Diário do Apocalipse escrita por Joseph Somerhalder


Capítulo 4
Sangue frio


Notas iniciais do capítulo

Boa noite
Está ai mais um capítulo

Pode estar um pouco sem ação. O próximo não irá ter ação, mas depois será assim até o final.
Tudo que acontecer até o capítulo 6 será para dar início a ação.
Obrigado. Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/395150/chapter/4

Dia 25 de Outubro de 2014

Corremos em direção a Cibelli e quando vimos ela estava tremendo, chorando e não era para menos. A mãe de Cibelli estava sendo devorada por um zumbi, mas não era um zumbi qualquer, o zumbi era seu pai. A cena era dolorosa, o maldito comia, puxava partes do corpo da mãe com a mão e logo colocava na boca e mordia, era muito nojento. Quando o zumbi percebeu a presença da gente ele se virou, aqueles olhos brancos, pele seca e com a boca cheia de sangue. Ele soltou um pedaço do corpo da mãe de Cibelli e em passos lerdos começou a caminhar até a gente. Nenhum de nós conseguia se mexer, os músculos travaram, eu, Luca, Alice, Rick, Anita e Cibelli não conseguíamos nos mover.

– Corre! - Gritou Rick

O grito de Rick fez eu acordar, mas pelo jeito eu era o único.

– Puxa eles - Falei para Rick, enquanto pegava a mão de Alice a puxava para ela correr. Graças a Rick conseguimos fazer eles correrem, mas o problema era que não dava para passar pela entrada da frente da casa por que estava lotado com aqueles desgraçados. A ultima e pior opção de todas seria voltar para dentro da casa de Cibelli.

– Vamos ter que voltar para dentro, não temos opção - Falei

– Então vamos ter que matar o de trás... - Falou Rick

– Assim será. - Falei enquanto corria de volta para dentro

Rick estava a frente de todos, Alice segurava a mão de Anita e Luca estava quieto junto com Cibelli que ainda tremia, mas pelo menos parecia que Luca estava consciente o bastante para correr se precisasse. Voltei para dentro. O morto vivo que um dia já foi pai de Cibelli havia voltado para o corpo da mãe de Cibelli, quando passei por ele correndo a cabeça dele entortou e ele começou a vir em minha direção. Entrei na cozinha, abri as gavetas rapidamente, o maldito vinha lentamente até mim, comecei a derrubar as gavetas ao chão, não tinha nada que prestasse para matar ele, olhei em volta e vi uma vassoura jogada ao chão, aquilo iria servir, corri até a vassoura e arranquei o cabo, o morto vivo se virou em minha direção. Não pensei duas vezes e parti para cima, segurando um pouco atrás do meio do cabo desferi um golpe em sua cabeça forte, para minha sorte ele caiu para o lado, e com o sangue frio que consegui na hora comecei a bater com o cabo em sua cabeça, com toda minha força, depois de quatro golpes fortes na cabeça o sangue começou a jorrar para os lados e boa parte atingiu minha roupa, o sangue não era que nem os dos humanos, era um sangue preto, um cheiro de ovo podre, mesmo com esse cheiro e a cabeça do maldito fora do lugar eu desferi um golpe mais forte para ter certeza que ele estava morto. Eu nunca havia pensado que seria tão difícil matar um conhecido assim, eu sabia que ele não era mais humano, mas mesmo assim fiquei triste, mas eu uma espécie de líder para os meus amigos, eu não poderia mostrar fraqueza em hora alguma. Corri de volta para a sala para ir até os meus amigos, mas quando cheguei todos já estavam ali, Luca e Rick haviam empurrado uma mesa para porta e a seguravam por que os outros zumbis estavam do outro lado da porta, batendo e empurrando para entrarem. Uma cena de filme, eu estava com um certo medo, mas eu iria salvar meus amigos.

– Pessoal vocês estão bem? - Perguntei

– Estamos ótimo, você não tem noção - Falou Luca

– Não nesse sentido Luca - Falei

– Estamos, não fomos feridos - Disse Rick apoiando a perna para frente para dar mais força para continuar segurando a mesa contra a porta.

Eu fui até Cibelli, que estava sentada no canto de uma das paredes da sala, me abaixei e levantei o queixo dela

– Cibelli, apenas me diga se tem como sair de sua casa por outro lugar

Cibelli estava com a tristeza em seu olhar, não era para menos, seu pai matou sua mãe, que se encontrava sem partes do corpo no outro canto da sala, ninguém ousava olhar por que era muito nojento

– Acho que pelo os fundos. - Falou com uma voz baixa

– Meninos aguentem ai eu vou ver se essa saída - Disse Alice saindo da sala

Eu voltei para perto de Luca e comecei a pressionar a mesa também, não iria demorar muito para a porta quebrar, parecia que estava chegando mais e mais a cada segundo. O bom daquela sala que as janelas estavam do outro lado, o lado que dava para o outro canto do quintal, mas os zumbis não poderiam pegar o outro caminho, pois havia um portão, por que a outra parte era um jardim coberto.

Alice estava demorando. A porta já estava quebrando, várias lascas de madeira estavam saindo e caindo por cima da mesa, e a cada batida deles a mesa tremia.

– Isso aqui não vai durar muito tempo - Falei

– Anita vai atrás da Alice, estamos sem tempo - Falou Rick

– Tudo bem... - Respondeu Anita

Anita não era de sentir medo por nada, mas agora era nítido o medo dela, o medo de ser devorada por aquelas coisas que andavam sem vida pelas ruas.

– Se sairmos daqui vamos ligar para polícia - Falou Luca

– E para nossos pais, por que desse jeito não vai dar para irmos até nossas casas - Falou Rick que suava

– Se sairmos nada, vamos sair pessoal. - Falei para encorajar, mas eu também temia sair vivo dali.

– Pessoal vamos! - Gritou Alice que vinha junto a Anita

No mesmo segundo que Alice falou eu e os garotos soltamos a mesa e corremos atrás de Alice. Cibelli estava vindo, mas por que Luca pegou a mão dela. Fomos atrás de Alice sem dizer nada. Para chegarmos até os fundos precisávamos passar pela cozinha, a cena que eu temia que Cibelli visse.

– Fecha os olhos Cibelli - Falou Luca

Cibelli estava tão abalada que fechou os olhos no mesmo instante que ele falou. Passamos pela cozinha e por um grande corredor até que passamos por uma porta de vidro que dava para os fundos e enfim chegamos até os fundos. Agora eu havia percebido o por que da demora de Alice. A porta dos fundos estava trancada, mas havia várias caixas empilhadas, formando uma espécie de escada. Alice havia feito aquilo para podermos passar pela porta.

– Vamos logo! - Disse Luca quando percebeu os barulhos vindo da casa

Sem pensar fomos um por um pelas caixas e pulamos, quando chegamos do outro lado vimos que dava para a rua de trás. Não havia nenhum deles ali, claro que não, todos foram atraídos para a frente da casa de Cibelli.

– Vamos para onde? - Perguntou Alice

– A casa do Rick não é longe daqui, deve estar seguro lá - Disse Luca

– Pode ser - Falei já partindo

Foi quando senti uma mão se prendendo a minha, a mão de Alice. Eu não queria que estivesse acontecendo nada disso com a gente. Eu não sei que sentimento era esse que eu sentia, eu me sentia responsável por todos em minha volta. Não era questão de eu sobreviver ou não, a única que vinha em minha mente agora era salvar todos os meus amigos e me salvar, o que adianta viver em um mundo sozinho?


Conseguimos correr por um tempo até que chegamos perto da casa do Rick, mas não tinha condição nenhuma de entrar, por a casa estava lotada de zumbis. Eu não conseguia mais correr, estava muito cansado.

– Cara espero que meus pais não estejam lá... - Falou Rick

– Você vai querer entram lá? - Perguntou Anita

– Não sou louco sua idiota...

– Pessoal alguém aqui sabe dirigir? - Perguntou Cibelli

Eu e Luca levantamos as mãos

– Vamos pegar um carro? - Perguntou Anita

– Claro. O Luca quebra o vidro e a gente entra. Simples. - Falou Rick

– Eu quebro o que? - Perguntou Luca indignado

– A janela do carro - Falou Rick

– Então. Tudo bem, vamos ver o que achamos perto daqui.

Caminhamos por cerca de quinze minutos até que vimos alguns carros e motos parados em um estacionamento de uma loja de conveniências.

– Podíamos ficar ali dentro - Disse Alice

– As portas são de vidro e quebrariam rápido - Falei

– Já está ficando tarde, vamos logo para um desses carros - Falou Cibelli

Fomos até um carro onde Luca decidiu quebrar para entrar. Luca tirou sua jaqueta grossa e amarrou por todo o braço e com três cotoveladas conseguiu quebrar a janela.

– Por isso você escolheu um carro antigo - Brincou Rick

– Mas é por isso mesmo - Falou Luca enquanto entrava no carro e tirava uma das tampas para fazer uma ligação direta.

– Onde você aprendeu isso? - Perguntou Alice

– Digamos que meus primos manjam destas coisas - Riu Luca

– Ah sei - Disse Anita

Não demorou muito e o ronco do motor já podia ser escutado.

– Vamos. Entrem. - Disse Luca se ajeitando para dirigir

Rapidamente entramos. Fiquei no banco do passageiro.

– Não cabe nós quatro aqui no fundo - Exclamou Rick

– Se apertem ai - Disse Luca

Empurrei meu banco mais para frente e assim Rick sentou-se usando as costas do banco do passageiro para colocar suas costas e usando o banco traseiro para colocar os pés.

– Aguentem ai, vamos para minha casa, de lá ligamos para a polícia e os seus pais - Falei e logo suspirei de cansaço.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?
Espero que sim

O próximo - Uma mansão para descansar - não terá ação, mas será o ultimo sem ação ok?
Até amanhã



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Diário do Apocalipse" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.