: Bem vinda ao inferno novamente


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo. Deu um pouco de trabalho escrever ele e eu tive que apaga-lo todo umas três vezes antes de conseguir terminar... Boa leitura!



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Observei o teto reclinado no quarto da Yamanaka. Não que isso fosse algo ruim, mas não acredito que a imagem de Sasori não saia de minha cabeça. Meus pensamentos dividiam-se em duas partes. No momento em que Sasuke me beijara e no momento em que Sasori me beijara. Diferentes, porém iguais. Ambos tinham uma gentileza nos lábios no momento, o que só me deixava mais confusa em relação a isso. Ino me dissera que hoje falaríamos com Itachi para buscar aconselhamento sobre a escritura da minha casa. Aquela onde vivi os melhores e piores momentos da minha vida. Suspirei novamente vendo a porta do quarto abrir-se e por ela entrar Ino secando os longos cabelos loiros.

Saky ainda tá deitada? murmurou a loira para mim que apenas acenei com a cabeça. Algum problema?

Não é nada. sussurrei É que provavelmente eu terei que aparecer no orfanato já que é possível a escritura da casa estar com o diretor e eu não quero isso.

Você não precisa ir se não quiser. Itachi resolve isso por você. Deve ter sido muito difícil passar a infância toda lá, então, eu entendo porque não queira aparecer lá.

Não é por isso. sussurrei Eu não quero ver como as coisas ficaram depois que fui embora. Tenho medo de não conseguir permanecer o tempo suficiente.

Você está com medo de encontrar o tal Sasori. murmurou Ino Ainda mais depois de você e Sasuke terem se beijado ontem a noite. Não se preocupe com isso, Sakura. Com certeza, ele não vai estar no mesmo lugar que você. Agora vai logo se arrumar que temos que encontrar o Sasuke em meia hora.

Levantei da cama e procurei uma muda de roupa limpa na minha sacola. Segui em direção ao banheiro e tomei um banho quente. Sai já vestindo uma saia vermelha e uma blusa branca com um laço na frente. Arrumei meus cabelos e encontrei Ino já totalmente pronta vestindo uma calça jeans preta e uma blusa três quartos amarela. Nos pés, uma sapatilha preta.

Vamos. disse para mim e saiu pela porta. Mãe, nós vamos encontrar com o Sasuke. Voltamos na hora do almoço, ok?

Ouvi a senhora Yamanaka sussurrar algo como tudo bem da cozinha e saímos pela porta sem ao menos tomar café da manhã, mas eu acho que seria melhor estar com o estômago vazio quando eu simplesmente aparecesse no orfanato.

Entramos em um carro preto que havia sido estacionado perto da casa de Ino e lá se encontrava Sasuke e um moreno alto muito parecido com ele. Deduzi então que este seria Itachi.

Bom dia. dissemos eu e Ino em uníssimo.

Bom dia. disseram os dois morenos. E logo Itachi pronunciou-se. Então, Sasuke me disse que você queria sua casa de volta, certo, Sakura?

Sim. respondi forçando um sorriso Creio que quando meus pais faleceram, a escritura ficou com o diretor do orfanato já que eu não tinha nenhum outro parente ou responsável vivo.

Sim, Sasuke também me disse isso. murmurou o moreno Então, a ideia de me chamarem e de colocarem a casa no meu nome até você ficar maior de idade foi da Ino?

Obrigada pelo provável elogio que virá em seguida, Itachi. disso Ino suspirando. Então, decidiu se nos ajudará?

Eu ajudo. disse Por isso estamos indo logo no orfanato. Preciso que Sakura esteja comigo quando formos falar com o diretor. Tudo bem para você, Sakura?

Sim. respondi forçada. Entrar naquele prédio era o que eu menos queria, mas teria que fazer isso.

O carro parou na frente de um grande prédio cinzento com os dizeres Orfanato de crianças do Japão na parede principal. Pisquei tentando controlar o medo de entrar lá novamente. Itachi desceu do carro e eu segui-o calmamente até demais pelos corredores. Senti um alivio ao ver uma mão forte segurar a minha. Sasuke havia segurado minha mão e sussurrado vai dar tudo certo bem baixinho para mim.

Paramos na frente de uma porta de aço e logo ouvimos ser aberta. Dentro, um homem baixinho e gorducho estava sentado na cadeira giratória e uma moça com olhar sereno pedira-nos para entrar.

Olá. murmurou o gorducho Sou o diretor do orfanato, Chouza, a que devo a visita?

Meu nome é Itachi. murmurou o moreno E sou um advogado em nome da filha de Mebuki e Kizashi Haruno, Sakura. falou acenando para mim. O velho colocou os olhos sobre mim e soltou um suspiro frustrado. Eu gostaria de saber sobre a residência onde ela morava antes de ser entregue aqui neste orfanato. Ouvi dizer que o senhor possui a escritura da casa.

Sim, normalmente isso acontece. disse o velho E vejam só, a pequena rosada voltara ao lar. Essa garota havia fugido das dependências do orfanato, caso o senhor não saiba e mesmo que ela aparecesse ao seu lado, só posso permitir a entrega da escritura a um responsável legal.

Está dizendo que preciso adotar a Haruno? foi o que perguntou Itachi ao velho gordinho. Não seja por isso. Posso assinar os papeis prontamente.

Não é assim, senhor Uchiha. murmurou O processo de adoção necessita de tempo e você deve preencher um cadastro para poder ser chamado.

Suspirei. Eu sabia que não seria fácil. Já havia visto muitos casos nesta vida de órfã, mas o olhar daquele velho diretor fazia-me arrepiar. Ele tramava me trancar em uma solitária sem comer e beber por dois dias inteiros como fizera com muitos outros naquele lugar.

Entendo. murmurou Itachi Logo voltarei para preencher a papelada. Vamos pessoal.

Espere. disse o velho fazendo meu medo tomar conta da minha pele. A Haruno fica.

Como assim? perguntou Sasuke recebendo um olhar triste de Itachi. Ela não pode ficar aqui, não é obrigada, não é mesmo, Itachi?

Sinto muito Sasuke. murmurou o mais velho Ela fugiu das dependências do local. Não havia sido adotada, então precisa ficar aqui.

Não... murmurou Sasuke apertando mais ainda minha mão.

Tudo bem, Sasuke. falei francamente. Itachi tem razão. Eu tenho que ficar.

Ele olhou incrédulo para mim, mas apenas suspirou novamente. Suas mãos que antes seguravam as minhas foram até meu rosto. Senti o corpo esquentar e os olhos arderem, mas eu não choraria. Seu lábio juntou-se ao meu em um beijo singelo. Ele distanciou-se de mim quando o velho gordo chamou a moça que havia saído pela sala e mandou que eu fosse levada para o alojamento e que me dessem outra roupa. Acompanhei a mulher que se mantinha tristonha com a realidade daquele lugar.

Quem é você? perguntei. Ela tinha cabelos castanhos quase avermelhados e olhos negros.

Maya. respondeu Vamos.

Entrei no alojamento vendo vários olhares seguirem em minha direção. Muitas crianças que eu conhecia olhavam para mim com medo do que provavelmente ocorreria comigo já que eu havia voltado para aquele inferno.

Sakura? murmurou uma voz feminina e alegre. Sakura!

Olhei para trás de aonde vinha à voz e meus olhos desmancharam-se me lágrimas de uma única vez. Cabelos e olhos negros. Azulla.

Azulla. falei sentindo o peso dela contra o meu em um abraço amigo. Como eu senti sua falta.

O que houve? perguntou-me. Pensei que havia conseguido fugir sem perceberem. Como você veio parar aqui de novo?

Contei-lhe a história completa. Falei sobre os dias na rua, sobre Ino, Sasuke e Itachi. Falei como era um cinema e como era divertido ficar conversando com a senhora Yamanaka enquanto a água fervia na chaleira. Perguntei-lhe como havia sido as coisas aqui, mas ela apenas disse que nada mudara. E eu percebi isso. Os olhares assustados dos outros órfãos já me explicara bastante o que houve.

Azulla. murmurei olhando ao redor. E o Sasori?

O olhar antes alegre por me ver tornara-se tristonho e eu senti meu peito contrair-se em uma pequena dor.

Ele está trabalhando com o diretor. murmurou Depois que você sumiu e pediu que eu não falasse nada para ninguém, ele simplesmente ficou confuso e com medo. Quando ele completou dezessete anos, ele resolveu ir trabalhar com o tio. Só o vejo mesmo no horário de almoço.


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Notas finais do capítulo

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