O Despertar De Mewtwo escrita por 365fanfics


Capítulo 6
O Arquipélago de Sevii


Notas iniciais do capítulo

Aí está mais um capítulo em cima do ponto de vista de Lance.

Fiquei mais de uma semana sem postar porque as aulas voltaram na faculdade, então provavelmente postarei só nos finais de semana agora.

Grande beijo.



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Depois da morte do Professor Namba e do fechamento da Escola Pokemon de Saffron, não tínhamos muito que pensar no novo plano. A investigação que era para ser discreta, rápida e curta, foi imprevisível, extravagante, e com danos irreparáveis, afinal, querendo ou não uma pessoa tinha morrido.

Se Professor Namba trabalhava ou não para a Equipe Rocket, isso não fazia diferença. Ele morreu da mesma forma que qualquer um de nós poderia ter morrido.

Definitivamente investigação era para ser um segredo, era.

– Se Mewtwo está dormindo, então deve estar em algum lugar tranquilo e isolado – Small Lady conversava com todos nós no Planalto Índigo.

– Mas onde exatamente? – Steven parecia confuso com tudo aquilo, e eu estava morrendo de sono.

– A gente poderia ir até as Ilhas Sevii – sugeri.

– Minha Lorelei é a protetora daquele arquipélago, ela não deixaria a Equipe Rocket comandar ali.

– Eu sei que não, mas já que temos que investigar... você sabe que a Elite 4 não tem comando sobre as ilhas, então o Giovanni deve ter se aproveitado disso.

– Como se fizesse alguma diferença para ele, você o deixou ser líder do ginásio da sua cidade – Steven começava a me irritar já.

– Falou o cara que deixou duas organizações criminosas ressuscitarem dois pokemons que se odiavam e quase destruírem a porra toda – revirei os olhos – e ainda me pediu ajuda para impedir que a desgraça se espalhasse.

– Você vai me jogar isso na cara pelo resto da vida não é? Eu já te expliquei milhões de vezes que meu pai estava muito doente.

– Então por que não pediu ao Wallace? – continuei irritado com ele.

– Por que eu sabia que você venceria. Você é o mestre pokemon mais foda que já conheci. – Steven veio em minha direção me abraçar. – Depois de mim, claro.

Confesso, eu amo receber elogios, seja de quem for.

– Cala a boca seu viado. – Eu sempre disse que o Steven era meu amigo gay, ele sempre me falava que jamais pegaria a tal garota afim dele.

Ele só tinha me esquecido de contar que essa garota era Small Lady, o que aumenta de certa forma o nível de viadagem dele, porque eu no lugar dele teria ficado com as duas.

– Vamos voltar ao que realmente interessa? – hoje Small Lady usava uma roupa diferente do habitual. Vestia um jaleco de cientista, usava óculos e tinha o cabelo preso em um rabo de cavalo.

– Apesar de ser um pouco longe, acho que devemos ir a esse arquipélago, alguém tem um barco?

– Pra que eu teria um barco se eu tenho um Dragonite? – levantei a sobrancelha para Steven.

– Eu também não tenho um barco, mas o Bill tem e posso pedir emprestado a ele – Will também parecia entediado e louco para resolver logo aquilo. Mas eu sabia de seus motivos, ele provavelmente voltara com a Liza.

– Não, chega de envolver o Bill nisso. – Small Lady torcia o nariz com a sugestão de Will. – Você pode teletransportar o barco de Steven até aqui.

– Então vamos mesmo para o Arquipélago? – perguntei surpreso, Small Lady nem sequer tinha ido contra o meu plano, ela sempre discordava de tudo e bancava a superior.

– Eu vou aproveitar e fazer uma visita surpresa para Lorelei – Bruno já fazia planos.

– E por que não iríamos? É um lugar tranquilo para Mewtwo se desenvolver.

– Eu sei que vocês querem e para lá e beleza, mas vocês estão esquecendo-se de algo. Em Sevii há nove ilhas, algumas delas ainda nem foram estudadas. – explicava Bruno.

– Mais um motivo para s cientistas da Equipe Rocket estarem lá – Cynthia se aproximou abraçando Steven.

– Olha pessoal, eu cheguei a ouvir boatos uma vez de uma base da Equipe Rocket na Ilha 5, ainda investiguei e não havia nada, mas algo me diz que devemos começar por lá. – sugeri. Já fazia um bom tempo essa denuncia, mas talvez fizesse sentido.

– Eu discordo do Lance, na Ilha 7 há uma quantidade maior de pokemons psíquicos, além de ter cavernas com Unowns. – Will já tinha voltado com o barco.

– É verdade, e além disso a Ilha 7 é maior que a 5 – Bruno complementou o pensamento do Will.

– Na verdade o Arquipélago de Sevii é um lugar misterioso e enorme, além de ser alvo de várias lendas... talvez não seja o melhor lugar para investigarmos agora. – Steven parecia muito pensativo.

– Se há mesmo uma base da Equipe Rocket, vamos ter que investigar – Small Lady tirava seu jaleco relevando as roupas de costume – Lance e eu vamos investigar a Ilha 5, enquanto vocês quatro vão até a Ilha 7, já que ela é maior.

Não achei uma boa ideia, ir para Ilha 5 só com Small Lady era castigo demais. O dia ontem tinha sido péssimo e eu tive um pesadelo com meus pais naquela noite. Tudo que eu não queria era viajar com ela. E além disso meu avô disse queria falar comigo a noite.

– Vamos, o que estão esperando? – Small Lady interrompeu meus pensamentos e foi em direção ao barco. – Vamos até a Ilha 5 e depois vocês vão até a Ilha 7 e quando terminarem voltem para a Ilha 5, de qualquer modo, vamos manter a comunicação.

– Isso vai dar muito mais trabalho e levar muito mais tempo – Will contestava – vamos de barco até a Ilha 1. O Célio, amigo do Bill e do Professor Carvalho mora lá e ele pode cuidar do barco, eu teletransporto Bruno, Steven e Cynthia até a Ilha 7.

– Ok, mas se esqueceu de mim e da Small Lady.

– Small Lady sabe se teletransportar. – ela nunca me disse que sabia.

– Eu não sei não – ela parecia nervosa e irritada com a revelação do Will – talvez eu soubesse, mas isso foi há muito tempo e eu já parei em lugares errados.

– Então vão voando – o barco já tinha começado a se movimentar.

– FICOU LOUCO? – nós dois respondemos ao mesmo tempo.

– Entendam de uma vez que vocês estão trabalhando no mesmo lado, então não é hora para serem rivais – Bruno apareceu do nosso lado.

Apesar de discordar, sabia que Bruno tinha razão. E eu queria acabar com isso logo, e voltar a minha vida normal, de líder da Elite 4 e principalmente sem Small Lady por perto.

– Tudo bem, vamos voando. – sabia que seria muito estranho voar com ela, mas era o único jeito.

Me afastei deles e fui para a frente do barco, olhar o mar e sentir aquela brisa. O sol brilhava já, embora ainda fosse muito cedo. Fechei os olhos e respirei bem fundo, e continuei sentindo a brisa.

Abri novamente os olhos e o mar era tão azul que se confundia com o céu, sem dúvidas quando tudo isso acabasse eu iria tirar férias da Elite 4 só para voar com o Dragonite por todo o mar. Naquele momento, eu sentia uma grande paz interior, como se encontrasse o meu lugar. Só me sentia assim quando ia até o Santuário do Dragão.

Mas tudo que é bom dura pouco...

De qualquer modo, tinha que ter um plano para encontrar a base da Equipe Rocket. A minha maior preocupação era se eles tivessem esperando por nós. Meu maior erro foi deixar Small Lady investigar Celadon sozinha.

Por que Ash sempre aparece nas horas mais inoportunas?

Mas eu não podia culpá-lo, a culpa foi minha, se eu tivesse lá, teria contornado a situação a tempo.

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Recebi um telefonema de Small Lady para irmos até o cassino de Celadon investigar e tudo ocorreria perfeitamente bem, já que não seria a primeira vez que me infiltraria no meio dos Rockets.

Tomei banho, me arrumei, olhei no relógio, estava uma hora adiantado do horário combinado. Quando fui em direção a porta me deparei com Liza com a mão erguida e prestes a tocar a campainha.

– Você está de saída? – ela me perguntou. Seus olhos eram tristes – Você disse ontem que queria falar comigo.

– Sim, precisamos conversar.

E pela milésima vez terminei com ela. Liza era a mulher que admirava, mas não a amava. É difícil explicar, a forma como terminamos também foi difícil. Ao mesmo tempo em que havia dor, medo e desconfiança havia compreensão e amizade. Liza sempre seria importante para mim.

– Só peço que faça amor comigo pela ultima vez. – esse foi o seu único pedido. Sabia que não era certo, mas não podia recusar, não para Liza.

Depois do sexo, olhei para o relógio e estava atrasado, depois de tudo o que aconteceu eu não tinha cabeça para investigar. Eu estava nu com as costas arranhadas e com os cabelos bagunçados e Liza dormia pacificamente, com os lábios entreabertos e enrolada nos lençóis.

Não sabia se sentia alegria ou tristeza, alívio ou descontentamento, só o que queria era virar essa página da minha vida, e que ela também virasse a dela. Nossas histórias mudaram e não éramos mais crianças ou adolescentes.

Voltei a deitar ao seu lado, puxei seus cabelos esverdeados para os lados, e beijei seu rosto.

– Você sempre será importante para mim. – sussurrei para ela.

E adormeci, só fui acordar com a barulheira que Bruno fazia na entrada de casa.

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Eu saí de casa na hora errada, Liza chegou na hora errada, decidi terminar com ela na hora errada, e fiz a sua ultima vontade na hora errada. Então eu sou o errado, por sempre fazer tudo na hora errada.

– E aí, já tem algum plano? – Small Lady se aproximou de mim.

– Nem sei por onde começar. – falar que não tem um plano para a rival era o fim, mas se eu falasse que tinha, ela perguntaria qual era e eu não saberia dizer.

– Eu consegui simular um mapa da Ilha 5, existem duas áreas ocultas, e acho que devemos começar a investigar por essas duas áreas. – ela me mostrou o mapa em um pequeno aparelho.

– Então você vai em uma e eu vou em outra.

– Não, vamos fazer isso juntos. Calculei o tempo e com certeza antes do anoitecer vamos conseguir terminar de explorar as partes ocultas da ilha.

– Tenho que voltar antes das 9 da noite, meu avô quer falar comigo. – não era por que havia uma trégua entre nós que significava que éramos amigos, e logo me afastei dela.

Não demorou muito para avistar a Ilha 1. O barco parou e todo mundo começou a descer. Mais a frente Will conversava com Célio e logo desaparecia com Bruno, Steven e Cynthia.

– Bom está na hora de irmos – disse para ela. – Dragonite, hoje você vai levar eu e Small Lady para Ilha 5. – Pude notar o olhar de espanto dele, mas me obedeceu. – Vem Small Lady – eu já tinha montado no Dragonite.

– Mas não é muito pesado para ele?

– Não, ele já voou várias vezes comigo e com a Clair – estendi minha mão a ela – vem.

Ela pegou em minha mão e eu a puxei. Em seguida, Dragonite começou a voar o mais rápido que podia, afinal, não tínhamos tempo a perder. Ela se encolheu e se abaixou. Foi muito estranho voar com ela, muito mesmo.

– Será que não dá para o seu pokemon voar mais devagar? – ela perguntava com um tom desesperador.

Eu também achei melhor ele diminuir um pouco a velocidade. Aquela praga de Lavender não parava quieta e seus cabelos iam direto na minha cara, assim como seu perfume.

O cheiro dela era tão bom, e misturado com a brisa era perfeito, o problema era justamente esse cheiro vir dela.

– Dragonite não precisa ir tão rápido. – pedi e logo em seguida notei uma mudança na velocidade, e ela também notou. – Melhorou?

– Sim – ela voltou a se sentar, notei que ela tremia, não sabia que ela não gostava de voar.

Ela é chata, obvio que não iria gostar de uma das melhores coisas do mundo.

– Calma, já vamos chegar. – logo em seguida, como um impulso, segurei sua cintura e a puxei para mais perto de mim e junto com ela, veio aquele perfume, e ela deu um pulo sobre o Dragonite – Não se preocupe, não vou te deixar cair.

Na mesma hora senti o corpo dela relaxar um pouco, embora continuasse bastante tenso. Me aproximei só um pouco mais dela para continuar respirando aquele maravilhoso perfume.

Fechei os olhos e me aproximei de seu pescoço e voltei a sentir seu corpo ficar tenso. E logo abri os olhos e me afastei. Graças a Kami-sama Dragonite já se aproximava da Ilha 5.

O que eu estava fazendo?

Por que eu fiz isso justamente nela?

Preciso manter o foco na Equipe Rocket, ela é só uma “aliada”... uma aliada muito gostosa.

FICOU LOUCO? ELA É SUA RIVAL ANTES DE QUALQUER COISA.

Dragonite desceu até a ilha e de imediato ela pulou de cima dele. De uma forma ou de outra, aquilo nos deixou sem ambiente.

– Bom, qual área oculta a gente explora primeiro? – quebrei o silencio. Eu sentia ódio de mim por ter feito aquilo, porque de alguma forma, mexeu comigo.

Ok ela é minha rival, mas eu sou homem, e naquela hora eu senti uma atração.

NEM PENSE NISSO, CONCENTRE-SE.

Naquele momento eu sentia uma briga eterna dentro de mim.

– Essa que é maior e fica no sul da ilha. – ela saiu correndo em direção a floresta. E eu logo a alcancei e passei, ela corria rápido, estranhei e tê-la ultrapassado tão facilmente, talvez porque estivesse acostumado a correr na mesma velocidade que Clair.

Olhei para trás e ela estava alguns metros atrás de mim.

– Vamos Small Lady – procurei diminuir um pouco a velocidade para ela poder me alcançar.

– Eu estou bem atrás de você – foi só o que escutei.

Logo vi a tal área oculta que ela disse, era bem depois da floresta intensa. Parei e observei o lugar, logo ela também chegou e ligou o pequeno aparelho para analisar o lugar exatamente.

– É aqui, chegamos.

Olhei mais a frente, e vi uma casa, se a base da Equipe Rocket estivesse mesmo na parte sul da ilha, então seria ali.

Nos aproximamos do lugar, a casa estava toda trancada. E nem sinal de movimento, apenas alguns pokemons selvagens por ali.

– Acho melhor irmos até a Ilha 7 atras do Steven. – sugeri, não queria ficar parado no meio da floresta. Ainda mais com ela.

– Primeiro temos que ter certeza – ela mexia no pequeno aparelho atrás de alguma informação. – Talvez consiga captar algum sinal de Mewtwo por aqui.

Fiquei esperando, olhei para o relógio e já iria dar meio dia. A hora passou muito rápido.

– Droga – ouvi Small Lady resmungar.

– O que houve?

– Ah, que seja, vamos entrar. Peça para o Dragonite arrombar a porta.

O Dragonite arrombou a porta e entramos na casa. Parecia abandonada, não tinha ninguém e nada, mas como diz aquele maldito ditado, quem procura, acha.

Uma legião de Rockets surgiu e veio em nossa direção, mas eles não usavam pokemons, e sim armas de fogo. Saí correndo o mais rápido que podia e segurando Small Lady pela mão.

Ouvia vários barulhos de tiros olhei para trás e a casa continuava perto de nós, aquilo foi uma péssima ideia. Senti um tiro passar de raspão em mim. O meu desespero só aumentava.

Chegamos perto de um desfiladeiro, não tinha como descer aquilo, mas eu também não podia liberar o Dragonite agora, tinha que estar longe o suficiente primeiro. Corremos atrás de alguma descida segura e em direção a floresta. Assim era mais fácil de se esconder.

Mas antes que eu pensasse em algo, a beirada do desfiladeiro se desfez, levando Small Lady e eu até o outro lado da Ilha.

Nós rolamos aquilo, acho que bati a cabeça umas quinze vezes no mínimo, até que finalmente chegamos ao chão. E o barulho dos tiros desapareceu.

Ela tinha caído em cima de mim, eu podia sentir todo o seu peso sobre o meu corpo e seus olhos me fitando sem reação alguma aparente. Meu coração começou a acelerar.

Só o que eu conseguia ouvir naquele momento era o som da sua respiração, ou seria da minha? Não sabia.

Ela então do nada colou os seus lábios nos meus. Foi um selinho suave. Por um impulso, coloquei minha mão em seu pescoço a trazendo para mais perto e comecei a pedir passagem com a língua, queria aprofundar nosso beijo, mas ela não cedeu.

Que maravilha, ela me beija e agora não quer mais. Imbecil.

– Sai de cima de mim. – a empurrei para o lado, ela caiu e ficou imóvel.

Me levantei e comecei a tirar aquela terra da minha roupa e fui em direção ao caminho que já conhecia, olhei para trás e ela continuava no chão, deitada.

– Vamos logo. – virei as costas. Não queria olhar para ela, queria me esquecer que quis beijá-la, mas ela não respondia – Você vai continuar calada mesmo? – estava muito irritado com aquilo.

Voltei a olhá-la e ela continuava na mesma posição. Me aproximei e notei que ela tinha um corte na testa que sangrava muito. Ela desmaiou e eu nem tinha percebido. Comecei a me desesperar.

Minha única reação foi pegá-la no colo e correr para o Centro Pokemon mais próximo. A Joy ia ter que ajudá-la.

Cheguei até o Centro Pokemon e a entreguei aos cuidados da enfermeira Joy, ela imediatamente a levou para dentro, mas me deixou na sala de espera.

Foi uma espera longa. A hora não passava.

Só então lembrei que não tinha avisado ao Steven e os outros, eles tinham ido a Ilha 7 a toa, o perigo estava na Ilha 5.

Avisei ao Steven e todos foram para a Ilha 5, tive todo o cuidado de dizer que os Rockets estavam armados, mas eles foram do mesmo jeito.

A porta se abriu e a enfermeira Joy apareceu.

– Como ela está? – me aproximei preocupado. De uma forma ou de outra me sentia culpado, eu que sugeri investigarmos a Ilha 5.

– Não se preocupe, sua namorada está bem, daqui a pouco ela acorda. – NAMORADA? ELA FICOU LOUCA?

– Ela não é minha namorada. – minha voz saiu falha, o que me deixou mais nervoso ainda.

– Desculpe, não queria ser inconveniente. – ela me entregou um monte de papeis – Aqui estão os exames que fizemos nela, aparentemente a pancada não foi forte, mas só quando ela acordar saberemos se houve sequelas.

Fechei os olhos pensando no pior, isso me causou um impacto, é o tipo de coisa que é injusto até para o seu pior rival. E a culpa era minha, eu fui um péssimo namorado para a Liza, e sou um péssimo mestre pokemon. Se Small Lady tivesse assumido a Elite 4 provavelmente Mewtwo não existiria.

– Eu posso vê-la? – foi só o que consegui falar naquele momento.

– Sim, por aqui. – ela me levou no quarto em que Small Lady dormia, ao lado da cama tinha uma cadeira. Sentei e fiquei observando seu sono.

Sua testa estava enfaixada e o sangramento já tinha parado. Ela parecia um anjo enquanto dormia, mas ao mesmo tempo tão frágil e vulnerável. Não se parecia nem um pouco com a Small Lady que conhecia.

Aquela assombração. Mas também, por que não seria? Ela nasceu em Lavender. Small Lady era uma assombração, meu pior pesadelo. Por que ela tinha que voltar a me assombrar?

Uma assombração que ao mesmo tempo em que gostaria de ter em meus braços, gostaria que jamais tivesse existido, ou pelo menos, que nunca tivesse conhecido.

Uma assombração linda, mas ainda assim uma assombração.

Fechei os olhos. Todos aqueles pensamentos misturados com as lembranças de quando éramos crianças e desses últimos dias me causaram dor de cabeça.

Olhei para ela e a vi se mexendo, esperei e aos poucos ela abria os olhos e em seguida colocava a mão sobre a atadura em sua cabeça.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, enfim, os comentários de vocês serão muito bem vindos.



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